Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 23
I'm stupid thinking there’s a way


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero agradecer mais uma vez a Marcela Amaral pela recomendação.
Me fez muito feliz, você não faz ideia! Só tenho que agradecer. Muito obrigada querida, mesmo! ♥



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"I'm stupid thinking there’s a way that this could turn out right…" - I'm Stupid - PRIME Sth

Samantha acordou ao ser atingida pelos primeiros raios solares.

Niklaus estava sentado em uma poltrona no canto do quarto olhando seriamente para ela.

- O que foi? – ela se sentou na cama rapidamente.

- Rebekah recebeu um telefonema. – ele disse. – De Trina.

Samantha se manteve em silêncio.

- Ela até tentou esconder, mas eu ouvi tudo. – continuou.

- E o que ela queria? – perguntou receosa.

- Eu disse a mim mesmo que seria mais compreensivo e daria a você a chance da explicação antes de qualquer outra coisa, então... – disse pausadamente sentando de frente a ela na cama. – Por que não contou que teve um mal estar por usar seus Poderes?

- Não era importante. – Sammy disse segundos depois. – Eu estou bem.

- Você sabe que eu prefiro que não esconda nada de mim. – disse. – E você continua fazendo isso. E de novo e de novo. Eu já deveria estar acostumada á essa altura.

Samantha suspirou.

- Por que Matt estava com você? – perguntou seriamente.

- Ele ajudou Rebekah a me levar até Trina. – disse sem rodeios.

- Por que você estava com ele quando aconteceu. – não parecia uma pergunta.

Sammy apenas concordou com a cabeça.

- E o que estava fazendo com ele?

Samantha estava incomodada com toda aquela calma que ele se esforça em manter.

- Queria saber... – suas palavras travaram em sua garganta.

- Queria saber o quê? – ele insistiu.

- Que droga! – Samantha se irritou levantando. – Queria saber o que ele descobriu sobre os bilhetes, o que ele disse para Rebekah para saber o que ela disse a você! Satisfeito?

- Sim. – deu de ombros se levantando também. – Não parece mais fácil quando há colaboração?

- Que seja. – Sammy respirou fundo.

É claro, que nem em seus mais bonitos sonhos as coisas se manteriam bem entre ela e Niklaus. Nada do que ele dissera noite passada tinha valor agora que eles continuavam discutindo.

Samantha pensou se seria assim até o fim...

- Você quer uma verdade? – Sammy perguntou. - Não gosto da forma que está me olhando agora.

Klaus sorriu de lado.

Samantha correu até a porta do quarto, mas ele bloqueou seu caminho. Em seguida, segurou seu rosto entre as mãos olhando diretamente em seus olhos.

- Quem escreveu o bilhete, Samantha?

- Eu não sei. – ela disse.

- Quem você acha que pode ter escrito o bilhete? – perguntou de novo.

Recebendo a mesma resposta anterior se irritou.

- O que aquele maldito bilhete te faz lembrar? – cuspiu as palavras.

A resposta veio em uma única palavra, dita tão baixa, porém o impacto era imensurável.

- Philipe.

Niklaus deixou as mãos caírem ao lado do corpo enquanto o silêncio terrível se instalava entre eles.

A respiração de Samantha estava acelerada. Niklaus ouvia o bater dos corações de Sammy e do bebê.

Ele mesmo estava nervoso, buscando o alto-controle que não tinha de lugar algum.

Respirou uma vez longamente antes de apontar o dedo no rosto de Sammy.

- Eu achei que ele estivesse morto! Era o que as suas memórias me diziam.

- Exatamente porque eu também achei que estivesse! – Sammy quase gritou. – E acho! Sylizia disse que o matou, eu a matei. Eu não sei de mais ninguém que pudesse mandar esse bilhete.

- Isso é estranho. Tudo isso é muito estranho. – Niklaus disse mais pra si mesmo.

Rebekah e Elijah perceberam as vozes elevadas e foram até lá.

- Sylizia disse com todas as letras que o matou? – Rebekah perguntou parando a porta.

- Disse. – Sammy respondeu de imediato, mas logo depois suspirou longamente ao lembrar-se de algo.

- O que foi? - Klaus perguntou.

“ - Apenas me diga se ele está morto ou não. – Sammy falou vagarosamente.

- Você nunca saberá! – Sylizia gritou ajoelhada no chão. – Vai conviver com essa dúvida para sempre!”

- Não é possível. – murmurou.

- O que não é possível? – Klaus riu irônico. – Há um fantasma te assombrando? Porque eu digo que é possível, já vivi uma experiência assim.

Samantha o ignorou apesar de suas palavras fazerem-na lembrar de algo mais, olhou para Rebekah de repente.

- “Nunca se sabe quando o passado resolve nos assombrar.” Você me disse isso! – falou em tom acusatório.

- Não seja paranoica, Samantha!

- E depois do que você me disse no quarto... – Sammy riu desacredita. – Mas, é claro. É o que você quer, que eu fique paranoica e então você pode tirar a criança de mim mais facilmente.

Rebekah e Klaus trocaram um olhar rápido, Samantha não estava falando coisa com coisa.

- Acho melhor você descansar. – Rebekah disse tocando seu braço.

- Você acha? – ela se afastou. – Eu acho que não quero você perto de mim.

- Samantha seja coerente. Philipe está morto e nenhum de nós quer o seu mal. - Rebekah disse.

- Eu sei o que vocês querem. – Samantha afastou-se dos três de súbito. – Querem que a criança fique bem e então se livram de mim quando não houver serventia.

- Samantha você consegue ouvir o que está dizendo? – Elijah se pronunciou. – Isso é insano.

- Tão insano quanto eu? – ela riu sem humor.

- Trina disse que isso podia acontecer. – Rebekah disse á Klaus.

- Hora de tomar providências. – Klaus disse se aproximando dela. - É pelo seu bem, amor.

- Do que você---

Foi interrompida pelas mãos de Klaus em seu pescoço, um movimento e ela caiu desfalecida em seus braços.

- Não pode quebrar o pescoço dela sempre que ela sair do controle. – Elijah disse observando a cena.

- Mas por agora é o mais fácil. – Niklaus pegou-a no colo. – Verei o que posso fazer mais tarde.

- E o que fará agora? – Elijah perguntou em dúvida.

- Falar com Trina, andar pela cidade, ver se descubro algo mais sobre esse Philipe. – disse rapidamente. – Eu não sei. Apenas preciso fazer algo.

- Eu vou com você. – Elijah disse.

- E eu fico aqui esperando ela acordar? – Rebekah se alarmou. - Ela vai estar furiosa com você.

- Quando ela acordar terá as ideias no lugar. – Klaus disse. - Trina disse que ela teria esses momentos de paranoia intensa, mudança de humor exagerada e tudo o mais. Ela vai fazer coisas que não se lembrara depois, aposto que quando acordar nem se lembrara disso também.

Rebekah suspirou concordando a contragosto.

- Mas de qualquer maneira a levarei para o porão. - Klaus se afastou com Sammy nos braços.

 Rebekah o chamou.

- Você acha que esses bilhetes podem estar ligados com o passado dela?

- Não. Os mortos tem tendência a permanecerem mortos, a não ser que ele seja um vampiro como nós. – riu debochado. – E sabemos que ele era só um humano.

Rebekah riu brevemente.

- Talvez ela mesma tenha feito isso e não se lembra. – deu de ombros.

Rebekah olhou pela janela ficando pensativa.

Mas se agora Samantha já tinha esse tipo de surto o que aconteceria quando a gravidez tivesse em estágio avançado?

Era muito para ela. Samantha tinha Poder em demasiado e Rebekah não queria sequer imaginar o que aconteceria quando ela o libera-se.

Balançou a cabeça negativamente.

Esses eram pensamentos para depois. Agora só precisava se preocupar em como agir quando ela acordasse.

Tudo parecia... Certo, noite passada. Ao menos de manhã Klaus tinha a expressão leve e feliz.

E agora aquilo.

Ela nunca entenderia aqueles dois.

Samantha Robertson e Niklaus Mikaelson eram impossíveis de serem desvendados.

*

Samantha sentiu dores na cabeça e no pescoço. Permaneceu de olhos fechados respirando profundamente.

Ela preferia acreditar que tudo fora um pesadelo e que ela abriria os olhos e estaria em sua cama. Com Klaus de preferência... Para poder torcer o pescoço dele primeiro!

Sammy levantou de súbito gritando á plenos pulmões.

As coisas só pioravam a cada dia. Tudo dava errado.

E nem quando havia uma trégua as coisas permaneciam... Aceitáveis.

Aquilo deveria ser Karma. Ou deveria ser Sylizia mexendo os pauzinhos para que tudo em sua vida desse errado. Só podia ser uma força maior conspirando contra ela á cada segundo.

- Me tira daqui agora! – gritou batendo na única porta que havia ali.

E claramente não poderia ser destruída de forma alguma. Nem se ela usasse os Poderes. E ela não poderia. Estava fraca.

*

Rebekah estava no corredor e já podia ouvir os gritos.

- Pelo visto a sua teoria de que ela não se lembraria de nada quando acordasse estava errada Niklaus. – Rebekah disse para si mesma.

Chegou ao fim do corredor, desceu uma escada, andou outro corredor e chegou ao “quarto” que Samantha estava.

Ali os gritos eram mais intensos e ela podia entender o que de fato ela gritava. Muitas ofensas, destinadas principalmente á Niklaus.

- Alguém andou lendo o dicionário das palavras “sujas”. – disse.

Os gritos cessaram, assim como qualquer outro barulho.

- Samantha? – chamou sem obter resposta.

Rebekah olhou pelo pequeno espaço com grades para o lado de dentro. Ela não estava em nenhum lugar que ela pudesse ver.

De repente Sammy levantou praticamente colando o rosto ao de Rebekah se não fossem as grades ali.

- Que droga! – Rebekah disse se afastando. – Você me assustou.

Sammy riu debochada se afastando.

Rebekah se recuperou do susto momentâneo e voltou a olhar pela pequena abertura. Dessa vez Samantha estava sentada na cama que ficava no meio do quarto. Parecia chorar.

- Sammy. – Rebekah chamou. – Eu---

- Não fale comigo! – ela gritou sem olhar para ela. – É sua culpa.

- Seu descontrole não é minha culpa. – Rebekah disse ofendida.

- Se você não atendesse a ligação de Trina e não deixasse Klaus ouvir... – ela suspirou.

- Sinto muito por isso. – Rebekah disse. – Realmente não foi minha intenção. Estávamos no dando bem noite passada ou já se esqueceu disso?

- Não esqueci. – ela disse levantando e indo para perto da porta. – Becky eu confiei em você. Achei que seriamos amigas, como éramos antes. Antes de vir para cá, como na casa de Matt.

- Eu fui sincera em tudo que te disse noite passada. – Rebekah lamentou. – Eu quero que tudo de certo.

- Então me tira daqui. – Sammy pediu.

As lágrimas fluíam em seus olhos.

- Eu não posso. – Rebekah disse desviando o olhar.

- Você pode. – Sammy insistiu. – Becky, por favor. É a única maneira de saber que nossa amizade é real.

Ao ver que Rebekah não mudaria de opinião, ela deixou a falsa expressão de choro e gritou mais ofensas e ameaças á loira.

- Você é inacreditável. – Rebekah falou. – Faz teatro para conseguir o quer até nesses momentos.

- Eu vou matar você. – ela continuava repetindo.

- Não, você não vai. – Rebekah deu lhe as costas. – Aproveita seu tempo aí para por as ideias no lugar.

- Não me deixa aqui! – ouviu Sammy gritar. – Becky! Eu estava brincando. Volte Rebekah!

Rebekah ignorou saindo dali.

A vontade de ajudar Samantha era grande, mas as consequências do que aconteceria se ela saísse eram maiores.

*

- Já rodamos essa cidade inteira. – Elijah disse sentando-se. – Acha mesmo que se esse tal Philipe estivesse por aqui já não o teríamos encontrado?

Niklaus suspirou impaciente. Ele estava certo.

- Espero mesmo que não esteja por aqui. – disse. – Ou eu o mataria sem deixa-lo explicar o porquê dos bilhetes.

- Nem sabemos se ele de fato está vivo ou se é mesmo o autor desses bilhetes. Não sabemos nada. – Elijah ponderou. – Talvez...

- Talvez o quê? – Klaus perguntou interessado.

- Não é nada. – Elijah deu de ombros.

- Fale de uma vez! – Klaus ordenou.

- Se ao invés de fazer suposições sobre Philipe ou rodar por toda a cidade, nós apenas não fizemos com quem quer que seja caísse em uma armadilha?

Klaus avaliou aquela opção.

- A pessoa provavelmente quer falar com Samantha. Ela podia ficar em lugar amplo, sozinha, e então ficaríamos esperando. Quando ele aparecesse...

- Não. – Klaus disse de imediato. – Não vou deixar Samantha sozinha em lugar nenhum, sabe se lá o que ele quer com ela. E ainda mais agora que ela está tão instável.

Elijah rolou os olhos.

- Já passou pela sua cabeça que Samantha sabe quem é, e não diz de uma vez porque está compactuando com ele? – Elijah perguntou. – Você disse que esse Philipe foi um amor do passado, quais as garantias de que ela não nutre mais sentimentos por ele, e o entregaria em uma bandeja para você caso ele estivesse aqui?

Aquelas eram boas perguntas, mas ele não tinha boas respostas.

- Não acho que ela esteja planejando algo assim. – disse por fim. – Samantha sempre disse que é apenas passado. Não é possível.

Não havia certeza alguma em suas palavras, Elijah notou.

- Você realmente precisa que ela enfie uma estaca em seu coração para que perceba que ela é muito mais esperta do que mostra ser. – Elijah levantou. – Só não espere que eu fique parado esperando que isso aconteça.

Niklaus respirou fundo.

- Não pense em confrontar Samantha. – disse seriamente.

- De maneira alguma. – Elijah lhe assegurou.

- Vamos embora. – Klaus disse começando a andar.

Elijah o seguiu com o pensamento longe...

*

- Eu não gosto de ficar aqui. – Sammy dizia olhando diretamente a parede á sua frente.

Ouviu passos no corredor.

- Achei que tinha dito que sairia com Klaus e Elijah. – disse. – Voltou rápido. Nada é tão legal sem minha presença não é mesmo?

Não ouve respostas. Só mais passos.

- Rebekah eu não quero comida humana, se é o que você veio oferecer de novo. – disse esperando uma resposta.

Estranhou tanto silencio e levantou quando um pedaço de papel foi passado por baixo da porta.

“O lugar onde tudo começou. Eu estarei te esperando. Preciso te ver uma vez mais”.

A porta foi aberta.

- Isso estava comigo há alguns dias. – ele disse. – Você sabe sobre o que se trata não é?

Sammy concordou com a cabeça.

- Onde tudo começou. – ela repetiu. – Eu preciso ir até lá.

- Vá. Eu não te impedirei. – ele disse dando passagem.

- Por que está fazendo isso Elijah? – Samantha perguntou em dúvida.

- Ninguém pode resolver seus problemas antigos á não ser você mesma. – Elijah disse compreensivo. – E não se constrói um futuro se ainda tem um pé no passado.

Samantha concordou novamente.

- Niklaus e Rebekah voltaram em breve. – Elijah disse. – Faça o que tem que fazer.

- Eu vou até lá. – ela disse. – Voltar aquele lugar.

- Boa sorte. – ele disse sorrindo.

Samantha olhou brevemente para ele.

- Você não tem boas intenções, posso ver isso. – Ela disse.

- Minhas intenções são o de menos ou você prefere continuar trancada aí? – falou sério.

Samantha deu as costas subindo rapidamente as escadas.

Ela não sabia o que aconteceria dali para frente. Mas ela iria.

Se Philipe estava vivo ela saberia.

- Essas cicatrizes são minhas. – disse entrando no quarto.

Prendeu os cabelos em um rabo-de-cavalo.

- Hora de voltar á ativa.


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Notas finais do capítulo

Que Sammy e Klaus nunca ficam muito tempo em "trégua" vocês já sabiam né?!
O que vocês acham dessa atitude do Elijah? Suspeita ou não? hahaha
Espero que tenham gostado :))

Próxima atualização 08/06

See you Later ;*



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