Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 14
I'm telling you tonight




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I'm telling you tonight I swear to tear up these nails from across the bed for giving you control of me.Don't Count on the Wicked - Billy Talent



Rebekah impediu que Samantha fosse atrás dele naquele segundo e tirasse satisfação pelas palavras.

– Você devia ter me deixado ir. – Samantha murmurou mais uma vez.

Estavam sentadas no meio fio da calçada lado a lado há alguns minutos.

– E o que vai adiantar? – Rebekah suspirou. – Os dois estão de cabeça quente.

– Tenho certeza que em nenhum momento nós não estaremos. – Sammy murmurou.

– Então vai. – Rebekah falou de repente. – É o que você quer, não é? Então vá Samantha. Admira-me que você me ouça um pouco ainda.

– Eu vou. - Sammy sorriu de lado.


*


Samantha entrou na mansão sendo recebida pelos híbridos e informada de que Klaus não estava lá. Esperou por horas e nada. Todos já tinha ido embora.

Subiu para o quarto de Niklaus e tomou um longo banho jogando a roupa que estava fora. Entrou no que seria seu quarto e procurou no guarda-roupa por uma roupa. Tudo o que achou foram vestidos, roupas justas, curtas, com decote.

– Eu não sei qual a visão que você tem de mim Niklaus... – Samantha murmurou pegando o primeiro a sua frente. – Mas, elevou meu ego.

Samantha colocou o vestido curto e justo verde tomara-que-caia e voltou para a sala.

Estava deitada no sofá quando ouviu a porta da sala ser aberta.

– O que você está fazendo aqui? – Niklaus perguntou sério.

– A gente precisa conversar. – disse igualmente séria.

Niklaus tentou desviar o olhar da bela imagem a sua frente. Por que Samantha tinha que ser tão provocante?

– Conversar? Ou você quer falar tudo o que tá entalado na garganta? – Klaus andou até a mesa de bebidas.

Era exatamente o que Samantha queria. Queria falar tudo e mais um pouco.

– É claro que eu vou falar! – ela bufou. – Você não pode descobrir que sua irmã esta na cidade porque eu chamei, falar todas aquelas coisas e simplesmente sumir depois.

– Não só posso como fiz. – respondeu indiferente.

– Você devia no mínimo olhar para mim enquanto falo, ou já esqueceu as boas maneiras? – Samantha cruzou os braços irritada.

– Você não merece boas maneiras já que não as usa. – respondeu da mesma forma.

Era esse o plano dele? Se fazer de indiferente? Se ele achava que isso a irritaria ele estava certo.

– Você não merece ser tratada como uma dama. – Klaus parou a centímetros dela. – Quando se comporta como uma...

Samantha esperou que ele dissesse, mas ele não disse. Aquilo era um insulto? Para ela era um elogio.

– Sabe como é... – Samantha deu de ombros. – Eu preciso me impor.

Niklaus virou olhando vagamente para ela.

– Eu precisava de alguém que me apoiasse aqui. – Sammy disse sinceramente.

– Eu não quero saber seus motivos Samantha, eu não quero saber de nada. – Klaus voltou a desviar o olhar dela. – Quero que vá embora. Eu cansei de você.

Samantha mordeu o lábio inferior buscando paciência de um lugar inexistente.

– Cansou de mim? – repetiu andando até ele.

– Como você mesma disse: sua personalidade é forte. – ele virou para ela. – A minha também. Há um conflito entre nós.

– Há única coisa entre nós é o ar. – praticamente sussurrou. – E pode ser facilmente driblado.

Sammy quase colou o corpo ao dele. Quase. Niklaus a afastou.

Samantha riu e voltou a sentar como se não tivesse sido convidada a se retirar da casa.

– E você simplesmente desiste de mim, Niklaus? – perguntou manhosa.

– Talvez eu não queira lutar por você. – respondeu sério.

– Você quase me convence. – ela disse tornando a sorrir debochada.

Niklaus deu as costas para ela colocando mais liquido no copo e saindo da sala. Samantha levou alguns segundos para raciocinar e então ir atrás dele.

Niklaus estava em seu quarto olhando para a janela e se quer desviou o olhar de lá quando Sammy entrou batendo a porta com força.

– O que quer? – suspirou.

Samantha sentou na cama sem dizer nada.

– Você sabe o significado do seu nome? – Klaus perguntou virando-se para ela e sem esperar resposta continuou. - Aquela que ouve. No entanto, você é o contrario disso.

– Eu ouço sim! – Samantha pareceu ofendida. – Já não ouviu todas às vezes em que você quis soltar a sua ira sobre mim?!

– Você ouve o que quer. – Klaus passou por ela.

– Mas ouço. – Sammy sorriu irônica. – Mas e agora? Vai me avaliar pelo meu nome?

– Não. – Klaus tomou o liquido do copo em sua mão. – Eu diria exatamente quem você é, mas não baseado em nome.

Samantha não estava gostando daquela indiferença. Ela precisava agir. E pelo visto o problema ali era ego ferido. Se o que ele precisava era se sentir no controle ela deixaria pelo menos por uma noite. E se tratando de Niklaus não seria de todo uma derrota...

Samantha levantou rapidamente não se dando ao trabalho de perceber que o vestido subira até a metade de seu quadril.

– Então diga. – Sammy parou em sua frente.

– Sabe exatamente o quer e como conseguir. – ele começou. – Tem facilidade em manipular as pessoas que possam te ajudar nesses seus planos e não se importa de fingir para convencer.

Samantha sorriu abertamente e pediu para ele continuar.

– Têm essa sensualidade... – Klaus olhou para seu corpo. – Que não pode ser ignorada. E usa isso como uma arma. Ás vezes até sem perceber. Você exala luxúria.

– Isso é um elogio? – Samantha riu perigosamente perto de seu rosto.

– Só que nunca te disseram que ser dominadora demais assim é um grande perigo. – Klaus passou os dedos por seu rosto.

– Um defeito que ambos compartilhamos. – Sammy murmurou.

– E então? O que achou da analise? É o que você é? – Klaus sorriu de lado.

Sou o que você quiser. – Sammy deixou seus lábios tão próximos que a cada palavra eles roçavam levemente. - Mas também o que sempre evitou.

Samantha pode ver o desejo em seus olhos o que foi confirmado quando Klaus puxou seu rosto contra o dele em um beijo que beirava a violência. Uma de suas mãos afundou em seus cabelos e a outra a puxou pela cintura. Samantha deixou as mãos repousarem em seus ombros.

Tentava ignorar a parte do seu cérebro que buscava por controle. Hoje não...

Os lábios de Klaus desceram para seu pescoço mordendo levemente. Ele girou ficando atrás dela. Beijou sua nuca enquanto puxava seus cabelos. Samantha arfava e mordia o lábio inferior tentando se conter.

Samantha sentiu o corpo ser prensado contra a parede a sua frente tendo o corpo de Niklaus atrás de si. Niklaus subiu o vestido até sua cintura.

Ela podia abrir mão do domínio, mas nunca o dá provocação.

Samantha mantinha o lado direito do rosto apoiado na parede e as mãos também. Lentamente inclinou o quadril deixando o empinado colado a Klaus por alguns segundos e voltando a posição original. Seu deleite foi ouvir o grunhido que escapou da garganta de Niklaus.

– Eu não vou ser bonzinho com você. – Niklaus sussurrou em seu ouvido. Sua voz estava rouca.

“Tão sexy”– Samantha pensou.

– E nem eu quero que você seja. – respondeu.

Klaus puxou a de encontro a si afastando-a minimamente da parede, passou os braços em sua volta. Samantha olhou para ver o que ele faria. Segurou no meio do tecido e o puxou. Samantha assistiu seu vestido ser rasgado em duas partes. Tendo-se nua em seus braços.

Klaus a virou de frente para si se deliciando com a visão privilegiada que tinha.

– É bom que aquele garoto não tenha tocado em você. – Klaus murmurou voltando a encostar o corpo ao dela.

– Matt? – Samantha provocou.

Niklaus olhou em seus olhos.

– Eu não gosto de garotos. – sussurrou beijando lhe os lábios.

As mãos de Niklaus exploraram cada parte daquele corpo exposto sem pudor algum. Samantha apoiou a cabeça na parede atrás de si. Niklaus levou as mãos dela para cima prendendo-as com uma das suas. Com a outra puxou a ultima peça de roupa dela que faltava.

Samantha não se importou de ficar tão exposta assim para ele. Não se importou com os olhares, os toques... Que se dane o sentimento de rebaixamento.

Niklaus puxou uma de suas pernas de forma que circundassem sua cintura. Movimentando-se de forma lenta assistindo o rosto de Samantha se contorcer em prazer. O coração dela batia forte, ele podia ouvir o sangue pulsando em cada parte de seu corpo.

– Não é justo. – Sammy falou arrastado o que fez ele sorrir.

– O que não é justo, amor? – perguntou descendo os lábios por seu pescoço.

– Você está completamente vestido. – ela disse com dificuldade.

Niklaus soltou sua perna e suas mãos olhando-a intensamente. Sammy entendeu. Suas mãos trêmulas abriram os botões de sua calça e o zíper rapidamente. Por que raios estava tremendo? Provavelmente de ansiedade.

Niklaus virou-a abruptamente para a parede novamente.

– O que foi aquilo mesmo que você disse sobre ‘não querer que eu seja bonzinho’ com você? – perguntou próximo a sua orelha. – Tem certeza disso? – encostou seu corpo contra o dela fazendo-a arfar.

– Nunca tive tanta certeza de algo.

Samantha sentiu a dor dos cabelos sendo puxados para trás ao mesmo tempo em que seu quadril era puxado de encontro a ele iniciando a penetração.

O quarto estava quente. Muito quente. O ar estava carregado das mais diversas emoções. Preenchido pelas respirações fortes, falhas, suspiros, gemidos... Pelas palavras desconexas.

O suor escorria por ambos os corpos que se moviam de forma acelerada e em sincronia. Pelo menos dessa vez eles agiam de forma conjunta, um dependendo do outro de uma forma inexplicável.

– Nik... – Sammy disse arranhando sua nuca com as longas unhas.

Alguma parte ainda sã de sua mente considerou o fato dela chama-lo pelo apelido pela primeira vez.

As mãos de Klaus não se decidiam queriam estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Deixando marcas como se marcando território. Samantha era sua, mas do que nunca ele sabia. E ela também, apesar de nunca se imaginar confessando isso em voz alta.

E se aquilo estava mesmo acontecendo que fosse à forma vampira de se entregar. Samantha não queria pensar no que poderia deixar escapar em meio aquela troca, Niklaus não se importava. Tinha as mesmas ideias passando pela cabeça. Que tinha que ser da forma mais completa que existia.

Virou Samantha de frente para si sem desconectar seus corpos. Uma troca de olhar significativa, uma concordância muda.

Niklaus se deliciou com a visão dos dentes de Samantha se alongando, era uma bela imagem. Naturalmente os seus próprios fizeram o mesmo. Samantha rasgou a blusa dela igual ele fizera com seu vestido antes. Sammy suspirou olhando seu corpo brevemente Niklaus riu puxando o lábio inferior dela com os dentes.

Samantha afundou os dentes no lado direito – entre o ombro e o pescoço – de Klaus sentindo o se arrepiar inteiramente, ele fez o mesmo com ela, só que no lado esquerdo.

Era uma conexão adorável. Uma troca de sangue era comum nesses momentos mais... Íntimos. Mas um não sabia que o outro nunca tentara. Era uma invasão de fato. Era mais forte e mais importante que a simples mordida sem consentimento. Era quase uma troca de sentimentos. Era extasiante. Era impossível de ser descrita com exatidão.

Era a entrega total...

Quanto mais se tinha, mais queriam. Era a forma mais prazerosa de ter alguém em seus braços para um vampiro.

Sentiram o corpo inteiro formigar, aquela deliciosa sensação de quem está chegando ao máximo. E segundos depois aconteceu, chegaram ao ápice. O auge do prazer.

Samantha sentia-se extasiada incapaz de manter-se em pé sem a ajuda de Klaus que parecia apoiar-se nela também, sua respiração descompassada batendo em seu pescoço.

Deixaram as presas se recolherem restando apenas o vermelho espalhado em ambos os corpos, em ambos os rostos, em ambas as almas. Se eles ainda tivessem uma...

Samantha subiu seu olhar para o rosto dele. Klaus mantinha um sorriso satisfeito no rosto.

Encararam-se longamente antes de Samantha repousar uma mão em seu rosto e beija-lo calmamente. Docemente. Niklaus a abraçou sentindo-a estremecer em seus braços. Sentindo seu próprio gosto através da boca do outro. Assim foram até a cama onde Niklaus deitou Samantha.

– Uma cama tão grande para ser aproveitada e eu tendo que sofrer naquela parede. – Samantha murmurou enquanto via Niklaus tirar os sapatos.

– Então foi um sofrimento? – perguntou sorrindo malicioso.

Samantha afundou o rosto em um dos travesseiros sentindo o rosto inteiro corar.

– E quem disse que não vamos aproveitar a cama? – Samantha sentiu o peso de Klaus sobre si. – Além do mais a noite só esta começando e vampiros não se cansam tão rápido, não é mesmo, amor?

– Você devia ser mais cavalheiro. – Sammy disse empurrando-o para o lado. – Eu sou uma donzela.

– Eu vi a donzela que você é. – ele disse apontando vagamente para trás.

– Qual a visão que você tem de mim? – perguntou lembrando-se de se perguntar o mesmo ao procurar por roupa.

– Pergunte-se: Que visão eu faço de mim mesma?

Samantha permaneceu em silêncio.

– Você está procurando por romance, sentimentalista e amor? – Klaus puxou-a para si. – Não vai encontrar por aqui.

– Faça da forma que achar melhor. – Sammy disse deixando-se envolver. – Ou da pior. Acho que eu prefiro da pior forma.


***


Samantha havia despertado há alguns minutos, mas permanecera imóvel como se ainda estivesse dormindo. Isso se devia ao fato de estar adorando as caricias que estava recebendo de Niklaus. Os dedos dele desciam de seus cabelos á seus braços e faziam o caminho contrário. De novo e de novo.

Sammy sentia-se inteiramente feliz como não se sentia há bastante tempo. Era uma sensação boa. O que era de se estranhar, já que ela não estava acostumada a ser dominada. Com esse pensamento ela virou na cama olhando para Niklaus seriamente.

– Qual o problema, amor? – perguntou ao ver a expressão intrigada dela.

– Estou me perguntando, por que raios você não tomou essa iniciativa antes.

Klaus riu puxando-a para um beijo rápido.

– Eu já disse que deixei de tentar entender você? – Klaus perguntou encerrando o beijo.

– Sim. – Sammy murmurou puxando-o de volta.

Minutos depois Klaus olhou Sammy de canto de olho.

– Tudo bem que vampiros não cansam rápido, mas... – ele segurou o rosto dela. – Foi uma longa noite. Não acha?

Samantha rolou os olhos.

– Achei que sua parte humana estaria pedindo por descanso.

– Talvez eu esteja a ignorando. – Sammy passou a encarar o teto.

– E ignorando isso. – Klaus tocou seu braço – mais exatamente uma mancha roxa.

Sammy empurrou os cobertores constatando que seu corpo todo tinha marcas assim. Ela lançou um sorriso irônico a Niklaus e voltou a se cobrir.

– Sumirão até à tarde com certeza. – Klaus encarou seu perfil. – Não faz muito tempo desde que paramos.

Samantha olhou para a janela – era cedo.

Outra pergunta apareceu para ocupar sua mente: Como eles ficariam depois dessa? Samantha não garantiria que seria sempre ‘a boa garota’. Simplesmente não dava.

– Estamos na mesma. – disse em voz alta.

– Misturados a uma dose de contentamento. – Klaus completou.

– Dose? – Samantha riu alto. – Admita. Uma garrafa inteira.

– Isso foi um elogio partindo de Samantha Robertson á mim? – Klaus disse divertido.

– Você é tão melhor de boa fechada. – Samantha virou o rosto para ele.

– Faça algo em relação a isso. – provocou.

No segundo seguinte havia uma batalha acontecendo. Uma batalha regada a muita saliva...


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Notas finais do capítulo

*¹ - Frase da música 'Falso Alarme' - Kiara Rocks.

Enfim, o que vocês tanto queriam, certo? hahaha :}

Gostaram? Me digam!

See you later ;*



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