"There's a million ways to see the things in life a million ways to be the fool." -  I Want Out - Helloween

Samantha ainda não havia acalmado os nervos enquanto caminhava pela rua que recebia os primeiros raios solares. Por que Niklaus tinha quer ser tão... Ele?

- Ora, ora se não é a adorável Samantha. – ouvi atrás de si.

Virou encontrando Damon próximo a ela.

- Se não é Damon Salvatore. – disse da mesma forma.

- Que bom que não se esqueceu de mim. – sorriu de lado.

- Eu não costumo me esquecer de quem quebra meu pescoço. – ironizou.

- Dessa vez eu espero que não precise. – Ele se aproximou mais um passo. – Eu quero apenas fazer umas perguntas.

- E se eu não estiver disposta a responder? – Samantha manteve a mesma pose de superior ignorando o perfume dele que enevoava sua mente.

- Terei que tomar outras medidas.

Damon avançou, mas Samantha se desvencilhou dele rapidamente. E cada tentativa dele era frustrada. Samantha movia-se com graciosidade enquanto Damon parecia um animal em busca de sua presa.

Samantha viu os fios negros do cabelo dele caírem por sua testa, seus olhos eram tão lindos, ele todo era na verdade.

Samantha deixou que ele segurasse-a, Damon prendeu os braços dela para trás ainda mantendo-se a frente dela o que resultou em corpos colados e rostos próximos demais.

Damon se perdeu por um momento em sentir o corpo dela contra o seu abaixando a guarda, Sammy aproveitou-se disso para morder seu lábio inferior. Uma mordida que fez o lábio de Damon sangrar no mesmo segundo e ele solta-la.

- Não mexa com uma garota nervosa e frustrada. – falou sorrindo de lado.

- E quem seria capaz de te deixar frustrada? – Damon passou a mão pelo lábio cortado.

Samantha olhou para trás. Stefan vinha em sua direção.

- Ah, não. – reclamou para os céus. – De novo?

- O que você faz aqui? – Damon olhou diretamente para Stefan. – Eu disse para deixar comigo.

- Eu sabia que algo daria errado. Você não sabe manter o foco. – Stefan disse.

- Eu sou uma distração? – Samantha mordeu o lábio inferior olhando de um ao outro.

- Pode apostar que sim. – Damon murmurou.

- Vamos de uma vez. – Stefan disse atrás dela.

Samantha sabia o que viria a seguir e não pode fazer mais do que xinga-los mentalmente.

 

*

 

Samantha acordou minutos depois sentindo os pulsos e os pés presos por correntes.

Olhou para frente vendo Damon e Stefan a sua frente.

- Estou vivendo um Flashback. – ironizou voltando a fechar os olhos.

- Muito engraçado. – Damon segurou seu rosto entre as mãos. – Agora pode começar a dizer o que fez com Caroline.

Samantha abriu os olhos rapidamente.

- Não se de ao trabalho de negar. – Stefan disse. – Apenas nos diga onde ela está e você poderá sair daqui.

- Eu não sei. – era verdade, não sabia o que Klaus fizera com o corpo.

Os irmãos Salvatore trocaram um olhar rápido.

- Nós podemos fazer isso da maneira fácil ou da maneira difícil. – Damon disse.

- Você não vai querer encostar um dedo em mim. – Samantha ameaçou.

- Pode apostar que eu quero sim. – Damon sorriu sacana.

Samantha usou seu Poder para entrar em sua mente e lhe provocar dor. Damon caiu no chão com as mãos apoiando a cabeça.

- Como você faz isso? – Stefan perguntou curioso analisando a expressão dela e a dor do irmão.

Samantha libertou Damon.

- É algo que veio comigo. – respondeu.

Damon levantou furioso e puxou as correntes por trás da grade fazendo com que apertassem mais os pulsos de Samantha.

Samantha arfou sentindo a dor alastrar-se pelos braços.

- Por que você está aqui? Ou na outra cidade? – Stefan inquiriu.

Sammy permaneceu em silêncio.

A corrente subiu novamente.

- Que droga! – Samantha gritou. – Me solta!

- Primeiro responda. – Stefan disse calmamente.

- Klaus. – disse a contragosto.

Eles se olharam novamente e Damon se aproximou de Sammy.

- Agora eu entendo o que você disse sobre ‘estar frustrada’. – ele sorriu de lado. – E entendo o porquê dele ter te escondido por todo esse tempo. – ele a olhou de cima a baixo. – Eu faria o mesmo.

Stefan empurrou-o gentilmente para o lado.

- Samantha quantos anos você tem? – Stefan analisou minunciosamente seu rosto.

- 22 anos. – respondeu sorrindo abertamente.

- E há quanto tempo você tem 22 anos? – Damon voltou a conversa.

- Há... – Samantha fingiu pensar. – 22 anos.

Damon semicerrou os olhos.

- Você foi transformada há pouco tempo ou... – Stefan foi interrompido por um barulho na porta de ferro.

Samantha agradeceu mentalmente ao ver Niklaus.

- Stefan. Damon. – ele disse indo na direção de Sammy. – Eu acho que já falei que Samantha é problema meu.

- E que “problema” hein. – Damon murmurou.

Niklaus soltou as correntes dela sem maiores delongas.

- Tudo bem? – olhou em seus olhos.

Samantha assentiu.

- Você sabia que Caroline está desaparecida desde a noite de ontem? – Stefan perguntou a Klaus.

Ele olhou para Sammy depois para Stefan.

- Acha que eu tenho algo a ver com isso? – perguntou sem alterar o tom de voz.

- Eu não disse isso. – Stefan deu de ombros. – Achei que você pudesse se importar já que no passado você---

- Como você disse: passado. – Niklaus interrompeu. – Eu não tenho tempo a perder com Caroline.

-Imagino no que você vem gastando seu tempo. – Damon disse olhando sugestivamente para Sammy.

- E imagino que isso não é problema seu. – Klaus sorriu irônico.

- É estranho. – Damon fez careta. – Você poderia ser o avô dela.

Niklaus avançou contra Damon, mas Stefan interferiu.

- Te vejo mais tarde Niklaus. – Sammy disse subindo rapidamente as escadas.

 

*

 

Rebekah estava pensativa, o celular de Matt havia tocado - alguém perguntando algo sobre Caroline - e saiu em seguida. Samantha realmente havia feito o que ela disse que faria? Se sim, o que acontecera entre ela e Klaus para ele revelar que matara seus pais?

As várias perguntas rondavam a cabeça de Rebekah quando Samantha repentinamente abriu a porta.

- Espero não estar atrapalhando nada. – disse ao entrar.

- O Matt não esta aqui, se é o que você quer dizer. – Rebekah disse virando-se para ela.

- Coloque um sorriso nesse rosto Becky. – Samantha alongou os cantos da boca com os dedos forjando um sorriso.

Rebekah afastou as mãos dela com um tapa.

- Sua bipolaridade é algo com o que eu deva me preocupar. – Rebekah disse seriamente.

Sammy bufou e se jogou no sofá encarando o teto.

- Ele tem a bruxa. – o tom de voz baixo. – Em quatro dias eu não serei mais a mesma.

- E o porquê dessa melancolia? Não o que você quer? – Rebekah perguntou confusa.

- Eu não sei mais o que eu quero. – Sammy murmurou. – Eu queria saber sobre os meus pais e agora eu sei.

- Então me deixe lembrar a você que depois disso você terá o seu Poder sempre ligado. Sem mais dores de cabeça, sangramentos...

- Tem razão. – Samantha sentou no sofá olhando para Rebekah. – Você esta pronta para encarar ele?

- Na verdade não vejo a hora de rever Nik. – disse com um sorriso no canto dos lábios.

Samantha parecia perceber só agora ao quanto eles eram parecidos.

- O que houve entre você e o Nik? E a Caroline? – a voz de Rebekah a trouxe de volta a realidade.

- Eu a matei. Ele foi ofensivo. – Samantha resumiu.

- Apenas isso? – Rebekah franziu o cenho.

Samantha levantou olhando pela janela o sol.

- Talvez ele não se importasse tanto com ela como imaginávamos.

- Pode ser. – Rebekah mantinha a expressão de curiosidade no rosto. – Mas por que eu continuo com a sensação de que você esta escondendo algo de mim?

- Porque você é paranoica. – Sammy aproximou-se dela parando com os lábios perto a sua orelha. – Cunhadinha.

 

*

 

Niklaus sentou-se a mesa de frente para a mulher que parecia ter 40 anos quando na verdade já deveria passar dos 100 anos.

- Como vai Niklaus? – cumprimentou cordial.

- O que você descobriu com o cabelo dela? – perguntou logo.

- Muitas coisas. – ela disse. – Ela tem uma personalidade... Diferente, digamos.

- Eu não vim aqui para que você me diga o que eu já sei. – Klaus falou impaciente.

A Mulher respirou fundo usando toda a paciência que aprendeu a ter durante os anos.

- Você pode me deixar continuar com o que eu tenho a dizer ou ficar me interrompendo e se retirar daqui.

Klaus sorriu sem mostrar os dentes.

- Continue.

 

*

 

- Você é completamente louca. – Rebekah disse rindo.

Samantha acompanhou o riso.

As risadas pararam de súbito quando a porta foi empurrada violentamente.

- Niklaus? – Sammy levantou rapidamente do sofá.

Ele nada respondeu. Do lado de fora ele encarava a figura loira em pé ao lado de Sammy.

Samantha olhou de Niklaus á Rebekah sem saber o que fazer.

- Niklaus eu... – Samantha começou incerta se aproximando da porta.

Klaus a calou com um tapa no rosto segurando-o entre as mãos em seguida puxando-a para fora.

- Quando ela me disse eu não pude acreditar. – ele disse olhando em seus olhos rindo sem humor. – Mas aqui estamos nós. – ele olhou vagamente para Rebekah e depois para Sammy novamente.

- Eu não fiz nada! – gritou se soltando dele.

Rebekah foi para fora também.

- Se você tem algo contra a minha presença aqui fale comigo Nik. – disse firmemente.

- Vocês são amigas. – ele disse olhando de uma para outra. – Por que está aqui Rebekah?

- Para garantir que Samantha sobreviva após o ritual. – disse calmamente.

- Eu posso garantir isso. – falou confuso por um momento.

- Não, você não pode. – Rebekah parou ao lado de Sammy. – Todos aqui sabemos que se você tiver que escolher entre a criança e Sammy a quem você escolhera.

Niklaus riu novamente.

- Que seja. – disse.

- Achei que ficaria mais feliz em me ver irmão. – Rebekah sorriu de lado.

- Estou. – disse da mesma forma. – Vai ser ótimo ter você aqui.

- É mesmo? – Rebekah arqueou a sobrancelha.

- Ia te procurar antes do ritual, mas parece que alguém – ele olhou para Sammy – Adiantou um pouco os planos.

Niklaus circundando os ombros de Rebekah com um braço em um meio abraço.

- Eu precisava garantir. – Sammy disse. – Essas suas mudanças de humor são terríveis.

- O que não te da o direito de compactuar com ela. – Klaus parou a sua frente.

- E você acha que eu fiz o que? – Sammy manteve o rosto próximo ao dele. – Falei mal de você? Planejei sua morte?

Rebekah se pôs entre eles.

- Não importa o que ela tenha me dito. – Rebekah disse. – Estou aqui para garantir o total sucesso do ritual. Você sabe que a Samantha vai precisar de uma presença feminina.

- Eu sei. - ele concordou.

- Alguém pra acalmar esse ânimo de vocês. – Rebekah murmurou.

- O que você quis dizer com “Quando ela me disse”? Quem é ela? – Samantha quis saber.

- A nossa bruxa. – sorriu misterioso.

- Quem é ela? – Foi a vez de Rebekah perguntar.

Niklaus não respondeu e deu as costas a elas.

Samantha sentiu algo escorrer no canto de sua boca constatando rapidamente que era sangue. A raiva se alastrou por seu corpo.

- Você vai embora? – ela gritou. – Depois desse teatro todo?

Samantha desceu os três degraus da frente da casa indo até ele na rua.

Klaus virou de súbito encarando-a mortalmente.

- Eu livrei você de uma confusão com os Salvatore. – ele disse pausadamente. – Mais uma vez.

- Você acha que eu devo algo a você? – Samantha usou o mesmo tom.

- Não. – Niklaus suspirou. – Eu acho que você me dá problema demais. Foi a única coisa que você veio fazendo bem desde que chegou.

- O que eu posso dizer? – Samantha sorriu irônica. – É mais forte que eu.

Niklaus levou a mão até os lábios dela limpando o sangue rapidamente.

- Ás vezes você tenta confiar em uma pessoa, mas ela continua te desapontando, de novo e de novo. Em um ciclo vicioso.- falou calmamente.

Samantha sentiu um aperto na garganta, lutou contra aquela sensação.

- Infelizmente eu não sou um fantoche que você pode por novas ideias. Eu tenho uma personalidade forte, só isso. – Sammy disse desviando o olhar.

- Tem razão. – Klaus tirou a mão de seu rosto. – Não há nada que eu possa dizer para tentar te mudar.

Samantha permaneceu em silêncio.

- Há pergunta é: Quantas vezes você pode me desapontar antes que isso acabe com nós?