Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies
"Now that you're going down…" - Goin' Down - 3DG
Samantha chegou ao lugar onde queria - uma clareira mais afastada da cidade – agora só precisava esperar a loira chegar.
Sammy sentia cada parte do seu corpo queimar – mas era uma sensação boa – expressava que o Poder estava apenas esperando para ‘explodir’ através dela.
Esperou pacientemente até ouvir a voz de Caroline por entre as árvores.
- Matt? – chamou. – Matt eu juro que você vai pagar pelas minhas botas. Estão cheias de lama! – esbravejou.
- Receio dizer que o Matt não esta aqui e que para o lugar aonde você vai não precisara de botas. – Samantha disse quando Caroline pode ser visualizada.
- Que brincadeira é essa? – Caroline olhou ao redor séria. – Você me chamou aqui?
Sammy sorriu de lado.
- Eu não sei o que você quer, mas eu já vou avisando uma coisa. – Caroline respirou fundo. – Eu já cansei dessa sua implicância, isso esta virando perseguição, cuidado.
- A única pessoa que precisa ter cuidado aqui é você. – Samantha disse entredentes.
Caroline semicerrou os olhos e se preparou para dizer algo, mas suas palavras ficaram presas na garganta. A garota passou a tossir compulsivamente.
Samantha observava a cena admirada com a grandeza do seu Poder, estava cada vez mais próxima a tão esperada Lua cheia... Samantha piscou e deixou de envolver Caroline com seu Poder.
Caroline tossiu mais algumas vezes, lágrimas caiam de seus olhos. Ela olhou furiosa para Samantha.
- Você é insana! – gritou com a voz rouca.
- Sim eu sou. – Samantha deu de ombros. – E já fui chama de coisas piores.
- Vadia! – Caroline gritou de novo.
- É, tipo isso. – Sammy riu.
- O porquê de fazer isso? – Caroline andou alguns passos em sua direção. – Eu já disse que não quero nada com Klaus, nem com você, porque simplesmente não desaparece da minha vida?
- Eu não desapareço da vida das pessoas. – Samantha abaixou tocando a terra com as mãos. – Mas eu já fiz muita gente desaparecer da minha.
- O que você gosta é de competir? – Caroline estava com raiva e confusa. – Você se acha melhor roubando o que é dos outros? Não querendo dizer que o Klaus é meu, mas---
- Chega! – Samantha elevou o tom de voz pela primeira vez, interrompendo-a.
- O que ele fez com você? – Caroline perguntou mais baixo, quase que para si mesma. – Você se sente tão ligada a ele que não percebe o quão ridícula esta sendo por querer brigar comigo por ele?
- Brigar? – o sorriso misterioso – assustador aos olhos de Caroline – voltou a seu rosto.
Caroline sentiu uma pontada na cabeça, uma dor insuportável como ter seu cérebro transfixado por uma agulha repetidas vezes no mesmo local. Ela gritou e caiu de joelhos.
Samantha levantou batendo as mãos uma na outra tirando a poeira. Caroline deixou de sentir a dor.
- Há algo muito maior que ‘sentir-se ligada a ele’. – Sammy falou observando o rosto dela. – Algo que não te diz respeito e eu não a quero por perto quando acontecer.
- E por quê? – Caroline conseguiu perguntar. – Acontecer o que?
- Você pode atrapalhar as ideias de Niklaus. – Samantha disse calmamente. – Ele não precisa de mais uma distração.
- Despeito amoroso? – Caroline riu. Riu muito. No entanto, era um riso nervoso.
Samantha pensou que poderia fazê-la engasgar com a própria língua, mas não fez nada. Apenas esperou que ela parasse por si só.
Balançou a cabeça em negação.
- Ato de desespero? – perguntou chegando mais perto de Caroline.
- Me diga você. – respondeu no mesmo tom.
- Eu desliguei parte das minhas emoções. – ela confessou.
A parte vampira, mas a parte humana continuava intacta. – mas isso ela não disse.
- Parte? – Caroline pareceu confusa.
Samantha deu de ombros.
Caroline levantou do chão cautelosamente como se esperasse que a qualquer segundo outra ação misteriosa caísse sobre ela.
- Como você faz isso? – Caroline não conseguiu conter a pergunta.
- Eu nasci assim. – Samantha disse simplesmente.
Samantha foi até o outro lado pegando algo que Caroline não pode ver até ser arremessado a ela. Não contra ela.
Caroline abriu a boca para perguntar, mas foi impedida subitamente por um aperto no pescoço, ela sentia como se uma mão a envolvesse, mas Samantha estava do outro lado ainda.
- Chega de perguntar. – Sammy disse.
Caroline estava sufocando-se.
Samantha mais uma vez a liberou.
- Se você vai me matar porque não faz de uma vez? – Caroline gritou a plenos pulmões. – Chega de joguinhos!
- Eu não vou encostar um dedo em você, Caroline. – Samantha falou pronunciando o nome dela pela primeira vez na noite. – Será que não percebeu?
- Ótimo, vai me matar usando essa sua bruxaria! – Caroline ironizou.
- Bruxaria não. – Sammy entortou a boca como se estivesse chateada. – Sou apenas eu.
- Você é doente! – Caroline esbravejou. – Louca!
- Respondendo a sua pergunta. – Samantha ignorou-a. – Eu não vou matar você.
Caroline olhou para ela duvidosa.
- Você mesma vai. – sorriu como se desse a melhor noticia do mundo a alguém.
- Eu não vou fazer isso. – Caroline murmurou visivelmente abalada. – Você não pode me obrigar! Você não pode me compelir!
- Não tenha tanta certeza. – Samantha rodopiou. – Eu não preciso te compelir.
Caroline sentiu os cabelos voarem mesmo sem vento algum.
No segundo seguinte Samantha estava a sua frente.
- Eu posso estar na sua mente. – sussurrou rente a seu rosto. – Eu posso ser a sua consciência.
Caroline sentiu um tremor subir por sua espinha, pelo modo como ela falava e pelo modo como a olhava.
- Na verdade eu não precisaria nem de palavras. – Sammy comentou. – Mas eu tenho o prazer de dizer.
O objeto que Sammy lançara anteriormente ergueu-se do chão apenas com a força do pensamento dela. Era uma estaca feita de madeira. Um pouco maior que o normal.
- Caroline você vai pegar essa estaca e vai crava-la em seu próprio coração quando eu ordenar que faça. – disse olhando sua expressão assustada.
- Eu não vou--- - Caroline começou a dizer, mas sem seu consentimento seu corpo passou a se mover até a estaca segurou-a com as mãos firmes levando a estaca para frente de seu peito. – Ah, meu Deus.
- Você ainda acha que não vai fazer isso? – perguntou próximo a seu ouvido.
Lagrimas saltaram dos olhos de Caroline, ela estava tão furiosa, queria enterrar a estaca no coração da víbora a sua frente, mas seus braços não se mexiam. Simplesmente não a obedeciam.
Samantha pode ouvir a movimentação ao longe.
- Que a diversão comece. – disse a si mesma sorrindo mal-intencionada.
- Apenas me diga o porquê. – a voz de Caroline chamou sua atenção.
- Eu não gosto de você. – Samantha disse sem olha-la.
Mais perto.
Samantha caminhou para longe dela, para o outro lado da clareira e sentou-se no chão.
Niklaus entrou na clareira fulminando Samantha com os olhos, mas isso foi até ele ver Caroline... Samantha fez cara de desgosto ao notar a exaltação se transformar em nervosismo ao vê-la.
- Caroline o que você...? – ele perguntou vendo a estaca.
- Ela me obrigou. – Caroline murmurou chorosa.
Samantha quase riu.
- Olá Niklaus. – acenou para ele, mantendo a mesma posição despojada.
- O que você esta fazendo? – Klaus perguntou entredentes.
- O que parece que eu estou fazendo? – ela rebateu. – Estou sentada. – continuou antes que ele falasse. – E tirando um empecilho do meu caminho.
Klaus fechou os olhos e tornou a abrir, sua expressão impossível de ser compreendida.
- Eu exijo que você pare com essa palhaçada toda agora. – falou pausadamente.
- Por que se a atração principal acabou de chegar? – Samantha perguntou ingênua, sorrindo de lado.
No momento seguinte Klaus estava de frente para ela, puxando-a pelos cabelos para que levantasse.
Samantha fechou os olhos e sorriu como se estivesse gostando do tratamento, apenas para enfurecê-lo mais ainda.
- Pra que isso agora? Infantilidade também esta incluída nessa sua cabeça oca? – apesar de quase sussurrar suas palavras saiam serias.
- Me solte Niklaus. – Samantha disse simplesmente.
Klaus permaneceu na mesma. Os olhos de Samantha tornaram-se completamente negros. Klaus sabia o que viria a seguir se não a soltasse.
- Terei que falar de novo? – Samantha aproximou o rosto do dele. – Amor.
Klaus tirou a mão de seu cabelo e se afastou um passo. Sammy sorriu.
- Você não precisa fazer isso. – ele disse para ela.
- Sim eu preciso. – Sammy falou.
Klaus foi até Caroline e disse o mesmo a ela.
- Você não entende. – a garota chorava. – Ela esta me obrigando, como se estivesse na minha mente, não é uma simples compulsão, droga!
Klaus tocou a mão dela para puxar a estaca.
- Mais um movimento e ela morre Niklaus. – Samantha avisou. – Se afaste dela!
- Por que Klaus? – Caroline perguntou em meio às lágrimas
- Quer saber de uma coisa interessante Caroline?! – Sammy perguntou retoricamente – Nós vamos ter um bebê!
Caroline arregalou os olhos, Klaus apenas respirou fundo.
- Do que ela esta falando? – Caroline perguntou a ele.
- É isso mesmo! – Sammy cantarolou. – Um lindo bebezinho.
- Isso não é possível! Vampiros não têm filhos! Não podem! – Caroline falava apressada completamente confusa.
- Vampiros não, mas o Original aí também é parte lobo não se esqueça. – Sammy sorriu de lado. – E quer saber outra coisa interessante?! – novamente perguntou retórica – Eu sou parte humana.
Caroline estava confusa, preocupada e apavorada. Era muito para digerir. E sabia que se ela estava dizendo aquilo, não havia intenção alguma de deixa-la sair com alguma informação. Não havia intenção de deixa-la sair...
Klaus reunindo toda a paciência que ele não tinha se afastou.
- É só um jogo pra você não é? Quer que eu peça para que não faça isso. Que eu me humilhe a você. – Klaus virou seu rosto para ela. – Ou melhor, quer que eu me desculpe por tirar seu sangue?
- Você tirou algo de mim eu tiro algo de você. O que acha? – Samantha sorriu tão sádica quanto ele. – Não parece um bom jogo? Mas eu aviso: nesse jogo só a lugar para um perdedor, e não serei eu.
- Serei eu! – Caroline gritou de repente. – A única a perder serei eu. Perderei a vida.
- Tecnicamente... – Samantha analisou. – Você não pode perder o que não tem. – Samantha sussurrou como se contasse o maior segredo de todos. – Vampiros já estão mortos. – e então passou a rir do que dissera.
Klaus olhou para Caroline analisando seu rosto depois olhou para Sammy.
- É bom que você cumpra cada palavra que esta dizendo, por que se não alguém morrera essa noite, e te garanto que não será Caroline.
Klaus andou alguns passos para longe de Caroline, para perto de Samantha.
- “Pessoas que fazem ameaças devem sempre as cumprir” – Klaus falou sorrindo de lado. “Se não eles mesmo merecem a morte”.
Samantha cerrou a mandíbula. Ela dissera aquilo. Ele tinha parte de suas memorias como o esperado.
- Não use as minhas próprias palavras contra mim. – ela disse.
- Eu estou esperando! Faça! – ele gritou fazendo Caroline se encolher e Sammy desviar o olhar. – Faça ó toda poderosa Samantha Robertson!
Samantha respirou profundamente contendo a vontade de avançar nele.
Segundos se passaram em absoluto silêncio, após Klaus gritar provocações a ela. Só os grilos podiam ser ouvidos.
- Como eu pensei. – Klaus sorriu zombeteiro á ela enquanto se voltava a Caroline.
Samantha fechou os olhos e apenas mentalizou “Faça!”
A estaca atravessou o peito de Caroline fazendo jorrar sangue em Klaus que estava tão próximo.
Samantha manteve a expressão impassível quanto ele a olhou desacreditado.
Caroline caiu de joelhos, o sangue escorria por sua boca e pelo ferimento no peito. Klaus puxou a estaca lançando-a a metros dali.
Samantha virou de costas se recusando a ver tal cena. Voltou apenas a se virar quando ouviu os passos dele em sua direção.
Ficaram frente a frente, ambos sem expressões formadas no rosto.
- Parabéns. – ele disse. – Não é o que você quer ouvir? Parabéns por ter matado uma garota que não tinha nada a ver com a sua irritação comigo.
Samantha engoliu em seco extinguindo aquele sentimento confuso.
- Você vai aprender que não pode duvidar de mim. – Sammy disse.
Niklaus tocou seu rosto apertando levemente sua mandíbula.
- Por que você é má. – ele disse. – Tão má. – estava sendo irônico. – Como eu.
Samantha tirou a mão dele de seu rosto.
- Deveríamos ser um casal do mal. – ele sussurrou. – Sair pelo mundo a fora fazendo maldades. – era tanta ironia que Sammy sentiu se incomodada. – Você conquista meu respeito, minha admiração e então? – Klaus deixou o rosto a milímetros do dela. - Talvez você queira conquistar o meu amor também.
Samantha o afastou com um tapa no rosto.
- Foi uma ação tão humana. – ele tocou o lado do rosto acertado; brevemente.
Klaus riu olhando para tudo a seu redor e deu as costas a ela.
- Às vezes parece que você esquece que eu desliguei as minhas emoções. – murmurou.
- Talvez seja porque às vezes você parece esquecer também! – Sammy se irritou.
Klaus virou para olha-la.
- Do que esta falando?
- Caroline!
- Você acha que eu nutria sentimentos por ela? – perguntou sem acreditar parando a frente dela.
- Talvez por ela você tenha sentido o mais próximo de um sentimento. – Sammy disse.
- Que sentimento? – Klaus insistiu.
- Amor. – Samantha cuspiu a palavra à contra gosto.
Klaus assentiu pensando por um breve momento.
- Por você eu nutro o mais próximo de um sentimento também. – disse.
- Que sentimento? – foi a vez de ela perguntar.
Klaus se aproximou deixando seus lábios quase colados.
- Desapontamento. Desprezo. Achei que você fosse melhor que isso.
Ele se afastou deixando Samantha estática observando-o sair.
Samantha fechou os olhos com força sentindo uma lágrima tão solitária quanto ela escorrer por sua bochecha.
Por que esse sentimento de “perda” continuava a assombrando mesmo quando ela claramente estava “ganhando”?
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Well, Team Caroline sorry, mas foi necessário. Não há espaço para Caroline e Samantha se tratando de Klaus rs
E mais uma vez lá está Samantha sofrendo tsc tsc que vida hein.
Espero que vocês tenham gostado, porque eu particularmente amei haha
Deixem suas opiniões. É importante. Motivador.
No próximo capítulo, enfim vocês saberão do passado de Samantha - ou parte dele - Ansiosos? =3
See you later ;*