Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 10
Now that you're going down...




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"Now that you're going down…" - Goin' Down - 3DG

Samantha chegou ao lugar onde queria - uma clareira mais afastada da cidade – agora só precisava esperar a loira chegar.

Sammy sentia cada parte do seu corpo queimar – mas era uma sensação boa – expressava que o Poder estava apenas esperando para ‘explodir’ através dela.

Esperou pacientemente até ouvir a voz de Caroline por entre as árvores.

- Matt? – chamou. – Matt eu juro que você vai pagar pelas minhas botas. Estão cheias de lama! – esbravejou.

- Receio dizer que o Matt não esta aqui e que para o lugar aonde você vai não precisara de botas. – Samantha disse quando Caroline pode ser visualizada.

- Que brincadeira é essa? – Caroline olhou ao redor séria. – Você me chamou aqui?

Sammy sorriu de lado.

- Eu não sei o que você quer, mas eu já vou avisando uma coisa. – Caroline respirou fundo. – Eu já cansei dessa sua implicância, isso esta virando perseguição, cuidado.

- A única pessoa que precisa ter cuidado aqui é você. – Samantha disse entredentes.

Caroline semicerrou os olhos e se preparou para dizer algo, mas suas palavras ficaram presas na garganta. A garota passou a tossir compulsivamente.

Samantha observava a cena admirada com a grandeza do seu Poder, estava cada vez mais próxima a tão esperada Lua cheia... Samantha piscou e deixou de envolver Caroline com seu Poder.

Caroline tossiu mais algumas vezes, lágrimas caiam de seus olhos. Ela olhou furiosa para Samantha.

- Você é insana! – gritou com a voz rouca.

- Sim eu sou. – Samantha deu de ombros. – E já fui chama de coisas piores.

- Vadia! – Caroline gritou de novo.

- É, tipo isso. – Sammy riu.

- O porquê de fazer isso? – Caroline andou alguns passos em sua direção. – Eu já disse que não quero nada com Klaus, nem com você, porque simplesmente não desaparece da minha vida?

- Eu não desapareço da vida das pessoas. – Samantha abaixou tocando a terra com as mãos. – Mas eu já fiz muita gente desaparecer da minha.

- O que você gosta é de competir? – Caroline estava com raiva e confusa. – Você se acha melhor roubando o que é dos outros? Não querendo dizer que o Klaus é meu, mas---

- Chega! – Samantha elevou o tom de voz pela primeira vez, interrompendo-a.

- O que ele fez com você? – Caroline perguntou mais baixo, quase que para si mesma. – Você se sente tão ligada a ele que não percebe o quão ridícula esta sendo por querer brigar comigo por ele?

- Brigar? – o sorriso misterioso – assustador aos olhos de Caroline – voltou a seu rosto.

Caroline sentiu uma pontada na cabeça, uma dor insuportável como ter seu cérebro transfixado por uma agulha repetidas vezes no mesmo local. Ela gritou e caiu de joelhos.

Samantha levantou batendo as mãos uma na outra tirando a poeira. Caroline deixou de sentir a dor.

- Há algo muito maior que ‘sentir-se ligada a ele’. – Sammy falou observando o rosto dela. – Algo que não te diz respeito e eu não a quero por perto quando acontecer.

- E por quê? – Caroline conseguiu perguntar. – Acontecer o que?

- Você pode atrapalhar as ideias de Niklaus. – Samantha disse calmamente. – Ele não precisa de mais uma distração.

- Despeito amoroso? – Caroline riu. Riu muito. No entanto, era um riso nervoso.

Samantha pensou que poderia fazê-la engasgar com a própria língua, mas não fez nada. Apenas esperou que ela parasse por si só.

Balançou a cabeça em negação.

- Ato de desespero? – perguntou chegando mais perto de Caroline.

- Me diga você. – respondeu no mesmo tom.

- Eu desliguei parte das minhas emoções. – ela confessou.

A parte vampira, mas a parte humana continuava intacta. – mas isso ela não disse.

- Parte? – Caroline pareceu confusa.

Samantha deu de ombros.

Caroline levantou do chão cautelosamente como se esperasse que a qualquer segundo outra ação misteriosa caísse sobre ela.

- Como você faz isso? – Caroline não conseguiu conter a pergunta.

- Eu nasci assim. – Samantha disse simplesmente.

Samantha foi até o outro lado pegando algo que Caroline não pode ver até ser arremessado a ela. Não contra ela.

Caroline abriu a boca para perguntar, mas foi impedida subitamente por um aperto no pescoço, ela sentia como se uma mão a envolvesse, mas Samantha estava do outro lado ainda.

- Chega de perguntar. – Sammy disse.

Caroline estava sufocando-se.

Samantha mais uma vez a liberou.

- Se você vai me matar porque não faz de uma vez? – Caroline gritou a plenos pulmões. – Chega de joguinhos!

- Eu não vou encostar um dedo em você, Caroline. – Samantha falou pronunciando o nome dela pela primeira vez na noite. – Será que não percebeu?

- Ótimo, vai me matar usando essa sua bruxaria! – Caroline ironizou.

- Bruxaria não. – Sammy entortou a boca como se estivesse chateada. – Sou apenas eu.

- Você é doente! – Caroline esbravejou. – Louca!

- Respondendo a sua pergunta. – Samantha ignorou-a. – Eu não vou matar você.

Caroline olhou para ela duvidosa.

- Você mesma vai. – sorriu como se desse a melhor noticia do mundo a alguém.

 - Eu não vou fazer isso. – Caroline murmurou visivelmente abalada. – Você não pode me obrigar! Você não pode me compelir!

- Não tenha tanta certeza. – Samantha rodopiou. – Eu não preciso te compelir.

Caroline sentiu os cabelos voarem mesmo sem vento algum.

No segundo seguinte Samantha estava a sua frente.

- Eu posso estar na sua mente. – sussurrou rente a seu rosto. – Eu posso ser a sua consciência.

Caroline sentiu um tremor subir por sua espinha, pelo modo como ela falava e pelo modo como a olhava.

- Na verdade eu não precisaria nem de palavras. – Sammy comentou. – Mas eu tenho o prazer de dizer.

O objeto que Sammy lançara anteriormente ergueu-se do chão apenas com a força do pensamento dela. Era uma estaca feita de madeira. Um pouco maior que o normal.

- Caroline você vai pegar essa estaca e vai crava-la em seu próprio coração quando eu ordenar que faça. – disse olhando sua expressão assustada.

- Eu não vou--- - Caroline começou a dizer, mas sem seu consentimento seu corpo passou a se mover até a estaca segurou-a com as mãos firmes levando a estaca para frente de seu peito. – Ah, meu Deus.

- Você ainda acha que não vai fazer isso? – perguntou próximo a seu ouvido.

Lagrimas saltaram dos olhos de Caroline, ela estava tão furiosa, queria enterrar a estaca no coração da víbora a sua frente, mas seus braços não se mexiam. Simplesmente não a obedeciam.

Samantha pode ouvir a movimentação ao longe.

- Que a diversão comece. – disse a si mesma sorrindo mal-intencionada.

- Apenas me diga o porquê. – a voz de Caroline chamou sua atenção.

- Eu não gosto de você. – Samantha disse sem olha-la.

Mais perto.

Samantha caminhou para longe dela, para o outro lado da clareira e sentou-se no chão.

Niklaus entrou na clareira fulminando Samantha com os olhos, mas isso foi até ele ver Caroline... Samantha fez cara de desgosto ao notar a exaltação se transformar em nervosismo ao vê-la.

- Caroline o que você...? – ele perguntou vendo a estaca.

- Ela me obrigou. – Caroline murmurou chorosa.

Samantha quase riu.

- Olá Niklaus. – acenou para ele, mantendo a mesma posição despojada.

- O que você esta fazendo? – Klaus perguntou entredentes.

- O que parece que eu estou fazendo? – ela rebateu. – Estou sentada. – continuou antes que ele falasse. – E tirando um empecilho do meu caminho.

Klaus fechou os olhos e tornou a abrir, sua expressão impossível de ser compreendida.

- Eu exijo que você pare com essa palhaçada toda agora. – falou pausadamente.

- Por que se a atração principal acabou de chegar? – Samantha perguntou ingênua, sorrindo de lado.

No momento seguinte Klaus estava de frente para ela, puxando-a pelos cabelos para que levantasse.

Samantha fechou os olhos e sorriu como se estivesse gostando do tratamento, apenas para enfurecê-lo mais ainda.

- Pra que isso agora? Infantilidade também esta incluída nessa sua cabeça oca? – apesar de quase sussurrar suas palavras saiam serias.

- Me solte Niklaus. – Samantha disse simplesmente.

Klaus permaneceu na mesma. Os olhos de Samantha tornaram-se completamente negros. Klaus sabia o que viria a seguir se não a soltasse.

- Terei que falar de novo? – Samantha aproximou o rosto do dele. – Amor.

Klaus tirou a mão de seu cabelo e se afastou um passo. Sammy sorriu.

- Você não precisa fazer isso. – ele disse para ela.

- Sim eu preciso. – Sammy falou.

Klaus foi até Caroline e disse o mesmo a ela.

- Você não entende. – a garota chorava. – Ela esta me obrigando, como se estivesse na minha mente, não é uma simples compulsão, droga!

Klaus tocou a mão dela para puxar a estaca.

- Mais um movimento e ela morre Niklaus. – Samantha avisou. – Se afaste dela!

- Por que Klaus? – Caroline perguntou em meio às lágrimas

- Quer saber de uma coisa interessante Caroline?! – Sammy perguntou retoricamente – Nós vamos ter um bebê!

Caroline arregalou os olhos, Klaus apenas respirou fundo.

- Do que ela esta falando? – Caroline perguntou a ele.

- É isso mesmo! – Sammy cantarolou. – Um lindo bebezinho.

- Isso não é possível! Vampiros não têm filhos! Não podem! – Caroline falava apressada completamente confusa.

- Vampiros não, mas o Original aí também é parte lobo não se esqueça. – Sammy sorriu de lado. – E quer saber outra coisa interessante?! – novamente perguntou retórica – Eu sou parte humana.

Caroline estava confusa, preocupada e apavorada. Era muito para digerir. E sabia que se ela estava dizendo aquilo, não havia intenção alguma de deixa-la sair com alguma informação. Não havia intenção de deixa-la sair...

Klaus reunindo toda a paciência que ele não tinha se afastou.

- É só um jogo pra você não é? Quer que eu peça para que não faça isso. Que eu me humilhe a você. – Klaus virou seu rosto para ela. – Ou melhor, quer que eu me desculpe por tirar seu sangue?

- Você tirou algo de mim eu tiro algo de você. O que acha? – Samantha sorriu tão sádica quanto ele. – Não parece um bom jogo? Mas eu aviso: nesse jogo só a lugar para um perdedor, e não serei eu.

- Serei eu! – Caroline gritou de repente. – A única a perder serei eu. Perderei a vida.

- Tecnicamente... – Samantha analisou. – Você não pode perder o que não tem. – Samantha sussurrou como se contasse o maior segredo de todos. – Vampiros já estão mortos. – e então passou a rir do que dissera.

Klaus olhou para Caroline analisando seu rosto depois olhou para Sammy.

- É bom que você cumpra cada palavra que esta dizendo, por que se não alguém morrera essa noite, e te garanto que não será Caroline.

Klaus andou alguns passos para longe de Caroline, para perto de Samantha.

- “Pessoas que fazem ameaças devem sempre as cumprir” – Klaus falou sorrindo de lado. “Se não eles mesmo merecem a morte”.

Samantha cerrou a mandíbula. Ela dissera aquilo. Ele tinha parte de suas memorias como o esperado.

- Não use as minhas próprias palavras contra mim. – ela disse.

- Eu estou esperando! Faça! – ele gritou fazendo Caroline se encolher e Sammy desviar o olhar. – Faça ó toda poderosa Samantha Robertson!

Samantha respirou profundamente contendo a vontade de avançar nele.

Segundos se passaram em absoluto silêncio, após Klaus gritar provocações a ela. Só os grilos podiam ser ouvidos.

- Como eu pensei. – Klaus sorriu zombeteiro á ela enquanto se voltava a Caroline.

Samantha fechou os olhos e apenas mentalizou “Faça!”

A estaca atravessou o peito de Caroline fazendo jorrar sangue em Klaus que estava tão próximo.

Samantha manteve a expressão impassível quanto ele a olhou desacreditado.

Caroline caiu de joelhos, o sangue escorria por sua boca e pelo ferimento no peito. Klaus puxou a estaca lançando-a a metros dali.

Samantha virou de costas se recusando a ver tal cena. Voltou apenas a se virar quando ouviu os passos dele em sua direção.

Ficaram frente a frente, ambos sem expressões formadas no rosto.

- Parabéns. – ele disse. – Não é o que você quer ouvir? Parabéns por ter matado uma garota que não tinha nada a ver com a sua irritação comigo.

Samantha engoliu em seco extinguindo aquele sentimento confuso.

- Você vai aprender que não pode duvidar de mim. – Sammy disse.

Niklaus tocou seu rosto apertando levemente sua mandíbula.

- Por que você é má. – ele disse. – Tão má. – estava sendo irônico. – Como eu.

Samantha tirou a mão dele de seu rosto.

- Deveríamos ser um casal do mal. – ele sussurrou. – Sair pelo mundo a fora fazendo maldades. – era tanta ironia que Sammy sentiu se incomodada. – Você conquista meu respeito, minha admiração e então? – Klaus deixou o rosto a milímetros do dela. - Talvez você queira conquistar o meu amor também.

Samantha o afastou com um tapa no rosto.

- Foi uma ação tão humana. – ele tocou o lado do rosto acertado; brevemente.

Klaus riu olhando para tudo a seu redor e deu as costas a ela.

- Às vezes parece que você esquece que eu desliguei as minhas emoções. – murmurou.

- Talvez seja porque às vezes você parece esquecer também! – Sammy se irritou.

Klaus virou para olha-la.

- Do que esta falando?

- Caroline!

- Você acha que eu nutria sentimentos por ela? – perguntou sem acreditar parando a frente dela.

- Talvez por ela você tenha sentido o mais próximo de um sentimento. – Sammy disse.

- Que sentimento? – Klaus insistiu.

- Amor. – Samantha cuspiu a palavra à contra gosto.

Klaus assentiu pensando por um breve momento.

- Por você eu nutro o mais próximo de um sentimento também. – disse.

- Que sentimento? – foi a vez de ela perguntar.

Klaus se aproximou deixando seus lábios quase colados.

- Desapontamento. Desprezo. Achei que você fosse melhor que isso.

Ele se afastou deixando Samantha estática observando-o sair.

Samantha fechou os olhos com força sentindo uma lágrima tão solitária quanto ela escorrer por sua bochecha.

Por que esse sentimento de “perda” continuava a assombrando mesmo quando ela claramente estava “ganhando”?


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Notas finais do capítulo

Well, Team Caroline sorry, mas foi necessário. Não há espaço para Caroline e Samantha se tratando de Klaus rs
E mais uma vez lá está Samantha sofrendo tsc tsc que vida hein.

Espero que vocês tenham gostado, porque eu particularmente amei haha
Deixem suas opiniões. É importante. Motivador.

No próximo capítulo, enfim vocês saberão do passado de Samantha - ou parte dele - Ansiosos? =3

See you later ;*



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