Todos estavam preocupados e minha mãe com o telefone na mão, abri meus olhos sem saber nada e com muita dor de cabeça.
- Filha, o que aconteceu?
- Nada mãe está bem. Acho que tive somente uma recaída.
- Não quer ir pro hospital?
- Não mãe, tô bem
- ok vou te deixar aqui com seus amigos, mais tarde eu volto.
- ok, tchau.
Várias coisas estavam passando pela minha cabeça no momento, não sabia o que fazer a muito menos o que dizer.  Cecília saiu da minha casa sem dizer aonde ia, fiquei no quarto com o Henrique tentando me distrair quando, após 10 minutos, Cecília entrou correndo pelo meu quarto e me arrastou para o banheiro com uma coisa branca que parecia um termômetro.
- Lê, presta muita atenção, eu não estou afirmando nada, mas quero que você faça. Isso é um teste de gravidez, de farmácia.
- Acha que eu posso estar grávida?
- Pode ser que sim, você não ia desmaiar a toa.
Quando eu ouvi “Pode ser que sim”, lágrimas vieram aos meus olhos e o desespero ao meu coração.
- COMO ASSIM? Ceci, eu NÃO posso estar grávida! Como explicarei aos meus pais que estou grávida aos 17 anos? Meu mundo tá indo por água abaixo amiga, eu tinha tantos planos entende, e, não posso cumprir metade porque provavelmente estou grávida!
- Letícia, se acalma! Você ainda não sabe! Faz o teste e amanhã de manhã me conta tudo! Fica bem tá? Te amo!
De tantos abraços que ela já havia me dado, aquele seria um dos mais inesquecíveis, sabia que ela não me abandonaria numa hora dessas.
Os 2 foram para a casa, e na manhã seguinte, minha meta era fazer o teste logo quando acordasse.