Em meados de setembro, num dia em que o sol e a brisa conviviam como nunca, e as folhas que iam caindo das árvores dançavam no ar, o loiro foi levado de mal grato por uma mãe que levava olheiras pesadas de baixo dos olhos azulados.
– Vamos, Draco. - Ela pediu uma última vez, desanimada.
Ele jogou as coisas dentro de seu malão com esmero, retirou a camiseta de dentro da calça como nunca havia feito, desfez o nó de sua gravata e colocou-a no ombro. Sacudiu o cabelo e se dirigiu a Narcisa.
– O que é isso, meu filho! - Exclamou a mulher, pasma.
– O que? - Ele se olhou dos pés a cabeça. - Não gostou?
– Meu filho, err... Você está parecendo um ralé desse jeito! - Ela arrumou as mechas louras do menino como eles sempre fizeram antes e recolocou a gravata em seu devido lugar.
"Ué, se o Weasley se veste assim, Hermione deve gostar. Por que não tentar?" Ele pensou para si mesmo.
– Pare de me arrumar, mulher! - Exclamou.
Ele deu a mão para ela, e os dois aparataram.
A mulher o deixou assim que chegaram na estação, e Draco se esgueirou pelas paredes tentando não ser visto por ninguém. Ele passou de cabeça abaixada pela multidão de estudantes agitados e entrou no trem. Passou despercebido pela cabine cujo os alunos usavam apenas blusões vermelho e dourado, entrando num outro quieto, onde se remexiam estudantes com cara sarcásticas e audaciosas.
– Oi, Draco! Que bonito esse seu cabelo bagunçado! Acho super sexy! - Pansy praticamente gemeu, quando o avistou.
– E ai, Pansy. - Ele respondeu de mal grato.
– Ah, Draquinho vem aqui do meu lado! - Ela pediu, remexendo a mão pelo espaço estofado vazio ao seu lado.
– Vai lá, Draco! Só se segurem para não engolir um ao outro na minha frente. Eca. - O menino reconheceu a voz de Blásio Zabini, um garoto alto, bonitão e moreno do mesmo ano que ele. Que estava no mesmo vagão, ao lado de Goyle, que tentara imitar o estilo de Malfoy sem o mínimo sucesso. O cabelo tingido de louro parecia mais uma esponja e o terno mal lhe cabia.
– Olá, Draco - Disse Goyle cordialmente - Gostou do meu novo estilo?
– Ta legal. - O loiro respondeu sem prestar atenção. - Ah, Zabini, vai ali no fundo dar pra alguém, vai! - Ele retrucou, rindo.
Por fim, sem escolha, sentou ao lado de Pansy, que insistiu para o mesmo se deitar sobre seu colo e deixasse que ela acariciasse seus cabelos loiros e sedosos. Ela, sem que os outros percebessem, enquanto Draco estava sob seu controle, abaixava levemente o seu decote, de pouco em pouco. Ela havia cortado todas as colas das roupas do uniforme em um profundo "V" e comprou dois números menores do que o seu tamanho.
Uma menina, provavelmente do segundo ano, ruiva escura dos olhos caramelos chegou a mesa do grupo usando um impecável uniforme da Sonserina, carregando um envelope gracioso com uma fita roxa.
– O senhor Horário Slughorn, professor de poções do sexto ano, requere a presença de Blásio Zabini no compartimento C para uma reunião, daqui a meia hora, por motivos pessoais. Adeus.

– O que? Poções? - Draco se intrigou.
– Fui - Zabini respondeu, fazendo cara de nojo. - Vou ir antes que o Draco e a Pansy se engulam.
Pansy fez uma cara de danada e Draco fez um gesto obsceno para o amigo.
– Pansy, me deixa levantar? - Ele pediu, ficando na posição vertical.
– Não, Draquinho, hoje você vai ser meu. - Ela disse, num tom meio possessivo.
Logo empurrando o corpo de Draco contra suas coxas grossas.
"Droga." Ele pensou.
– Vai Draquinho - Disse Zabini, fazendo uma imitação perfeita de Pansy - Vou indo.
Não foi uma surpresa para ninguém o fato de que no compartimento C também se encontrasse Harry Potter.
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Povs Zabini
Havia um pequeno monte de gente em volta de mesa redonda lá no compartimento C.
Horácio, que descobri ser nada mais, nada menos que um velho careca, que vestia um robe com botões que pareciam que iam pular dali devido a pressão que sofriam por causa do tamanho da pança.
– Ah, Zabini! Que bom que pode comparecer! - O velho esticou a mão para mim. - Bem vindo, bem vindo. Sente-se aqui.
– Falou, Professor. Obrigado. - Respondi, e sentei na cadeira indicada, ao lado de uma menina gatissima da Lufa-Lufa, mais tarde descobri que se chamava Isabela Geltway, uma menina que entrara esse ano.
– E ai, gata? -Perguntei.
– Nem vem. - Ela respondeu - Acostumado como meninas igual a Pansy? Vadias? Desculpa, não sou uma delas.
– Uau, gata, você é voraz. Eu gosto disso.
– Zabini, sabe do que eu acho que você vai gostar? Um garfo enfiado na sua garganta! Quem sabe assim você para de falar?
– Como sabe meu nome, Isabela?- Contemplei.
– Não é sua conta, como é que você sabe o MEU? - Ela não tinha medo de mim. Era intrigante, NENHUMA menina já havia me dado um fora antes. Sou tão desejado por todas!
Ela era tão bonita! Os cabelos negros pairavam na altura do sutiã. Ela os tingira de uma cor mais clara nas pontas. Eles faziam cachos bagunçados e sexy. Os olhos castanhos escuros, brilhantes.
–O que você está olhando? - Ela estralou os dedos na minha frente.
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Parte narrador.
Do seu outro lado estava uma menina chamada Palloma Scrimegour. Uma menina bonita. Extremamente tagarela.
– Meu pai, Rufus Scrimegour está no Ministério agora...
Palloma falava pelos cotovelos e Isabela contemplava um garoto que havia acabado de chegar.
– Harry, meu bom rapaz! - Horácio chacoalhava a mão do Potter. – Ah, e esse deve ser Neville Longbotton! Venham, sentem-se!
Blásio ficou momentaneamente confuso. Era um grupo extremamente excêntrico de adolescentes junto numa sala só.
Zabini tentou achar varias coisas que todos ali tinham em comum.
Beleza foi seu primeiro chute, pensando em si mesmo, Isabela e a menina ruiva sentada do outro lado da mesa, Gina Weasley.
"Nah" ele pensou. Se Neville acabara de entrar, o motivo não era esse.
“Todos eram sangue-puros? Mas não. A mãe de Potter foi nascida trouxa. E tem o Rodrigo Macleen, o menino que implico do quarto ano, nascido trouxa”
"Talentosos?" Blásio pensou, e sem querer, soltou em voz baixa. Bom, ou foi isso, ou Isabela leu sua mente.
"Não é por isso" ela argumentou, baixinho "se não você estaria aqui. Muito menos eu".
"Meu talento é ser lindo! Minha mãe deu a luz a mim faz 16 anos e eu ainda continuo brilhando!" Ele de gabou. "Ridículo" Isabela respondeu. "E o seu, Belinha, é ser quente demais" Ele deu em cima dela, gargalhando. E ela não pode deixar de esconder o sorriso "vai se iludindo" ela retrucou, rindo também.