Secret escrita por Rocker


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oiee lindaas!!

Está aqui mais um cap, talvez poste mais esse fim de semana, mas dependerá da quantidade de comentários, senao soh semana que vem u.u

Boa Leitura!!



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Capítulo 5

– Lena, Lena, acorda! – Lena acordou com o grito de Lúcia, que a balançava fortemente.

Lena se virou para a menina, meio sonolenta, e esfregou os olhos.

– Lúcia, o que foi? – perguntou.

– Eu fui, Lena, eu fui! – ela disse, entregando um roupão para Lena.

Lena rapidamente o vestiu e seguiu a amiga para fora do quarto, em direção ao quarto de Susana e logo em seguida Pedro. Edmundo já estava acordado, mas Lena não quis se preocupar com isso. Importava-se mais em saber sobre o que Lúcia falava.

– Pedro, Pedro, acorda! – gritou Lúcia, acendendo a luz e pulando em cima do irmão. Lena segurou sua vontade de rir. – Está lá! Está lá mesmo!

– Lúcia, do que está falando? – resmungou Pedro, remexendo-se na cama.

– Nárnia! – respondeu Lúcia, feliz. – Fica no guarda-roupa, como eu disse a você!

– Ai, você só está sonhando, Lúcia. – disse Susana, se aproximando.

– Mas não foi sonho! – insistiu Lúcia. – Eu vi o Sr. Tumnus outra vez! E desta vez o Edmundo também foi.

Lena e Susana olharam para Edmundo, descrentes. Principalmente Lena, que não entendia porque ele ainda não havia apoiado a irmã. Edmundo encarou-os, pensando no que diria.

– Você... Você viu o fauno? – perguntou Pedro.

Edmundo não disse nada, apenas balançou a cabeça, aparentando a Lena que estava receoso de alguma coisa.

– Bom... – começou Lúcia, levantando-se da cama de Pedro. – Na verdade ele não foi lá comigo. Ele... – ela virou-se para Edmundo franzindo o cenho, meio desconfiada. – O que ficou fazendo, Edmundo?

– Eu quis... Brincar um pouco. – disse Edmundo e Lena já estava tão decepcionada com ele que a única coisa que conseguia era ficar parada ali encarando-o.

Mas ela não sabia por que estava tão decepcionada. Ela simplesmente esperava mais dele. Lúcia olhou rapidamente para Pedro, sem saber o que pensar.

– Desculpa, Pedro. – continuou Edmundo, em tom orgulho. – Eu não devia ter encorajado, mas... Sabe como são as crianças de hoje em dia. – Lúcia já começava a sentir as lágrimas caírem. – Elas não sabem quando parar de fingir. – disse por fim, sentando-se na sua cama, mas levantando-se logo depois.

Lúcia já chorava livremente. Correu porta afora enquanto Edmundo se levantava com um sorriso vitorioso. Lena, no auge da raiva queria bater em Edmundo. E bater muito. Mas apenas passou por ele com olhar assassino e correu atrás de Lúcia.

Susana foi atrás e Pedro levantou-se da cama e quando passou pelo irmão, derrubou-o. Correram atrás de Lúcia, ouvindo seus soluços. Lúcia queria fugir deles. Não todos, pois Lena acreditava nela. Mas agora queria ficar sozinha.

Esbarrou em alguém. Mal viu que era o professor Kirke e o abraçou pela cintura. Lena chegou e sorriu ao ver aquela, mas Susana e Pedro ficaram extremamente desconfortáveis.

– Vocês estão por um triz de irem dormir nos estábulos! – D. Marta chegou reclamando, mas ao ver o professor Kirke, apressou-se em dizer. – Professor. Me desculpe. Eu disse a eles que não via ser incomodado.

– Tudo bem, D. Marta, eu sei que existe uma explicação. – disse, olhando diretamente para Lena. – Mas primeiro acho que a pequena precisa de um chocolate quente. – disse, empurrando Lúcia levemente em direção à D. Marta. – Lena. – ele virou-se para a sobrinha.

– Sim, tio Kirke?

– Gostaria de acompanhar a pequenina? – perguntou, com aquele olhar não se preocupe, eu já sei de tudo que ela tanto estava acostumada.

– Venham, querida. – disse D. Marta a Lúcia.

Lúcia segurou na mão de Lena e elas foram para a cozinha, mas Lena ainda pode ouvir o tio pigarreando para chamar a atenção de Susana e Pedro.

– Lúcia. – chamou Lena.

– Sim, Lena? – perguntou Lúcia, ainda fungando um pouco.

Lena a abraçou pelos ombros.

– Você está bem?

– Só por que você acredita em mim.

Lena sorriu gentilmente para ela.

– Mas e se eu estivesse dizendo isso para você só para te deixar melhor?

– Não está. – respondeu Lúcia. – Sei que você não faria isso. Você é legal, Lena.

– Obrigada, Lúcia. – respondeu Lena, apertando um pouco mais o abraço de lado, enquanto entravam na cozinha. – Você também.

~*~

– E Pedro se prepara mais um grande arremesso! – disse Pedro, correndo alguns passos e atirando a bola, que acertou a perna de Edmundo.

– Ai!

– Opa!

Estavam no quintal da casa.

Pedro, Susana e Edmundo jogavam basebol, enquanto Lúcia estava sentada sobre uma árvore próxima, lendo um livro qualquer. Emma estava um pouco mais afastada, deitadas sobre o sol, que raramente aparece por ali.

Lena andava de um lado para o outro, pensando sobre o que Lúcia e seu tio disseram. Lúcia e Edmundo haviam estado em Nárnia. E seu tio dissera-lhe anos atrás que ela estava destinada a ir também. Mas já estivera ali. Será que era apenas para que não deixasse Lúcia sozinha nessa tarefa de fazê-los acreditar?

– Acorda, Bela Adormecida! – disse Pedro.

Lena levantou o olhar, mas percebeu que ele dissera com o irmão.

– Por que não brincamos de pique esconde outra vez? – perguntou Edmundo e Lena arqueou a sobrancelha, agora totalmente confusa.

Fora no último pique esconde onde tudo acontecera.

– Você não disse que era jogo de criança? – perguntou Pedro ironicamente, pegando a bola e voltando para a marcação.

– E aqui – disse Susana –, podemos brincar ao ar livre.

– Não acho a menor graça em ficar aqui fora. – resmungou Edmundo.

– Que mal-humor! – disse Hailee, levantando-se.

– Estou mesmo. – disse Edmundo.

Lena revirou os olhos. Preferiu ir jogar, ao invés de ficar ali à toa.

– Posso jogar? – perguntou, se aproximando.

– Claro. – disse Susana.

– Quer arremessar? – perguntou Pedro, oferecendo-lhe a bola.

– Não, eu posso ser a próxima.

– Tudo bem...

– Dá para se decidirem logo? – perguntou Edmundo.

– Mas não era você que queria brincar lá dentro?! – perguntou Emma, levantando-se e indo assistir ao jogo deles ao lado de Hailee.

– Está pronto? – Pedro perguntou.

– E você? – perguntou Edmundo.

Edmundo bateu com o bastão na grama duas vezes, enquanto Pedro se preparava e corria, lançando a bola no ar. Edmundo rebateu, mas a bola atravessou uma janela do segundo andar.

– Essa não! – disse Hailee. – Vamos!

Todos correram o mais rápido possível até o segundo andar, na sala onde havia o vidro quebrado e uma armadura derrubada.

– Eu não acredito, Ed! – disse Pedro.

– Você quebrou! – exclamou Edmundo.

– Gente, acalmem-se. – disse Emma. – É só a D. Marta não descobrir.

– O que está acontecendo aí em cima?! – eles ouviram a voz da governanta lá de baixo, com os barulhos do sapato batendo nas escadas de madeira.

Todos olharam para Emma.

– Desculpe ter a boca grande.

Se a situação não fosse tão crítica, teriam rido.

– Venham! – disse Pedro, correndo com todos por uma porta lateral.

Correram pelo corredor, passando pela sala de estudos. Mas pararam ao ouvirem novamente os passos.

– Não, esperem, esperem! Por aqui, por aqui! – disse Edmundo, empurrando-os pelo caminho de onde vieram.

Foram parar em outro corredor.

Subiram outra escada e Susana tentou abrir uma porta, mas estava trancada e os passos estavam ficando mais próximos. A tensão estava sufocando-os. Lena correu para a porta ao lado, mas também estava trancada.

– Trancada também! – anunciou e eles continuaram correndo quando ouviram os guinchos de D. Marta.

Pedro e Hailee tentaram mais algumas portas, mas todas estavam fechadas. Edmundo, então, correu para a porta que dava na sala do guarda-roupa. Escancarou-a e correu até o guarda-roupa. Os outros vieram atrás.

– O que está fazendo? – perguntou Emma.

– Entrem! – disse Edmundo.

– Só pode ser piada! – exclamou Susana.

Mas então eles ouviram os passos de D. Marta vindo pelo corredor.

– Entrem rápido! – disse Hailee, puxando Pedro pela mão.

Todos entraram dentro do guarda-roupa e segundos antes de D. Marta abrir a porta da saleta, Pedro foi chegando para trás, empurrando a todos.

– Pra trás!

– Ai, meu pé! – reclamou Lúcia, sendo empurrada para trás.

– Não estou pisando no seu pé! – disse Lena.

– Não empurrem! – disse Emma.

– Gente, devagar! – disse Hailee.

– Está me machucando! – exclamou Edmundo.

– Parem de se empurrar! – disse Pedro.

– Meu pé de novo! – disse Lúcia.

– Desculpe, Lu! – respondeu Lena.

– O que é isso? - perguntou Hailee.

– São galhos! – disse Susana.

– Galhos?! – perguntou Emma.

– Por que teriam galhos num guarda-roupa?! – perguntou Pedro.

E então, caíram todos uns sobre os outros, em cima da neve recém caída.


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Notas finais do capítulo

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