Secret escrita por Rocker


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap!!

Ganhei apenas uma leitora, mas jah acho que érh o começo!!

Queria pedir, adiantadamente, que se estiverem realmente gostando da fic, que possam divulgar e comentar!! Seria bom ouvir opiniões!!

Dão uma passadinha na minha outra fic tbm!! Esta jah tem bastante caps e acho que quem ler, vai aprender a gostar!!

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Secret

Capítulo 2

– Lena, acorde! Eles chegaram!

Lena foi acordada por sua irmã mais velha, Hailee. Lena abriu os olhos e viu os lindos olhos azuis da irmã. Ela tinha longos cabelos castanhos claros. Era liso da raiz, mas ao chegar às pontas, formavam cachos.

– O que, Hailee, quem chegou?

Lena empurrou-a de cima de si e foi até o espelho ver o estado em que se encontrava. Seus curtos cabelos castanhos, geralmente cacheados, resolveram acordar naquele dia totalmente embaraçados. Ou seja, teria que passar o pente – o que acabava com os cachos emaranhados. Seus olhos castanhos claros estavam com as pupilas dilatadas pelo sono. Não se parecia em nada com sua irmã de 16 anos.

Ter 14 anos para ela, nunca foi fácil. Todos achavam que ela devia ser protegida quando na verdade, ela que tirava as irmãs das encrencas. Isso quando ela mesma não estava no meio.

Pegou o pente, que raramente usava, e começou a desembaraçar os cabelos curtos, enquanto sua outra irmã, também mais velha, entrava no quarto.

– Os Pevensie. – disse.

– Quem são eles, mesmo, Emma? – perguntou Lena.

Emma também tinha suas diferenças físicas. Era ruiva, com os cabelos abaixo do ombro e olhos castanhos escuros. Tinha 15 anos.

Sentou-se ao lado de Hailee e cruzou as pernas.

– Meu Deus! – exclamou Hailee, levantando-se da cama.

Ela foi até Lena e tomou-lhe o pente para ajudá-la com os fios desgrenhados.

– Lena – disse –, acorda pra vida!

– O quê?! – perguntou Lena, fazendo uma careta enquanto Hailee puxava-lhe os cabelos.

– Os Pevensie vão chegar! – exclamou Emma, levantando-se e indo até o guarda-roupa para escolher algo para a irmã. – Aquela família que ficará aqui! Titio pediu que fôssemos recebê-los na estrada, mas demoramos um pouquinho para acordar e agora temos que salvá-los da D. Marta.

– Ah tá! – disse Lena. – Já está bom, Hailee, obrigada!

– Não está não! – insistiu a mais velha. – Eu só desembaracei, falta ajeitá-lo.

Lena se virou bruscamente.

– Você me conhece, Hailee. Não gosto de muita coisinha. Só assim está bom pra mim!

– Tudo bem, estressadinha! – disse Hailee, entregando-lhe a escova e levantando as mãos para cima, num gesto de derrota.

Lena virou-se novamente para o espelho e esfregou as mãos em punhos sobre os olhos, a fim de se manter acordada. Bagunçou um pouco os cabelos, deixando do jeito que gosta – alguns fios desengonçados e desajeitados, como ela. Pelo reflexo do espelho, Lena viu que Emma pegou de dentro do único guarda-roupa que havia ali, um vestidinho rosa bebê cheio de babados e mostrava a ela, perguntando o que ela achava.

– Isso é pra quem? – perguntou Lena, apontando para o vestido refletido.

– Pra você, bobinha! – disse Emma.

– Nem pensar!

Lena correu até Emma, tomando-lhe o vestido e jogando-o de volta de qualquer maneira. Procurou um pouco nos cabides e finalmente encontrou um lindo vestido preto com estampa de rosas e caveirasNão era comum naquela época, principalmente para povos extremamente religiosos, mas Lena gostava e usava sem se importar.

– Essa coisa feia que você pediu ao tio Kirke mandar fazer? – perguntou Hailee, se aproximando das duas.

– Esse sim! – exclamou Lena, indo em direção ao banheiro do quarto. – Eu adoro esse vestido!

Hailee revirou os olhos e Emma bufou. Queriam discutir, mas sabiam que discutir com Lena não levava a nada. Ela era teimosa demais para mudar seu estilo mais rebelde. Principalmente se fora o próprio tio delas que mandara fazer aquele vestido. Lena saiu do banheiro já com o vestido e uma sapatilha preta nos pés. Jogou o pijama que usara na cama e voltou-se para as irmãs.

– E agora?

– Vamos descer e receber os convidados! – respondeu Emma.

– Preciso antes saber o nome deles.

– Isso não sabemos. – respondeu Hailee. – Só sabemos que são dois meninos e duas meninas.

– Espero que os meninos sejam gatinhos! – disse Emma.

Lena e Hailee riram – conheciam bem a irmã para saber que ela só pensava em meninos. Foram andando pelos imensos corredores que havia na mansão do tio. Elas se perdiam fácil, pois não costumavam visitá-lo muito. Estavam ali agora, por que perderam o pai na guerra e foram enviadas até ali para viver com o único tio que tinham.

Pararam perto das escadas enquanto ouviam a D. Marta dizer.

– O professor Kirke não está acostumado a ter crianças em casa... – deu uma pausa. – Exceto pelas sobrinhas... – disse, abaixando o tom de voz e se Lena não tivesse a audição tão boa, não conseguiria ouvir. – Portando, existem regras a serem seguidas.

Elas correram escada abaixo, tropeçando uma na outra e rindo. Pararam em uma escadaria próxima de onde ouviam a voz de D. Marta, mas não conseguiam vê-los ainda. Emma estava prestes a se intrometer quando Hailee levantou-lhe a mão, impedindo. Ficaram as três grudadas nas paredes, lado a lado, ouvindo o que a governanta tinha a dizer aos recém-chegados.

– É proibido gritar. Correr. Nada de ficar brincando no elevador manual. – continuou a governanta, mas então as meninas Campbell ouviram-na aumentar o tom de voz. – NÃO toque nos artefatos históricos!

Lena até pode imaginar a mulher arqueando as sobrancelhas enquanto paravam em frente ao escritório do professor Kirke.

Como aquela mulher pode ser tão previsível?, perguntou-se Lena.

– Ai, já chega meninas! – disse Lena, não aguentando mais de curiosidade para saber quem eram. – Vou lá salvá-los!

– Lena, não! – gritaram Emma e Hailee.

Mas Lena não havia ouvido. Ela correu até onde se encontravam, aparecendo atrás de D. Marta.

– E acima de tudo, vocês nunca devem incomodar o professor. – continuou a mulher.

Os quatro meninos ali na frente da governanta, seguravam a risada enquanto Lena, sem que a mulher visse, fazia caretas e mexia com a boca, imitando-a. D. Marta virou-se para trás e Lena disfarçou com um sorriso mais que forçado.

Então os quatro caíram na gargalhada e, enquanto D. Marta virava-se para lançar um olhar de repreensão para eles, Lena pode reparar em cada um deles. O menino mais velho, provavelmente 16 anos, era loiro de olhos azuis. A menina mais velha, 15 anos, era simplesmente linda. Cabelos castanhos longos e enrolados mais nas pontas, olhos azuis e pele branca, salpicada de sardas. A mais nova, 12 anos, tinha cabelos curtos e castanhos, com os olhos castanhos claros e o rosto redondinho.

Mas o menino mais novo... Esse sim chamou-lhe a atenção.

Pele branca e com sardas, cabelos negros e olhos castanhos escuros. Aparência comum e era isso que chamou a atenção de Lena. Se não fosse por D. Marta arrancando-lhe dos pensamentos, ela ficaria encarando-o por muito mais tempo.

– Srta. Angelina, o que pretende aqui a essa hora? – perguntou-lhe. – Pelo que me lembro você não acorda antes do meio-dia.

Lena tentou não abater-se mais do que as bochechas ruborizadas.

– D. Marta, já lhe disse que não gosto do meu nome. E sim, eu durmo até meio-dia, mas meu tio pediu que recebesse nossos convidados, mas acabei perdendo a hora e as diabas das minhas irmãs não me acordaram. – aumentou o tom de voz do fim.

Emma apareceu atrás de si, irritada, com Hailee ao seu encalce.

– Te acordamos, sim! – exclamou.

– Se bem me lembro você me derrubou no chão depois de eu te acordar! – disse Hailee.

Lena olhou para as duas, zangada.

– Que feio, meninas! – disse, fingindo estar decepcionada. – Ouvindo a conversa dos outros!

– Nem começa, Lena! – disse Emma. – Você estava ouvindo o que a D. Marta estava falando a eles!

Lena revirou os olhos, mas sentiu as bochechas queimarem.

Enfim! – exclamou rispidamente, desesperada para mudar de assunto e virando-se para eles. – D. Marta, pode deixar que continuamos daqui.

– Mas, Srta. Angelina...

– Lena. – corrigiu a menina. – Nós fomos encarregadas disso. Pode deixar conosco.

– Está bem. – disse a governanta um pouco relutante, olhando-a de cima a baixo. – Somente porque fora ordens do professor Kirke. – e saiu.

Ficaram pelo menos dois minutos se encarando, as três de um lado e os quatro do outro, sem coragem para iniciar uma conversa. Então Lúcia deu um passo à frente, ansiosa por fazer novas amizades.

– Olá, eu sou a Lúcia. – disse, um pouco receosa.

Lena sorriu, inclinando a cabeça de lado em um gesto simpático.

– Olá, eu sou a Angelina, mas prefiro Lena. Ou seja, não me chame de Angelina...

– Senão não queiram se meter com ela. – disse Emma, sorrindo simpática.

– Emma... – disse Lena pausadamente, virando-se para a irmã.

– Sim?

– Você é péssima em tentar arranjar novos amigos! – exclamou, arrancando risadas de todos. Lena virou-se para os recém-chegados. – Bem, pelo visto já conheceram a bocuda da Emma. E essa – apontou para a Hailee – é Hailee, minha outra irmã.

– Oi. – disse Hailee timidamente, sem conseguir tirar os olhos do menino loiro.

– Olá. – ele disse. – Eu sou Pedro. Esses são Susana e Edmundo. – apresentou os outros.

Edmundo, em particular, ficara encantado com Lena. Ela era diferente, principalmente naquele vestidinho preto com estampa de rosas e caveiras. Jamais vira algo igual, ainda mais para uma menina tão bonita quanto ela.

Ele sorriu.

Pelo visto esta temporada aqui não será tão ruim!, pensou.

– Vamos? Vou mostrar-lhe o resto da casa. – disse Lena, sem tirar nunca o sorriso do rosto. Virou-se para as escadas, em direção ao próximo andar, sendo seguida das irmãs e dos recém-chegados.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de divulgar e comentar!! >.