Secret escrita por Rocker


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá gente linda!!

Bem vindos a Secret, minha segunda fic de Nárnia!!

Espero que todos que leem possam comentar para que saiba como estou indo.



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Secret

Capítulo 1

Aviões. Muitos deles estavam sobrevoando a cidade de Finchley, indo em direção a Londres. Estavam no meio de uma guerra. A Segunda Guerra Mundial para ser mais exata.

Edmundo Pevensie, 14 anos, olhava pela janela da casa vendo vários aviões de guerra transpassar o céu. Sabia que era perigoso, mas mesmo assim não deixava de ser um grande espetáculo para ele. Ele gostava deste tipo de coisa. Na verdade não gostava exatamente. Apenas sentia certo interesse nisso... Algo diferente do que já vira, por assim dizer.

– Edmundo, saia da janela! Pedro! O que está pensando?

Era a mãe dele gritando, desesperada por ver o filho na janela enquanto muitos dos aviões jogavam bombas na cidade. A mulher arrancou o menino da janela e fechou as cortinas. Depois virou-se para o filho e o segurou pelos ombros, enterrando os dedos no casaco dele.

– O que está pensando? Pedro, vá para o abrigo. Agora! – Ela continuou.

Pedro Pevensie, 16 anos, chegou correndo na sala e o puxou para fora.

– Rápido! – gritou para o mais novo.

– Eu tenho que pegar o...

– Rápido, temos que ir! – interrompeu o loiro. Precisavam sair dali o mais rápido possível. Antes que as bombas explodissem sobre suas cabeças.

Pedro o puxou para fora de casa, em direção ao quintal. Pode ouvir a irmã mais nova, Lúcia, gritar. Logo ela apareceu na sala sendo puxada por Susana, a irmã mais velha. Edmundo foi meio que empurrado pra fora de casa sendo, levado pela correria dos outros.

– Rápido! – gritou Pedro.

– Corram! – gritou a mãe.

Ouvia muitos gritos, mas tentou prestar atenção na correria.

– Rápido! – gritou Susana, vendo os aviões sobrevoarem a casa.

– Mãe! – gritou Lúcia.

Mas Edmundo se lembrou de algo importante que não poderia deixar pra trás. O porta-retrato de seu pai, que lutava na guerra. Se ele não voltasse, Edmundo precisava ter algo para se lembrar dele, além de lembranças de infância. Precisava voltar na casa.

– Espere! Pai! – gritou, enquanto corria de volta à casa.

Correu em direção a casa ouvindo a família gritar por ele.

– Edmundo, não! – gritou a mãe, puxando Lúcia para dentro abrigo.

– Eu pego ele! – gritou Pedro, indo atrás do irmão.

– Volte aqui, Pedro!

– Ed! – gritou Pedro, quase conseguindo puxar o moreno pelo casaco. – Volte aqui!

Edmundo entrou desesperado na casa e viu o irmão vindo atrás.

– Edmundo, abaixe-se!

Ouviu uma bomba caindo provavelmente a quilômetros dali, mas Pedro voou em cima de Edmundo, enquanto ele pegava o porta-retratos, atirando-os no chão enquanto o vidro da janela se espatifava em cima dos dois. Pedro começou a puxá-lo, mas ele só teve tempo suficiente pra se agarrar ao porta-retratos do pai que ficava na sala.

– Corre, seu idiota, corre! – gritou Pedro, puxando-o em um solavanco para fora da sala.

Correram para fora, ouvindo o barulho dos aviões, e atravessam o quintal. A mãe abriu a porta do abrigo e gritou um “venham” que ficou perdido no barulho ali fora. Edmundo foi empurrado pelo irmão e cambaleou para dentro, sendo amparado pela mãe.

– Porque você só pensa em si mesmo? – gritava Pedro. – Seu egoísta, podíamos ter morrido!

– Chega – a mãe interrompeu Pedro, vendo que Edmundo chorava.

– Porque não consegue obedecer? – perguntou Pedro, decepcionado, virando-se para fechar a porta do abrigo.

~*~

O trem para Didcot terá paradas em Bampton, Steventon, Milton Hill, Coombe e Didcot.

No outro dia de manhã, Edmundo e os irmãos estavam prontos para embarcar no trem que os levariam para longe dali, da guerra. As crianças da área de Londres precisavam ser mandadas para área rural da Inglaterra, onde viveriam com outras famílias até que a guerra terminasse.

Sinceramente, acho isso tudo uma grande perda de tempo!, pensou Edmundo, enquanto a mãe o etiquetava.

– Precisa usar isto querida, está bem? – disse a mãe para Lúcia. - Está quentinha? Boa menina.

Voltou-se para Edmundo e o etiquetou que olhou um cartaz na parede falava exatamente sobre mandar as crianças para um lugar seguro.

– Se o papai estivesse aqui, nós não iríamos! – ele disse.

– Se estivesse, a guerra teria acabado e não teríamos que ir – respondeu-lhe Pedro.

– Vai obedecer ao seu irmão, não vai Edmundo? – perguntou a mãe, preocupada.

Edmundo desviou o olhar e ela se levantou para dar-lhe um beijo na bochecha, mas ele se desviou. Ela deu um abraço em Pedro e pediu.

– Prometa que vai tomar conta deles.

– Prometo, mãe. – respondeu o loiro.

– Que bom.

Ela se afastou de Pedro e deu um abraço em Susana.

– Seja boazinha! – afastou-se dela e se virou para os meninos. - Muito bem, agora vão! – ela disse tentando parecer forte.

Entraram no trem. Não estavam muito animados, mas era preciso se quisessem sobreviver naquela guerra. Quando o trem partia, os quatro se apressaram até uma das janelas e acenaram para a mãe. Quando já não podiam ver mais a estação, voltaram-se para sentar. Havia duas crianças no vagam com eles. Não conversaram, cada um emerso nos próprios pensamentos. Depois de horas os garotos saíram do trem. Edmundo olhou pela janela e viu quando eles se encontraram com as pessoas a quem foram destinados.

Edmundo sentiu receio ao ver que não foram muito bem tratados. Não queria que lhe ocorresse isso quando encontrasse o Professor Kirke e a D. Marta.

Depois de horas dentro do trem, chegaram a um lugar no meio do nada. Uma estação solitária e vazia, rodeada de mato. Ficaram os quatro parados, até que ouviram o barulho de um carro. Edmundo acompanhou os irmãos numa corrida descendo os degraus. Lúcia prepara-se para dar um “olá” simpático, mas ficou com a sua mãozinha no ar, pois carro passou direto e buzinando, pedindo para saírem.

– O professor sabia que viríamos – Susana falou e todos olharam pra ela.

É, acho que nós sabemos disso, pensou Edmundo.

– Será que fomos etiquetados errado? – perguntou Edmundo, pegando a etiqueta pendurada no pescoço e a conferindo. Podia ser uma possibilidade, pois não viam nada e nem ninguém por perto.

– Vamos! – Edmundo ouviu um barulho ao longe, seguindo pelo guincho de uma charrete.

Uma mulher de idade, mas nem tanto, apareceu detrás das árvores. Usava óculos, possuía um cabelo um tanto castanho meio ruivo, preso numa espécie de coque trançado. Nariz fino, ela gritava com o cavalo meio que o incentivando a continuar. Mas Edmundo achou que é pra isso que ela usava o chicote que tinha nas mãos. Ele esperava realmente que fosse usado só no cavalo. Parou na frente deles. Ela os olhou fixamente e Pedro resolveu falar.

– A senhora é a D. Marta? – ele perguntou e todos olharam atentos.

Ela os olha, suspirando, e responde com firmeza.

– Eu preferia não ser.

Edmundo ficou assustado, percebendo que as orações de ser tratado bem foram em vão.

– Só esta a bagagem? Não trouxeram mais nada? – ela perguntou.

Vem cá, ela queria o que?, perguntou-se Edmundo.

– Não senhora... Somos só nós! – Pedro respondeu.

Lúcia acenou com a cabeça concordando com o que ele disse. A mulher ergueu as sobrancelhas.

– Acho melhor assim! Já não bastam aquelas três! – ela disse, mais para si mesma do que para as crianças.

Edmundo ficou com vontade de perguntar que três, mas sabia que não deveria. No tempo certo, ele esperava poder saber quem eram. D. Marta inclinou a cabeça para o lado, incentivando-os a subir. Eles subiram sem muitas dificuldades. O caminho a seguir foi estranho para Edmundo. Haveria provavelmente puríssimo silêncio se não fosse por D. Marta gritando com o cavalo branco que os guiava.

Edmundo olhava pra os irmãos de vez em quanto tentando decifrar o que pensavam ou sentiam, mas pelas expressões percebeu que era o mesmo que ele. Medo, curiosidade, susto. Não sabia... Um misto de emoções. Ele também olhava D. Marta. Não sabia ao certo, mas ela não lhe parecia muito gentil.

Seus pensamentos foram interrompidos quando viram um grande casarão com a aparência de um castelo. Árvores cercavam todo o lugar. Altas e fortes, extremamente majestosas. Era feita de tijolos vermelhos e tinha partes cinza. E as janelas estampavam uma beleza descomunal – cheias de desenhos e imagens divertidas para Edmundo. Ele continuava a imaginar que passariam pelo casarão até D. Marta parar ali em frente. Desceram junto com as bagagens e D. Marta tomou a frente quando as grandes portas da casa se abriram.


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Notas finais do capítulo

Espero comentários, ok?? u.u

Seriam legal se dessem uma passadinha na minha outra fic:

http://fanfiction.com.br/historia/321993/As_Cronicas_De_Narniaa_Rainha_Do_Futuro

Thank you so much!!



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