Secret escrita por Rocker


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa minhas lindaaaaas!!
Eu ia demorar mais um cadin pra escrever, mas a fofa da Natalia Lima me incentivou e até me deu ideias, mesmo que indiretamente, pra escrever o início dele, que modéstia a parte, achei que ficou perfeito *----*
ok ok, a modéstia foi embora e agr quem tah falando erh a alegria, pq eu toh MTO feliz com todos os comentários e espero que tenha bastante nesse cap pq fiz com mto carinho e foi o que eu mais gostei de escrever.
E jah que naum tem nenhuma recomendaçãozinha pra mim dedicar, vou dedicar o cap a Natalia, jah que foi a grande inspiração!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/332188/chapter/17

Capítulo 17

A noite chegara.

Lena e Edmundo estavam juntos na campina, deitados sobre a relva e observando as estrelas no alto, que eram tão diferentes do céu na Terra. Lena sentiu Edmundo apertando levemente sua cintura; e olhou para o lado – ele sorria alegremente para ela. Ela se aconchegou mais sobre seu peitoral e fechou os olhos, aproveitando a sensação de estar junto dele.

– Estou feliz que ela renunciou meu sangue. – disse ele, olhando para o outro lado, onde via todas as tendas, todas fechadas e silenciosas, com os guerreiros adormecidos.

Lena suspirou, não querendo mostrar sua tristeza. Havia a guerra ainda. Edmundo pode ter sobrevivido à Feiticeira, mas nada garantia que sobreviveria à guerra – principalmente quando nenhum dos dois tinha experiência em batalhas.

– O que foi? – perguntou Edmundo, puxando-lhe levemente o queixo e a obrigando a olhar para os seus olhos.

– Tenho medo da guerra. – ela admitiu, não querendo olhar em seus olhos, então como ele não soltava seu o queixo, ela desviou o olhar para a boca do menino.

Isso não funcionou muito bem, pois viu a ferida que tinha em seu lábio inferior e isso lhe apertou o coração. Instintivamente, tocou a ferida com os dedos, sentindo a aspereza.

Sentiu o beijo doce que Edmundo depositou na ponta de seus dedos e voltou a olhar para seus olhos carinhosos, sentindo os seus próprios marejarem.

– Não precisa ficar preocupada... – disse ele, exibindo um lindo sorriso, que deixou Lena momentaneamente sem fôlego.

– Mas eu sou seu anjo da guarda! – exclamou Lena, sentando-se de frente para ele e abaixando o olhar para a grama.

Edmundo se sentou, apoiando-se em uma das mãos e segurando a mão de Lena.

– Você é meu anjo. – disse ele. – Anjos são delicados e devem ser protegidos. Não o contrário.

Lena riu levemente, lembrando-se de como pareceu indefesa quando ele a tinha beijado rapidamente no dique dos castores. Mas então, seu sorriso sumiu. Foi quando ele partira em busca da Feiticeira.

– Eu devia tê-lo impedido. – murmurou Lena baixinho, ainda olhando para o chão.

– Sim, podia... – disse ele, fazendo-a olhar assustada para ele. Bem nessa leve troca de olhares, Edmundo se inclinou para frente e deu-lhe um selinho. – Mas nada tiraria da minha cabeça a ideia de fazer você...

Ele calou-se, mordendo o lábio inferior por cima do machucado – ele pensava que Lena não sabia o motivo por que ele fora até a Feiticeira. Lena passou os dedos finos delicadamente sobre o lábio inferior dele, fazendo seus dentes o soltarem e liberarem a pequena ferida já quase cicatrizada.

– Sua rainha. – completou Lena, fazendo-o olhá-la assustado. – Eu soube disso... Por sonho.

Lena viu o rosto do menino ficar vermelho e sorriu. Levantou-se e sacudiu a sujeira do vestido preto que usava, deixando Edmundo confuso. Ele levantou-se também e a observou.

– O que está fazendo? – perguntou.

– Isso. – ela respondeu e liberou as asas brancas pelos furos que fizera no vestido. Elas irromperam numa glória extrema e beleza natural que Edmundo jamais vira antes.

– Uau! – ele exclamou, fazendo-a rir.

– Você dissera pelo sonho que não estava acreditando nessa história... Tá aqui a prova!

Ele sorriu abertamente e a envolveu pela cintura, tentando não tocar nas asas – por mais que quisesse. Inclinou-se em direção aos lábios da menina e a beijou docemente. Lena entrelaçou os dedos atrás da nuca dele enquanto Edmundo a apertava pela cintura para mais perto de si. Edmundo sentiu seus pés saírem do chão, mas não ousou abrir os olhos, ainda tomado pela sensação inebriante dos lábios da menina. Sentiu uma brisa leve dos dois lados e sentiu Lena sorrindo sobre seus lábios, que o segurava fortemente em um abraço pela cintura.

Sabia que não devia soltá-la.

Quando sentiu o chão sobre seus pés novamente, afastou-se um pouco dela e olhou em volta. Estavam no meio do acampamento, há vinte metros de onde estava há poucos segundos. Olhou novamente para Lena, que sorria divertidamente para ele – iluminada pelo brilho que exalava de suas asas.

– Engraçadinha! Quase me matou de susto.

– Admita: você gostou. – disse Lena, enquanto as asas se retorciam e se escondiam novamente sobre sua pele.

Edmundo a pegou nos braços e a girou, rindo junto com ela. Quando a colocou novamente no chão, ainda rindo, sentiu-a dando um tapa em seu braço, mas nem se importou.

– Está bem! Admito!

Lena riu.

– Anda, garanhão! Melhor irmos dormir. – disse ela, indo em direção à tenda, mas Edmundo a puxou pelo pulso.

– Não antes de mais um beijo. – disse ele, tentando fazer uma cara de piedade.

– Quantos você quiser... – sussurrou Lena, segurando o rosto entre as mãos e inclinando-se para mais um beijo, sentindo seus batimentos acelerarem.

– Agora eu posso dormir em paz. – disse Edmundo, rindo e entrando em sua tenda.

– Bobo... – disse Lena para si mesma, indo em direção à sua tenda, mas parou vendo a silhueta de Aslam ao longe. Logo depois, Lúcia e Susana saíram da tenda.

Elas vieram em direção a Lena e esta perguntou.

– O que ouve?

– Aslam está indo a algum lugar... – disse Lúcia.

Lena franziu o cenho e resolveu ir junto com elas atrás de Aslam. Andavam sorrateiramente, para não serem percebidas, por entre as árvores. Aslam andava sozinho e cabisbaixo. A certa altura, ele parou e sem se virar, disse solenemente.

– Não deveriam estar na cama?

Lena foi a primeira a sair de entre as árvores; sabia que ele sabia que estavam ali. Susana e Lúcia se entreolharam, nervosas.

– Não conseguimos dormir. – disse Lúcia.

– Mas Lena não estava na cama... – disse Aslam, enquanto as três se aproximavam.

Lena parou, sentindo o rosto esquentar, mas logo ignorando e seguindo para o lado dele.

– Bem... Eu estava indo me deitar. – respondeu.

– Por favor, Aslam... – pediu Susana. – Não podemos ir com você?

– Ficarei contente com a companhia por enquanto. – disse o leão. – Obrigado.

Elas seguraram na juba dele, acompanhando-o. Lena apenas segurava, Susana o amaciava e Lúcia tirava as folhas presas no pelo.

~*~

– É a hora. – disse Aslam, parando. As meninas soltaram sua juba e pararam. – Daqui... Devo seguir sozinho.

– Mas, Aslam... – protestaram Susana e Lena.

– Tem que confiar em mim. Pois deve ser feito. Obrigado, Lena. Obrigado, Susana. Obrigado, Lúcia. Adeus.

Ele virou-se e seguiu andando. Susana, sem querer ficar de fora, cutucou as meninas e seguiu com elas por um caminho lateral. Chegaram a um local onde a floresta dava uma brecha para uma grande clareira. Abaixaram-se atrás de um grande tronco derrubado e observaram. Ouviam resmungos e gemidos torturados. Arregalaram os olhos ao verem Aslam subindo por uma escada que dava diretamente à Mesa de Pedra, onde a Feiticeira Branca usava um vestido enegrecido, acompanhada por vários de seus aliados – das mais variadas espécies de monstros.

Seguravam tochas, dando ao ambiente um ar torturante e embriagado de sombras. Todos abriam caminho para o leão, fazendo gemidos e rugidos estranhos e lastimáveis. A Feiticeira subiu aos pés da Mesa de Pedra à medida que Aslam se aproximava, segurando uma adaga de pedra nas mãos.

– Observem. O Grande Leão. – disse ela aos seus comparsas, que começaram a rir.

Lena olhou para o lado, para as meninas e viu que Lúcia tinha lágrimas escorrendo pelas bochechas e Susana mantinha as suas ainda seguras nos olhos. Tocou a própria bochecha e se assustou ao ver que estava umedecida.

Ela nunca chorava.

Um minotauro aproximou-se de Aslam e o cutucou com o cabo de uma foice. Aslam rugiu levemente, como se soubesse que isso não adiantaria nada; o que partiu o coração de Lúcia. O minotauro olhou para a Feiticeira, como se pedisse permissão. Ela levantou o queixo e o minotauro empurrou Aslam, derrubando-o no chão. Lúcia pôs a mão na boca, assustada – ao pelo fizeram com o leão, mas por este não reagir.

– Por que ele não reage? – perguntou Lúcia às meninas.

– Eu não sei... – Lena engoliu em seco ao perceber que sua voz saía com dificuldade.

Susana nada disse, apenas voltou a observar aquela cena deprimente à sua frente.

– Amarrem o animal! – exclamou a Feiticeira. Muitas criaturas se aproximaram e o amarraram fortemente. – Esperem! Tirem todo o pelo dele.

Um anão aproximou-se e arrancou um maço de pelos da juba dele com uma faca e o exibiu aos outros, que rugiram e aplaudiram, extasiados. Vários outros então se aproximaram e seguiram seu exemplo, deixando as três meninas que observavam de longe, tontas e enojadas.

– Podem trazê-lo a mim. – disse a Feiticeira.

Quando então Aslam já estava deitado sobre a Mesa de Pedra, a Feiticeira levantou o braço direito e todos se calaram, fazendo um silêncio assombroso. Os que estavam com a tocha, começaram a bater com a base no chão, fazendo um barulho de suspense no chão de pedra.

A Feiticeira se agachou e estendeu o braço sobre o leão.

– Sabe, Aslam... – disse ela. – Estou meio decepcionada com você. Achou mesmo que com tudo isso poderia salvar o traidor humano?

Lena finalmente sentiu que chorava. Sua garganta se apertou, quase ao ponto de não conseguir respirar e ela deu um forte soluço, que por sorte não foi ouvido pelos inimigos. Susana, que estava ao seu lado, passou o braço por seu ombro e a apertou, tentando acalmá-la – ela já sabia sobre o irmão e a anja; não deixaria que nada atrapalhasse isso.

– Você vai me dar a sua vida... – continuou a Feiticeira. – Mas ninguém será salvo. – ela deu uma risada nasalada e sarcástica. – É nisso que dá o amor.

Ela se levantou e gritou para todos.

– Esta noite... Será satisfeita a Magia Profunda! – os barulhos tornaram-se mais fortes e rápidos. – Mas amanhã... Nós tomaremos Nárnia... Para sempre! Consciente disso... – disse para o leão indefeso aos seus pés. – Desespere-se... – levantou a adaga, a ponta apontada para o leão. – E MORRA!

Ela enfiou a adaga no flanco do animal, que deu seu último suspiro enquanto as três meninas se abraçavam, chorando e soluçando. A Feiticeira sentou-se ao lado de Aslam e, abrindo os braços, anunciou.

– O Grande Gato... Está morto! – virou-se para o minotauro que machucara Aslam anteriormente. – General. Prepare suas tropas para a batalha... – ele rugiu em resposta. – Por mais curta que ela possa ser.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não se esqueçam que ainda dá tempo de recomendar pra encaixar DOIS bonus. Jah tenho o numero exato de caps, q sao mais 4, mas posso acrecentar um antes do ultimo e um depois, mas isso depende de vcs!!