Secret escrita por Rocker


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

AHHHHH, MAIS UMA RECOMENDAÇÃO!!!!!
Toh postando esse cap BEEEEEEEEM antes da hr, mas vc merece Natalia Lima!! Esse cap érh dedicado a vc, linda, mto mto mto mto mto mto obg pela linda recomendação!! [eu erh que toh vomitando arco-íris!]
acrescentei alguns detalhezinhos já que vc disse que adorava e ficava diferente, entao fiz o meu melhor nessa parte, espero que goste. E mais uma vez, MTO OBG, VC ERH DEMAIS!!



Me arrisco a pedir recomendações às outras que estiverem realmente gostando, me deixaria MTO MTO alegre e eu até faria um bônus de antes deles voltarem e outro de depois!



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Capítulo 16

Lena fora treinar com as irmãs, depois que os Pevensie se dividiram em atividades diferentes. Lena queria ir conversar com Edmundo, mas não saberia o que dizer. E também, ele estava ocupado treinando com Pedro.

– Lena, finalmente você resolveu vir treinar! – disse Emma, abaixando a espada.

Ela veio correndo até a irmã mais nova e a abraçou. Hailee veio logo atrás.

– O que foi, Lena? – perguntou Hailee, ao ver que Lena estava um pouco melancólica.

– Não é nada. – disse ela, desembainhando a espada presa na cintura.

As meninas não disseram nada. Apesar começaram a lutar entre si, sem machucar uma à outra. Mas então Lena ficou distraída olhando para Edmundo, que cavalgava ao lado de Pedro, que acabou sendo cortada levemente no braço quando Hailee a atacou.

Emma e Hailee abaixaram as espadas, vendo que Lena nem se importava com o filete de sangue que escorria pelo braço direito. Elas se entreolharam, pensando por que a irmã não desviava o olhar de algum ponto distante. Emma seguiu o olhar de Lena e viu os meninos cavalgando e lutando de espadas, então finalmente entendeu: Lena estava apaixonada. Cutucou Hailee levemente no braço e apontou na direção deles.

Hailee seguiu com o olhar e também os viu. Sentiu o monstrinho verde do ciúme se remexer dentro de si, mas se acalmou ao ver que não era para Pedro que a irmã olhava; era Edmundo. Hailee suspirou, aliviada por seu rolo com Pedro ainda não estar em crise – sim, eles começaram a “ficar” ainda antes de aparecerem em Nárnia – e feliz pela irmã. Emma foi até Lena e a cutucou. Quando esta acordou do transe, balançou a cabeça e olhou para a ruiva, confusa.

– Acorda, Bela Adormecida! – disse Hailee, se aproximando das duas.

– O quê?! – perguntou Lena, fingindo estar ofendida.

– Não, nada. – disse Emma, rindo.

– Só vimos o quanto você estava encantada com Edmundo. – disse Hailee, apoiando-se no ombro de Emma para poder rir da cara da caçula.

Lena sentiu as bochechas queimarem e o estômago despencar. Abaixou o olhar pra espada e viu o sol refletido na lâmina, causando-lhe uma rápida cegueira.

– Vai, Lena, conta o que houve. – pediu Emma.

– Por que tenho que dizer algo que não aconteceu?!

– Se não tivesse acontecido nada, você não estaria na defensiva! – disse Hailee, colocando a mão na cintura e o peso do corpo em um pé só. – Te conhecemos bem, queridinha. Pode começar a falar!

Lena suspirou e fechou os olhos, preparando-se para o pior das reações delas.

– EubeijeioEdmundo! – disse, num fôlego só e abriu os olhos.

– O QUÊ?! – elas perguntaram (lê-se: gritaram), arregalando os olhos e inclinando o corpo pra frente.

– Eu. Beijei. O Edmundo. – ela disse pausadamente.

– Não, eu entendi, só queria saber quando! – disse Emma, balançando a mão no ar como um gesto de desdém.

Lena revirou os olhos, decepcionada consigo mesma por saber que isso era bem a cara de sua irmã. Lena voltou a embainhar a espada, um pouco receosa.

– Quando? – perguntou Hailee.

– Quando ele voltou. – disse Lena. – Ele foi lá na nossa tenda.

Hailee lançou-lhe um sorriso malicioso, mas Lena agradeceu mentalmente quando Emma se virou para a mais velha e disse.

– Nem começa, Hailee. Você e Pedro também estão de rolo.

As bochechas de Hailee ficaram vermelhas, enquanto Lena e Emma riam dela. Mas a mais velha não teve tempo para responder, pois logo viram os meninos virem cavalgando rapidamente em direção a elas. Pararam de frente para elas e Lena percebeu que eles pareciam atormentados.

– A Feiticeira está vindo falar com Aslam. – disse Pedro, fazendo as três engolirem o grito. – Venha, Hailee. Precisamos ir.

Hailee montou atrás de Pedro, segurando na cintura do menino.

– Vou avisar Susana e Lúcia! – disse Emma, correndo em disparada para onde as duas treinavam arco e flecha.

– Lena. – chamou Edmundo, estendendo-lhe a mão.

Lena deu um sorrisinho tímido e a segurou, sentindo uma forte eletricidade se transferir entre eles. Ela ignorou e pulou no cavalo, atrás dele, e o abraçou por trás para não cair. Sentiu que as bochechas estavam enrubescidas e agradeceu por ele não poder ver.

Eles cavalgaram até o campo onde todos estavam reunidos, em frente à tenda de Aslam. Edmundo pulou do cavalo e ajudou Lena a descer, pegando-a pela cintura e quando a pousou no chão, entrelaçou seus dedos aos dela.

Lena sentiu o coração disparar, mas apenas apertou levemente a mão dele, enquanto ele deixava o cavalo ir sozinho e eles iam até a frente da multidão, que se dividia em duas para dar passagem.

– Jadis, a Rainha de Nárnia! – gritava o anão, que ia à frente anunciando a chegada da Feiticeira. – Imperatriz das Ilhas Desertas!

Edmundo apertou a mão de Lena quando viu a Feiticeira passando em cima de um trono que era carregado por ciclopes, cercados por minotauros. Lena apertou novamente a mão dele e o abraçou de lado, pela cintura, tentando transmitir-lhe força.

Murmúrios percorriam toda a multidão do exército de Aslam, enquanto este esperava a Feiticeira à frente de todos. Todos se calaram quando os ciclopes a desceram do trono e ela foi à frente de Aslam, encarando Edmundo e Lena de cima a baixo.

– Você tem um traidor entre os seus, Aslam. – anunciou a Feiticeira, provando mais murmúrios.

Edmundo abaixou a cabeça e sem pensar, Lena depositou um beijo em sua bochecha. Ele sorriu tristemente e a abraçou forte.

– A ofensa dele não foi contra você. – disse Aslam.

– Vejo que se esqueceu das leis sobre as quais Nárnia foi construída.

Aslam rugiu.

– Não cite a Magia Profunda para mim, Feiticeira. Eu estava lá quando foi escrita.

– Então se lembra bem que todo traidor pertence a mim. O sangue dele é minha propriedade.

Lena se apertou mais contra Edmundo e Pedro desembainhou a espada, postando-se entre os dois e a Feiticeira. Os minotauros retiraram as armas.

– Acredita mesmo que a força bruta vai tirar o meu direito... Reizinho? Aslam sabe que a menos que eu tenha o sangue dele manda a lei... – ela então se virou para todos na multidão. – toda a Nárnia será subvertida e perecerá em fogo e água. Esse menino... – ela apontou para Edmundo e Lena sentiu todo o seu corpo se retesar contra o dele, receosa. – morrerá na Mesa de Pedra... Como diz a tradição.

Virou-se para Aslam e disse: - Não ouse recusar.

– Basta. – disse ele. – Quero falar com você a sós.

Aslam se virou para a tenda e entrou, sendo seguido da Feiticeira.

Edmundo, sentindo-se cansado após toda aquela tensão, suspirou pesadamente e envolveu a cintura de Lena com os braços, apertando-a contra si. Lena apoiou a cabeça no ombro dele e sentiu que ele apoiava a bochecha sobre ela.

– Vai dar tudo certo... Vai dar tudo certo... – Lena ficou repetindo, mais para si mesma do que para ele.

Precisa dar... – disse Edmundo, pensando que não poderia deixar Lena sozinha.

Os dois ficaram assim durante algum tempo. Podiam ouvir os outros que ali estavam se sentarem, mas não queriam se separar daquele abraço. Mas por fim, Edmundo cansara de ficar em pé e se afastou de Lena o suficiente para se sentar e puxá-la junto para seu lado.

Edmundo envolveu a cintura fina de Lena com um braço e ficou arrancando a grama, enquanto o tempo passava.

– Como você está? – Lena perguntou, ainda receosa.

Edmundo ponderou a resposta por um segundo, sem saber como dizer que seu maior medo era de perdê-la.

– Eu estou... mais ou menos. E você?

– Eu não sei. Não quero que nada aconteça com você. Eu não suportaria.

– E não vai... Não desistirei tão fácil de você. Não deixarei ninguém te machucar ou magoar.

Lena forçou um sorriso irônico.

– Irônico, não acha? Eu deveria estar te protegendo... E tudo que posso fazer é rezar para que ela seja piedosa.

Edmundo já não sabia mais o que responder. Pressionou seus lábios na testa dela e sussurrou um “vai dar tudo certo”. Lena apoiou a cabeça do ombro dele e fechou os olhos, apenas esperando. Lena estava ficando impaciente. Abriu os olhos e viu a entrada da tenda de Aslam se remexendo.

Ouviu o levantar dos outros e se levantou também, com a ajuda de Edmundo, que não saia do seu lado. Então, a Feiticeira saiu. Olhou friamente para Edmundo e então desceu até o trono que veio. Aslam logo saiu da tenda.

– Ela renunciou ao direito do sangue do Filho de Adão. – anunciou ele.

Lena o abraçou, feliz, e ele a levantou sobre os pés. Quando a soltou, Edmundo foi abraçar os irmãos.

– Como vou saber que manterá a promessa? – perguntou a Feiticeira.

Aslam rugiu para a Feiticeira, fazendo calar-se e todos os narnianos comemorarem ainda mais.


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