Secret escrita por Rocker


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Então povo, é o seguinte...
Já estou com os dois bônus escritos, escrevi antes mesmo desse cap.
Mas ainda nao me decidi se posto ou não, já que nao vi mais recomendações. Talvez eu ate decida postar, mas pra isso eu preciso de MTOS reviews! Entao nao deixem passar, pensando que outra pessoa vai comentar, imagina se td mundo pensar assim?? Nem que seja um "posta mais" "estou amando" ou "quando sai o prox?"! erh soh dois segundinhos nao custa nada!!

Enquanto isso, divirtam-se nesse cap e me desculpem os erros, n tinve tempo de revisar. Toh morrendo de sono e resolvi escrever antes de sair de viajem dakie a poko, entao posso ter deixado alguns errinhos passar.



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Capítulo 18

Já amanhecia, o sol aparecendo timidamente no horizonte. Lena, Susana e Lúcia esperaram até que todos tivessem ido embora para que pudessem se aproximar do corpo de Aslam, estirado sobre a Mesa de Pedra, amarrado e sem o pelo majestoso de sua juba. Lúcia rapidamente subiu pelos degraus e se sentou na Mesa, ao lado de Aslam, enquanto Lena e Lúcia permaneciam em pé, perto da cabeça dele.

Todas três ainda choravam.

Lúcia pegou o elixir que trazia no cinto e tentou abrir a tampa para pingar sobre a boca entreaberta do leão.

– Não... – disse Lena, entre soluços, segurando a mão da amiga para impedi-la. Lúcia olhou confusa para a menina.

– É tarde. – disse Susana, também soluçando. – Se foi.

Susana e Lena também subiram na Mesa e se sentaram ao lado do leão, deitando sobre ele e chorando.

– Ele sabia o que estava fazendo. – disse, olhando para Lúcia, mas acariciando o cabelo de Lena, que fungava cada vez mais, sempre se culpando.

Ouviram um barulho vindo das cordas que amarravam o leão e Lena foi a primeira a levantar a cabeça, vendo ratos roendo-as. Susana e Lúcia logo os viram também.

– Saiam daí... Todos vocês! – disse Susana, tentando espantá-los.

– Não, olhe! – disse Lena.

Observaram enquanto os ratos retiravam as cordas. Susana logo se apressou a ajudar e Lúcia tirou as cordas que prendiam o focinho dele. Susana observou enquanto Lúcia e Lena secavam as próprias lágrimas.

– Temos que contar aos outros. – sussurrou.

– Mas não podemos deixá-lo. – disse Lúcia.

– Eu não quero deixá-lo. – completou Lena.

– Eles precisam saber. – insistiu Susana. – Não há tempo.

Lúcia e Lena olharam em volta, ouvindo o barulho do vento carregando as folhas.

– As árvores. – sussurrou Lúcia.

~*~

Edmundo e Pedro conversavam, dentro da tenda deles.

Sobre garotas.

– Eu sei, cara, eu sei. – disse Edmundo.

– Então finalmente assume que Lena é muita areia pro seu mini caminhãozinho? – perguntou Pedro sarcasticamente para o irmão, rindo.

– Sim, ela é muita areia pro meu mini caminhãozinho! – falou Edmundo, imitando a voz de Pedro, mas logo lhe tacando um travesseiro na cara. – Ah!, mas sei lá... – disse ele, voltando a se deitar e cruzando os braços sobre o peito, olhando para cima. – Acho que eu estou... – engoliu em seco, jamais dissera essa frase antes. – Acho que estou...

– Será que dá pra assumir logo que está apaixonado por ela?! – disse Pedro, fingindo estar nervoso.

– Será que dá pra ter paciência?! – retrucou o mais novo. – Não é fácil admitir isso não! – soltou um longo suspiro e logo depois voltou a respirar fundo.

Apenas vinte segundos de coragem, Eddie!, disse para si mesmo, aflito. Você consegue!

– Tá, tudo bem! Eu assumo! – contou que tinha ainda mais quinze segundos. – Eu estou apaixonado por Lena Campbell.

A tenda ficou silenciosa. Pedro não imaginara que seu irmão iria realmente admitir algo que jamais conversara antes com ninguém. Pensou que ele iria enrolá-lo até que se desviassem do assunto; mas não.

Ele realmente admitira que amava Lena.

Edmundo de repente se assustara com o silêncio que o irmão fizera. Levantou-se da cama e o encarou surpreso.

– Não vai rir, falar que bobeira ou até mesmo dizer que estou mentindo?!

– Não. – respondeu Pedro. – Por que faria isso?

– Quem é você e o que fez com meu irmão?!

Pedro riu, mas depois sua expressão tornou-se sonhadora.

– O que foi? – perguntou Edmundo. – Está pensando na Hailee? – disse brincando.

– Pior que eu estou. – disse Pedro. – Você não é o único apaixonado.

A tenda ficou novamente silenciosa. Exceto pelo som do vento que batia na entrada da tenda. De repente, flores entraram na tenda, formando a imagem de uma mulher. Pedro, por instinto, desembainhou a espada.

– Preparem-se, meus príncipes. – era apenas uma dríade. – Trago más notícias de suas irmãs e da anja mais nova que a acompanhava.

Eles se entreolharam, prevendo o pior. O que, na realidade, era.

~*~

Uma grande águia sobrevoava o campo de batalha, tentando avistar o exército inimigo. Edmundo, que operava com os guerreiros da retaguarda, estava aflito – mas aliviado por saber que Lena não participaria desta carnificina. Para Pedro, estava tudo ótimo, já que as meninas estavam fora e Emma e Hailee permaneceram no acampamento.

A águia pousou ao lado de Pedro, que liderava as linhas de frente juntamente Oreius.

– Chegaram, Alteza. – disse a águia. – Em número e arma que superam em muito os nossos.

– Números não vencem batalhas. – disse Oreius, tentando tranquilizar o menino.

– Não. – respondeu o loiro. – Mas aposto que ajudam.

Ao longe, apareceu apenas um minotauro que subia a pequena colina. Ele levantou a foice que carregava e guinchou, rugindo. Fez sinal para que quem que estivesse atrás si, avançasse.

E então apareceram milhares de soldados. Minotauros, anões, orcs e gigantes eram os que mais se viam. Mas havia também outras espécies de seres, todos provavelmente das profundezas de Nárnia. A Feiticeira pôde ser vista ali no meio, em uma biga de ferro puxada por dois ursos polares. Em sua mão via-se o cajado de gelo e em volta de seu pescoço, algo que parecia um colar de pelos. Era o pelo da juba de Aslam.

Pararam por um instante. Ambos os exércitos se analisando, procurando romper a forte barreira de ambos os lados.

Pedro deu rápida olhada para trás, para seu irmão Edmundo. O moreno apenas assentiu com a cabeça, encorajando o mais velho a seguir em frente e não desistir. Pedro voltou-se para frente e desembainhou a espada. Os guerreiros narnianos manejaram as armas e gritaram de entusiasmo e coragem.

– Não tenho interesse em prisioneiros. – disse a Feiticeira para seus aliados, ao ver a coragem do outro exército. – Matem todos.

O exército da Feiticeira urrou e avançou em direção ao outro.

Edmundo desembainhou a espada e respirou fundo, prometendo a si mesmo que se manteria vivo para ver Lena mais uma vez. O exército narniano esperou pelas ordens de Pedro. Pedro fez sinal para que as aves sobrevoassem o outro exército, prontas para atirar-lhes pedregulhos pesados o suficiente para esmagá-los.

– Você está comigo? – perguntou Pedro a Oreius.

– Até a morte. – respondeu o centauro.

– Por Nárnia e por Aslam! – gritou Pedro, puxando a linha de frente em direção aos inimigos, prontos para a batalha.

~*~

Lena, Susana e Lúcia ainda estavam deitadas sobre o corpo de Aslam. Susana levantou-se, olhando ao redor e vendo o sol já nascido.

– Temos que ir. – disse às garotas, quando as viram se levantar também.

– Está frio. – disse Lúcia tristemente, descendo da Mesa de Pedra depois da irmã. Elas andaram alguns passos e se viraram para Lena, que ainda olhava inconsolavelmente para o corpo do leão.

Susana suspirou, sabendo que a partir do momento em que vieram a Nárnia juntas, seria como uma irmã mais velha para a menina, mesmo que esta já tivesse duas.

Aproximou-se da menina e colocou a mão sobre seu ombro.

– Vamos, Lena. Precisamos ir.

– Mas... Aslam...

– Se foi. Precisamos ajudar os outros.

Lena fungou, sem saber o que fazer.

– Emma e Hailee estão lá, precisando de sua ajuda. – tentou Susana, mas sabia que não colaria. Ambas sabiam que elas eram autossuficientes. Sabiam cuidar de si mesmas. Só haveria mais um jeito de tentar. – Edmundo precisa de você...

Ao ouvir o nome do menino, seus sentidos se apuraram e rapidamente ela levantou a cabeça. Susana soltou uma risadinha triste e ofereceu uma mão a Lena. A mais nova aceitou a ajuda e pulou da Mesa de Pedra. Andaram até Lúcia e Susana, com o outro braço, abraçou a irmã pelos ombros.

Começaram a descer as escadarias, mas um vento forte passou por elas e um barulho de terremoto atrás delas as fez cair nos degraus, quase correndo o risco de rolarem.

– O que foi isso? – perguntou Lena, assustada.

Lúcia olhou para trás.

– Susana! Lena!

Elas se viraram e viram. A Mesa de Pedra estava rachada e o corpo do leão sumira. Levantaram-se e voltaram.

– Cadê o Aslam? – perguntou Lúcia, confusa.

– O que fizeram? – questionou Susana igualmente confusa.

Observaram o portal atrás da Mesa de Pedra, onde o sol brilhava mais forte. Mas logo o sol foi tampado por uma silhueta. De leão. Aslam apareceu inteiro ali, com a juba crescida novamente e claramente vivo.

– Aslam! – gritaram as meninas, contornando a Mesa e correndo até o leão para um abraço conjunto.

– Mas nós vimos o punhal. – disse Susana, ao se separarem.

– A Feiticeira... – continuou Lena, mas logo se calou, sem querer relembrar.

– Se a Feiticeira entendesse o significado de sacrifício... – disse Aslam, contornando a extensão da Mesa de Pedra, acompanhando das meninas, que observavam os escritos antigos entalhados nas laterais. – Talvez tivesse entendido a Magia Profunda de outro jeito. Se uma vítima voluntaria, inocente de traição, é morta no lugar de traidor, a Mesa de Pedra se partirá e talvez a própria morte seja revogada.

– Mandamos avisar de sua morte. – disse Susana. – Pedro e Edmundo já foram para a guerra.

Lúcia empunhou seu punhal e Lena encostou na sua cintura, procurando pela espada no cinto, mas percebendo que a deixara no acampamento.

– Precisamos ajudá-los. – disse Lúcia.

– E vamos, querida – disse Aslam, abaixando a mão de Lúcia –, mas não sozinhos. Preciso que Lena volte ao acampamento e pegue a espada.

Lena olhou-o confuso.

– Edmundo precisa de sua ajuda, querida. Tenho certeza de que você será a mais apta para isso.

Lena sorriu e abriu suas asas, pronta para partir, mas esperaria que eles fossem primeiro.

– Subam em minhas costas. – disse Aslam a Susana e Lúcia, enquanto essas o faziam, ele continuou. – O caminho é longo e o tempo é curto. Talvez queiram cobrir as orelhas.

Aslam deu um forte rugido e Lena sentiu isso como sua deixa para dobrar os joelhos e alçar voo em direção à batalha, para ajudar Edmundo.


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