Secret escrita por Rocker
Notas iniciais do capítulo
aaaahhhhh, recorde reviews em um soh cap!!!! *-----------------------* sao poucos para os leitores, mas foi o que mais me motivou para esse CAP TAO ESPERADO!!! sim, erh o que vcs estão pensando, entao vamos parar de enrolação e nao se esqueçam de comentar pq vai haver mtas outras "supresas" ainda
Capítulo 15
Pedro saiu da tenda, esperançoso, lembrando-se de que alguns guerreiros haviam saído para salvar Edmundo. Soube que Lena tinha desmaiado, mas quando a viu deitada, acordada, mas descansando ali na tenda das meninas, relaxou. De acordo com Hailee, era apenas falta de comida, mas ele sabia que tinha algo a ver com Edmundo. Percebera que a menina ficava cada vez mais preocupada com o moreno.
Por falar em Hailee, ele queria muito vê-la, como sempre, mas logo percebeu que teria de esperar. Viu Oreius, o centauro que foi até a floresta atrás de Edmundo, já havia retornado. Ele apontou para um dos grandes rochedos e Pedro seguiu com o olhar, vendo Edmundo ali, conversando com Aslam. Susana e Lúcia saíram de suas tendas e seguiram o olhar do irmão mais velho.
– Edmundo! – gritou Lúcia, preparando-se para correr até ele, mas foi impedida por Pedro. Percebeu que Edmundo tinha uma conversa particular com o leão.
Aslam e Edmundo desviaram seu olhar para os Pevensie e o leão rapidamente disse algo ao moreno, que desceu do rochedo para ir até os irmãos. Ele se aproximou, de cabeça baixa e mãos enterradas nos bolsos, com Aslam logo atrás.
– O que passou, passou. – disse o leão aos três garotos. – Não vale a pena falar com Edmundo sobre o ocorrido.
Quando o leão se foi, Edmundo olhou acanhado para os irmãos, ainda esperando que eles o apedrejassem.
– Olá... – disse timidamente.
Lúcia correu até e abraçou o irmão, que retribuiu. Quando ela o soltou, Susana logo o abraçou.
– Você está bem?
– Um pouco cansado.
– Descanse um pouco. – disse Pedro.
Edmundo, de cabeça baixa, passou por ele em direção à tenda dos meninos.
– Edmundo. – chamou Pedro, virando-se para ele. Quando o moreno parou e se virou para ele, continuou. – Tente não se perder.
Edmundo sorriu e se afastou. Mas quando foi chamado uma segunda vez, parou e olhou paciente para o irmão.
– Ela estava muito preocupada. Acho melhor ir vê-la, senão acho bem capaz de ela surtar totalmente. – disse Pedro com um sorriso malicioso. Susana e Lúcia riram.
– Quem? – perguntou Edmundo inocentemente.
– Você sabe muito bem de quem eu falo. – disse Pedro, logo virando-se puxando as irmãs para longe dali, deixando o moreno um pouco atordoado.
Será que..., pensou Edmundo.
Quando se deu conta de que Pedro realmente falava de Lena, correu até a tenda da menina. Viu-a deitada ali sobre algumas fronhas, dormindo profundamente e com o rosto sereno e angelical. Ele não sabia que via o rosto dela daquela forma por ela ser mesmo um anjo ou se era porque sentia algo a mais por ela do que apenas amizade. Mas não parecia que descobriria agora. Ele tinha que sair da tenda para não acordá-la, mas simplesmente não conseguiu. Seus pés o forçaram a se aproximar da menina e ajoelhar ao seu lado, o mais confortável possível para que ficasse ali o tempo necessário para que ela acordasse.
Ficou observando-a. Seu nariz fino, seus lábios finos e rosados, os cílios grossos, poucas sardas sobre as bochechas que já eram vermelhas naturalmente. Mas arrependia-se de não poder ver os olhos castanhos claros da menina, que eram o que mais lhe chamavam a atenção. Seu cabelo castanho e enrolado, por mais curto que fosse, caía como um leque envolto da cabeça, dando a impressão de cascatas cacheadas. Viu os lábios dela entreabrirem-se levemente.
– Vai ficar aí me olhando ou vai dizer alguma coisa? – ela perguntou, após ver que o menino a ficara observando durante algum tempo.
Lena sentia agradecida por seus cílios serem grossos, assim podia fingir dormir e vigiar à sua volta com os olhos minimamente entreabertos. Como, por exemplo, aquele momento, quando Edmundo a olhou assustado achando que a menina dormia.
– Anh... Eu... – ele gaguejou ainda sem saber o que fazer.
Lena abriu os olhos e riu ao ver as bochechas dele corarem. Ela sentou-se sobre as fronhas e o abraçou apertado, como fizera no sonho. Ele, apesar de assustado pela ação repentina da menina, rapidamente se recompôs e a envolveu pela cintura, receoso de que ela o soltasse rapidamente. Mas não foi isso que ela fez. Apesar de confusa pela reação atrasada dele, Lena não o soltou.
Afastou-se um pouco e olhou fundo nos olhos dele.
– Eddie... Me diz que você teve um sonho em que eu apareço e digo que sou seu anjo protetor?
Edmundo franziu o cenho, lembrando-se deste sonho.
– Sim, eu tive. Lembro que não fazia ideia de como tinha saído das masmorras. E lembro-me de ter dito que sentia sua falta... – ele sentiu as bochechas queimando.
Lena sorriu, lembrando-se do que teria feito caso não tivesse acordado. Inclinou-se para frente e selou seus lábios aos dele. Não teve movimento, apenas o sentir do toque entre os lábios de ambos. Lena não se importava que o lábio inferior de Edmundo estivesse machucado. Para ela, o que importava era estar com ele. Mais nada. Afastou-se dele e percebeu que o menino a olhava confuso e atordoado.
Ah, não!
Ela afastou-se dele ao pensar que ele não queria aquilo e colocou as mãos sobre o rosto, tentando tampá-lo. Sentiu os olhos marejados, mas não se permitiria chorar ali na frente dele. Edmundo estava confuso, mas não por não querer aquele beijo – por pensar que ele sairia de Lena. Percebeu a burrada que fez ao não esconder a surpresa da expressão quando ela escondeu o rosto nas mãos. Ele podia ter saído da tenda para pensar, mas não o faria. Precisava dela. De nada mais.
Aproximou-se da menina e se sentou ao seu lado. Segurou as mãos dela e as afastou do rosto de Lena, revelando dois olhos castanhos marejados. Isso apertou o coração de Edmundo.
Lena virou-se para ele e disse rapidamente.
– Olha, me desculpe, eu... – foi interrompida.
Edmundo a calara com um beijo. Os lábios mergulhando em direção aos dela com desejo insuperável. O beijo era selvagem, novo e exploratório, como nunca haviam beijado ninguém na vida.
– Melhor ir descansar... – disse Lena, após selarem o beijo com um selinho.
Edmundo sorriu sobre os lábios da menina e se afastou sem olhá-la nos olhos. Estava com vergonha demais para isso.
– Eddie. – ouviu-a chamando e se virou.
Ela sorriu de orelha a orelha e pulou da cama, indo até Edmundo e pressionando seus lábios aos dele mais uma vez.
– Te vejo mais tarde, Eddie.
~*~
Edmundo, Lúcia e Susana estavam à mesa comendo. Pedro estava um pouco afastado, observando-os. Emma e Hailee haviam ido treinar com as novas espadas e Lena estava sobre um rochedo alto, vendo os quatro irmãos metros abaixo. Não parava de se lembrar do beijo, mas não sabia se aquilo aconteceria novamente e para falar a verdade, tinha medo de que não.
Edmundo comia ferozmente a torrada, apreciando o sabor dela e tentando pensar em como chegar perto de Lena novamente depois do beijo. Talvez para outro beijo ou para definir aquilo tudo.
– Nárnia não vai ficar sem torradas. – brincou Lúcia.
– Preparem alguma coisa para a viagem de volta. – disse Pedro.
– Vamos pra casa? – perguntou Susana.
– Vocês. – respondeu Pedro, sentando-se à mesa com os irmãos. – Eu prometi à mamãe que ficariam seguros. Não quer dizer que não possa ficar pra dar apoio. As meninas vão com vocês.
– Mas precisam de nós. – disse Lúcia. – De todos nós.
– Lúcia, é muito perigoso. – insistiu Pedro. – Você quase se afogou e Edmundo quase foi morto!
– É por isso que temos que ficar. – intrometeu-se Edmundo. – Vi o que a Feiticeira pode fazer. E ajudei a fazer. Não podemos permitir que esse povo sofra por isso.
– Então já está decidido. – disse Susana, levantando-se.
– Aonde você vai? – perguntou Pedro.
– Treinar um pouco. – disse ela, pegando o arco e flecha.
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