Secret escrita por Rocker


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

oooo// cap novo bem antes do previsto, mas assim que eu vi a LINDA E MARAVILHOSA recomendação da JP, eu simplesmente não aguentei esperar para postar!! Esse cap vai pra vc, mto mto obg pela ótima (e primeira) recomendação!!



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Capítulo 14

Finalmente.

Eles chegaram até o acampamento do exército de Aslam. Lena já estava ficando cansada e impaciente de tanto andar, mas de acordo com o castor, levaram metade do tempo para chegar até ali. Andaram pela relva verde, vendo as tendas vermelhas e douradas se estenderem por vários metros à sua frente. Animais de todos os tipos estavam ali. Várias espécies encontradas na Terra e outras que sequer chegaram a imaginar um dia que existiam: faunos, centauros, enormes águias, grifos e muitos outros.

Ouviram o som de uma trombeta tocando e Lena procurou em volta. Viu que era um centauro por cima de uma grande rocha, há vários metros de distância dali. Sentiam o vento fresco batendo no rosto, jogando os cabelos para trás, enquanto observavam a linda paisagem da real Nárnia, sem nenhuma neve. Um riacho no canto, árvores com flores e folhas novinhas.

Lena e Lúcia andavam um pouco afastadas dos outros, mais encantadas com tudo aquilo. Ouviram um som diferente atrás de si, um som de folhas voando em uníssono. As duas se vivaram e viram as folhas de um lindo ipê rosa voando, se aproximando, e formando o corpo de uma mulher, que acenavam para elas. Lúcia acenou de volta, sorrindo, mas Lena apenas assentiu em respeito e cumprimento. Lúcia ouviu seu irmão chamando, deu uma última olhada para a mulher formada de flores e puxou Lena pelo pulso.

Os irmãos Pevensie se aproximaram da tenda principal, com os castores ao lado e as irmãs Campbell atrás. Todos os narnianos que ali estavam, pararam o que quer que faziam e os olharam surpresos, seguindo-os em direção a tenda onde Aslam repousava.

– Por que estão olhando para nós? – perguntou Susana, disfarçando a fala com um sorriso.

Emma riu de leve, mas não disse nada.

– Talvez achem você engraçada. – disse Lúcia, fazendo Susana sumir com o sorriso e Pedro e Hailee darem uma risada.

A Sra. Castor começou a ajeitar o pelo.

– Ei! – disse o Sr. Castor. – Deixe de bobagem. Você está linda.

Eles pararam em frente à grande tenda, onde todos se reuniram ao seu redor e um centauro, provavelmente o comandante, deu algumas trotadas à frente. Pedro desembainhou a espada e a estendeu à frente, em sinal de respeito.

– Nós viemos para ver Aslam. – disse.

Não foi preciso o centauro se pronunciar. A entrada da tenda se remexeu e uma grande pata dourada a abriu. Todos os narnianos ali presentes se ajoelharam de frente para a tenda. Logo após saiu um grande e majestoso leão dourado. Os viajantes humanos e anjos também se ajoelharam em sinal de respeito para aquele que claramente era o comandante de tudo ali.

– Bem-vindo Pedro, Filho Adão. – disse o leão com uma voz grave. – Bem-vindas Susana e Lúcia, Filhas de Eva. Bem-vinda Lenas, Emma e Hailee. Filhas do Céu. E sejam bem-vindos, castores. Agradeço a vocês. Mas onde está o quarto humano?

Os visitantes se levantaram e Pedro se pronunciou.

– Por isso viemos, senhor. Precisamos de ajuda.

– Nós... – começou Susana. – Tivemos um problema pelo caminho.

– Nosso irmão foi capturado pela Feiticeira. – disse Pedro.

– Capturado? – perguntou Aslam, enquanto Lena abaixava a cabeça ao se lembrar de que nada daquilo estaria acontecendo se ela tivesse o impedido. – Como aconteceu?

– Ele... – disse o castor. – Os traiu, Majestade.

Houve murmúrios por toda a parte.

– Então traiu todos nós! – exclamou o centauro comandante.

– Paz, Oreius. – disse Aslam. – Sei que existe uma explicação.

– Foi minha culpa. – disse Pedro. – Fui severo com ele.

Lena não suportou mais isso. Não podia deixar que Pedro se culpasse por algo que ela fizera.

– Não, não foi, Pedro. – pronunciou-se, recebendo a atenção de todos. Quando lhe pareceu que o menino discutiria com ela, ela rapidamente o cortou. – Você pode ter sido duro com ele, mas eu poderia tê-lo impedido e não o fiz. – abaixou a cabeça, envergonhada.

– A culpa é de todos nós. – disse Susana, segurando a mão da menina.

– Senhor, ele é nosso irmão. – disse Lúcia ao leão.

– Eu sei, minha querida. Mas isso torna a traição pior ainda. Será mais difícil do que pensam.

– O que faremos então? – perguntou Hailee.

– Por ora, devem descansar. – disse Aslam.

~*~

Minutos depois, cada um caçou um canto para ficar. Pedro ficou isolado nas rochas, olhando para além daqueles campos. Susana e Lúcia foram até o riacho próximo dali. Emma e Hailee foram comer alguma coisa, pois elas e Lena estavam guardando a comida da viajem para os humanos. Não era muita e elas pensavam que os Pevensie precisavam mais do que elas.

Lena, porém, não foi com elas.

Por mais que estivesse quase desmaiando de fome, não conseguiria enfiar nada pela garganta enquanto ainda estivesse preocupada com Edmundo.

Ficou apenas andando de um lado para o outro em frente à tenda que dividira com as irmãs, enquanto sentia sua força se esvaindo, mas não ligava. Precisava pensar em algo para ajudar Edmundo e não pararia até que encontrasse a solução. De tempos em tempos, olhava para o rochedo onde Pedro estava e via que conversava com Aslam. Pensou que o Grande Leão poderia ajudar de uma maneira mais exata, mas se enganou.

Só que não totalmente.

Aslam dissera que ajudaria e faria o possível para que o moreno fosse liberto, mas para isso era preciso esperar uma oportunidade de ser guiado até o acampamento da Feiticeira.

Quando Lena sentiu que já não aguentaria mais parar em pé, ouviu o som desesperado de uma trombeta e viu Pedro descendo o rochedo correndo em direção ao riacho onde as meninas estavam. Tentou correr atrás, mas apenas sentiu as pernas vacilando e os olhos se fechando, enquanto caia para frente. Felizmente, um fauno fora rápido o bastante para segurá-la antes que caísse sobre a relva macia.

~*~

Pedro chegara o mais rápido possível até o riacho, onde viu as irmãs penduradas sobre uma árvore, com dois lobos saltando para abocanhá-las.

Ele atravessou correndo o riacho, desembainhando a espada.

– Pra trás! – ele gritou.

– Pedro! – gritou Susana, em busca de ajuda.

– Por favor! – disse o lobo chefe, se afastando da árvore e dando círculos envoltos do menino. – Nós já passamos por isso antes. Sabemos que você não tem coragem.

Pedro empunhava a espada leviana e receosamente.

– Pedro! – gritou Susana. – Cuidado!

Ouviram um rugido de leão e Aslam apareceu, prensando o outro lobo contra o chão. Oreius, o centauro, apareceu pronto para matar o lobo chefe, mas Aslam o impediu.

– Não. Guardem as armas. – disse aos outros que apareceram em auxílio. – Esta batalha é de Pedro.

– Pode pensar que é um rei – disse o lobo, ainda focado em Pedro –, mas você vai morrer... Como um cão!

E pulou sobre Pedro. Mas o menino foi mais rápido, empunhando a espada mais acima, acertando o abdômen do animal, mas ainda assim, sendo derrubado.

– Pedro! – Lúcia gritou.

As duas pularam da árvore e correram até o irmão, retirando o corpo do lobo de cima dele. Pedro levantou-se, atordoado, e foi abraçado pelas irmãs.

Aslam soltou o lobo que prendia, que fugiu rapidamente.

– Atrás dele. – ordenou aos narnianos que ali estavam. – Vai levá-los a Edmundo.

Oreius assentiu e trotou atrás do lobo juntamente com um grande grupo de faunos e leopardos.

– Pedro. – disse Aslam. – Limpe sua espada.

Depois de feito isso, Pedro fincou a espada sobre a grama e se ajoelhou em frente à Aslam.

– Levante-se, Sir Pedro, Ruína dos Lobos... Cavaleiro de Nárnia.


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