O Outro Caminho De Uchiha Sasuke escrita por Yui, Kpopper Town


Capítulo 29
Arigatou


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bem-vindos sejam ao último capítulo desta fic.
Ao final, agradecimentos e outras coisas.

Os deixo com o capítulo. Boa leitura.



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– Kento, está dispensado. Ficará em um quarto de hóspedes aqui no prédio, depois decidiremos onde vai morar – disse Tsunade ao garoto.

– Hai, Tsunade-sama – respondeu ele.

– SHIZUNE!

O grito dela assustou Kento e em poucos segundos, a porta foi aberta por uma mulher assustada.

– Sim, Tsunade-sama?

– Leve-o a um quarto aqui do prédio. Ele ficará em Konoha até que Tatsuo-sama decida se ele fica conosco ou não.

– Venha comigo – chamou Shizune.

Kento levantou-se e a seguiu porta a fora. A Godaime se levantou de sua cadeira e foi até a janela. De lá via boa parte de Konoha. Enquanto observava, pensava em quem poderia ser o tal espião que ajudara Itachi.

– Não é possível, tem mais alguém infiltrado aqui... – passou a mão esquerda pelo rosto – esses velhos não devem ter nada a ver com isso, já que eles queriam se livrar de Sasuke.

Seus pensamentos foram interrompidos pelo barulho que vinha de seu estômago. Não comera nada desde que acordou, precisava de alguma coisa, afinal, saco vazio não para em pé.

Esperou Shizune voltar para que pudesse almoçar sossegada e pensar um pouco mais sobre o outro espião.

Kakashi caminhava lenta e tranquilamente pelo Distrito Uchiha. Ele sabia que havia alguém ali, eram os jounins da segurança da vila. Chegou então à casa de Sasuke e bateu à porta.

Alguns segundos depois a porta se abriu exibindo o garoto já trocado e limpo. Vestia bermuda branca, uma camisa azul clara com o símbolo do clã Uchiha atrás, estava descalço e sem a bandana.

– Olá, Sasuke.

– Kakashi-sensei... então é você que vai ficar aqui? – O tom de voz indicava uma afirmação, embora fosse uma pergunta.

– É, parece que sim – respondeu coçando a nuca.

– Certo... – abriu caminho para Kakashi – eu vou sair...

Kakashi estava próximo ao sofá da sala quando se virou para encarar o garoto.

– Percebi. O que vai fazer?

– Eu não vou fugir, se é o que você realmente quis dizer – respondeu com um tom de cansaço.

– Está bem... é, pode pelo menos me mostrar onde vou dormir?

Sasuke o acompanhou pela casa e levou a um quarto que sempre esteve vazio, de hóspedes. O quarto de seus pais era um lugar no qual ele preferia não entrar e o de seu irmão ficou trancado desde aquele dia horrível.

Kakashi entrou acendendo a luz e avistou uma cama encostada na parede paralela á porta e um baú aos pés dela. Uma cômoda e um guarda roupas ao lado da cama e à frente deles, uma janela que dava para o quintal da casa.

– Está bom?

– Sim... pode ir. Não tente mais nenhuma gracinha, ou vou achar você novamente e dessa vez, não vou ser bondoso.

O sensei tentou parecer ameaçador, porém não conseguiu. O garoto nem se incomodou com a ameaça e deu as costas a ele.

– Quanto tempo vai ficar aqui?

– O necessário para que você se defenda mais e sozinho, só para treinar você melhor e estar alerta em caso de uma nova invasão daqueles ninjas.

– Entendo.

– Vou avisar a Hokage-sama sobre minha mudança e depois volto.

– Ok – respondeu ele saindo do quarto – tem comida aí, você deve saber cozinhar.

Sem uma despedida sequer, Sasuke saiu do corredor dos quartos que levava á sala e ali, descendo um degrau para o nível da porta, sentou-se e calçou as sandálias.

Pronto. Nem precisou sair de casa para saber quem viria com ele.

Então, agora era só ir para a casa de Sakura. Esperava ter como encontrá-la sem que Kizashi os visse. Sabia que ela só treinaria amanhã, assim como ele, Naruto e Satoru.

“E Kento? Deve estar recebendo bronca da Hokage. Quando eu o encontrar, devo agradecer, por mais que eu não queira.”

Se levantou e abriu a porta, saindo de casa em direção á casa dos Haruno.

Algum tempo mais tarde Sakura estava ajudando sua mãe nas tarefas da casa. Seu pai estava consertando algumas coisas em um quartinho com ferramentas.

– Você deveria estar descansando, filha.

– Estou bem, mãe – respondeu a menina com um sorriso. Parecia feliz, o que causou estranheza à Mebuki.

– Por que tanta felicidade, Sakura?

– He he, nada não mãe...

Mebuki soltou alguns pratos, que estava enxaguando, dentro da pia e tomou uma toalha. A usou para secar as mãos e sem soltá-la, colocou as mãos na cintura, olhando fixamente para Sakura, procurando uma mentira qualquer.

– Sakura, diga a verdade...

– Mãe, eu... eu precis...

– Sakura-chan!

Era Naruto quem a chamou na porta de sua casa, surpreendendo-as. Nem se deu ao trabalho de bater, chegou gritando como o bom hiperativo que era.

– Ah – Mebuki deu um suspiro exasperado – vai ver o que ele quer...

Sakura foi até a porta e a abriu, vendo Naruto com suas calças de sempre, a camiseta preta de sempre e a bandana, porém, sem sua jaqueta. Ele sorria amplamente para ela que ficou sem entender.

– O que é, baka?

– Nossa, Sakura-chan... eu só vim aqui te chamar pra sair.

– Naruto! Você sabe que eu não posso aceitar isso. Shannaro! – Deu um golpe na cabeça do pobre menino.

– Ai! – Gritou ele e depois sussurrou – mas não é pra mim...

– Como assim? – Perguntou ela no mesmo tom de voz.

– É pro Sasuke... aquele medroso tem medo de vir aqui enfrentar seu pai pra te chamar pra sair... – respondeu Naruto com um pouco de desgosto, quase cuspindo o nome do amigo, e ficou ainda pior ao ver os verdes olhos de Sakura brilharem com a simples menção de seu nome.

– Então o... Sasuke-kun... e-ele quer sair comigo?

– Aham, mas sabe que seus pais não vão deixar, então...

– Obrigada, Naruto – abraçou-o, surpreendendo o garoto.

Depois dos primeiros segundos de choque, ele conseguiu retribuir ao abraço e depois a soltou.

– Vai se arrumar que eu te espero aqui.

– Hai!

A kunoichi correu para dentro, voltando para a cozinha de casa. Kizashi saía do quartinho próximo à entrada do cômodo e quase foi atropelado pela filha. Pararam bem na porta da cozinha.

– Que é isso, Sakura? Calma...

– Desculpe, pai – respondeu envergonhada.

– Por que toda essa correria? – Perguntou ele com os braços cruzados sobre o peito.

– O Naruto...ele, ele me chamou pra sair – respondeu corando.

– Ah, Uzumaki Naruto? Do seu time, certo?

– Hai.

Mebuki se juntou a eles. Olhou para seu marido com um pequeno sorriso estampado no rosto, ela os ouviu antes que Sakura pudesse dizer a ela.

– Pode ir, mas estamos de olho em você.

A menina engoliu em seco. Se a vissem com o Uchiha, seria o fim de tudo. Abraçou a ambos e depois correu escadas acima. Chegando a seu quarto, abriu o guarda-roupas e de lá retirou um short preto que ia até a metade das coxas e uma camisa do mesmo tom de rosa que costumava usar, só que essa era regata. Atrás, na parte superior das costas, estava o símbolo do clã Haruno.

Vestiu-se rapidamente e desceu as escadas. Se despediu dos pais e colocou sua sandália.

Abriu a porta e Naruto estava ali tal como havia dito.

Saíram andando até duas esquinas depois da casa da menina e a dobraram para então encontrar com o Uchiha.

– Pronto. Você me deve um favor, ou um rámen – disse Naruto emburrado.

– Ah, tá. Depois acertamos isso.

Tomou a mão de Sakura e foram se afastando de Naruto, que ficou parado apenas olhando.

Abaixou um pouco a cabeça. Por mais que gostasse de Sakura, ela o tinha apenas como amigo e estava feliz por ela ter conseguido estar ao lado de quem sempre amou. Não percebeu quando, de trás de um grupo de pessoas, uma garotinha de olhos perolados o observava com um rubor aparente em suas bochechas. Estava com seu time e com o de seu primo. Acabavam de voltar de um treino com Kurenai e Asuma.

Ela desejava ter coragem de falar com Naruto, mas não a tinha e quando ela aparecia, ele já havia se afastado. A garota não percebeu que estava sendo deixada para trás, até que alguém a chamou:

– Hinata! – Chamou Neji – vamos logo – chamou ele um tanto irritado.

– Desculpe.

Assim que respondeu, correu, mas não sem antes olhar mais uma vez para o garoto loiro ainda parado na rua. Ela desapareceu entre os habitantes de Konoha. Naruto, por sua vez, foi andar pela vila até a hora em que deveria buscar Sakura com Sasuke no parque, que é onde estariam.

Sasuke prometeu pagar-lhe uma rodada de rámen se ele fizesse esse favor, mas ele não aceitou. Quis fazer isso pela felicidade da garota de quem gostava. Suspirou desanimado.

– Sabe, Sasuke-kun, não me sinto bem mentindo pros meus pais...

– Vamos resolver isso logo, vai dar tudo certo – sorriu para ela.

Antes de seguir para o parque, Sasuke levou a kunoichi para a saída da vila, a mesma na qual ela o impediu de partir. O sorriso dela diminuía a cada passo que davam, até que, ao estar suficientemente próxima daquele banco e também daquelas lembranças, seu rosto adotou uma expressão de tristeza. Porque ele a levou até lá? Iria deixar tudo logo agora? Aquele realmente fora um presente de despedida.

Sasuke parou em frente ao banco, de frente para ela e segurava as mãos da garota entre as suas. Não a encarava, mas sim ao chão. Sakura apenas esperava que não fosse o que ela pensou há alguns momentos. Sua respiração começara a ficar ofegante e apertou um pouco a mão do garoto, o que indicou seu nervosismo.

Ele já tinha tudo planejado, mas antes que pudesse falar, ela começou:

– Sasuke-kun, você não vai me deixar, não é? – Perguntou com os olhos já marejados e soltou a mão esquerda para pousá-la no pingente – você não me trouxe até aqui pra se despedir... disse que esse presente não era de despedida... – fora interrompida.

– Sakura!

Se calou no mesmo instante. Quando ela olhou em seus olhos, eles estavam sérios como sempre, mas então, um meio sorriso apareceu em seus lábios.

– Você é muito... chata. Nem sabe porque te trouxe aqui...

– Não fale assim, Sasuke-kun – respondeu ela abaixando a cabeça.

É que aquele lugar trazia a lembrança de tudo o que fora dito para que ele ficasse. A cena se repetia na mente dela.

POV SAKURA ON

Lembro-me de estar esperando Sasuke ali na estrada, naquele mesmo local, à noite, sozinha. Eu sabia que passaria por lá e algum tempo depois, ele chegou com uma mochila e caminhando lentamente com as mãos no bolso. Parou.

– O que você está fazendo aqui fora no meio da noite? – Perguntou ele com a aparente frieza em sua voz, como de costume.

– Todos que queiram sair da vila terão que passar por essa estrada. Sempre essa estrada... – respondi.

– Você deveria voltar pra cama – disse olhando nos meus olhos.

Dito isso, continuou seu caminho, passando direto por meu lado direito e me deixou alguns passos pra trás, derramando algumas lágrimas. Parecia tão pouco preocupado com qualquer outra coisa além de sair dali. Pensando agora, será que ele estava mesmo querendo ir? Será que ele disse isso com alguma preocupação e por não querer que eu testemunhasse sua partida?

Virei um pouco meu corpo para poder olhá-lo e disse:

– Eu... sempre deixo Sasuke irritado... – comentei – você ainda se lembra? – Perguntei, ele parou de andar, mas continuou de costas para mim – de quando nos tornamos genins, de quando formamos um grupo juntos... a primeira vez que eu falei com você sozinha, você pirou comigo.

“- Solidão...

– Huh?

– Não é algo que se possa comparar a levar uma bronca dos seus pais.

– Por que... por que você disse isso?

– Você... não me encha mais o saco!”

Alguns segundos foram dominados apenas pelo silêncio. Em meus lábios surgiu um pequeno sorriso com a lembrança. Eu mereci ouvir aquilo, não compreendia Naruto e nem ele, mas achava que sim. Com isso, tive esperança de impedi-lo de ir, mas eu estava errada novamente.

– Eu não me lembro – respondeu quebrando o silêncio incômodo e me surpreendendo.

Abaixei minha cabeça pensando em algo mais para falar, porém, fiquei envergonhada de trazer à tona uma lembrança boba que certamente ele já tinha esquecido.

– He he... foi o que eu pensei... foi há tanto tempo... – eu disse e ele continuou em silêncio sem olhar para mim – mas desde aquele dia, Sasuke-kun e eu, e Naruto e Kakashi-sensei...

Nada. Nem um murmúrio como resposta, então continuei:

– Nós quatro completamos muitas missões – enquanto eu falava, várias lembranças se passavam na minha cabeça e esperava que minhas palavras tivessem o mesmo efeito sobre ele - foi cansativo e difícil... mas, mais do que tudo... isso me deixava feliz.

Silêncio novamente. Ele não diria nada? Estava tão frio assim? Talvez não, se escolheu ficar, é porque talvez para ele fosse difícil. Mas me trazer novamente a esse lugar, me fazia duvidar um pouco de suas verdadeiras intenções. Me lembro que comecei a apelar ao bom senso do Sasuke-kun.

– Eu sei... o que aconteceu com a sua família... mas uma coisa como vingança... não pode trazer felicidade à ninguém... isso não vai te deixar feliz... mas eu... – fui interrompida. Finalmente ele decidiu falar.

– Como eu pensei... – começou ele, sem nunca sair de sua posição.

– Huh?

– Eu não sou como vocês. Nós temos caminhos diferentes que devemos seguir. Quando nós quatro estávamos completando missões juntos, eu pensei que esse fosse o meu caminho. Mas apesar de tudo... meu coração me diz que eu sou um vingador, e que é para isso que eu vivo.

A essa altura, meus olhos já estavam marejados, ameaçando derramar novas lágrimas por ele.

– Eu nunca vou ser como você ou Naruto.

– Sasuke, você planeja ficar sozinho de novo? Foi você quem me contou sobre a solidão! – Gritei. Será que naquele momento ele não me entendia? – Agora, eu também sinto essa dor! Apesar de eu ter família e amigos... mas sem você na minha vida... para mim... eu... ainda vou estar sozinha – falei, já de olhos fechados, chorando.

Eu não vi sua reação, mas por um momento, pareceu ignorar o que eu disse. Se manteve quieto e depois de alguns segundos, falou:

– Esses são só os novos passos que devemos tomar em nossos caminhos individuais.

– Eu... eu gosto de você! Gosto tanto que nem consigo segurar dentro de mim! – Falei como conseguia, o estresse fez com que eu falasse mais alto do que queria – se eu e você estivéssemos juntos, eu juro que não deixaria você voltar atrás! Nós vamos ser felizes para sempre, com certeza encontraremos a felicidade!

Enquanto eu falava, respirava o máximo que podia porque o choro piorou. Estava ainda mais desesperada com a última resposta dele, achando que ele não voltaria atrás e partiria levando metade de mim.

– Eu sou capaz de fazer qualquer coisa por você! – Continuei – Então... por favor, fique! Eu estou te implorando!

Ele permaneceu parado em silêncio. Estava decidida a desistir. Poderia ir com ele, mas talvez ele não me aceitasse. Fechei os olhos o máximo, não queria chorar, mas já era tamanho o fluxo das lágrimas que não os suportava abertos.

– Eu mataria por você... o que quer que eu faça por você... eu faço... – dizia entre rápidas respirações para recuperar o fôlego e fazer com que o choro não me impedisse de tentar mais uma vez – por favor... fique aqui comigo... e se isso não for possível, então me leve contigo!

Terminei de falar, pensando que ele iria me ignorar de novo, mas dessa vez foi diferente. Abri os olhos a tempo de ver. Ele se virou com um sorrisinho, que não entendi o que significava. Poderia ser cinismo ou então ele se lembrava do nosso primeiro dia a sós.

– Você é mesmo... muito chata.

Me surpreendeu. Fiquei sem fala e foi então que ele aproveitou para voltar a caminhar, mas novamente, eu o impedi.

– Não vá!!! Se você der mais um passo, eu grito!

Sasuke fechou os olhos e respirou fundo. Durante alguns minutos só ouvia meu choro baixinho. Eu ainda tinha esperança que ele ficasse. Antes que ele pudesse se mover, como percebi que faria, me aproximei o mais rápido que pude e o abracei como quando o selo fez com que ele se descontrolasse, não o queria longe de mim e faria o possível para fazê-lo feliz e também o proteger, mesmo que isso significasse abandonar minha família e amigos. Senti seu corpo ficar tenso, parece que ele se surpreendeu, mas não disse nada, só foi sentindo que sua camiseta ficava molhada.

– Por favor, Sasuke-kun, olhe pra mim e responda. Eu posso tudo, menos te deixar. E eu posso convencer o Naruto de nos ajudar, sei que ele vai, é seu amigo e também quer te ver feliz.

Ele se soltou do meu abraço e virou. Ao invés de me ignorar, ele resolvera olhar em meus olhos e acabou por ver minhas lágrimas. E foi então que eu ouvi que ele ficaria, mas agora, temia que ele tomasse o outro caminho, o que não tomou por um abraço meu. Não queria que a situação se repetisse.

POV SAKURA OFF

– Eu não quero que você pense em ir embora de novo e me deixar – respondeu baixinho com lágrimas escorrendo por seu rosto.

Ao ver aquilo, Sasuke ficou paralisado. Como sentimentos podem ser tão complicados? Era coisa demais para ele, sozinho, entender ainda mais quando o selo amaldiçoado alimentou seu ódio, mas conseguiria compreender as coisas.

Ele escondera ali atrás do banco, uma coisa muito especial para ele e Sakura que a ajudaria ver que ele não pretendia deixá-la. Se soltou dela e caminhou um pouco.

– Sasuke-kun!

Logo após gritar, teve a sensação de alguém atrás de si e ficou paralisada como ele há minutos atrás. Sentiu a respiração dele em seu pescoço, estava muito perto. Ouviu Sasuke engolir em seco.

– Sakura-chan... arigatou...

Ela se surpreendeu, mas, ainda mais, quando ele a abraçou como podia, já que em sua mão parecia segurar alguma coisa.

Sakura se virou chorando e o beijou. Assim que o beijo foi terminado, o abraçou fortemente. Ele apoiou a bochecha na cabeça da garota, tentando consolá-la enquanto acariciava suas costas e cintura, para fazê-la parar de chorar.

– Eu tenho que te dizer uma coisa, além de obrigado e dizer porque quero agradecer...

– Por quê? – Perguntou ela se separando um pouco dele para olhá-lo nos olhos, mas sem romper completamente o abraço.

– Por ter não ter me deixado ir embora com aquele senin louco e por ter ficado do meu lado sempre.

Ela sorriu. Então, Sasuke se separou dela para trazer à frente uma caixinha preta. A abriu e ali haviam dois anéis prateados.

– E... agora eu quero que se torne oficial.

Sakura se surpreendeu. O sorriso dela aumentou novamente, junto com as lágrimas de felicidade. Assim que um colocou o anel no dedo do outro, se abraçaram novamente e depois, seguiram para passar o resto do dia e o início da noite no parque de Konoha.

Sasuke sabia que teria que enfrentar Kizashi em algum momento e talvez fosse na volta pra casa de hoje, mas não se importava. Não perderia para o pai de Sakura.

E foi o que aconteceu. Quando Naruto foi buscar a garota, o Uchiha o dispensou alegando que enfrentaria o que fosse e ao chegar na porta da casa da Haruno, ela chamou o pai. Kizashi se enfureceu ao ver o garoto que trouxe sua filha pra casa. Ficou com o rosto vermelho, logo após passar pelo mesmo tom de rosa dos cabelos da filha. Gritou que não podia escolher aquele garoto e isso chamou a atenção de Mebuki que também saiu. Ela viu o Uchiha e brigou com Sakura, alegando que o trouxe para incomodar o pai.

Logo, Mebuki se acalmou e obrigou Kizashi a fazer o mesmo. Se era isso que Sakura queria, que o tivesse, ela teria que resolver os problemas que aparecessem. Teria que se esforçar no treino com Tsunade e não deixar suas tarefas de lado pelo garoto.

Eram quase nove horas da noite quando ele foi embora, se despedindo de Sakura com um beijo na testa. A garota foi para o próprio quarto sorrindo como nunca.

– Por que fez aquele acordo, Mebuki?

– Porque se ela fugiu com ele por vontade própria, o veria escondido de nós ou fugindo. Nos avisaria apenas quando já o tivesse feito... é melhor que ela faça as coisas com a nossa permissão.

– É, você tem razão – respondeu ele esfregando o rosto com as mãos.

Mebuki se levantou do sofá, no qual ambos estavam sentados, e foi preparar um chá para seu marido... e para ela também. Foram muitas coisas em apenas um dia.

Enquanto isso em seu quarto, Sakura imaginava como seria daqui pra frente com Sasuke aqui, são e salvo, treinando para ficar tão forte quanto ele e Naruto.

Alguns dias depois, tudo estava em paz em Konoha. Kento conseguiu permissão para ficar em Konoha por algum tempo. No mais, não houve nenhuma invasão, nenhuma queixa, nenhum dos anciões ousava contradizer a Hokage... apenas havia o alerta de assassinos passando por todas as terras, portanto, vigilância dobrada.

Naruto e Jiraya tinham planos de deixar a vila para treinar mais e isso preocupava Iruka, Kakashi e Tsunade, já que uma vez, Itachi e Kisame estiveram ali atrás do menino e da raposa.

Eles estavam treinando com árvores do lado de fora da vila, dando chutes e socos. Todos os dias, ao menos um pouco. Mas uma vez, Jiraya o levou a uma campina e lá conversaram sobre os elementos do chakra. Era cedo e Naruto estava fazendo o máximo para prestar atenção, até que notou uma coisa...

– Ah, ero-senin... ? – Perguntou confuso.

– Sim? – Respondeu com um sorriso.

– Onde tá o Satoru?

– Ah, bem... – olhou em volta e o garoto havia sumido.

– Ele disse que assistiria o treino...

– Mas é chato apenas assistir, ele deve ter ido treinar em outro lugar... agora vamos continuar.

– Ok.

Longe dali, Sakura estava treinando com Tsunade a concentração de seu chakra. Estavam sentadas em um local afastado no parque de Konoha. A Hokage parecia muito distraída. Estava assim desde o dia em que ela e Sasuke voltaram.

– Tsunade-sama...

– Sim...

– Está tudo bem? Parece distraída e... isso pode interferir no seu chakra.

– Hm, está certa, Sakura. Mas deixe pra lá. Você tem que treinar a concentração de chakra para usá-lo com técnicas de taijutsu, ande... concentre-se e pare de prestar atenção em mim.

– Hai, Tsunade-sama.

Enquanto a menina fazia seus exercícios a loira pensava. Havia sido descoberta com sua preocupação. Estava muito aparente, não podia passar insegurança ao povo de Konoha.

“Ainda quero saber quem é que dizia tudo sobre Sasuke, é alguém daqui, mas quem?”

Fora dos limites, há pouco mais de cinco quilômetros de onde Jiraya se encontrava com seu aprendiz, haviam duas figuras que conversavam. Ambos ocultavam seu chakra para não serem descobertos em hipótese alguma, embora achassem que nem o senin tarado poderia descobri-los àquela distância.

Os dois estavam entre os ramos mais frondosos daquela árvore. Não parecia haver ninguém por perto, além do parceiro do ninja da Akatsuki que estava esperando alguns galhos abaixo.

– Está tudo bem com ele?

– Sim, senhor Itachi. Ele está bem e está até feliz, pelo que vejo... com a senhorita Sakura.

– Uma garota que tem os cabelos rosa?

– Exatamente. Parece que ela e aquele garoto loiro, Naruto, o prendem em Konoha. Se não fosse por eles, tenho certeza de que teria ido procurar por... Orochimaru – disse o tal nome com um pouco de raiva, lembrando-se do que Orochimaru fez para sua família, além de mentir para ele.

– Entendo, ainda bem que não foi atrás daquele verme... será que ele deixou a vingança de lado? – Essa pergunta, fez mais pra si do que para aquele com quem conversava – bom, espero que nada mais aconteça, ou terei que interferir e ele vai descobrir o real motivo pelo qual matei a todos.

– Apenas tome cuidado, senhor.

– Pode deixar, Satoru. E obrigado por tudo, você realmente é um espião e tanto, herdou a habilidade de seus pais.

Dito isso, começou se mover para longe acompanhado por Kisame e Satoru voltou para perto de quem estava sendo como um pai para ele.

Sasuke treinava com Kakashi em outro lado, já que o jounin era o único que poderia treiná-lo bem por possuir o sharingan. O treinamento fora um pouco cansativo, mas o Uchiha dava conta. O dia passou e eles voltaram ao distrito, onde o garoto e seu mestre tomaram as armas que havia na casa e treinaram um pouco com elas. O garoto deveria direcionar seu chakra por alguma arma, sendo o ataque mais forte e eficaz. A escolheriam nos próximos dias.

E ao final de tudo, os dois resolveram se limpar e descansar. Sasuke estava aliviado por estar ali, estranhamente aliviado. Não sentia isso há muito tempo e menos ainda havia sentido felicidade como agora. Embora fosse branda, já era alguma coisa e sabia que era por estar em sua casa, a qual não pretendia deixar, e principalmente por não ter rompido laços que tanto bem lhe faziam. Percebeu serem tão preciosos para ele.


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Notas finais do capítulo

Bem, acabou. Espero que tenham gostado... quero agradecer à todos os leitores, principalmente aos que continuaram acompanhando após meu longo tempo sem postar. Também agradecer à Misaki Uchiha pela recomendação.
Deixem reviews, já sabem... e, uma pergunta: querem a continuação?
Ah, outra coisa... alguém me sabe de alguma fic NagaKonan? Sim, eu shippo esse casal kkk quem souber, me mande por mensagem privada, onegai.
Enfim, isso é tudo.

Até a próxima. o/



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