O Amor Não Está Nos Livros escrita por tentacleMassagist


Capítulo 2
Como Nos Velhos Tempos


Notas iniciais do capítulo

Por favor me avisem se tiver algum erro! Me deem idéias, eu gosto de ouvir idéias. Falem se gostaram. Obrigada.



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O amor é uma coisa complexa, se alguém tentasse entender todo o esquema entraria em parafuso, é por isso que eu só sigo as regras. Observar uma semana seu alvo, achar o par, mirar em ambos e... Bam! Criar o amor. Meu desejo era que Peter entendesse isso e aceitasse, mas não foi bem assim que aconteceu.

_Peter, pelo amor de Deus! Já faz uma semana! – A mãe de Peter, dona Grace Land estava confusa, com medo e de saco cheio de tantos papéis espalhados pela casa, o que era razoável.

_Uma semana... – Peter murmurou algo, não deixando de ler um dos vários papéis espalhados pelo seu quarto.

Um flashback de uma semana atrás: “Um beijo desatencioso nos lábios trêmulos de Peter e uma rejeição desajeitada e tímida e ele saiu correndo sem falar nada”.

_Arrume isso. – Sua mãe murmurou – Antes do seu pai chegar.

Pai de Peter, Sr. Charles Brummont, um negociante não muito famoso na pequena cidade de Kinkerville e com um temperamento digno de um militar. Peter bufou e se levantou do chão cheio de papéis, esse papéis...

O que aconteceu foi que Peter se tocou que o amor aconteceu depressa demais e quer descobrir o porquê, ele ainda não sabe que eu fiz tudo isso. Uma semana acordado dia e noite procurando uma evidencia de que o amor é provocado por algo cientifico resultou em um quarto em completa desordem. Ele pegou todos os papeis e os grudou na parede com adesivo.

_Perfeito. – Ele sussurrou para si mesmo, passando o dedo nas folhas.

As folhas escritas em uma letra preguiçosa com a mesma frase em quase todas elas: “Eu vi nos olhos dele.”, ele viu nos olhos dele a mudança que o amor iria causar enquanto Fried viu o vazio de sua antiga vida.

_Inutilidades, o amor atrasa o processo criativo... – Ele disse bufando e olhando distraidamente para uma das notas.

A porta se abriu em um movimento rápido.

_Boa noite, Peter. – Seu pai sempre fora muito rígido e desapegado á família, sem falar que ficava semanas sem voltar para casa. (E ele tem um caso com a secretária do escritório, eu mesma tentei evitar, mas às vezes a luxúria é maior que o amor) – Vejo que... Sua mãe estava errada, muito bem.

Peter olhou para seu pai que logo saiu do quarto, envergonhado, seus pensamentos estavam se sentindo culpados pela traição de sua família, todo mundo tem seus podres.

Peter se voltou para os papéis, isso estava ficando cada vez mais cansativo, ele coçou a cabeça e se sentou na cama, olhando para o céu estrelado que lhe fizera companhia esta semana inteira, rezando que estes sentimentos do beijo daquela noite acabem, mas foi exatamente o contrário que aconteceu, uma pedra atingiu a janela, fazendo-o assustar, ele abriu a janela com pressa e olhou para baixo, lá estava seu Romeo pedindo sua Julieta.

_Ah... Não... – Suspirou.

_Hey, “senhor”! – Aquele sorriso travesso estava no segundo andar. – Você sentiu minha falta?

_Está brincando mesquinho?! Vá embora – Peter ia fechar a janela na cara dele, mas vacilou, o poder da minha flecha é mais forte do que ele imaginava.

_Eu só vim saber... Se ver meus olhos significa algo para você. – O outro engoliu seco perguntando sendo iluminado pela luz da lua.

Enquanto isso na sala de jantar da casa dos Land, uma revolução amorosa acontecia, uma flecha do amor estava sendo partida pela luxúria.

_Deixe que eu te ajudo. – Disse o Sr. Charles tentando ser prestativo depois de um mês fora de casa.

_Eu fiz isso por um mês inteiro sozinha – Grace disse rispidamente, não dando sequer um olhar ao marido.

_Não seja assim. – Ele disse esticando as mãos para pegar a bandeja em sua mão.

_Não ser assim – Ela soltou a bandeira na pia e se virou para Charles. – Eu contratei um detetive particular. Acha que eu gostei de saber que o homem do qual eu fiz votos de casamento está tendo um caso com a secretária?

Ele colocou as mãos na calça social verde escuro e olhou embaraçosamente.

_Sabe que eu não faria algo disso. – Retorceu a boca, um sinal de que era mentira.

_Você retorce a boca quando mente. – Ela disse pegando um pano de cozinha e segurando as lágrimas – Você não se lembra de quando nos casamos? Você disse que precisava de mim e tudo não passa de uma... Mentira.

Fim de algo e começo de outro, a vida da em um só lugar, mas por caminhos diferentes.

_Não acredito que estou fazendo isso – Sussurrou para si mesmo, certo de que isso estava errado, mas o que seria da vida se não nos arriscássemos um pouco?

_Pare de reclamar e jogue logo – Disse Fried com as mãos esticadas, logo depois agarrando uma corda jogada pelo outro e sendo subindo com dificuldade. Subir no muro da escola, subir em árvores e todas as suas rebelias serviram para alguma coisa.

Até ele subir, vamos voltar á sala de jantar.

_Não foi uma mentira, eu apenas... – Grace começou a chorar.

A droga, não aguento ver mulheres chorando por causa de casamento, aqui vai... Apertei o botão de pausar do meu relógio da vida e me preparei e... Espere, por que não... Dar uma sessão de nostalgia? Mudei o a data do meu relógio da vida para o baile de formatura de 1987, onde a minha flecha atravessou a multidão e os atingiram, me preparei e atirei sem pensar duas vezes, a flecha atravessou a cozinha e acertou os dois e o rádio na cozinha começou a tocar sozinho: “Hold me tight, The Beatles”, boa banda.

E lá estava entre os dois, a conexão, o amor...

_Quando você sorrir, eu vou estar lá para beijar seus lábios... – Charles disse quase sussurrando, agora com os braços em volta dela, observando os intensos olhos castanhos de sua esposa.

_E você não terá motivos para chorar, porque eu estarei lá – As lágrimas da Sr. Land cessaram por completo, dando lugar para um sorriso tímido e apaixonado. Os dois se beijaram profundamente e meu problema lá estava acabado, por sorte o amor ensurdeceu os dois e ninguém percebeu o barulho de alguém caindo em cima de alguém.

_Sai de cima de mim – Peter empurrou o outro com desgosto.

_Ninguém mandou o detetive ficar na frente da janela!

_Eu estava vendo se você não caiu! – Ele se levantou arrumando as roupas.

_Quer dizer que você estava preocupado comigo – O rebelde deu sorriso malicioso, se levantando e antes que Peter pudesse responder qualquer coisa Fried pôs o dedo indicador na boca do mesmo. – Shh... Eu sei que sim, eu vejo nos seus olhos.

Ele se curvou para beijar o outro numa tentativa falha, Peter foi mais rápido e saiu de perto, indo para seu mural de papéis.

_Sobre isso, você não acha estranho? Amor a primeira vista não existe! E ainda mais, nós dois vimos algo nos nossos olhos. – O outro o encarava, achando tudo isso estranho.

_É o amor oras! A coisa toda das borboletas, o coração pulando... – O mesmo virou e arqueou uma sobrancelha para o menor – Você não acredita em amor?

_Não.

_Mas você sentiu também! Não sentiu?

_Senti.

_Então, se entregue a esse sentimento sem pensar o porquê. – Disse se aproximando com habilidade do outro, puxando-o pela cintura e o beijando com intensidade, mordendo o lábio de Peter para depois o beijar de língua.

Uau... Esse garoto é sábio.

Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor. William Shakespeare


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Notas finais do capítulo

Me apressem para ter mais capítulos, e comentem assim eu posto mais rápido!