Ele não correspondeu o beijo no começo, mas foi cedendo e eles ficaram ali se beijando, bom, você já deve imaginar o que eles estavam fazendo depois de alguns minutos...

_O que você pensa que está fazendo?! N-não quero! – Peter ficava se debatendo, querendo que fosse um assassino tentando o matar e não um garoto querendo o amar.

Fried não respondeu, estava com a boca ocupada e Peter gemendo um pouco alto demais.

_Filho? – Dona Grace bateu na porta – Você não desceu para jantar, está tudo bem?

Fried não parou por nada no mundo e apenas lançou um olhar malicioso para Peter.

_N-não... E-eu... A-aah... Estou ótimo... Só... Nhhng... E-eu não quero... Comer... – Era difícil de falar, muito difícil.

Grace estava com o ouvido na porta, tentando escudar mesmo que um pouco, mas eles estavam salvos graças a sua surdez parcial.

_Tem certeza? – Ela disse, quase entrando no quarto.

_Ah, sim!! TENHO CERTEZA!! – Peter gritou muito alto fazendo Grace dar um passo para trás.

_Ahm... Então tudo bem... Durma bem, filho...

Eles estavam salvos por enquanto, se não fosse pelo dia seguinte... Em que Peter acordou abraçado ao peito do Friedrich.

_Ah, não, não, não, por favor, tenha sido só um pesadelo... – Ele disse abrindo os olhos lentamente e dando de cara com aquele sorriso mesquinho.

_Olha, para um garoto de quatorze anos, você é tão lindinho... – E puxou o rosto do outro para lhe beijar, mas Peter foi mais rápido e pulou da cama.

_Não, se aproxime! Ah, droga – Suspirou, percebendo que estava nu e pegou um livro de biologia para tampar suas próprias partes intimidas, parecendo um pimentão.

_Não seja tão bravinho – Aquele maldito sorriso mesquinho estava deixando até eu com raiva, mas tenho de admitir, os cabelos loiros e os olhos verdes refletidos no sol da manhã eram simplesmente angelicais, perfeitos. – Eu sei que não resiste aos meus dons sedutores, não precisa esconder.

_Ah, que maravilha... – Peter já havia colocado uma cueca, calça e camisa branca. – Não vou poder continuar minha pesquisa com um jegue pervertido no meu quarto.

_Olha quem fala, para mim você adorou ontem a noite. – Ele ria com as caras e bocas do outro.

Ah, se Peter tivesse uma faca em sua mão ele poderia re-gravar “O coração delator”, rasgaria o outro de fora a fora.

_Você realmente deve... – Ele ia dizer para o outro se mandar antes que um adulto entrasse no quarto, mas foi interrompido por uma sirene de policia e pneus cantando. – O que foi isso?!

Ele deu uma olhada na janela e viu dois policiais, batendo na porta da casa.

_Com licença senhora... Grace, estamos a procura do filho do prefeito Jared. Você o viu? – Um dos policiais estava levantando um papel do que parecia ser o... Fried.

Peter se virou para fitar Fried que já estava vestido.

_Você é filho do prefeito!! – Ele gritou com o outro apontando o dedo.

_Ahm, sim, meu pai é meio super protetor e eu odeio isso. – Ele se aproximou do outro e depositou um último beijo amoroso – Eu tenho que ir, mas foi ótimo ter ver, não se preocupe comigo... 

Sem nem deixa-lo falar alguma coisa, amarrou a corda no pé do armário de Peter, segurou-a e pulou da janela, caindo são e salvo entre os arbustos da casa. Deixando sua Julieta desesperada, mas que Romeo mais retardado! Mas se não fosse tão retardado essa estória não teria graça.

_Que maluco... – Sussurrou consigo mesmo. – Alguém vai me pagar por tê-lo feito meu amor.

Isso fora um desafio? Qualquer desafio eu estava pronta para aceitar! Decidi lhe ajudar um pouco, já que as pessoas podem só me ver quando saberem exatamente quem eu sou. Pegue um dos papéis na mesa e escrevi uma charada.

“O amor é a razão da minha existência, por isso quero ver os outros amarem”

Joguei a folha no rosto dele, assim ele era obrigado a ver. 

"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura." - Friedrich Nietzsche