The Hikers Dead - Infecção escrita por Gabriel Bilar


Capítulo 5
Reparando Erros


Notas iniciais do capítulo

Sei que esses primeiros capítulos estão meio sem graça,mas prometo que os próximos vão melhorar :D
Boa leitura!



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POV - Bruno

Eu estava acomodado a uma cama de hospital. Aparelhos ligados a mim monitoravam os batimentos cardíacos e outras funções primordiais. Notei as amarras em meus braços e pernas e durante um momento de pânico pensei que havia sido recapturado pelos meus antigos empregadores, os cientistas criadores do vírus.

Minhas lembranças estavam confusas e minha cabeça latejava, mas eu tinha certeza de que conseguira sair da instalação e Steve... Ele também sobrevivera!

Mas onde estava ele? Onde eu estava?

Percebi como minha pulsação havia se alterado repentinamente e a máquina ao meu lado começou a apitar, meus sentidos captaram uma movimentação pelos corredores de onde quer que eu estivesse.

Estava tentando retirar as amarras, quando uma forma familiar adentrou no quarto. Reconheci Esther de imediato.

- Bruno! – exclamou ela, seus cabelos castanho-claros lisos esvoaçando enquanto ela corria para me abraçar. – Pensei que não o veria novamente! Seu espião idiota!

Esther era uma das médicas contratadas pela organização a quem eu realmente trabalhava, fora contratada quase no mesmo período de tempo que eu e, desde os primeiros dias de convivência desenvolvemos uma amizade sincera e duradoura.

- Também pensei que não fosse vê-la novamente... Uma pena, ainda vou ter que te aturar. – brinquei.

- Não devia falar isso enquanto eu estiver cuidando de tudo o que você come, bebe ou injeta em seu corpo. Eu podia muito bem te matar sabia...?

- Por que estou aqui? Por que não lembro de nada? Onde está Steve? – perguntei, aquelas questões voltando a mente de repente.

- Uma de cada vez! – ela empregou um tom exagerado à voz, fazendo a frase soar como um deboche – Você está aqui, pois estamos avaliando possíveis riscos de contaminação, seu amigo está na mesma situação no quarto ao lado e... O fato de você não lembrar-se de nada... Pode ser em decorrência das drogas pesadas que temos injetado em você. Efeitos colaterais sabe... Tudo em nome da sua saúde.

- Sei. Então Steve está bem? E vocês detiveram o ataque na cidade japonesa, certo?

Esther enrijeceu-se e olhou para os lados, até que por fim respondeu:

- Steve está bem. Quanto à cidade japonesa, conversarão com você mais tarde sobre isso. – Esther de repente parecia nervosa, enquanto cortava as amarras que me prendiam a cama.

- Posso ligar a TV? – perguntei, não esperando resposta, comecei a esticar meu braço recém-liberto para o controle apoiado na mesinha ao meu lado.

- NÃO, NÃO PODE! – Esther foi mais rápida do que meu corpo ainda lento - provavelmente em decorrência das drogas mencionadas por ela - poderia ser e agarrou o controle.

- Desde quando você é bipolar? – perguntei, ainda brincando, mas com uma vontade inquietante de saber o que estava acontecendo.

- Não saia daqui!

Esther me abandonou no quarto, inquieto e apreensivo.

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Percebi movimentos agitados em meu quarto, esses movimentos repentinos me retiraram do torpor do sono que havia me envolvido.

- Bruno. – disse uma voz masculina gelidamente.

Olhei na direção do som, ainda confuso e, me assustei. Era Sandor, o verdadeiro chefe daquela unidade secreta. Eu só falara com ele uma vez e não fora pessoalmente. Ele geralmente comandava a instalação por meio de ordens dadas por e-mails ou conexões de vídeo.

O fato de ele estar ali indicava que a situação era muito séria.

- Senhor? – respondi nervoso.

- Você foi um fracasso. Como pôde ter sido apanhado? O destino do mundo estava em suas mãos! – sibilou ele.

Aquelas acusações todas eram injustas, eu fizera o meu melhor e quase morrera por isso. Minha vontade era de falar umas boas verdades para ele, mas permaneci em um silêncio respeitoso.

- Você pode imaginar como está o mundo agora?

Sandor não esperou resposta.

- Em estado de alerta, todas as forças armadas convocadas. Pessoas se suicidando com medo de estarmos prestes a viver um Apocalipse... – informou ele com a voz falhando de aborrecimento no final da frase.

- Eu tentei... Assim que descobri, quis avisar a vocês... Não foi minha culpa, eles criaram o vírus. Não eu.

Sim, naquele momento eu fora longe demais e me arrependi de ter dito as palavras assim que elas atravessaram meus lábios.

- Não é mesmo sua culpa. Você não poderia ter feito muita coisa. – ele suspirou.

Quando permaneci em silêncio ele continuou:

- Eles não puderam deter a infecção que criaram.

- O que quer dizer com isso? – perguntei, alarmado.

- Eu quero dizer que... Perdemos o Japão.

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E, desse jeito o planeta começou a morrer, em poucos dias o vírus, não sabe-se como, chegou aos Estados Unidos. Espalhando morte e destruição.

Todos na base foram convidados a levarem suas famílias para o Refúgio. Uma cidade fortificada construída antes mesmo do risco da Infecção assolar sobre nós. Até mesmo Steve, quando contei como ele me salvara, fora convidado.

- Está pronto para ir ao Refúgio? – perguntou Esther, agora a mesma de antes.

- Na verdade, não. Eu não vou! – informei a ela minha decisão, sobre a qual refletira muito.

- Como, não? Por quê?

- Esther, eu não posso ir... Não sabendo que tudo isso está acontecendo por minha causa. – disse, pois a essa altura, o vírus já havia consumido a maior parte dos Estados Unidos. – Por favor, entenda. Eu poderia ter evitado isso, mas falhei...

- NÃO LIGUE PARA O QUE SANDOR DIZ! – ela explodiu em desespero – Por favor, eu preciso de você! O que vai fazer ao invés de vir conosco? Se suicidar? Isso não resolve, sabia?

- Não, não vou me suicidar! O que eu vou fazer é tentar, ao menos, reparar um pouco dos danos que causei.

Ela ainda me observava confusa.

- Vou resgatar os sobreviventes que sei, estão por aí em algum lugar. E um dia, irei levá-los ao Refúgio.

- Nada vai te fazer mudar de ideia? – Esther me olhava com lágrimas descendo pelo rosto.

- Não. Sinto muito.

- Eu preciso de você... Não pode me abandonar.

- Não estou te abandonado. Ainda vamos nos ver, Esther. Quando eu sentir que reparei um pouco dos danos que causei.

Ela evitou meu olhar por um momento e depois, fez algo inesperado.

Esther me beijou. Um beijo triste e desesperado. Com um toque final de despedida.

- Se é o que quer fazer. Não sou eu que posso impedir. Adeus, Bruno.

Fiquei sozinho no quarto. Por um momento tremulando em minha decisão. Mas não voltei atrás, iria fazer aquilo, nem que fosse algo suicida.

- Vou com você. – Steve estava parado apoiando-se no batente da porta.

- De jeito nenhum...

- Não pode me impedir. Sou tão responsável por isso quanto aqueles cientistas. Eu... Eu estava ajudando na criação de monstros! – Steve parecia desolado.

- Vá para o Refúgio com os outros.

- Não, não vou. Eu vou com você, resgatar quem quer que precise de ajuda.

- Se é o que quer.

- Sim, é o que quero!

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Steve dirigia quando encontramos nosso primeiro zumbi, era um homem de meia-idade, um pouco acima do peso e, Steve achando aquilo divertido investiu com o carro contra ele.

Apenas para garantir, fui até o monstro e cravei a faca firmemente em seu crânio quase despedaçado.

Esse não se levantaria mais.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?
Comentem,façam críticas construtivas e avisem, caso algum erro tenha escapado na revisão.



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