Elevate escrita por Black Angel


Capítulo 2
Capítulo 2 - Sweetest Goodbye


Notas iniciais do capítulo

Bem... Esse capítulo o BTR ainda não aparece, mas acredito que no próximo eles apareceram. Desculpem a demora. O PC que eu uso nos dias de semana são terrívelmente péssimos. Ele reinicia a cada 10 minutos, ou seja eu perco tudo que escrevo. Logo hoje consegui entrar em um Notbook que não tem esse problema. Tentarei postar com mais frequência, mas não posso garantir nada a vocês. Agradeço a todos que comentaram (vocês teram um espaço nas notas finais).
"Sweetest Goodbye - Maroon 5".



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POV Libni

“Fiquei a espera da emergência. Eu ainda tinha a esperança de que ela estivesse viva. Fiquei lá... Sentada no chão, esperando por eles chegarem. Chorando muito. O que seria de mim sem minha mãe?”

Eu ainda não acreditava que tudo aquilo havia acontecido tão rápido e daquela estranha forma. Era como se minha vida não tivesse mais sentido a partir daquele dia. ‘O que eu faria depois?’ Era a única pergunta que vinha na minha cabeça e por mais que tentasse, eu nunca acharia a resposta. Não tinha mais motivos para continuar... A única pessoa que realmente me apoiava e me ajudava era ela. O que eu faria sem minha mãe.

“A emergência chegou não depois de muito tempo. Eles viram o estado dela, já havia perdido muito sangue, mesmo assim ainda tinham esperanças. Eu queria ter a mesma que eles, porém era tecnicamente impossível naquele momento. Eu vi o tiro. Eu presenciei a possível morte de minha mãe. Acreditar que aquilo tudo foi real é extremamente difícil, pior seria ainda acreditar que ela estaria viva. Seria bom, mas ela ficaria sofrendo pelo resto de sua vida e eu não gostaria de ver minha própria mãe sofrer.”

Acordei cedo no outro dia, como de costume. Eram aproximadamente 7 horas da manhã. Estava nevando em Leeds. Sempre achei a neve linda, mas aquele dia tudo estava diferente. Sem o brilho de todos os dias. Sim... A minha última esperança de vida tinha ido para o céu. Com certeza ela estaria em paz agora, mas e eu?

Não estou a mostrar meu egoísmo, mas não tenho mais o que fazer. Para dizer a verdade eu não sei mais o que fazer. Claro, não sou menor de idade e poderia viver sozinha, mas iria ser extremamente precário. Preciso de alguém. Eu preciso de ajuda.

Naquele momento não havia em confiar a não ser em meus tios. Eles não eram as pessoas mais presentes em minha vida, mas eram os únicos que restavam naquele momento. Era incrível como em menos de um dia eu via meu mundo inteiro caindo.

Liguei. Ele, Josh, meu tio, atendeu. Expliquei toda história para ele, com certeza tive de parar muitas vezes por causa do choro. E garanto-te que entender a voz de quem está chorando é uma proeza. Contei e ele acreditou facilmente. Não só pelo fato de ouvir-me chorar inúmeras vezes enquanto citava o nome dela tão quanto sua ignorância de importar-se apenas em si mesmo. Eram assim as pessoas que viviam em Los Angeles. O espírito de convivência em conjunto morria quando você chegava lá. Essa era a principal razão para não querer me mudar, mas não tenho outra escolha.

Eu teria de partir na segunda, ou seja, amanhã. Acordar cedo aos domingos... Era uma das coisas que mais adorava. Poder ver o sol em seu estado inicial, era como um calmante para mim. Uma amante da música. Tinha sempre o costume de ouvir Sunday Morning, de uma ótima banda americana, chamada Maroon 5. É uma das poucas que considero boa. Os americanos tem o enorme problema de considerar qualquer ritmo como música. Eles não avaliam o toque antes de ter certeza de que isso realmente será bom.

Sim. Eu não gosto de americanos. Não. Eu sou Canadense.

A única coisa que poderia fazer nesse momento era chamar meus amigos mais próximos para tomarmos uma bela xícara de chá. Não somente uma, mas adoro usar essa expressão. Eu com toda certeza sentiria falta do chá. Eu amo chá. E é claro de meus amigos também.

Porém o chá é mais importante.

Marcamos uma hora adequada para todos. Éramos cinco, ao todo. Todos tínhamos o estranho costume de acordar cedo aos domingos. Acho que a maioria da população encontrada em nosso bairro fazia isso. O lado bom de tudo isso era que poderíamos ficar mais tempo juntos e eu ficaria mais confortada, mesmo com os consolos ridículos que não me agradam, mas sei que eles fariam isso para me ajudar. Eu gostava de ficar perto deles, com certeza abandona-los e recomeçar tudo seria terrível, porém eu não tenho escolha.

Enquanto esperava, preparava todo necessário para nossa hora do chá, como por exemplo, os pães variados que minha mãe sempre comprava nas manhãs de sábado. Eles não estragavam por estar frio e sabíamos conserva-los bem. Peguei o rádio que estava no meu quarto e levei-o até a mesa da cozinha. Escolhi meu CD preferido, Songs About Jane. Também era o preferido de minha mãe.

Pra que lembrar-me dela agora? Nesse momento. Droga.

Sempre quando acordava de manhã ela colocava para tocar. Os pães sempre quentes, o chá sempre com aquele aroma perfeito. E tudo isso ao som de Harder to Breathe. Agora sim aquela música fazia sentido. Estava realmente difícil de respirar. Estava difícil de poder pensar no meu possível futuro fora do meu país. Fora da Inglaterra. O que eu faria? Totalmente perdida, ouvi a campainha tocar.

Atendi. Eram eles, claro, quem mais poderia ser? Cumprimentamo-nos, todos, e logo estávamos sentados à mesa para seis, com uma cadeira vazia. No começo era um silêncio assustador. Tenho toda certeza que eles estavam com medo de dizer algo. Deviam estar. Eles fazem ideia de como seria meu choque, porém estávamos ali para um adeus... E eu precisava conversar com eles. Essa seria a última vez.

– Esse silêncio me assusta. – Disse enquanto estava na troca de músicas. Assim o silêncio era total. Já que o rádio era consideram uma música de fundo, quase como as de elevador.

– Que silêncio? – O loiro perguntou – Não está ouvindo This Love? Quer que eu aumente?

– Não é necessário. – Disse fazendo um sinal antes que ele pudesse levantar – Estou querendo dizer... Vocês vieram aqui para permanecerem calados?

Não irei citar o nome de meus amigos, pois não há total necessidade. E não quero sofrer, amargurada, com os nomes desses anjos que me fizeram tão bem até agora. O motivo de ter que abandona-los é como uma facada em meu coração.

– Pensamos que você queria ficar em silêncio... Por causa do acontecimento. – A morena de olhos verdes claros disse com ar de tristeza. Ela com certeza era quem mais me entenderá em todos esses anos que andamos juntas. Ela sabia de meus medos, de minhas alegrias. Éramos melhores amigas.

– Eu quero sim silêncio, mas chamei vocês até aqui para uma última conversa... Não quero silêncio agora. Se não teria ligado para todos. Precisamos de nossa última conversa juntos. – Disse com os meus olhos enchendo-se de água. Odeio chorar, mas aquilo estava me matando. Ter que abandonar meus amigos. Minha cidade. Minha vida. Era tudo isso que eu temia, mas tinha que ser forte – E para vocês saberem... Ficarei com o silêncio logo após que partir. – Sorri fraco para cada um deles que estavam a observar-me sem nem piscar.

Notei que a loira, namorada do loiro, havia entendido minha indireta para: não ficarei no silêncio, e sim, ficarei silenciada. Minha capacidade para novas amigas era... Um tanto que terrível. Sei que permanecerei em meu canto, silenciada, por um bom tempo. Não importa o que aconteça em Los Angeles. Nada traria meu humor de volta. Ela percebeu tudo isso com apenas um simples olhar.

– Está mentindo... – Ela disse fitando o chão dando uma risada leve. Trocou novamente a música, agora estava em Shiver.

Levantei-me e dirigi-me até o CD. Não é que não curta muito Shiver, pelo contrário, eu adoro todas as músicas daquela perfeição disfarçada de CD, mas é que aquele não era um dos melhores momentos. Sorri para eles. Coloquei Secrets, a nona música do CD.

Voltei-me a mesa e assim aquele maldito silêncio voltou. O moreno ainda não havia se proferido e isso me fazia mal. Eu o considerava meu melhor amigo. Realmente ele era o único que tinha meu coração, nos dois sentidos, abandona-lo seria uma dor de perda de um amigo, claro que isso eu sentiria quatro vezes, sem falar a perda de um conforto. Mas com ele eu perderia mais coisas... O meu coração ficaria em Leeds, graças a ele.

– Então é assim Henry?

Sim. Henry, o garoto moreno, que estou apaixonada há mais de três anos. Ele era um perfeito cavalheiro e fazia quase tudo por mim. Ele era mais que um amigo. Ele era o cara que eu queria que ficasse na minha vida para sempre...

– Desculpe-me. – Ele disse calmamente – Não entendi sua pergunta.

– Como assim não entendeu? – Levantei-me, arrastando a cadeira para longe e com toda minha raiva, batendo minhas mãos sobre a mesa. Os outros três ficaram assustados com o que fiz, mas a reação de Henry era totalmente nula – Parece que nem está importando-se com a minha saída.

– Você... – Ele começou, olhando fixamente em meus olhos. Eu me perdia completamente naqueles olhos verdes e perfeitos. Porém parou. Percebi que todos estavam a observar-nos esperando uma possível resposta de Henry.

Ele apenas levantou-se da cadeira e dirigiu-se até a porta.

– Aonde pensas que vais? – Gritei andando até a sala, vendo que ele já estava na porta.

– Desculpe-me Libni, mas eu sou fraco e não consigo fazer isso. – Sua voz saia fraca.

– Por que se considera fraco? – Perguntei confusa com o que acabará de ouvir.

– Por que te amo tanto... – Ele começou – E não consigo imaginar como seria esse dia. O dia que você iria embora e eu ia perder-te.

– Tu não ligas para mim. Somente para si mesmo. – Disse, assim deixando uma lagrima perdida escorrer pelo meu rosto.

– Ligo sim. Não podes falar isso sem nem ter certeza de meus sentimentos. – Ele aproximou-se o suficiente de mim para nossas respirações fundirem-se. Logo olhou fixamente em meus olhos e secou aquela maldita lagrima que mostrava tudo que eu escondia e que não gostaria de mostrar – Você não faz ideia de quanto irei sofrer...

– Faço sim... – Disse quase sem folego, isso porque nem fizemos nada. Nesse momento percebi que alguém veio olhar-nos e mudou a música. Desta vez estava em She’ll Be Loved, a oitava música do CD, eu digo que era uma de minhas preferidas.

– Eles sabem o que estamos fazendo. – Henry disse com um pequeno sorriso na cara – Sei também que eles sabem o quanto você ama essa música.

– Adoro ouvi-la, pois me lembra varias coisas sobre o meu primeiro amor. – Disse totalmente perdida naqueles olhos que não saiam da minha mente... Eram como...

Uma droga. Uma heroína, cuja eu não conseguiria viver sem.

– Conte-me mais sobre esse seu primeiro amor... – Ele disse cada vez mais se aproximando. Ele já rodeava suas mãos em minha cintura e eu sinceramente tinha medo do que poderia acontecer, mas claro que eu queria aquilo.

Quando percebi que nossa distância era quase nula, coloquei meus braços em volta de seu pescoço e mandei-lhe um dos meus sorrisos mais bobos.

Sinal de retardados, como eu adoro chamar.

Puxei-o para mais perto e logo nossos lábios estavam colados. Os meus lábios colados aos quentes e deliciosos lábios dele. Como eu havia dito, ele era uma droga para mim. Não sei como aguentei tanto tempo sem aquilo e logo agora que seria o momento de adeus... Isso aconteceu.

Eu realmente não queria pensar em nada naquela hora. Somente as ‘borboletas no estômago’, junto com todos os sentimentos misturados... Ele era o único que conseguirá me confortar.

– Henry, eu... – Disse quebrando o beijo, antes que passemos dos limites.

She’ll Be Loved – Apenas isto foi dito. Ele estava fitando o nada. Depois voltou a olhar para mim com aquele sorriso perfeito que sempre me derretia – Eu sei que isso é um adeus e que nunca poderemos fazer isso de novo... – Claro, o momento estava ótimo, porém havia me esquecido desse pequeno e infeliz detalhe – Mas entenda que eu sempre te amei.

– Eu também, Henry. – Sorri e ele retribui. Para completar, demos nosso último abraço. Era tudo que eu não queria. Ter que abandonar meu melhor amigo, que a partir desse “maravilhoso” dia poderia ser o meu namorado.

A música mudou novamente, agora estava à última do CD, Sweetest Goodbye.

– Sentirei sua falta... – Ele disse enquanto desfazia-se do abraço. Normal, como antes, deixei mais uma lagrima rolar.

– Eu também. Não quero ir embora.

– Sei que nem tudo na vida acontece como queremos Libni... Mas saiba que seus amigos, no caso nós, nunca te esqueceremos. Você foi uma pessoa muito importante em nossas vidas e sempre terá o seu grande lugar em nosso coração. Principalmente no meu. – Após isso não suportei e debulhei-me em lagrimas.

– Não chores, por favor! – Ouvi Zoey dizer.

Já que esse momento está acontecendo, por que não dizer o nome de todos, certo? Zoey era a loira de olhos azuis. Uma amiga perfeita, mas seus olhos era para Chad, seu namorado. Um de meus melhores amigos, também, mas nada comparado a Dianna, a que sempre parecia ler minha mente, e a Henry, meu melhor amigo, cujo tenho uma paixão que não é mais secreta.

– Não quero abandonar vocês! – Pelo menos tentei dizer isso, mas o choro não ajudava.

– Um dia iremos até os States só para te visitar! – Zoey disse com um sorriso na cara. Olhei para ela e apenas confirmei o ‘autoconvite’. Logo abracei minha amiga, ainda chorando. Ouvia sussurrar “Tudo ficará bem, apenas tenha fé”.

– Eu vou com Zoey... E ainda levarei chá para você. Vamos querer saber todas as novidades, ok? Não esconda nada de seus amigos. – Chad disse fazendo-me rir. Logo após isso ele abriu um enorme sorriso e deu-me um abraço.

– Eu vou te ligar todos os dias... – Dianna também dizia com voz de choro – E quero que você nunca se esqueça de mim, mesmo que fique famosa, faça novos amigos...

– Dih! – Gritei e logo nos abraçamos as duas chorando histericamente, enquanto ela dizia coisas impossíveis de entender eu apenas brincava com as mechas de seu cabelo.

– Sei que você não ouviu nada do que eu disse... – Ela revirou os olhos e apenas confirmei rindo – Mas eu quero que saiba que você tem todo potencial... E Los Angeles vai te dar coisas que Leeds nunca te deu.

– Só não amigos perfeitos. – Completei de cabeça baixa.

– Você é a única perfeita daqui. – Henry pegou em minha cintura, fazendo-me ficar cara a cara com ele – Sentiremos sua falta, sim. Muita... Com certeza. Porém você quer ser atriz, e você tem todos os requisitos necessários para isso. Los Angeles é o seu lugar, mesmo você amando Leeds. As coisas não serão as mesmas, mas você terá sim novos amigos. Tem só que acreditar em si mesma. – Ele encostou seus lábios na minha orelha e eu estremeci – Eu acredito em você.

– Obrigada Henry. – Sussurrei. E logo abraçamo-nos.

Adeus Inglaterra. Adeus Leeds. Adeus vida.


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Notas finais do capítulo

Todas em itálico serão o pensamento dela, ou uma fala fora de contexto dela. Usarei isso com frequencia, ok? u.u
Tenho que agradecer a todos vocês por terem comentado... E um agradecimento especial a Sel lovato schmidt love, por ter favoritado, comentado e recomendado a Fic! *u*
Obrigada também a: Luiza, Lis Henderson Maslow (sou a primeira fã dela), Marielly Maslow Schmidt, My Dilemma is BTR, Fanfics Readers, Mah do Maslow, Karina Maslow Filiphosy (minha diva ♥), SraHenderson e SraMaslow, Pia Henderson, Loves Wanted, Gabi Mello, RusherSmiler, XauXau Maslow Schmidt (cara a Fic dela é perfeita! :3), Make (YEEEY!), Maria Isabel, BTRusherever, Camii Henderson, Sel lovato schmidt love (você de novo linda, rs), Carol, Lola (Francis Maslow, já que a conta dela foi deletada), Rusher, terezinha123nogueira456 e La Grange. Uffa! Foi bastante gente, mas espero ver todas aqui de novo, ok? Se não foi pedir de mais! :)