Jogo de Espiões escrita por Angel_Nessa


Capítulo 33
CAPITULO 29 – JOGO DE ESPIÕES parte 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/33129/chapter/33

 

Meus passos apressados tinham destino certo: o Hotel Kusk, onde meus antigos companheiros da agência de Nova Iorque estavam hospedados.

 

Passei pela enorme porta de vidro da entrada e atravessando o hall me dirigi a recepção do hotel.

 

- Quarto.... – lembrei que se falasse em inglês ela não me entenderia, decidi apenas dar o nome dos “hóspedes” – Shikamaru, Ino.

 

A mulher me olhou enviesada, no mínimo notara que eu era estrangeira, e como não o notar com meu sotaque ao pronunciar os nomes, mas eu não me importei com isso. A mulher abaixou a cabeça e começou a mexer em algumas fichas, depois retirando o pesado telefone do gancho discou rapidamente uns números; quando atenderam do outro lado da linha, ela falou algo em russo que eu não pude compreender. Em seguida a mulher voltou a colocar o telefone no gancho e apontou para mim a escadaria de mármore que ficava a meu lado esquerdo.

 

Eu caminhei sem pressa em direção a escadaria. Um camareiro se aproximou de mim e tomou a minha frente, ele era um homem jovem bem alto e tinha cabelos curtos num tom castanho escuro; eu logo entendi que ele queria que eu o seguisse e assim o fiz.

 

Nós subimos três andares e ao chegar em frente ao apartamento de número 56 o homem se deteve. Ele virou-se para mim e apontou para a porta fechada, eu balancei a cabeça num sinal positivo e ele saiu andando pelo corredor.

 

- Deve ser este o quarto.

 

Bati três vezes na porta, e como se já esperasse por isso, Shikamaru a abriu.

 

- Bem-vinda ao nosso humilde quarto – apesar do tom jocoso, seu rosto estava sério.

 

- Não estou com ânimo para brincadeiras.

 

Eu entrei aproveitando uma brecha que ele havia deixado. Logo na entrada do quarto, havia uma pequena sala. Ino me esperava sentada em um sofá branco de couro com três lugares, a sua frente havia uma poltrona branca do mesmo material que o sofá. A sala não tinha ornamentos, exceto um quadro com flores pendurado atrás de Ino; um pequeno corredor na lateral direita conduzia ao que eu imaginava ser a cama. Uma dúvida boba passou por minha cabeça naquele momento: será que a cama era de casal?

Logo afastei tal pensamento de minha cabeça, eu tinha coisas muito mais importantes para me preocupar.

 

- Por fim decidiu vir – foi uma maneira pouco educada de Ino me saudar sem se levantar do sofá.

 

O que mais eu podia esperar da Ino? Apesar de ser minha amiga, ela tinha uma maneira altiva e competitiva de me tratar.

 

- Por que estão aqui em Moscou?

 

Ino abriu um discreto sorriso e olhou para Shikamaru, e depois voltou seu olhar para mim.

 

- Sente-se – disse Ino apontando a poltrona a sua frente.

 

Eu me sentei-me. Shikamaru ficou atrás de Ino, em pé.

 

- Fomos contratados para vir lhe procurar – disparou Ino nem esperando eu terminar de me ajeitar na poltrona.

 

Eu a olhei com espanto.

 

- Procurar por mim? – repliquei instintivamente.

 

Ino balançou a cabeça num sinal negativo e começou seu sermão.

 

- Sakura, você deveria ter nos dito que viria para uma missão na União Soviética – sua frase tinha um tom de repreensão.

 

Essa seria a última coisa que eu contaria a alguém da agência de Nova Iorque, mesmo que esse alguém fossem meus companheiros mais próximos da agência.

 

- Eu não podia... A missão era secreta – menti

 

- Deveria ter confiado em nós! – Ino parecia chateada por eu ter escondido isso dela.

 

- A sua situação aqui é bem delicada – Shikamaru finalmente se pronunciava a respeito.

 

- Eu sei. A missão não tem sido fácil - desabafei.

 

Eu não queria abrir muito a respeito da minha missão na fábrica, por isso decidi ser cautelosa no que eu diria; além do mais, eu estava ali para ter respostas e não para fornecê-las.

 

Shikamaru e Ino mantinham um olhar frio e uma expressão séria em seus rostos, não havia nenhum sinal de qualquer sentimento; poucas foram às vezes que eu os vira assim tão sérios, ainda mais Shikamaru que costumava a ser um tipo divertido. Eu comecei a ficar preocupada com o que eles tinham a me dizer.

 

- Foram contratados para virem até mim?

 

Shikamaru relaxou a expressão e ergueu os ombros, voltando a baixá-los rapidamente.

 

- De uma maneira bem simplificada, você está num jogo de xadrez... – ele lançou um olhar direto para mim – e você, minha cara, é o peão.

 

Quando aquelas palavras atingiram meus ouvidos senti meu corpo entrar em choque, eu não compreendia muito bem o que Shikamaru quisera dizer com “jogo de xadrez” e nem com eu ser um “peão”, só sei que aquelas palavras foram de grande impacto.

 

Muitas coisas se passaram por minha mente ao escutar as palavras de Shikamaru, no entanto, apenas uma se repetiu “confiança”.

 

Passado o choque momentâneo eu tomei a defensiva.

 

- O que quer dizer com eu sou o “peão”? – perguntei num tom agressivo.

 

Para aqueles que não conhecem o jogo de xadrez, o “peão” é a peça mais simples do jogo e a de menor valor, àquela a qual se descarta primeiro.

 

- Sakura – a voz de Shikamaru se tornara calma – você está em meio a um “jogo de espiões”

 

Um novo choque. Era como se eu fosse atingida por facas que atravessaram meu coração. O que eles queriam dizer com “jogo de espiões”?

 

- O que estão falando? Eu não estou aqui para brincadeiras... – repliquei nervosa, eu começava a ficar bem apreensiva com o rumo daquela conversa.

 

Shikamaru decidiu falar de uma vez por todas sem mais rodeios.

 

- Sabe, foi meio complicar entender tudo – Shikamaru coçou a cabeça – Você está metida numa baita confusão de espionagem... Para começar o FBI nos contratou para vir procurá-la.

 

- O FBI?! – eu não entendi porque o FBI se meteria numa missão internacional - E quanto a CIA?

 

Vi que tanto Shikamaru como Ino arquearam as sobrancelhas num sinal de surpresa.

Federal Bureau Investigation, esse era o significado da sigla FBI. O FBI é a Policia Federal Americana; enquanto que a CIA é um serviço de inteligência dos Estados Unidos. A CIA não pode coletar dados de dentro do território americano, uma vez que essa é a função do FBI, já o FBI não pode se envolver em assuntos de investigação internacional; entenderam porque eu fiquei confusa com o fato do FBI ter contratado o Shikamaru e a Ino quando o certo seria a CIA o ter feito.

 

- A CIA está na missão... – Ino começou a falar, mas não continuou.

 

- Eu sei – apressei-me em concordar – eu fui contratada pelo governo americano. A CIA deve estar no comando da missão.

 

Era lógico, pelo menos para mim, que a CIA estivesse comandando a missão; apesar de Konan ter dito que a missão pertencia ao governo americano, eu sabia que quem cuidava de assuntos internacionais era a CIA.

 

- Sakura, você não foi contratada pelo governo americano – me explicou Ino num tom de voz bem tranquilo.

 

Eu fiquei estarrecida com o que Ino disse. Acho que a calma com que Ino e Shikamaru me contavam as coisas era porque não queriam me deixar chocada por demasiado, só que como eu ficaria calma diante de tais noticias.

 

- Ino, o que está dizendo? – perguntei nervosa.

 

Shikamaru pegou um cigarro de um maço que estava em cima de uma mesa a sua direita, ele acendeu o cigarro tranquilamente enquanto Ino e eu o observávamos. Ele colocou o cigarro na boca e deu uma tragada liberando a fumaça para a lateral, longe dos cabelos loiros de Ino; lembro-me como ela não gostava que ele fumasse perto dela, pois dizia que isso iria deixar o cabelo dela cheirando a fumaça de cigarro, porém naquela hora ela pareceu não se incomodar com a curta distancia entre eles.

 

Shikamaru olhou para mim bem sério.

 

- Preste atenção Sakura, e não me interrompa, é bem problemático ter que explicar isso em detalhes... O que vamos contar é o que o FBI nos relatou – Shikamaru colocou o cigarro aceso no cinzeiro que estava em cima da mesa; eu fixei meu olhar em seu rosto – o FBI descobriu que no país estava uma mulher que trabalha para um homem que é considerado o braço direito do líder do Partido Comunista Húngaro, Imre Nagy.

 

- O que o Partido Comunista Húngaro tem a ver com essa história?

 

Shikamaru me explicou pausadamente.

 

- Há poucos dias Nagy se tornou o primeiro-ministro da Hungria, e ele está fazendo um levante contra o governo soviético instalado no país. A estátua de Stalin foi derrubada e estudantes estão preenchendo as ruas da cidade. Você não viu nada sobre isso?

 

Lembrei-me da foto que vi no jornal na sala de Sasuke. A reportagem devia se referir a isso.

 

- Não.

 

Ino pegou sua bolsa e dentro dela retirou uma foto, esticando o braço ela me entregou a foto.

 

 - Essa foto pertence aos arquivos do FBI – disse ao me entregar - você conhece essa mulher?

 

Eu não acreditava no que via. Minhas mãos tremeram.

 

- Foi ela quem me contratou para a missão.

 

A mulher da foto era Konan. Shikamaru seguiu contando.

 

- Konan é parte húngara e parte americana; ela trabalha para Nagato... Nagato é um grande amigo e conselheiro de Nagy. Pelo o que dizem, é Nagato quem controla as ações de Nagy.

 

- Nagato... – repeti o nome sem perceber, aquele nome me remetia a amargas lembranças e a uma antiga promessa – mas por que a Hungria...?

 

Eu tentei compreender o que estava acontecendo, na verdade, eu estava esperando que Shikamaru me desse uma explicação que não fosse aquela que eu acabara de pensar.

 

Shikamaru seguiu falando. A fumaça do cigarro queimando inundava o ambiente.

 

- A Hungria não está nada feliz com o domínio soviético, e quer liberdade. Nagy está a frente da revolução húngara que está acontecendo nesse momento, e ele já concordou com as medidas anti-soviéticas propostas por Nagato – Shikamaru fez uma pequena pausa para respirar – Na verdade, esse levante popular foi um pouco precipitado, mas foi a população que o fez. Nagato pretendia se certificar se os soviéticos tinham mesmo uma bomba de nêutrons antes de por em prática suas “medidas anti-soviéticas”, porém parece que as coisas não saíram como planejado, a começar pela sua contratação.

 

Senti o mundo cair em cima de mim.

 

- Contratação?!

 

Ino me olhava fixamente, incapaz de realizar o minimo movimento, inclusive o de piscar. Shikamaru virou-se para a lateral e voltou a pegar seu cigarro.

 

- Sakura, os húngaros não queriam arriscar de contratarem seus próprios espiões para a missão, e então decidiram contratar espiões americanos...

 

O olhar de Shikamaru se voltou em minha direção. Senti minhas mãos ficarem frias e trêmulas, um turbilhão de sentimentos agitou meu corpo. Tudo estava claro agora.

 

Eu havia sido contratada pela Hungria para espionar a União Soviética!

 

Hoje que eu posso pensar mais friamente sobre o assunto, digo que a idéia de contratar espiões americanos era boa, afinal se a missão falhasse e eu acabasse descoberta, a Hungria não seria envolvida, eu apenas envolveria os Estados Unidos; que no fim das contas não tinha nada que ver com a missão... Pelo menos assim eu acreditei naquele momento.

 

Ali, em frente à Shikamaru e Ino, eu achei que essa história não podia ficar mais complicada, mas ficou.

 

- Konan decidiu me contratar para trabalhar para a Hungria, e quanto a CIA? Ino disse que a CIA estava na missão...

 

O arrependimento por ter mencionado a CIA veio em seguida.

 

Shikamaru foi quem me respondeu, Ino estava quieta, uma cena rara de se ver; ela acompanhava em silencio o relato de Shikamaru.

 

- A CIA descobriu sobre a contratação de uma espiã americana para trabalhar para a Hungria e também sobre a bomba de nêutrons, por isso a CIA colocou seus agentes na missão.

 

Empalideci com a possibilidade que se apresentava real a minha frente.

 

- Sakura, seu parceiro trabalha para a CIA – Ino finalmente disse algo.

 

Ino havia me confirmado com palavras o que eu mais temia e negava em minha mente e em meu coração, mas por que negar quando eu no fundo sabia que Naruto tinha segredos muito importantes que escondia de mim.

 

- Agente duplo... – foi tudo o que eu consegui comentar a respeito.

 

- A CIA achou que seria prudente colocar na missão um de seus agentes; e deram preferência para um que conhecesse o país, mesmo ele não falando muito bem russo, eles o mandaram e pediram para a parceira, uma garota chamada Hinata Hyuuga, vir também o ajudar na missão.

 

- Hinata...

 

Shikamaru confirmou.

 

- Sim, o nome da garota é Hinata Hyuuga. Ela vem de uma importante família de espiões canadenses. 

 

Hinata... era o nome da garota que estava com Naruto naquela noite no bar. Então aquelas pessoas que estavam com ele pertenciam a CIA.

 

Tudo começava a fazer sentido. As peças do quebra-cabeça começavam a se encaixar.

 

- Naruto é um agente da CIA... – eu tentava me convencer disso falando alto.

 

- Sakura – a voz de Ino mostrava preocupação – a CIA pensa que você sabe sobre a contratação da Hungria... Eles pensam que você é uma traidora!

 

Shikamaru colocou na boca o cigarro já parcialmente consumido pelo fogo e deu uma rápida tragada.

 

- Você sabia que havia sido contratada pela Hungria para essa missão? – perguntou-me Shikamaru enquanto a fumaça do cigarro saia de sua boca.

 

Eu ri nervosamente.

 

- Acho que vocês já perceberam que eu não sabia disso.

 

- Foi o que imaginávamos – disse Ino em alivio - Afinal você não é tão tonta assim ao ponto de aceitar uma missão desse tipo!

 

Senti-me elogiada pelas palavras de Ino. Depois de ser enganada e manipulada de um lado a outro, era até reconfortante saber que Ino acreditava que eu tinha algum bom senso.

 

- A CIA está me investigando? Por isso... – custava falar – seus agentes estão atrás de mim...?

 

Ino olhou para Shikamaru em cumplicidade, e Shikamaru resolveu continuar.

 

- A CIA colocou um agente nessa missão com você para vigiá-la, e para que quando você tivesse em mãos os documentos que comprovavam a existência da bomba, ele os tiraria de você e a levaria de volta aos Estados Unidos para ser interrogada –  Shikamaru deu uma tragada em seu cigarro – E então eles a prenderiam por traição.

 

- Presa! – repeti sem muito alarde, nada mais parecia me surpreender àquela hora.

 

- Você será presa por traição- Shikamaru novamente explicava com detalhes a situação que eu me encontrava– Você é uma espiã americana trabalhando para a Hungria, além disso, você está trabalhando numa fábrica de armas soviéticas; isso é traição a sua pátria.

 

Vendo por esse ângulo, eu era mesmo culpada de traição. Eu estava mais enrolada nessa missão do que barbante.

 

- Não é só a CIA que está nessa missão – eu disse baixinho.

 

Eu havia comprovado que a CIA não era  a única que estava na missão anteriormente quando descobri que Jiraya e Tsunade eram membros da KGB, só que não esperava que o FBI também acabasse estando envolvido, além disso ainda tinha a Hungria.

 

- E a KGB? – perguntei tentando parecer curiosa.

 

- O que tem a KGB? – perguntou Ino sem entender porque eu os mencionara.

 

Shikamaru colocou o cigarro no cinzeiro novamente.

 

- Parece que a KGB não sabe de nada. É sorte você estar realizando essa missão na União Soviética sem que a KGB interfira.

 

Eu não me senti animada em contar a Shikamaru que a KGB já sabia da missão, e que inclusive dois agentes dela estavam participando da missão como meus “contatos”. O jogo de espiões parecia ser mais complexo e extenso do que até mesmo Shikamaru e Ino tinham conhecimento.

 

- Eu sei que pode parecer chocante isso dito dessa forma – Shikamaru tentava me consolar – mas é melhor que você saiba de tudo.

 

- Por que o FBI os contratou? – depois de todo o relato voltei ao ponto inicial.

 

Ao que me estava parecendo o FBI não estava do lado da CIA nessa missão.

 

Shikamaru e Ino ficaram em silêncio, e eu entendi o sentido das ausências de palavras.

 

- O FBI também quer as informações sobre bomba de nêutrons? – questionei-os.

 

- Sim, o FBI quer as informações... – respondeu-me Ino.

 

- Por que?

 

Foi a vez de Shikamaru responder.

 

- Deveríamos manter isso em segredo, mas sei que se não lhe contar você não vai colaborar conosco... – Shikamaru fez uma pequena pausa antes de continuar - o FBI acredita que a CIA está sendo tolerante demais com a União Soviética. Eles acreditam que os Estados Unidos deve atacar primeiro antes que os soviéticos o façam.

 

- Sakura, nosso país está correndo perigo! – Ino estava bem preocupada e desesperada – Se a bomba de nêutrons existir, então, nada impedirá os soviéticos de nos atacar com ela.

 

- Você tem que entregar as informações para nós – Shikamaru pedia a minha colaboração para com eles – Se o fizer, o FBI poderá garantir proteção a você.

 

- Proteção a mim...?!

 

Eu duvidava que alguém ainda pudesse fazer algo por mim estando eu em meio aquele, como Shikamaru disse, ah, sim, “jogo de espiões”.

 

Ino se levantou.

 

- Sakura, se você der ao FBI essas informações, eles dirão que você estava trabalhando para a INETRPOL.

 

- A INTERPOL?!

 

A policia internacional. Mais um órgão de segurança envolvido nessa história, não!

 

- O FBI tem bons contatos na INTERPOL, eles a encobrirão.

 

- E se eu me recusar a dar essas informações?

 

Ino deu um passo para trás. Porque eu deveria colaborar com o FBI? Afinal, eles apenas haviam contratado o Shikamaru e a Ino para me convencerem a entregar a informação para o FBI ao invés da CIA.

 

Shikamaru respondeu a minha pergunta.

 

- Se não entregar, a missão seguirá como está. Naruto vai tomar de você as informações e a levará presa para os Estados Unidos.

 

Eu levantei-me do sofá com um forte impulso.

 

- Ele não fará isso!

 

Mesmo com a verdade sendo posta na minha cara, eu ainda ousei defende-lo. Ino ficou indignada com o meu questionamento.

 

- Sakura, seu parceiro não está sozinho aqui, sabe por que? Porque eles a querem levar de qualquer jeito, você é importante para eles.

 

Sem dúvida que eu era importante para a CIA, afinal eu poderia fornecer informações sobre a fábrica de armamentos soviética e como funciona a venda de armas. Havia tanta coisa que eu sabia que somada a informação da existência da bomba poderia deixar os Estados Unidos em larga vantagem.

 

- Eu não sei como me deixei envolver tão fundo... – um desabafo em meio a tantas informações.

 

- Não se culpe – Shikamaru tentou me consolar – É difícil jogar quando não se conhece as peças e nem o jogo.

 

Ino estava mais relaxada depois de contar tudo.

 

- Sakura, espero que você aprecie o fato de termos vindo até aqui arriscando a nossa vida por você, sendo que você foi ingrata em nos abandonar em Nova Iorque...

 

Vou fingir não saber que a Ino foi contratada para essa missão e acreditar que ela falava isso simplesmente por amizade a minha pessoa.

 

- E quanto a Nagato?

 

- O que tem ele? –perguntou Shikamaru

 

- Se eu o capturar, então estarei livre das acusações de traição. Eu poderei provar que eu fui envolvida nessa missão de espionagem.

 

Um fio de esperança surgia. Shikamaru riu.

 

- Vai capturar o segundo homem mais importante da Hungria nesse momento? – ele desdenhou de minha idéia.

 

Ino me olhava com interrogação, acho que por um momento ela também tinha gostado da minha idéia. A esperança em mim de desvaneceu, como a fumaça que saia do cinzeiro.

 

- Aceite a proposta do FBI – Shikamaru insistiu – Eu analisei sua situação, essa é a melhor opção.

 

Shikamaru era bom estrategista, se ele disse para aceitar a proposta do FBI, então, era porque era o melhor mesmo a ser feito. Senti o microfilme pesar em meu pescoço.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

nota da autora: Finalmente conhecem o "jogo de espiões", e agora sabem porque a fic recebeu esse nome.

Para aqueles que ainda ficaram com dúvidas, eis uma explicação rápida do cap: a Sakura foi contratada por Konan que trabalhava para a Hungria, só que a Konan disse que a missão pertencia ao governo americano, e a Sakura acreditou; a CIA descobriu que a Hungria queria contratar uma espiã americana para descobrir sobre uma suposta bomba de neutrons sovietica, a CIA que tb achou interessante descobrir se a bomba existia ou não, colocou seus agentes nessa missão; Naruto ficou responsável de vigiar a Sakura. A KGB que não é boba, tb descobriu que americanos estavam em missão no país, e inseriu dois de seus agentes, Tsunade e Jiraya, para vigiarem eles. Já o FBI que ficou sabendo que a CIA queria a informação, decidiu trazer a Sakura para o lado deles e ofereceu ajuda a ela através da INTERPOL, pois o FBI não poderia se meter em assuntos internacionais; e por que o FBI entrou na história? Devido a conflitância de interesses entre a CIA e o FBI.

Agora o problema é que para a CIA a Sakura é uma traidora, pois estava em missão para a Hungria (colonia sovietica, por assim dizer), além disso, a CIA vai querer prende-la para assim conseguir informações sobre a fabrica de armamentos e tb da bomba de neutrons.

Acho que deu para entender pq a Sakura parecia tão lerda, ela está envolvida em meio a um jogo tão complexo e p/ ela era dificil avançar num tabuleiro que não conhece.

E O JOGO DE ESPIÕES AINDA TEM MAIS! NÃO PERCAM O PRÓXIMO CAP.
A história vai ferver!!!!!!!!
Diante de tudo isso será que a Sakura vai aceitar a proposta feita por Shikamaru e Ino?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jogo de Espiões" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.