Jogo de Espiões escrita por Angel_Nessa


Capítulo 23
CAPITULO 19 - DÚVIDAS




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Pensei nos motivos da KGB estar numa missão contratada pelo governo americano, e dúvidas surgiram em minha mente; para cada dúvida havia uma possível resposta que estava tão fora de ser uma realidade concreta que eu terminava por descartá-las antes mesmo de analisá-las mais a fundo.


Eu simplesmente não conseguia compreender como a KGB havia se infiltrada em uma missão americana, enquanto olhava os bailarinos saltitarem de um lado a outro, eu tentava encontrar respostas as minhas dúvidas.


“missão americana... bomba de neutrons... fábrica... fotos”


Eu chamava a minha mente às palavras-chave da missão; eu estava esperançosa que elas me dessem alguma resposta.


Sabotagem...


Provável. A KGB devia ter descoberto que o governo americano havia mandado agentes para investigar a fabricação da bomba de nêutrons, e por isso eles decidiram intervir na missão para nos vigiar mais de perto. Essa é um a teoria boa, explica muita coisa; talvez só não explique porque eles nos deram passaportes falsos e empregos na fábrica de armas....


Eu balancei a cabeça a fim de afastar tal teoria.


Simplesmente era incomcebivel que a KGB estivesse ajudando o governo americano numa missão.


E se o governo americano não fosse o responsável pela contratação da missão? Se a KGB o fosse?


Não... a KGB não investigaria seu próprio país. Aliás, se de fato houvesse uma bomba de nêutrons, a KGB saberia da existência dela.


Então restava a possibilidade de que a Jiraya e Tsunade fossem agentes duplos que trabalhavam para o governo americano e para a KGB ao mesmo tempo.


Não... definitivamente isso jamais aconteceria, afinal nem a KGB e nem o governo americano dariam cargos de confiança a pessoas suspeitas.


Em minha mente um turbilhão de novas teorias surgia a cada momento, algumas absurdas outras merecedoras de uma investigação mais apurada. Era como ter um quebra-cabeça desmontado a sua frente. E como um quebra-cabeça se é preciso tempo para montar, eu decidi dar esse tempo para buscar as outras peças.


Eu não poderia saber os motivos que levaram agentes da KGB a nos ajudar nessa missão, e até que eu tivesse mais peças desse quebra-cabeça eu não desistiria da missão.


Olhei para o lado discretamente, Sasuke parecia bem atento ao espetáculo. Sim, Sasuke seria aquele que me ajudaria a encontrar as peças que faltavam ao quebra-cabeça, por isso eu tinha que continuar deixo-me levar por seu jogo de sedução; mesmo que isso muito me custasse.


Ao final do terceiro ato houve uma pequena pausa. Olhei para o lado e vi que o oficial do Exército Vermelho não mais estava no balcão, apenas Sasuke permanecia a meu lado. Ele colocou sua mão sobre minha coxa.


- Tenho uma programação muito especial para nós essa noite – disse Sasuke com um sorriso malicioso nos lábios.


Eu esperava que isso, mais cedo ou mais tarde, acontecesse. Sasuke queria dar o próximo passo comigo, queria que eu fosse dele de uma maneira mais... íntima.


Senti um nó no estômago, e minha voz ficou presa na garganta. Como eu poderia ir tão longe com ele, estando eu gostando de outra pessoa? A imagem sorridente de Naruto se projetou em minha mente.


Se antes meus questionamentos eram em relação à missão, num segundo passaram a ser exclusivamente direcionados a minha moral. Eu tinha certeza que não consegueria me entregar para Sasuke, eu ainda não estava preparada, e acho que nunca estaria.


Busquei em minha mente uma maneira de dispensar tal convite, sem ser rude ou grossa. Mais do que nunca eu precisava continuar na missão, e para isso precisava continuar contando com o apoio dele dentro da fábrica.


- Tenho certeza que será inesquecível – fingi que aceitaria o convite.


Sasuke pareceu satisfeito com a minha resposta, e seguiu assistindo atento ao último ato do balé. Teria mais um ato para eu pensar numa maneira de dispensá-lo.


Ao final do último ato, todos se levantaram para aplaudir aos artistas. Eu me levantei tardiamente, ao fazê-lo fingi sentir uma vertigem e cai sentada no chão.


- Sakura!


Sasuke logo se aproximou para me ajudar a me levantar.


- Eu não estou me sentindo muito bem.


Sasuke estendeu-me sua mão, e eu agarrei nela. Sentei-me na cadeira, fiquei olhando para o chão e apoiando minha cabeça com a palma de minha mão.


- Desculpe-me.


- Não tem pelo que se desculpar – senti certa contrariedade em sua voz.


E não era para menos que Sasuke estivesse chateado comigo, afinal eu estava estragando sua noite tão perfeitamente planejada.


Eu levantei a cabeça e com olhos suplicantes lhe pedi.


- Por favor, me leve para casa.


Sasuke segurou em meu braço e me ergueu.


- Eu não posso sair daqui, mas pedirei ao meu motorista que a leve.


Coloquei minha mão em minha testa.


 


- Sasuke, eu acho que posso ficar... – deixei meu corpo mole, Sasuke segurou mais firme em meu braço - essa era para ser uma noite especial – eu disse num sussurro.


Sasuke usou a mão livre para pegar meu casaco e entrega-lo a mim.


- Não se preocupe, teremos outras noites para desfrutarmos juntos.


Eu sorri e balancei a cabeça. Apoiando em Sasuke fui até a saída, e com sua ajuda entrei no carro.


Sasuke deu uma instrução ao motorista em russo, e assim que a porta do carro se fechou, o motorista deu a partida no motor.


Através da janela do carro, eu olhava a Moscou iluminada; as ruas passavam bem rápido. Eu havia feito grandes descobertas, havia descoberto algo que mudaria os rumos da minha missão; no entanto, eu só pensava em uma delas.


Era inegável, apesar de meus esforços eu não conseguiria nunca chegar até o fim com Sasuke, porque eu havia descoberto que eu queria pertencer a apenas um homem. Durante todo o último ato do ballet, eu havia pensando muitas vezes em ceder a Sasuke o que ele queria; isso aumentaria a confiança dele em mim, mas todas as vezes que eu me sentia disposta a ceder, eu me lembrava de Naruto, me lembrava de seu olhar doce e da sua maneira de dizer sempre com gestos o quanto gostava de mim. Portanto, nem mesmo pela missão eu poderia trai-lo de tal forma, talvez eu pudesse até ir até o fim com Sasuke, porém eu precisava pertencer a ele primeiro; eu queria que ele fosse o primeiro homem a me tocar, pois ela havia sido o primeiro homem a me amar verdadeiramente.


Eu não podia pertencer a outro, antes de ser dele primeiro.


 


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Notas finais do capítulo

nota da autora: vão juntando as peças desse jogo... Jiraya e Tsunade são espiões da KGB.

Shikamaru e Ino, antigos companheiros de Sakura, em uma “missão” em Moscou.

O passado de Naruto...

Os objetivos de Sakura com a missão...

As verdadeiras intenções de Sasuke...



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