Jogo de Espiões escrita por Angel_Nessa


Capítulo 24
CAPITULO 20 – NÃO É UM ERRO




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Quando abri a porta do apartamento vi que Naruto estava sem camisa sentado em frente a lareira. Ele logo se virou para a porta ao escutar-me abrindo-a, e ao ver-me levantou-se e caminhou em minha direção.


Eu fechei a porta as minhas costas, deixando as luvas caírem a meus pés. Eu me aproximei dele, os passos lentos.


- Sakura está tudo bem? – ele me perguntou preocupado.


- Não – respondi-lhe com os olhos marejados – não está bem, porque eu não estava com você.


Eu o abracei e Naruto passou seus braços por meu corpo. Senti um calor dentro de mim aquecer o frio que havia em meu interior. Havia tanto frio dentro de mim; um eterno inverno que eu havia criado ao longo dos anos, sempre renegando meus sentimentos, nunca me permitindo amar alguém.


- Eu estava errada, não é um erro... – disse bem baixinho ao pé de seu ouvido, eu fixei meu olhar em seus olhos oceânicos, eu precisava ser firme para não submergir neles - não é um erro você me amar, porque eu também te amo, e por isso não é um erro.


Naruto sorriu com ternura, o oceano de seus olhos estava claro e iluminado. Não era preciso palavras para Naruto me dizer o quanto me amava.


Enquanto eu contemplava seu sorriso ele capturou meus lábios entre os seus. Tímidas, nossas línguas começavam a explorar a boca um do outro.


Era frustrante pensar em quão fraca eu era diante de meus sentimentos. O treinamento de espiã não havia me preparado para ocultar sentimentos e dormir com homens sem amá-los; a moral ensinada por meus pais era em minha mente uma barreira a esse tipo de conduta libertina. Eu sei que era errado e perigoso agir impulsionada por sentimentos, mas o que eu podia fazer quando não conseguia agir de outra forma?


Comecei a rever alguns conceitos de minha conduta como espiã.


Por que eu deveria desconfiar sempre de alguém?


Por que eu sempre tinha que agir e pensar como uma espiã antes de pensar e agir como uma mulher?


Por que eu não podia agir como uma mulher pelo menos por uma noite?


Por que parecia que eu não tinha o direito de amar e ser amada?


A cortina detrás da qual eu escondia meus sentimentos se abriu, e eu não me importei de mostrar meus sentimentos a Naruto. Naquela noite eu apenas quis ser apenas uma mulher, deixei de lado todo meu treinamento de espiã que veemente defendia a idéia que não se podia confiar em ninguém e entreguei-me a quem eu amava sem me importar com o fato de pouco conhecê-lo.


Naruto me apertou mais forte entre seus braços, e deslizou uma de suas mãos por minhas costas até atingir o meio delas. O mundo parou de girar, e nada mais importou a não ser nós dois.


Eu inclinei minha cabeça para a lateral e comecei a beijar-lhe o pescoço, Naruto reagiu a meus beijos deslizando suavemente suas mãos pelas minhas costas. Eu sentia sua respiração quente em meu rosto, e seu ouvia o som das batidas de seu coração. O fogo da paixão começava a incendiar nossos corpos.


Nós dois estávamos constrangidos demais para continuarmos, e isso se tornou claro a aprtir do momento que os beijos pareciam não terminar mais. No entanto, o próximo passo teria que ser dado. Naruto deslizou suas mãos para frente colocando-as em meu abdômen, seus olhos percorreram meu tronco e se encontraram aos meus olhos. Seus olhos oceânicos tinham um brilho especial, era como se houvesse uma lua refletida neles.


Eu comecei a desabotoar meu sobretudo, e Naruto me ajudou a tirá-lo, fazendo-o cair a meus pés.


- Você está linda.


Aquela era a primeira vez que Naruto me via com aquele vestido vinho que deixava a curva de meus seios aparecendo, e ressaltava outras curvas mais.


Naruto curvou-se para beijar meu peito, eu segurei sua cabeça. O toque de seus lábios em minha pele me inebriava e me deixava zonza. Era tão diferente de quando Sasuke me beijava; com Naruto eu não me sentia violada, era tudo tão cheio de amor que eu pouco a pouco me rendi aos sentimentos que cresciam entre nós.


Com minhas mãos percorri seu tronco desnudo, em silêncio ele acompanhou o trajeto de minhas mãos que pararam no cós de sua calça preta.


- Sakura..


Eu ergui a cabeça e coloquei meu dedo indicador em seus lábios.


- Apenas me diga que me ama tanto quanto eu te amo.


Nós voltamos a nos beijar. Enquanto nos beijávamos, Naruto começou a abrir o zíper na parte de trás de meu vestido. A alça do vestido deslizou por meus braços parando em meus cotovelos, meus seios ficaram a mostra, mas eu não tive vergonha de mostrá-los a Naruto. Eu soltei minhas mãos da cintura de Naruto e deixei o vestido continuar deslizando por meu corpo até o chão. Naruto puxou-me contra seu corpo, e pela vez senti o calor de seu corpo contra o meu; era ainda mais quente do que quando o senti através de minhas roupas. Seu corpo era tão quente, e seu coração pulsava tão forte.


Meu coração também pulsava forte em peito, e por um momento senti falta de ar. Eu me afastei um pouco de Naruto, isso o preocupou.


- Sakura, está tudo bem?


- Sim. Eu quero ser sua.


Naruto sorriu ternamente e tocou meu rosto com a mão direita. Eu tinha certeza de minha decisão, eu não me arrependeria porque era isso que eu desejava há muito tempo.


Além do mais, se fosse com Naruto estaria tudo bem. Eu sabia que podia me entregar a ele sem medo, porque eu o amava, e eu não podia mais negar tal fato.


- Vamos para o quarto? – ele me perguntou.


- Não, aqui está bom.


 A sala estava tão quentinha por causa da lareira acesa. Com os pés eu empurrei as peças de roupa para a lateral, enquanto Naruto colocava o cobertor com o qual ele dormia no sofá sobre o piso de madeira.


Eu deitei sobre o cobertor, e Naruto se deitou a meu lado. Eu virei-me para olhá-lo, e ele me sorriu. Meus lábios se entreabriram, e Naruto se aproximou de meu rosto para me beijar. Nossos corpos se uniram, e de um lado a outro do cobertor nos amamos.


Ainda que Naruto tivesse uma alma de menino, suas atitudes eram de um homem adulto, pelo menos eu acreditava que era assim que um adulto agia na hora de fazer amor.


Logo as peças de vestuário que restaram minhas e de Naruto se uniram as demais, e iluminados pela luz da lareira nossos corpos se encaixaram como tivessem sido feitos um para o outro. Era uma união tão intensa que parecia ser impossível de ser rompida.


Doeu unir-me a ele dessa maneira; eu agarrei sua mão, e ele apertou-a entre a sua. Não importava se machucava; tudo o que eu queria era estar ali entre seus braços.


- Sakura...


Naruto afastou os cabelos de meu rosto. Eu senti minhas bochechas bem quentes.


Ele estava tão lindo, como eu nunca o vira antes; os cabelos bagunçados caindo-lhe pelo rosto que estava sereno e seus olhos, como era fácil eu me perder em seus olhos oceânicos.


Naruto deitou-se a meu lado e me puxou para junto dele. Eu coloquei minha cabeça sobre seu peito, e ele começou a acariciar meus cabelos.


- Eu te amo... – disse num sussurro.


Fui surpreendida por sua declaração. Eu sorri e deixei que meu coração respondesse por mim.


- Eu também te amo.


Senti a mão de Naruto empurrando o fundo de minha coluna para que nossos corpos ficassem ainda mais juntos. Eu desejei que nossos corpos não fossem de matéria sólida, pois assim poderíamos nos fundir um ao outro.


Conta-se uma antiga lenda que a lua se apaixonou pelo oceano; mas quando a lua tentou se aproximar do mar houve tamanha agitação de suas águas que uma onda gigantesca se formou e essa onda destruiu toda uma vila de pescadores, matando muitos deles. Então a lua triste entendeu que jamais poderia ficar perto de seu amado oceano, pois isso traria desgraças às pessoas que todas as noites a idolatravam.


Por um momento tive medo que isso acontecesse com nós, que nossa aproximação trouxesse algo ruim, mas o olhar terno de Naruto me fez esquecer meus medos e receios do futuro que nos esperava.


 


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Notas finais do capítulo

nota da autora: Mesmo a Sakura não conhecendo muito sobre o Naruto, Sakura quis que ele fosse o primeiro homem a se deitar com ela.
Será que haverá arrependimentos?



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