The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 45
Family


Notas iniciais do capítulo

Ai, senhor, desculpem .q Então, sabe aquele presente que eu falei no último capítulo? Ainda não terminei (falta-de-vergonha-na-face) Por isso a demora, to querendo acabar logo '-' Enfim, espero que gostem desse momento foufo :)



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Jeod conversava casualmente durante o almoço. A mulher dele não parecia muito interessada, mas ouvi o quanto pude. Ele parecia ser uma boa pessoa. Evitou perguntar sobre minha viagem, falando dos negócios na cidade.

Depois da comida e de um descanso, Jeod me convidou para ir a seu escritório. Aceitei por cordialidade. Ele se sentou depois de fechar a porta e sussurrou.

– Encontrou algum?

– Talvez. Dois comerciantes estão dispostos a ajudar com mantimentos. Achei a proposta interessante, mas não fechei acordo algum. Prefiro avaliar o terreno antes.

– Sábia decisão. Bem, você é capitã, tem que ser inteligente.

– Obrigada. – Falei quase que no reflexo. Ele deu um sorriso fraco. – E, bem, reencontrei alguns conhecidos.

– Tem família aqui?

– Não exatamente, minha mãe atraca aqui em ocasiões. Delrio.

– Oh, sim, perdão. Eu me esqueci disso. Como ela está?

– Ainda não sei, pretendo descobrir logo. – Comentei. Aquele lugar era o mais confortável da casa.

– Bem, eu só queria me manter informado. Caso Nasuada nos contate antes que chegue em casa. Não vou mais lhe segurar.

– Imagine, não há qualquer problema, mas se me der licença, as ruas me chamam.

E deixei a casa mais uma vez. Fui atrás de Wayn, na taverna. Ele continuava lá, sentado no canto. Me aproximei e me sentei a seu lado. Ele deu um sorriso e acabou de tomar sua caneca de cerveja.

– Quanta ansiedade. Ela está naquela mesma de sempre. A da última vez que nos viu.

Era perto da loja de Angela. Bem, a antiga loja. Fiquei tão feliz que sai quase correndo pela rua. O cabelo se desprendeu e caiu por minhas costas, passava desviando de outras pessoas que me olhavam feio.

Assim que entrei, a procurei. Nada. Sem pânico, ela devia estar fora. Me sentei num canto e aguardei. Mais do que gostaria. Fiquei vigiando a entrada, mas nada. Tinha certeza que era o lugar certo, me lembrava até dos donos.

Queria que Elrohir estivesse ali para me distrair, mas não. Estava sozinha.

Não desisti. Ficaria ali o quanto eu precisasse. Todos aqueles anos de separação estavam prestes a serem quebrados e eu estava disposta a esperar.

Até que a porta se abriu. E eu reconheceria aquela figura em qualquer lugar. Altiva como sempre, de corpete firme e duas adagas presas ao cinto. As armas dela. Sorri.

Ainda de costas para mim, eu esperava quieta. Queria ver nos olhos dela a mesma emoção que deve ter passado pelos meus. Ela se virou, os cabelos presos num coque bagunçado...era tudo Delrio.

Os olhos dela se abriram junto a um sorriso, tão sincero quanto o de uma criança. Sorri de volta. Como era bom me sentir parte da tripulação novamente, parte de uma família minha.

– Silbena. – Ela mal conseguia falar. E eu também não. Foram tantos dias, anos...Ela parecia não ter mudado nada, a não ser uma ou duas rugas novas. E já eu, acho que mudei tudo por nós duas.

– Ei, mãe. – Estendi a mão sobre a mesa e ela a segurou, firme. – Wayn me disse que estava aqui.

– Sim. Seus olhos sempre vão te entregar. – Ela riu. – Está tão mudada. Mais alta, mais forte, mais encorpada. Mais segura. Como tem passado?

– Estou bem. Muito aconteceu.

– Venha, vamos por a conversa em dia. – Acompanhei-a até o quarto onde estava. Ela fechou a porta e, ainda de pé, esperou eu começar a relatar os últimos anos de minha vida.

Contei-lhe de cada detalhe da minha viagem. Os Urgals, a passagem por Carvahall e o encontro com Brom. O tempo que passei entre Gil’ead e Uru’baen. Meus dias presa, Tornac e Murtagh. Aidan, a forma como ele me fez esquecê-los. Relatei minha fuga, como encontrei Elwë e como ele me ajudara. De início, omiti Elrohir. Falei do encontro com os Varden, como fui tratada, como passei a me provar e como, enfim, cheguei à posição de capitã. Quase como ela.

– Que aventura, sim? E eu te disse que os encontraria. – Ela deu um suspiro. – Muito me entristece a morte de Brom e Ajihad. Eram bons, muito bons. Bom, todos temos que voltar ao mar um dia.

– Sim. E bem, tem outro detalhe. E nesse, preciso do seu total sigilo.

– Me conhece melhor que todos. Sabe que não direi a ninguém. – Ela falou, paciente. – O que é?

Peguei a água da jarra sobre a cômoda e lavei parte de meu braço. A marca brilhante surgiu debaixo de uma cobertura que eu tinha que fazer todos os dias. Ela franziu o cenho e se aproximou para estudar o desenho.

– É um pouco dolorida. Com o passar do tempo ela se espalha. No início era mais rápido, mas ainda consigo sentí-la se expandindo. – Comentei. Aquela marca que começara de um toque se espalhara pelo meu braço, atravessara meu peito, desenhou o outro braço e agora começava a descer pelos ombros buscando minhas costas.

– O que é isso, Silbena?

– Essa é a marca que consegui durante minha fuga no deserto, depois de uma descoberta fantástica. – Sorri. – Essa marca me tornou uma Cavaleira, mãe.

Ela me fitava, pasma. Ainda assim, ela deu um sorriso leve antes de retornar ao normal.

– Oh. Ele tem nome?

– Elrohir. – Só aquilo me dava um formigamento, confirmava que ele ainda vivia. – Diamante, é feito um. Ele é diferente dos dragões que a senhora me descrevia. Outra raça. Suas escamas mudam de cor de acordo a iluminação.

– Os Varden sabem disso?

– Os que precisam saber. Preciso que ele continue em segredo. – Reforcei a ideia. – Eragon e Saphira já são conhecidos, Galbatorix sabe deles. Elrohir não. Ele não estava sob a posse de Galbatorix, nem de ninguém.

– Eu compreendo. E apoio a decisão. Foi inteligente.

– E a senhora?

– Oh, nada de muito glorioso. Encontramos uma nova ilha, desabitada. Lugar maravilhoso, mas sem muita coisa. Algumas plantas exóticas, mas a herbolária foi embora.

– Ela está conosco.

– Imaginei. Angela é uma ótima aliada.

Olhei pela janela. Jeod devia estar ficando preocupado. Fiquei de pé e dei um abraço em minha mãe. Ela retribuiu, calada.

– Tenho que ir. Senti sua falta.

– Vá logo, ainda vamos nos reencontrar. E mande meus cumprimentos a Jeod e sua esposa. – Concordei e deixei a taverna.

Andando pelas ruas, mesmo sabendo que ele não me ouvia, falei em pensamento.

“Senti falta dela, Grande.”


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Notas finais do capítulo

Obrigada a compreensão seus lindos



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