The Secret Weapon escrita por Pacheca
Notas iniciais do capítulo
Ai, senhor, desculpem .q Então, sabe aquele presente que eu falei no último capítulo? Ainda não terminei (falta-de-vergonha-na-face) Por isso a demora, to querendo acabar logo '-' Enfim, espero que gostem desse momento foufo :)
Jeod conversava casualmente durante o almoço. A mulher dele não parecia muito interessada, mas ouvi o quanto pude. Ele parecia ser uma boa pessoa. Evitou perguntar sobre minha viagem, falando dos negócios na cidade.
Depois da comida e de um descanso, Jeod me convidou para ir a seu escritório. Aceitei por cordialidade. Ele se sentou depois de fechar a porta e sussurrou.
– Encontrou algum?
– Talvez. Dois comerciantes estão dispostos a ajudar com mantimentos. Achei a proposta interessante, mas não fechei acordo algum. Prefiro avaliar o terreno antes.
– Sábia decisão. Bem, você é capitã, tem que ser inteligente.
– Obrigada. – Falei quase que no reflexo. Ele deu um sorriso fraco. – E, bem, reencontrei alguns conhecidos.
– Tem família aqui?
– Não exatamente, minha mãe atraca aqui em ocasiões. Delrio.
– Oh, sim, perdão. Eu me esqueci disso. Como ela está?
– Ainda não sei, pretendo descobrir logo. – Comentei. Aquele lugar era o mais confortável da casa.
– Bem, eu só queria me manter informado. Caso Nasuada nos contate antes que chegue em casa. Não vou mais lhe segurar.
– Imagine, não há qualquer problema, mas se me der licença, as ruas me chamam.
E deixei a casa mais uma vez. Fui atrás de Wayn, na taverna. Ele continuava lá, sentado no canto. Me aproximei e me sentei a seu lado. Ele deu um sorriso e acabou de tomar sua caneca de cerveja.
– Quanta ansiedade. Ela está naquela mesma de sempre. A da última vez que nos viu.
Era perto da loja de Angela. Bem, a antiga loja. Fiquei tão feliz que sai quase correndo pela rua. O cabelo se desprendeu e caiu por minhas costas, passava desviando de outras pessoas que me olhavam feio.
Assim que entrei, a procurei. Nada. Sem pânico, ela devia estar fora. Me sentei num canto e aguardei. Mais do que gostaria. Fiquei vigiando a entrada, mas nada. Tinha certeza que era o lugar certo, me lembrava até dos donos.
Queria que Elrohir estivesse ali para me distrair, mas não. Estava sozinha.
Não desisti. Ficaria ali o quanto eu precisasse. Todos aqueles anos de separação estavam prestes a serem quebrados e eu estava disposta a esperar.
Até que a porta se abriu. E eu reconheceria aquela figura em qualquer lugar. Altiva como sempre, de corpete firme e duas adagas presas ao cinto. As armas dela. Sorri.
Ainda de costas para mim, eu esperava quieta. Queria ver nos olhos dela a mesma emoção que deve ter passado pelos meus. Ela se virou, os cabelos presos num coque bagunçado...era tudo Delrio.
Os olhos dela se abriram junto a um sorriso, tão sincero quanto o de uma criança. Sorri de volta. Como era bom me sentir parte da tripulação novamente, parte de uma família minha.
– Silbena. – Ela mal conseguia falar. E eu também não. Foram tantos dias, anos...Ela parecia não ter mudado nada, a não ser uma ou duas rugas novas. E já eu, acho que mudei tudo por nós duas.
– Ei, mãe. – Estendi a mão sobre a mesa e ela a segurou, firme. – Wayn me disse que estava aqui.
– Sim. Seus olhos sempre vão te entregar. – Ela riu. – Está tão mudada. Mais alta, mais forte, mais encorpada. Mais segura. Como tem passado?
– Estou bem. Muito aconteceu.
– Venha, vamos por a conversa em dia. – Acompanhei-a até o quarto onde estava. Ela fechou a porta e, ainda de pé, esperou eu começar a relatar os últimos anos de minha vida.
Contei-lhe de cada detalhe da minha viagem. Os Urgals, a passagem por Carvahall e o encontro com Brom. O tempo que passei entre Gil’ead e Uru’baen. Meus dias presa, Tornac e Murtagh. Aidan, a forma como ele me fez esquecê-los. Relatei minha fuga, como encontrei Elwë e como ele me ajudara. De início, omiti Elrohir. Falei do encontro com os Varden, como fui tratada, como passei a me provar e como, enfim, cheguei à posição de capitã. Quase como ela.
– Que aventura, sim? E eu te disse que os encontraria. – Ela deu um suspiro. – Muito me entristece a morte de Brom e Ajihad. Eram bons, muito bons. Bom, todos temos que voltar ao mar um dia.
– Sim. E bem, tem outro detalhe. E nesse, preciso do seu total sigilo.
– Me conhece melhor que todos. Sabe que não direi a ninguém. – Ela falou, paciente. – O que é?
Peguei a água da jarra sobre a cômoda e lavei parte de meu braço. A marca brilhante surgiu debaixo de uma cobertura que eu tinha que fazer todos os dias. Ela franziu o cenho e se aproximou para estudar o desenho.
– É um pouco dolorida. Com o passar do tempo ela se espalha. No início era mais rápido, mas ainda consigo sentí-la se expandindo. – Comentei. Aquela marca que começara de um toque se espalhara pelo meu braço, atravessara meu peito, desenhou o outro braço e agora começava a descer pelos ombros buscando minhas costas.
– O que é isso, Silbena?
– Essa é a marca que consegui durante minha fuga no deserto, depois de uma descoberta fantástica. – Sorri. – Essa marca me tornou uma Cavaleira, mãe.
Ela me fitava, pasma. Ainda assim, ela deu um sorriso leve antes de retornar ao normal.
– Oh. Ele tem nome?
– Elrohir. – Só aquilo me dava um formigamento, confirmava que ele ainda vivia. – Diamante, é feito um. Ele é diferente dos dragões que a senhora me descrevia. Outra raça. Suas escamas mudam de cor de acordo a iluminação.
– Os Varden sabem disso?
– Os que precisam saber. Preciso que ele continue em segredo. – Reforcei a ideia. – Eragon e Saphira já são conhecidos, Galbatorix sabe deles. Elrohir não. Ele não estava sob a posse de Galbatorix, nem de ninguém.
– Eu compreendo. E apoio a decisão. Foi inteligente.
– E a senhora?
– Oh, nada de muito glorioso. Encontramos uma nova ilha, desabitada. Lugar maravilhoso, mas sem muita coisa. Algumas plantas exóticas, mas a herbolária foi embora.
– Ela está conosco.
– Imaginei. Angela é uma ótima aliada.
Olhei pela janela. Jeod devia estar ficando preocupado. Fiquei de pé e dei um abraço em minha mãe. Ela retribuiu, calada.
– Tenho que ir. Senti sua falta.
– Vá logo, ainda vamos nos reencontrar. E mande meus cumprimentos a Jeod e sua esposa. – Concordei e deixei a taverna.
Andando pelas ruas, mesmo sabendo que ele não me ouvia, falei em pensamento.
“Senti falta dela, Grande.”
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Obrigada a compreensão seus lindos