The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 44
Around


Notas iniciais do capítulo

Hello :) Então, demorei um pouco porque estou fazendo um presente pra minha amiga .q Detalhe que tem duas semanas que ela fez aniversario, mas enfim...Espero que gostem :)



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Tinha saído de casa antes mesmo de Jeod. Avisei ao criado que voltaria para almoçar com meus anfitriões, mas não disse para onde ia. O sol começava a surgir na cidade, as ruas estavam vazias.

– Muito bem, por onde eu começo? – Olhei ao redor, esperando alguma luz para clarear minhas ideias. Estava feliz em ter acordado com aquele sentimento de que Elrohir estava bem. E ansiosa pelo momento em que encontraria Delrio novamente.

Foco. Precisava me concentrar. Primeiro de tudo, eu tinha que saber quais eram as informações que corriam pela cidade. E que lugar melhor para isso do que uma taverna?

Trilhei meu caminho ao primeiro lugar que encontrei. Claro, limpo, bem cuidado. Estava relativamente vazia. Uma dupla de comerciantes, três oficiais de Galbatorix e uma figura solitária num canto. Clássico. O andarilho só.

Encontrei um espaço entre os comerciantes e os oficiais. E apesar da ansiedade de estar tão próxima de um inimigo, prestei atenção na conversa deles.

Olhava para baixo, tinha soltado os cabelos para que escondessem meu rosto. E ouvi.

– Aqueles dois... – Riram, tomando de suas canecas. – E eles o trouxeram?

– Isso é informação sigilosa. Galbatorix não quer que saia de Uru’baen, mas tenho amigos lá. – Não queria que o que saísse? – Não faz sentido nenhum para mim. Ele já esteve do lado de lá.

– Ele sabe o que faz. Está no poder há tanto tempo, é inteligente. – E mudaram de assunto. Não era muita informação, mas pelo menos eu sabia que Galbatorix tinha algum plano. Um plano, ao que parecia, estranho.

Prestei atenção nos comerciantes. Eles falavam mais baixo, por conta dos guardas ali perto. Era difícil ouvi-los.

– Acha mesmo? Tenho medo de que eles sejam apenas rebeldes com o sonho de liberdade. – Varden. Não podia ser mais ninguém. – Ainda assim, pelo menos eles têm algo pelo que lutar.

Apesar de me sentir uma intrusa fazendo aquilo, deixei minha luzinha num brilho fraco preto e me aventurei na mente de cada um. E os dois pareciam amedrontados, mas com vontade de lutar também. Podia ser um bom começo.

– Ouvi dizer que o líder deles morreu em batalha. Parece que alguns Urgals invadiram seu esconderijo. – Não sabia que aquilo tinha se espalhado por ai.

– Mesmo se pudéssemos ajudar, como os encontraríamos? – O que parecia mais velho perguntou. Aproveitei a brecha e virei minha cabeça um pouco, apenas para que percebessem que eu os ouvia.

– Quer que mais alguém te ouça? – O mais novo reprimiu. – Fale baixo. E não sei. Eles não podem estar todos em um só lugar, sim? Deve haver alguns deles andando por ai.

Os guardas foram embora. Percebi o olhar feio que o dono da taverna lhes lançou pelas costas. Realmente, ninguém parecia gostar de ninguém com as cores de Uru’baen.

– Como ajudariam? – Perguntei, ainda sem mostrar o rosto. O mais novo deles se encolheu, assustado.

– Não sabemos lutar, mas toda tropa precisa de mantimentos. E temos condições. – O mais velho respondeu de prontidão. Sorri. Pelo menos interesse ele tinha.

– Qual seu nome? – Perguntei, respirando fundo. Mesmo tendo olhado suas mentes, eu ainda tinha as palavras de Sano do meu sonho gravadas. Traidores.

– Stiben. Esse é meu filho, Sliv. – Ele disse, tentando ver meu rosto.

– Stiben, adoraríamos sua ajuda. Tudo o que quiser nos oferecer, ficarei mais do que feliz em levar até eles. – Não precisava levá-los no primeiro contato. – Até quando ficarão aqui?

– Não vamos embora tão cedo. Da cidade. Moramos aqui. – Concordei, ficando de pé.

– Voltarei aqui todas as noites. Poderemos negociar melhor. Com licença.

Cautela era sempre bom. Eu ainda não tinha posto à prova aqueles dois. Não ia levá-los comigo assim, sem mais nem menos. Tinha gravado aqueles rostos. Na noite seguinte, poderia encontrá-los facilmente.

Fui na direção da porta, vendo aquele figura solitária novamente. Ele olhava para mim por baixo do capuz. Respirei fundo. Podia ser um agente de Galbatorix. Abri a porta e sai da taverna.

Tinha que voltar para a casa de Jeod, para o almoço como havia prometido. Prendi o cabelo novamente, sentindo calor, e passei a caminhar de volta.

Passos por todos os lados, mas um deles ecoava os meus. Estava sendo seguida. Olhei por cima dos ombros. Um sujeito grande, encapuzado. Desviei meu caminho entrando numa ruela.

Estávamos nós dois sozinhos naquele caminho sujo. Ele me chamou. Pelo nome. Ele. Quem? Reconheci aquela voz, há anos não a ouvia. Me virei.

Wayn. O sujeito que fora feito meu pai enquanto viajávamos no The Sender. Quem me ensinou quase tudo. Aquele Wayn, que eu tratara feito uma lembrança distante.

Parei, boquiaberta. Eles já tinham atracado. Estavam em terra. Eu veria minha mãe mais uma vez. Ele riu da minha cara surpresa e levou a mão à bainha de sua cimitarra, o antigo cumprimento de bordo. Sorri e fiz o mesmo.

– Quase não a reconheci. – Ele disse, acabando com a distância entre nós e me dando um abraço. – Está crescida, forte. Cabelos muito compridos, mais do que os usava. Mas os olhos são os mesmos de sempre.

– Há quanto tempo, Wayn. Você ainda é o mesmo. Só mais velho. – Zombei, soltando-o. Wayn não tinha nem uma cicatriz nova que fosse. – Como estão todos? Minha mãe?

– Capitã Delrio está negociando como só ela sabe. Está ansiosa para rever você. – Eu também estava. – Eu estava atrás de novidades, como você.

– Onde estão ficando? No navio?

– Não, não. Em algumas estalagens. Nos dividimos. As coisas estão estranhas. E depois de anos, Galbatorix não desistiu de capturar sua mãe. Estamos evitando chamar atenção. E você?

– Vim recrutar. Os Varden estão precisando de recrutas. – Respondi, depois de procurar qualquer sinal suspeito, qualquer presença estranha. – Estou com Jeod, amigo de Brom.

– Brom, como vai ele?

– Ele morreu, Wayn. – Mantive o assunto curto. Eu não o conhecia tanto quanto minha mãe o fizera, mas ainda era ruim falar daquilo. – Preciso voltar. Onde está?

– Naquela taverna. Estou hospedado lá. Tome cuidado.

– Igualmente. Vou antes. – E deixei-o na ruela, seguindo meu caminho de volta. Eu poderia rever minha mãe. Sorri. Meus passos até a casa de Jeod estavam até mais leves, de satisfação.


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Notas finais do capítulo

Digam-me o que acharam do Wayn ;3



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