The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 46
Mission Acomplished


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora, mas meu ano tá acabando gnt .q eu vou formar essa semana '-' To chocada .q



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Apesar de estar feliz pelo reencontro com minha mãe, no dia seguinte me empenhei na minha função. E alguns dias eu passei naquela rotina. Acordava cedo, comia algo junto a Jeod e ia para a rua. E, infelizmente, sempre voltava cansada e sem resultados para o quarto.

Até tinha falado mais com Wayn e Delrio, mas eles não tinham muito mais a oferecer do que contatos. Inclusive o de outros donos de navios, mas nada que me provou muito útil.

Até o dia que eu voltei para a casa e eles estavam lá. Ele. O rosto era familiar. Jeod ficou de pé quando entrei sem convite no escritório, provavelmente imaginando que seria sua esposa.

– Licença. – Aquele homem...era parecido com alguém. Eragon. Franzi o cenho. E a forma como Jeod me encarava dava a dica de que seriam boa companhia.

– Capitã. Conheça Roran, ele é...

– Primo de Eragon. – Completei. Poucas vezes conversei com o Cavaleiro do dragão azul, mas fiquei sabendo de sua vida superficialmente. E Roran estava lá. – Prazer em conhecê-lo.

Ele me estendeu uma mão, um pouco receoso. Era inteligente da parte dele, não sair confiando em qualquer um assim. Ainda mais uma estranha com duas espadas e uma cara de poucos amigos.

– Encontrou alguém? – Jeod perguntou, sentando-se de novo. Concordei.

– Na melhor das hipóteses, está na nossa frente. – Dei um sorriso. Roran tinha a aparência forte. E os outros com ele também.

– Trago minha vila comigo. – Ele falou, firme. – Precisamos chegar até os Varden.

– Sua vila? Carvahall?

– Conhece o lugar? – Ele perguntou.

– Estive lá uma vez, anos atrás. Conheci Brom, aprendi um pouco de magia. E corri de um bando de Urgals. A questão não é essa. Por que está trazendo Carvahall com você?

– Aqueles monstros. – Um dos outros respondeu. – Razac.

– Ouvi deles. Nada de bom. E imagino o estrago. – Cruzei os braços, fitando Roran de volta. O que ele estava pensando? Quantos anos eu tinha? Por que o título Capitã?

– Achei que Jeod pudesse nos ajudar.

– Posso. Eu ia avisá-la. – Jeod apontou para mim, esperando que eu continuasse.

Peguei um copo sobre a mesa e me servi um pouco de água, tomando um gole antes de me pronunciar.

– Então. A questão é, sei onde eles estão. Posso encontrá-los. – Tomei mais água. – Vim aqui para encontrar gente nova para a causa e, nesse instante, são o melhor que encontrei.

– Foi um elogio?

– Digamos que sim. Só tem um problema. Não vamos conseguir levar tanta gente a pé. Então, a alternativa...

– Um navio. – Jeod me olhou. Ele sabia de Delrio.

– Sem cogitação. Pelo menos, ela não. Ela não vai querer ir. Não me meter em assuntos de terra firme, regra número um. Ela não vai quebrá-la.

– Eu consigo o navio, você nos leva. – Roran estendeu a mão novamente, esperando que eu aceitasse o trato. Olhei nos olhos dele. E ele era o líder daquela gente.

– Tudo bem. Estarei pronta quando estiverem. – Apertei sua mão com firmeza, sorrindo. – E a propósito, tenho dezoito.

– Dezoito? – Um deles não tinha entendido, até um instante seguinte. – Oh.

– E Capitã é porque sou filha de uma capitã, Delrio.

– E porque ela lidera uma divisão dos homens dos Varden.

– Até mais, Roran. Não me esqueçam.

Deixei a sala e fui para meu quarto, fechando a porta. Missão cumprida. Tinha conseguido uma boa quantidade de recrutas. Respirei fundo e soltei as espadas da cintura.

O vazio na minha cabeça nunca pareceu tão evidente quanto naquele momento. Queria Elrohir opinando sobre Roran e seus companheiros, mas só ouvia meus próprios pensamentos.

E eram doloridos. Não pelo que diziam, mas o que significavam. Eu estava sozinha, de verdade. Eu tinha certeza de que ele estava bem, mas era diferente. Faltava aquele contato que a gente tinha.

– Sem tempo para isso. – Tirei as botas e me deitei, esperando o tempo passar.

Em alguns dias, Roran mandou me chamar. Não sei como, ele convenceu um sujeito a levar-nos até o destino. Talvez precisasse da minha ajuda para encontrar rotas, mas ia funcionar. Tinha que.

Uma última vez, corri até a estalagem e me despedi de minha mãe e Wayn. Eles também estavam prestes a retornar para o mar. Com o peso da separação, entrei naquele barco cheio de gente e zarpei.

Nem me lembrava daquela sensação. O vento, o cheiro do sal na água, o balanço do casco sob seus pés, subindo por suas pernas. Talvez não fosse tão confortável para a grávida entre eles.

– Tudo bem? – Perguntei, fitando-a. Ela abriu os olhos e sorriu para mim antes de responder.

– Ficarei. É só um enjoo.

– Hum, talvez ajude. Quando eu era mais nova, minha mãe me leva com ela e eu detestava o navio. Então eu ficava próxima ao casco e ficava olhando as ondas. Se aprender o ritmo delas, consegue se prepara melhor.

– Funcionou?

– O mar se tornou meu segundo lar. O primeiro era o navio.

Ela deu uma risada e eu ri junto. Ela parecia confortável, apesar de tudo. E eu tentei me ver no lugar dela, sem muito sucesso. Acompanhei-a até a beira do casco e fiquei observando a água.

– Parece funcionar. – Sorri. O mar podia ser cruel com que não o conhecia bem.

O sol queimava meus ombros impiedoso, enquanto o vento me refrescava. Suspirei. A vontade de subir o mastro e pular estava borbulhando dentro de mim.

Soltei as espadas, cedendo. Roran me encarou, curioso. Num pulo preciso, agarrei o mastro e fui subindo. Todos me encaravam. Não que eu ligasse.

– Desça dai, garota. – O dono me chamava, mas ignorei. De pé no topo. O velho ritual. Abri os braços, inspirei o ar, tomei impulso. Sentia meu corpo girar a medida que eu me aproximava da água. Estiquei as pernas e entrei no mundo gelado ao meu redor.

Ali embaixo, tudo que existia era eu e o tudo. Tudo que não era de mim, a natureza, o sol lá em cima, os peixes que roçavam em mim. E de mim, a sensação de estar imersa em minha própria alma.

Subi com um braçada e respirei fundo. Com a ajuda de um remo, voltei para o navio e me sentei, secando sob o sol. Roran se sentou ao meu lado, sério.

– O que te leva a fazer isso?

– A vontade de ver minha alma. – O sal ardia em meus olhos, mas não era tão horrível. Incomodava, mas não tanto. Calado, ele continuou ao meu lado, sentado.

– Conheceu Eragon?

– Ele e seu dragão azul imenso. Imensa. De toda forma, ele foi de bastante ajuda dentro da montanha.

– Ele está bem?

– Com os elfos agora. Aprendendo a ser Cavaleiro. Política, não é muito minha onda.

– Entendi.

– Talvez queira saber, o caminho que estamos tomando é arriscado. V]O capitão vai te chamar. Sugiro tentar passar o redemoinho.

Ele não perguntou nada, diferente do que eu esperava. Ele confiava que saberia decidir. Fechei os olhos e respirei fundo, sentindo a água deixando meu corpo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado bom, o gatão chegou ;3



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