The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 11
Visit


Notas iniciais do capítulo

Sempre pensei numa parada meio assim, então espero que gostem...Deixem seus reviews!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/330799/chapter/11

Abri os olhos devagar, tentando me lembrar aonde eu estava. A noite anterior veio à minha mente de uma só vez. Até mesmo o homem que me consolou.

Fiquei horas encarando o chão, caminhando em círculos pela cela. As únicas vezes que parei de fazer isso foi para comer e quando me levaram a um pequeno lugar para me aliviar.

Minha mãe já tinha me contado, várias e várias histórias com prisioneiros, mas em nenhuma delas o que ela tinha me descrito era tão horroroso quanto isso. Era uma situação deplorável.

Não sei quanto tempo passei ali dentro. Em um certo momento me deitei no chão e fiquei pensando. Eu não podia pensar na minha mãe, nem nada.

Mas para minha surpresa, eu não conseguia pensar em nada disso. Era como se eu estivesse em cada lugar, em cada memória, mas em tudo que eu olhava uma mancha se formava.

E talvez fosse melhor daquela forma. Tudo que eu me lembrava claramente era minha viagem, os Urgals, Carvahall e Durza. E sempre que eu pensava nele, minha nuca se arrepiava.

E continuei pensando nessas coisas, por tanto tempo que eu dormi. Me vi encarando um grande salão, e Galabatorix no meio, parecendo sofrer. Mas naquilo, eu também me via sofrendo. Não entendi. Acordei com o som da porta da cela se abrindo.

Não era Durza dessa vez. Era um homem, de pele bronzeada, olhos e cabelos escuros, com uma aparência de 30 anos e um pouco mais. Não prestei atenção em mais nenhum detalhe. Ele já me dava uma sensação terrível.

Ele estava acompanhado de um outro homem, de cabeça baixa, como se não quisesse estar ali. Eles não carregavam nada, mas aquilo não me acalmou em nada.

– Olá, Silbena. – Me senti enjoada quando o moreno me chamou pelo nome. – Faz muito tempo que eu te espero.

Fiquei em silêncio, observando o homem de cabeça baixa. O outro, que eu já imaginava quem era, percebeu, mas não disse nada, por um tempo.

– Sabe, eu sempre imaginei que você se pareceria muito com sua mãe, mas vejo que não. Talvez tenha semelhança com seu pai? – Não respondi. Ele era exatamente quem eu menos queria ver.

Galbatorix. Eu nunca o imaginara como alguém tão comum, tão normal. Ele poderia ser uma pessoa qualquer, vivendo em qualquer lugar, não um rei. Mas era o que ele era, rei.

Juntei todas as forças que eu ainda tinha, que percebi que não eram muitas, e perguntei a única coisa que me veio à cabeça.

– O que você quer de mim? – Eu nem reconhecia mais minha própria voz. Ele deu uma risada e respondeu, como se nada estivesse errado.

– No momento, eu só quero que você me diga onde está sua mãe. E talvez alguma outra informação interessante.

– Eu não sei mais da minha mãe. Nem sei há quanto tempo não a encontro. – Ele continuou me olhando, já esperava aquela resposta, provavelmente.

– Tem certeza que não sabe onde ela está? – O tom na voz dele me deixou um tanto irritada. – Não acho que você esteja me contando a verdade.

Fiquei calada, ignorando cada palavra que ele dizia. Ele continuou.

– Mas eu entendo que você tenha medo. Imagino o tipo de coisa que sua mãe deve ter te contado. Só quero que saiba Silbena, que nenhuma delas é verdade.

– E se fossem?

– Com certeza eu teria uma boa razão para cada uma delas. – Ele caminhou na direção da porta. O outro homem ficou parado, me observando.

Galabatorix sussurrou alguma coisa para o outro, que concordou relutante. Os dois saíram, me deixando sozinha. Galbatorix me lançou um olhar diferente, com um brilho estranho. O outro simplesmente me olhou triste.

Era ele quem tinha me consolado. Quem tinha cantado para mim, e me dado a força que eu ainda tinha. Acho que ele tentou me dizer que ia me ajudar. Tentei mostrar que eu acreditava.

Eu parecia estar flutuando, mas estava simplesmente parada, sentindo o vento me atingir. Eu estava numa campina, um lugarzinho bonito e aconchegante.

Me virei, olhando o homem que tinha me acalmado aquela noite. Ele parou ao meu lado, com uma expressão feliz e os cabelos começando a ficarem grisalhos.

Eu tinha certeza que ele era bom, honesto e extremamente feliz. Não era mais como quando eu o conheci. Não era mais infeliz. Ele me encarou de volta, sorrindo.

– O que foi? Você está bem?

– Estou. – Minha voz estava firme e clara, como eu não a ouvia há muito tempo. – Só um pouco confusa.

Ele parou de sorrir um pouco, mas se virou pra mim ainda com uma expressão feliz. O encarei por um tempo.

Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, uma mulher, que parecia ter minha idade, de pele escura se aproximou.

– Oh, olá, Silbena. Não me avisou que ela viria. – Ele simplesmente deu um sorriso fraco. Ela continuou. – Temos que ir, vamos.

– Ir para onde? – Ele começava a segui-la, mas parou assim que eu falei. – Aonde eu estou?

Ele se aproximou para me responder, mas tudo ficou escuro antes que ele começasse a falar. Ouvi uma porta se abrir, e percebi que eu tinha acordado.

Abri os olhos, olhando para ele. Parado, no canto da cela que eu não alcançava. Me movi desconfortável. Ele também estava um tanto tenso.

– Me perdoe. Eu quero muito te ajudar, mas não sei como. Eu sou apenas um espadachim qualquer.

– Por que gostaria de me ajudar, se só vai te trazer problemas?

– É errado, o que ele faz. – Ele se aproximou um pouco, ainda tenso. – Sabe, eu sou mestre de um garoto da sua idade. Eu o traria aqui se pudesse, mas não seria nada bom.

– Qual seu nome?

– Tornac. – Ele me olhou por um tempo, tentando dar um sorriso.

– Não se preocupe, Tornac. Eu gosto de você. – Ele relaxou no mesmo instante. – Agora vá, antes que ele te encontre aqui.

– Duvido que ele já não saiba. – Dei um sorriso leve pra ele. – Mas vou tomar cuidado. E vou fazer algo por você. Ou por sua amiga, Rine, se puder. – Ele saiu da cela, me deixando ali, tentando dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai?? O que acharam?? Achei que ficou bonitinho,mas a opinião que importa é a de vocês. E como já disse antes, eu sou horrível com tempo, então relevem! Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Secret Weapon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.