The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 12
Findings


Notas iniciais do capítulo

Aee, mais capítulo pra nós!! Me desculpem se ficou ruim :C Boa leitura!



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Ouvi a porta ranger, mas não abri os olhos. Ou eu encontraria alguém me dando comida ou Galbatorix. E eu não queria ver ninguém. Talvez nem Tornac.

– Silbena. – Respondi ainda de olhos fechados. Galbatorix.

– Eu ainda não sei nada de minha mãe.

– Isso realmente é uma pena. Mas não é por isso que vim.

Abri os olhos. Se não era aquilo, o que ele queria de mim então?

– Sabe Silbena, me ajudaria muito se você pudesse ao menos me contar como eram as viagens.

A forma como ele falava quase me convencia de que eu podia confiar nele. Mas uma parte da minha mente me dizia, que eu tinha que me lembrar quem ele realmente era.

– Eu não sei muito. Eu apenas comia com eles e passava as noites sem vento no convés. No resto do tempo eu aprendia a ler.

– Então você sabe ler?

– Sim. – Ele me encarou por um instante, como se risse de mim internamente.

– Realmente não se lembra de mais nada, Silbena? – Neguei com a cabeça. – Muito bem então. Eu voltarei, mais tarde.

Qual era o interesse dele em minha mãe? Tudo bem, ela era procurada, mas isso não explicava porque ele queria tanta informação, cada detalhe.

Me sentei, olhando pro chão. Companhia seria bom depois desse encontro. Galbatorix me deixava incomodada, de várias formas. Não só sua presença, mas suas ações.

Não sei quanto tempo fiquei observando o chão. Me deitei de novo e dormi. Galbatorix não voltou. Fiquei um bom tempo ali, recitando trechinhos de músicas que eu aprendi no The Sender.

Me concentrei em lembrar apenas o que precisava. O restante, eu talvez conseguisse recuperar um dia. Mesmo quando estava acordada ficava de olhos fechados. Tudo que eu sempre encontrava era escuro.

Me trouxeram comida e água quatro vezes, por isso imaginei que dois dias inteiros tivessem se passado. Eu poderia estar errada, mas tempo não me importava muito.

Quando imaginei que fosse a quinta vez que me trouxessem alguma coisa uma voz familiar me chamou. Tornac.

Abri os olhos devagar, tentando enxergá-lo. Consegui encontrar seu contorno bem próximo de mim, agachado.

– O que está fazendo aqui? – Me sentei devagar, minha cabeça rodava depois de tanto tempo deitada de olhos fechados.

– Eu vim te fazer companhia, aproveitando que Galbatorix está... ocupado. – Acho que ele sorriu quando terminou de falar.

– Obrigada, então. – Minha voz estava tão rouca que minha garganta arranhava. – Você está bem?

Ele deu um riso abafado, se sentando do meu lado. Eu não tinha prestado muita atenção em sua aparência, por isso ficava me perguntando se era como naquele sonho estranho que tive.

– Você está aprisionada, correndo o risco de ser torturada a qualquer momento, sozinha, e pergunta se eu estou bem?

– Eu não estou sozinha. Você está aqui.

– Mas não é o tempo todo.

– Não acho que muda muito as coisas. Eu prefiro acreditar que não.

– Sim, estou bem, à medida do possível.

– E seu aluno?

– Murtagh? Também está bem, eu acho. – Ele suspirou, como se não tivesse tanta certeza disso. – Posso te perguntar algo?

– Claro.

– Aonde conseguiu as espadas?

Hesitei, olhando sua forma no escuro. Por que ele perguntaria aquilo, senão por Galbatorix?

– Minha mãe... me deu, mas eu não sei como ela as conseguiu. – Falei de uma só vez, sem respirar.

– Calma, ele não me enviou até aqui. – Respirei fundo. – Só perguntei por curiosidade. Sabe, eu treino com Murtagh todo dia, como usar uma espada. Mas nunca vi nada tão fabuloso quanto as suas.

Fiquei em silêncio, ouvindo a respiração dele ao meu lado. Eu sentia falta de minhas espadas, sentir o peso delas, como elas pareciam um complemento de meus braços.

Minha mente voltou, sem que eu percebesse, ao sonho que tive, em que Tornac parecia feliz e radiante. Respirei fundo, pensando como ele realmente era, se era muito diferente de como eu o imaginava.

A única certeza que tinha de que ele ainda estava ali era sua respiração. Respirei fundo.

Estiquei a palma da mão, sentindo o peso da corrente, estendida. Fechei os olhos, procurando uma fonte de energia qualquer. Encontrei alguma coisa grande, mas percebi que era de Tornac.

Me foquei em outra, uma muito maior do que a dele. Não sabia se era a minha energia, mas fiquei intrigada. Se fosse, por que era tão forte assim?

Sussurrei alguma coisa, que simplesmente piscou em minha mente, como se eu conhecesse a palavra. Uma esfera brilhante surgiu na palma da minha mão, emitindo um brilho fraco, que me permitia enxergar, mas não fazia meu olhos doerem por verem luz depois de tanto tempo no escuro.

Olhei Tornac, com atenção. Ele era exatamente como eu imaginava, porém poucos anos mais jovem, sem cabelos grisalhos. E com uma expressão mais triste.

Ele se virou pra mim, me olhando também. Sorriu depois de alguns instantes.

– Satisfeita? Viu como sou?

– Não é só por isso, mas estou, sim. – Sorri também e parei de sustentar a esfera brilhante.

– Fico feliz, então.

– Por que faz isso, Tornac? Se importa tanto comigo?

– Não sei. Talvez você me lembre Murtagh de certa forma. Talvez seja só curiosidade. Ou talvez eu te imagine como uma irmã mais nova.

– Obrigada, seja lá qual for o motivo.

– É melhor eu ir logo. Galbatorix pode não tolerar muito nossos encontros.

Sorri, ouvindo ele se levantar.

– Vai voltar, certo?

– Não acho que poderia ficar muito tempo distante.

Ele se foi, me deixando ali. Voltei a pensar naquela energia que encontrei. Aquela força toda, era minha?


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Notas finais do capítulo

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