Relatos e convívios de uma nação morta escrita por willian guerreiro


Capítulo 6
Capítulo 6 A dama do deserto


Notas iniciais do capítulo

Desvende os mistérios e se surpreenda com os próximos que virão.



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A dama do deserto

                Depois de uma noite dormindo desconfortavelmente nos rochedos das pedras ancestrais, só um obstáculo faltava para chegar na zona Alfa ( pelo ao menos a pés era o caminho mais curto), o grande deserto de Thai, muitos dizem que esse deserto é dotado de um enigma antigo, jamais alguém havia o atravessado, a não ser que o autor dessa história tenha amnésia, afinal foi falado que os valores contemporâneos poderiam afetar a intocável Thai...enfim, permita que uma breve prequela se descreva agora:

                -Era verão em Thai, um entregador chamado Krum foi designado para levar uma encomenda para um industriário que morava na zona Beta, o artefato que deveria levar era uma espécie de adaga forjada em um lugar longínquo fora dos limites de Thai, esse lugar muito distante é dito como o mais frio de todo o planeta, foi forjado por um povo bárbaro e o metal utilizado foi encontrado por estes bárbaros em uma espécie de cápsula que emanava uma essência, uma energia que atraia outros metais, Krum ouviu toda essa história do velho Ben, quem o designou para essa tarefa( Ben era dono de uma loja de artefatos antigos), como Krum necessitava do dinheiro, exatamente quatro Poukos, não desistiu da “missão” .

            Só existia uma condição: “NUNCA USE O ARTEFATO PARA OUTRO FIM QUE NÃO SEJA TRANSPORTÁ-LO”.

            Krum seguiu viagem em seu cavalo e levou alguns suprimentos para a viagem, comida para sete dias e água para oito, exatamente a quantia que achava precisar.

            Perto das fronteiras de Alfa, Krum viu-se diante de um dilema, ou seguia pela estrada oficial( caminho mais utilizado para ir e vir de Alfa para Beta) ou seguia pelo deserto, foi quando um homem de meia idade, alto e extremamente branco, com um olhar fixo o advertiu:

-Se fosse você evitaria a estrada, mesmo que o deserto castigue, hoje a estrada oficial está muito movimentada e este artefato pode ser roubado lá, é melhor não arriscar...

Krum rapidamente desconfiou:

-Como você sabe, quem lhe disse?

Nesse momento uma multidão passou e Krum perdeu o homem de vista.

Krum era sábio e sábia que se perdesse o objeto, além de perder a recompensa deveria ao velho Ben valores inestimáveis. Foi pelo deserto.

Havia passado um quilômetro e mesmo estando a cavalo pensava se valia a pena o que estava fazendo, o calor intenso esquentava sua pele e lhe dava náuseas, estava ofegante, tomou um gole d’água  e continuou seu caminho, até que viu algo diferente.

Luzes pareciam se movimentar no céu, ele nunca tinha visto algo parecido, interrompeu o cavalo e fitou aquilo, era lindo e assustador ao mesmo tempo, foi quando a viu, uma dama, vestida com uma roupa leve que parecia flutuar como névoa, a cor era dourada e por um momento pensou que seus olhos também eram, até que a ouviu falando em sua mente:

-Krum, adorável Krum, não se deixe levar pelo instinto de sobrevivência que motiva essa raça humana, morrer faz parte de retornar às suas origens, esse objeto que você carrega não pertence a você, acha mesmo que deve ou merece portá-lo?

Krum não estava assustado pela voz próxima, como se fosse sua consciência, mas pelo fato da dama não mexer a boca, ele quis fugir, mas o que ela falava tinha sentido e concordava com a situação que ele estava vivendo, a parte da morte não, mas ainda assim fazia sentido. Ele disse:

-O que você quer de mim? Deixe-me seguir meu caminho!

A voz ficou mais forte e tenebrosa:

-Krum...você não nos deixa escolha!!!

Neste momento a aura ou a dama, o que quer que fosse passou por ele como se não ocupasse espaço, como se fosse algo imaterial. Sentiu uma dor momentânea, caiu de joelhos e viu o horizonte desaparecendo mais e mais, até que já não havia nem espaço nem tempo para Krum apenas o mistério e este ninguém vivo soube revelar.

Krum retornou para Alfa sem o cavalo, sem a adaga, com roupas rasgadas e um olhar profundo, seus pés estavam inchados. Ele se dirigiu à loja de Ben.

Ben abriu a porta e viu Krum e péssimo estado, logo disse:

-O que houve rapaz? Sente-se trarei água...

Krum tremia muito como se estivesse congelando e antes que Ben falasse qualquer coisa, disse todo o ocorrido, foi quando aconteceu:

Os olhos de Krum estavam brancos, ele estava em colapso e Bem percebeu que balbuciava algo:

-Fi...que lon..lon..ge de..de mim, meu pensamentooos, dói demaissss!!!, fique longe deles, eles vão voltar, Thai não está a salvo...

Nesse momento Krum saiu correndo e se debateu contra a parede, este foi seu fim.

Quanto à adaga, nunca mais soube-se de seu paradeiro, Ben e o industriário desapareceram e sabe-se dessa lenda porque ela foi transmitida pelos descendentes de Ben até o tempo de Drake.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, estou cheio de ideias e estou lutando para criar tempo de escrever e publicar, aguardem.



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