Another Fairytale escrita por Holliday


Capítulo 3
Grande avanço


Notas iniciais do capítulo

Vocês não sabem o quanto o reviews de vocês me deixou feliz *u*
Estou super contente por vocês estarem gostando, achei que a fic seria vista de uma forma negativa!!
Enfim, enjoy the chapter!



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Lentamente levantei da minha, e meio receosa abri a porta. Havia um túnel, um túnel para um lugar bem longe daqui. Eu deveria segui-lo?

Faltavam apenas algumas poucas horas até que Petúnia voltasse para casa, e eu ainda teria que arrumar tudo. Com toda certeza eu atravessaria esse túnel, mas não hoje.

Empurrei o meu guarda roupa em direção á porta, assim se Petúnia entrasse em meu quarto ela não veria a passagem.

Uma felicidade incomum tomou conta de meu corpo como nunca antes havia acontecido. Sinto que nesse momento eu poderia dar piruetas de felicidade.

Escondi a carta com os pergaminhos e as fotos embaixo da cama, e fui arrumar o restante do castelo.

Eu estava tão alegre enquanto arrumava tudo, que eu tenho certeza de que a casa nunca ficara tão limpa assim antes.

Faltavam apenas alguns minutos até que Petúnia chegasse e tudo já estava brilhando. Fui até o quintal para alimentar Fergus.

Joguei a carne como de costume e apoiei meu corpo contra as escamas do dragão.

- Oh Fergus, esse é o melhor dia da minha vida! – exclamei animadamente me aninhando em seu corpo. O dragão me observou com aqueles seus olhos tão expressivos que eu poderia até mesmo afirmar que ele podia me compreender.

- Eu desvendei uma charada sabe? Se eu conseguisse desvendá-la a ajuda viria, e ela realmente veio! Uma passagem surgiu na parede do meu quarto! Amanhã quando Petúnia tiver saído, eu vou poder ir ver o mundo com os meus próprios olhos, e não pelas páginas dos livros – eu dizia animadamente, e Fergus levantou a cabeça fazendo barulhos com a sua boca e me observando.

Era quase como se quisesse me dizer algo.

- Eu só estou meio insegura entende? Petúnia sempre me disse que eu era uma aberração, e se eu sair lá fora e as pessoas me maltratarem? - eu apoiei minha cabeça em meus joelhos e deixei algumas lágrimas rolarem por meu rosto.

Fergus ficou cutucando minha cabeça com a sua, bem de leve, ao mesmo tempo em que fungava.

Aconcheguei-me em seu pescoço e deixei que mais lágrimas rolassem.

- LÍLIAN! – ouvi um grito estridente dentro do castelo.

- Ah não, ela já chegou – eu me levantei rapidamente enquanto enxugava meu rosto com a manga do vestido.

 - Onde estava sua anormal? - Petúnia me perguntou rispidamente.

- Alimentando Fergus, desculpe-me irmã – murmurei cabisbaixa sem coragem de encarar os seus olhos.

- Pois se isso se repetir, saiba que não irei desculpar – ela respondeu ameaçadoramente e eu assenti, enquanto tirava sua capa e pendurava no gancho ao lado da porta.

Hoje ela chegara mais cedo em casa. Aos sábados ela sempre chegava mais cedo, e eu me lamentava por isso.

- Vou ir para o meu quarto descansar, enquanto isso vá preparar algo para eu comer – ela disse-me seguindo o caminho pelas escadas.

Peguei uma bandeja e coloquei nela um cacho de uvas, sopa, e suco de laranja. Quando estava entrando no quarto de Petúnia para entregar a bandeja, Cruelon passou correndo por entre meus pés fazendo com que eu caísse e derrubasse tudo no chão.

- Sua inútil! Vá limpar tudo isso e refaça minha refeição, rápido! – ela sabia que fora culpa de seu gato, mas ela era mais gentil com ele do que comigo, então eu não poderia fazer absolutamente nada.

Limpei tudo, refiz o jantar de Petúnia e finalmente ela me liberou. Tratei de limpar a casa mais uma vez, assim amanhã eu poderia aproveitar meu dia fora daquele castelo sem maiores preocupações.

Mal consegui dormir imaginando o que me aguardava amanhã.

O dia amanheceu ensolarado e levemente quente, o que me deixou mais animada.

Vesti-me com o meu melhor vestido e respirei fundo. Será que eu apanharia das pessoas? Será que elas iriam chamar-me de anormal assim como Petúnia sempre fazia? A única forma de descobrir era seguindo meu caminho.

Empurrei meu guarda roupa para longe da porta e a abri logo em seguida. Já tinha uma vela em mãos.

Respirei fundo e adentrei na passagem, fechando a porta atrás de mim. Era um túnel escuro e úmido, mas eu não me importava, pois ele seria minha salvação, por assim dizer.

Mal acreditava que pela primeira vez na minha vida veria mais do que só apenas as pinturas dos livros.

A passagem parecia não ter fim, mas eu finalmente encontrei uma porta por onde passava uma brecha de luz. Assoprei a vela e depositei minhas mãos na maçaneta. Seria agora...

Girei a maçaneta e me deparei com uma rua lotada de homens, mulheres, crianças, idosos e alguns cachorros que corriam para lá e para cá.

Estava maravilhada com as casas de pedra, as lojas, a vestimenta das pessoas e as carroças que por lá passavam.

O sol tocando em minha pele, a brisa batendo em meus cabelos ruivos, era tudo magnífico. Aspirei o ar com força tentando garantir que sentiria o oxigênio do lado de fora daquela prisão.

Fechei a porta e receosamente comecei a andar pela rua.

- Quer algum pão senhorita? - um padeiro me perguntou gentilmente.

- Não, obrigada senhor.

Eu olhava tudo nos mínimos detalhes tentando gravar tudo em minha mente. Esse padeiro foi a primeira pessoa com a qual conversei em toda minha vida, além de Petúnia.

As crianças brincavam alegremente nas calçadas e um bar chamado Três Vassouras estava lotado.

Tudo isso era tão comum para os moradores de Hogsmead que eles não tinham ideia do quão importante era para mim.

Meus olhos estavam marejados de alegria e um sorriso brincava em meu rosto.

Estava me afastando um pouco do movimento, indo em direção a um lindo jardim ao longe. Repleto de lírios, rosas, margaridas e muitas outras flores.

Ao longe, no jardim, pude ver uma garota loira, provavelmente da minha idade, com um vestido tão bonito que até mesmo fazia com que eu me sentisse envergonhada.

- SOCORRO! – a ouvi berrando e corri em sua direção preocupada.

Quando cheguei perto dela, ela começou a balbuciar palavras sem sentido.

- Ela estava... por favor...eu tenho medo de altura! – ela apontou para um buraco no chão um pouco mais a frente. Olhei para baixo e notei que havia uma garota segurando-se em um galho que estava se partindo aos poucos.

Sem pensar duas vezes eu me debrucei no buraco o máximo que podia, esticando minha mão para que a garota pegasse, mas ela ainda não alcançava e o galho não estava mais dando conta de seu peso. Tentei me inclinar um pouco mais, mas eu escorreguei.

Antes que caísse no buraco senti mãos firmes segurarem minha cintura. Não poderia ser as mãos daquela garota loira.

Fui puxada para longe e vi um rapaz, alto e forte, mas não consegui ver suas feições. Ele cravou sua espada no gramado, entrou no buraco segurando-se nela, puxou a garota para cima e subiu logo em seguida.

Quando ele levantou fiquei petrificada em seus olhos castanhos esverdeados.

- Obrigada, James – a garota respondeu, com os cabelos desgrenhados e o rosto sujo de terra.

- Por nada Lene – o suposto James respondeu cordial.

Ele direcionou os seus olhos para mim e eu senti-me envergonhada, me lembrando de que as mãos dele tocaram minha cintura. Para alguém que nunca teve contato com o mundo do lado de fora de casa antes, isso era um grande avanço.

- Obrigada – eu murmurei sem saber se tinha permissão para chama-lo de James.

- Não há de que – seus olhos me avaliavam curiosos e por um momento parecia que ele iria dizer alguma coisa, mas foi impedido pela garota loira.

- Isso não teria acontecido se ainda tivéssemos nossa magia – ela murmurou cabisbaixa.

- O que quer dizer com isso? - perguntei, pois nunca havia ouvido falar sobre magia em Hogsmead.

- Como você pode não saber garota? - Marlene perguntou.

- Lene... – James a repreendeu com um olhar severo – Há sete anos Hogsmead era um reino mágico. Algumas pessoas, conhecidas como bruxas, nasciam com poderes e iam estudar em uma escola especial, chamada Hogwarts. Também havia pessoas que nasciam sem qualquer poder, mas que viviam entre nós, chamadas trouxas. Porém um dia os poderes de todos simplesmente sumiu, como se tivesse sido sugado.

- Oh – eu murmurei, pois não conseguia dizer mais nada. Então quer dizer que Petúnia era uma bruxa? Será que é por isso que ela me acha anormal? Por eu também não ser bruxa?

Olhei ao longe e levei um susto tão grande que tropecei em meus próprios pés. Petúnia estava passando com o seu cavalo, e pelo caminho distante que ela seguia, provavelmente estaria voltando para casa.

Saí correndo, mas ouvi a voz da garota loira ao longe:

- Aonde você vai?

- Preciso ir.

- Quando vamos nos ver de novo? - dessa vez era James quem perguntava, e eu senti meu coração acelerar sem minha permissão.

- Prometo voltar amanhã – gritei de volta e continuei correndo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram?
Reviews?? :3
Sweet Kisses ♥



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