Morgan entrou na casa de sua vizinha um pouco tremula e soluçando. Estava soluçando tanto que não conseguia falar. Sua vizinha pediu para que ela se sentasse e perguntou se queria um pouco de água. Morgan, sem poder falar com soluços um atrás do outro, confirmou com a cabeça positivamente. Sua vizinha foi até a cozinha enquanto Morgan, ficou no sofá da sala olhando para as paredes cheias de quadros velhos, quando apareceu uma criança e sentou-se ao lado dela. Morgan disse soluçando:

– Eeek! ic! Quem é você... Eeek! ic.. menininho? Eeek! ic!

O garotinho também soluçando não respondeu e começou a belisca-la, a fim de tomar o gato Paplo morto em suas mãos. Morgan, fez careta para o garoto e se afastou ainda soluçando. Sua vizinha chegou e lhe deu o copo de água e sorriu:

–Oh, me desculpe. Ele é doente. Não sabe o que faz!

Em seguida, deu um tapa na cabeça da criança levando-a ao chão e disse:

–SAIA DAQUI, MOLEQUE. ANTES QUE EU LHE CORTE UMA MÃO!

A criança, que era doente de síndrome de down, saiu correndo para quarto ao prantos. Morgan, perplexa com a situação, não hesitou em reivindicar sobre as atitudes de sua vizinha para com o neto, que era apenas uma criança inocente.

–Ei, senhora! Eeek! ic! Não precisava Eeek! ic! ter feito Eeek! ic! isso Eeek! ic!

Sua vizinha deu-lhe uma rabissaca e disse:

–Eu sei cuidar de meu neto. Não preciso de uma pirralha para dizer o que eu tenho ou não de fazer.

Morgan, levantou-se, pôs o copo de água na mesa e foi em direção a porta desapontada com a vizinha, pois achara que ela fosse um doce de pessoa. Sua vizinha logo a segurou pelo o braço e disse:

–Espere! você veio aqui para salvar seu gato, não foi? Não vá embora.

Rapidamente, Morgan lembrara de que Paplo estava em seus braços e logo, seus olhos brilharam. Ela voltou , sentou-se no sofá e disse:

–Como a senhora, Eeek! ic! pode traze-lo, Eeek! ic! a vida?

Sua vizinha sorriu sentou-se ao seu lado e disse:

–Boa menina! Bem, eu mexo com alguns tipos de magia negra....

Sua vizinha, contou-lhe tudo o que tinha de ser feito para que seu pequeno gato voltasse a vida e disse:

–Eu farei tudo isso que lhe acabei de contar, porém, você terá que trabalhar para mim.

Morgan ficou assustada com todo o que a sua vizinha dissera, só que seu desejo em ter Paplo de volta era tão grande que não recusou a oferta e disse:

–FEITO! TRABALHAREI PARA A SENHORA! EEEK! IC!

Então, sua vizinha prosseguiu dizendo:

–Ótimo! Lembre-se que posso trazer a vida de seu gato ou a vida de quem você desejar, mas apenas uma vez! Então pense bem.

Morgan, saiu da casa de sua vizinha bastante pensativa e um pouco tonta e percebeu que ao sair, seus soluços haviam parado e pensou alto:

–Medonho...

Morgan, entrou na sua casa e começou a ouvir os gritos de sua tia vindo da cozinha, rapidamente ela trancou a porta e saiu correndo em direção ao sótão. Ela pegou uma caixa de sapatos, pôs Pablo dentro e escondeu debaixo da cama. Passando em frente ao seu espelho, ela notou algo diferente em seus olhos. Aproximou-se e viu que eles estavam irritados e a íris estava ficando escura. Morgan então foi lavar seus olhos e dormir. As doze horas da madrugada, Costancia bateu na porta do sótão chamando por Morgan. Ela acordou e abriu a porta e sua tia disse:

–Harry, está lhe chamando no quarto! vá agora, senão eu não te matricularei em um colégio!

Morgan perguntou sonolenta:

–Mas tem de ser agora? Eu já estava dormindo...

Costancia não deu ouvidos a Morgan e a puxou pelo o braço com força levando-a até o quarto de Harry. Quando chegou lá, jogo-a no chão ao pés dele e trancou a porta. Morgan, ficou assustada ao ver-lo sem roupa na sua frente e perguntou:

–O que está acontecendo?

Harry, rindo como um idiota disse:

–Mamãe não lhe contou? Você é minha namorada agora, Morgan. Você tem que fazer tudo o que eu quiser.

Logo, a pegou pelo o braço e a levantou do chão apenas com uma mão e deu-lhe um tapa no rosto fazendo-a cair novamente. Morgan, tocou seu rosto vermelho e começou a chorar. Harry então rasgou seu pijama e a puxou pelo os cabelos e disse rindo:

–Vamos, Morgan! Tire seu pijama! Ah! Ah! Ah!

Morgan, começou a gritar e estapear Harry. Ele, que estava rindo sem parar, mas logo ficou sério e disse:

–Chega de brincar, Morgan. Estou chateado agora!

Ele a segurou pelo o pescoço e começou a sufoca-la. Morgan, logo ficou vermelha e já quase desmaiando, seus olhos foram ficando avermelhados e em seguida, negros. Ela parou de chorar, olhou para Harry e disse com uma voz grave:

–Solte-me, seu porco nojento!

Morgan, pegou Harry pelo o braço e o torceu até quebra-lo. Harry, começou a gritar chamando sua mãe e Morgan o chutou fazendo cair no chão. Ela pegou um saco plástico e pôs na cabeça dele o sufocando até a morte. Costancia, abriu a porta depois de ouvir gritos do filho e deparou-se com ele morto no chão. Morgan, a olhou com seus olhos negros e saltou da janela para fora e saiu correndo em direção a casa da vizinha. Costancia começou a chorar desesperadamente em cima do filho e chamando por Morgan.