Morgan escrita por Twelve


Capítulo 2
Capítulo 2




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Morgan não recebeu nenhum consolo ou afeto das outras pessoas do orfanato, na verdade, ninguém se importava com ela e nem com a morte de Paplo. Após Morgan completar 16 anos, apareceu uma tia que tinha decidido a cuidar dela. Essa tia, chamada Costancia, que não era lá a melhor tia do mundo, na verdade, era bem perversa, decidiu cuidar de Morgan, não por ela ser a filha de sua falecida irmã, mas pela herança que a pobre Morgan herdara.


Costancia era uma tia muito, mais muito má. Era tão gorda e alta que mal dava para passar na porta. Ela só pensava em dinheiro e em seus filhos e quando Morgan chegou em sua casa, Costancia a tornou sua empregada. Quando chegaram em casa, Logo Morgan foi má recebida pelo os seus primos. Thomas, Daniel e Harry, eram como se chamavam, todos tinham a mesma idade de Morgan, a diferença era que eles ainda agiam como crianças e eram altos e gordos como a mãe.

Morgan, estava depressiva. Não tinha uma noite em que ela não chorasse no quarto e se cortasse com uma navalha. A cada dia que passava seu sofrimento aumentava cada vez mais. Até que em um belo dia de sol, sua tia a permitiu sair de casa para comprar o café da manhã, mesmo que ainda fosse para ir no mercado, Morgan tinha ficado um pouco feliz. Tão bela e doce jovem, caminhava pelas as ruas de Bodie, com pequenos passos até chegar no mercado. Ela era uma excelente garota e muito amável, não foi atoa que Pablo se encantou por ela. Pra onde ela ia, levava seu pequeno sombrinha para evitar que o sol machucasse sua pele tão sensível.

Voltando pra casa, Morgan percebeu que um filhote de gato a seguia. Ela parou de caminhar e o gatinho também. Ela então, tornou a andar e o gatinho a segui-la. Quase chegando em casa, Morgan virou-se para o bichano e disse. -Desculpe, amiguinho, mas eu não posso ficar com você. - O gatinho pareceu entende-la logo fez uma expressão triste. Morgan, tão sensível, não suportou a ideia de voltar para casa e deixar aquele pobre animalzinho indefeso sozinho. Ela pôs o filhote no bolso do vestido e o levou para a casa.

Chegando lá, sua tia tomou a sacola de compras de suas mãos e a deu apenas um pedaço de pão com um copo de leite.

–VÁ! VÁ PARA SEU QUARTO, GASPARZINHO E NÃO SAIA DE LÁ ATÉ EU MANDAR!- ordenou sua tia gritando com uma voz rouca e brava.

Morgan, foi então subindo as escadas com cuidado para não derramar o seu leite, pois se derramasse não teria outro. Ela entrou no quarto e trancou a porta, ou melhor, entrou no sótão e trancou a porta, pois era lá onde dormira, no sótão! Logo tirou o gatinho de dentro do bolso e deu seu leite para ele e sussurrou - Eu vou cuidar bem de você! Não tenha medo, Paplo! -

Ela batizara seu novo gatinho de Paplo. Um nome um pouco estranho para um animal, mas ela não se importou. Esse era o único nome que viera em sua cabeça.

O tempo foi passando e o pequeno Pablo estava crescendo e tornando-se cada vez mais difícil mante-lo escondido. Morgan, estava arrumando o sótão, tentando manter o lugar mais agradável, pois ali era onde dormia e não seria nada bom encontrar ratos e sujeira. Mesmo ocupada com seus afazeres doméstico, ela não tirava os olhos do pequeno Pablo porque a qualquer instante ele poderia sair dali sem que ela percebesse. Morgan estava um tanto feliz pois tinha o seu gato com ela e assim, não se sentia mais tão sozinha.

Costancia chegou em casa após ter ido buscar seus filhos no colégio. Logo Morgan a escutou chegar, desceu correndo as escadas e disse. - Tia Costancia, quando irei para o colégio também?- Costancia a olhou nos olhos e soltou uma gargalhada tão alta que a vizinhança toda escutou. Logo seus três filhos caíram na gargalhada também. Morgan, não entendeu o motivo de tantas risadas e se sentiu constrangida. Viu que não ia ter uma resposta para a sua simples pergunta e decidiu voltar para o sótão de cabeça baixa. Quando a menina já estava entrando no sótão, sua tia gritou. - TE LEVAREI A ESCOLA SE VOCÊ FOR UMA BOA MENINA PARA HARRY.-Morgan não entendeu o "boa menina para Harry", mas acenou com a cabeça positivamente e entrou no sótão.

Harry ficou animado, pois estava interessado em Morgan e ficou rindo como um porco sem parar. Ele, então socou seus dois irmãos e assim, os três começaram a bater um num outro como se fossem crianças retardadas. Morgan, depois de entrar no sótão deitou-se na cama e começou a gritar no travesseiro para que ninguém a escutasse. Ela tinha ficado feliz porque finalmente iria estudar em uma escola normal, com outros jovens, livros, uniformes, professores...Coisa que não acontecia desde seus 14 nos de idade.

Mas o que ela não lembrava era que sempre sofreu bullying na escola por causa de sua aparência. E o que ela não esperava era que na noite seguinte algo muito ruim iria acontecer com ela.

No outro dia, Morgan acordou bem cedo, abriu a janela e despreguiçou-se, de longe ela avistou algo em frente de cabeça. Parecia ser um animal morto, ela teve um pressentimento ruim e logo saiu correndo para ver o que era. Ao abrir a porta, ela apanhou o jornal e tomou um susto com o que viu. Não conseguiu segurar as lágrimas e acocorou-se aos prantos. O pequeno Pablo estava morto.

Tão frágil, Morgan não conseguia parar de chorar, ela pôs seu gatinho morto nos braços e o levou pra dentro de casa. Mas Costancia apareceu na porta e disse. -Não coloque esse rato dentro da minha casa.- Morgan a encarou com seus olhos lacrimejantes e perguntou. - A senhora quem o matou?- Costancia deu uma risada forçada e respondeu. -Não seja ridícula! Eu nunca pegaria em um rato nojento como este. Quem o matou foi Harry! Não admito ratos em minha casa e se trouxer outro, eu te jogo na lareira. - E saiu rindo mesmo não tendo a menor graça.

Morgan ficou tão enfurecida que não entrou em casa, deu a volta e foi andando sem destino com o seu gatinho morto nos braços e logo ela ouviu alguém sussurrando. -Ei menina! vem aqui.- Era a sua vizinha. Uma mulher tão bela quanto a própria Morgan e que encantara qualquer tipo de pessoa, até mesmo crianças. Morgan, se aproximou de sua vizinha ainda chorando e disse. -O que a senhora deseja de mim?- Sua vizinha enxugou suas lágrimas e respondeu. -Posso dar vida ao seu gatinho, se você quiser. - Morgan, inocentemente perguntou. -Como?- Sua vizinha sorriu e disse -Entre em minha casa. Eu te explico!


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