Souls escrita por Beffs


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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            Joe estava cansado, já perdera a conta de quantos dias se passaram após a garota o abandonar naquele lugar terrível. Ele tinha que lutar para conseguir comida. Ela estava guardada nos piores lugares, obrigando-o a escalar algumas paredes, quebrar algumas coisas, cortar outras, enfim, tinha que fazer algo para conseguir uma pequena quantidade de alimento, uma quantidade ridiculamente pequena de alimento.

            Quando percebeu a porta abrindo, decidiu correr para atacar quem estivesse entrando, pois, em algum lugar no fundo de sua mente, sabia quem era a pessoa a invadir aquele ambiente. Desistiu por conta da exaustão.

            Lea ao ver o estado do garoto, lembrou-se que havia se esquecido de falar para ele que o tempo não é igual em todas as dimensões. Se para ela se passou um dia desde que ela saiu, para ele foram cinco. Ficou feliz de ter passado comprar alguma comida extra para ele, lembrava-se muito bem de como quase morrera de fome em seu treinamento.

            O garoto esqueceu completamente a raiva quando viu que ela o trouxe comida. Estava faminto. Ela então o pediu desculpas e o explicou que o tempo não é linear, sendo ele diferente na maioria das dimensões. O garoto não duvidou, não tinha por que.

            Quando ele terminou de comer e descansou um pouco, Lea começou a explicar-lhe sobre a segunda parte do seu treinamento.

            - Agora, Joe, você vai ter que aprender a controlar melhor sua força vital, para que, depois de tudo, você seja capaz de invocar seu espirito guia, seja lá como e de que dimensão for.

            - Certo, então eu vou ter um espirito igual o seu?

            - Não necessariamente, e não, não vai tê-lo. Ele será seu companheiro, não um objeto de sua possessão. – Ao terminar de falar isso, Shu, a águia asmodiana, confirmou o que a garota disse com um grito.

            A garota foi ao estoque e voltou com uma lâmpada nas mãos, sentou-se em frente ao seu aluno e voltou a falar.

            - Esse é um objeto especial...

            - É uma lâmpada... – Interrompeu Joe, apontando o óbvio.

            - Cala a boca e me deixa terminar. – Shu gritou ameaçadoramente. – Essa lâmpada não é comum, ela não funciona com eletricidade. Ela acende com a presença de força vital.

            Quando terminou de falar, a garota começou a se concentrar, e, dentro da lâmpada, surgiram raios brancos, graças a reação do objeto com a força vital da garota.

            - Resumindo, quando você expulsa a sua força vital, vita, para fora do seu corpo, de maneira controlada, você cria essa reação. Esse é o primeiro passo. Essa lâmpada também ajuda a termos uma ideia da natureza da sua vita, dependendo da cor dos raios.

            A garota entregou a lâmpada para Joe que estava em sua frente e disse-lhe para tentar acende-la. Nada aconteceu momentaneamente, o que desapontou a garota. Ela esperava que a lâmpada acendesse no instante que ele a tocasse, graças ao que ele havia feito com sua flecha dias antes.

            - Como eu acendo isso? – Perguntou o garoto enquanto inspecionava o objeto.

            - Tente se lembrar do que sentiu quando destruiu minha flecha, aquilo pode ajudar.

            Quando a garota mencionou aquilo, as memorias dele surgiram como tiros em sua cabeça. Lembrou-se de como se sentiu, lembrou-se exatamente como o fez e lembrou-se da voz que o atormentava.

            - Você sabe como fazer isso, garoto. Depressa! – Disse novamente a voz em sua cabeça.

            Joe sabia exatamente o que devia fazer para acender a lâmpada. Tentou se esquecer da voz ignorando-a. Concentrou-se no que sentira antes, avivando tais sensações. Ele começou a entender como se controlava sua própria vita, e estava adorando. Sentia-se vivo como nunca, sentia-se bem. Nesse momento, decidiu tentar acender o que segurava. Concentrou toda a vita que podia em suas mãos, depois de feito, tentou expulsá-la de seu corpo. Entendeu o quão difícil aquilo poderia ser, porém, eventualmente conseguira faze-lo.

            Quando a garota percebeu que os raios estavam prestes a se formar, ficou extremamente ansiosa. Sabia que o garoto não iria demorar para cria-los, ela tinha certeza que ele era algum tipo de gênio. Ela estava curiosíssima para saber qual era a natureza da vita dele.

            Os raios se formaram e o espanto na garota foi visível. De todas as cores possíveis ela se perguntava por que fora aquela. Ela ouvira falar que era um tipo raro de vita, muito poderoso, entretanto, maldoso, frio, trapaceiro. Geralmente, nas historias, esse vita representava as pessoas de má índole e la estava ela, diante do primeiro vita vermelho que vira em toda a sua vida.

            - Por que tanto espanto? – Disse o garoto parando de emitir seu vita. – Fiz algo errado?

            - Não, não fez nada errado. – Não podia conta-lo sobre a cor, sabia que ele não era mal, de alguma maneira sabia. – Assustei-me com a velocidade que você alcançou isso. Vermelho quer dizer poder, e é um vita muito poderoso, devemos começar logo o treinamento de controle. – Mentiu levemente sobre a cor do vita dele, mas não mentiu quanto a ela significar poder.

            - Pra que esse treinamento?

            - Pra você ser capaz de invocar seu espirito guia. Você deve controlar muito bem sua vita, pois enquanto você o invoca, milhares de espíritos notam a sua presença e, para piorar, eles vem à caça. Eu vou te proteger, mas a invocação deve ser rápida. E não, ela não pode ser realizada aqui dentro.


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Notas finais do capítulo

Agora os espaços de tempo entre a postagem de capítulos vão aumentar levemente, espero poder postar pelo menos um por semana.
Obrigado por ler e espero que tenham se divertido.



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