A Vida Secreta De Clarisse La Rue escrita por Zane, Zane Fanfics


Capítulo 9
Capítulo 9 - Sonho com a minha mãe


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Voces estão bem? Comigo tá tudo mais ou menos por causa dessa história da morte do chorão, que apesar de eu não se fã, sempre gostei muito.
Mas enfim, capítulo novo esta aí e apesar da demora espero que vocês gostem e comentem.
Enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/330193/chapter/9

Uma luz verde saiu dos olhos da múmia e uma fumaça de sua boca, ela desatou a falar:

Em busca do arco da caçadora

Furtado pela patrona dos monstros

Da espada o sangue jorrará

E lágrimas cairão

Perdidos no deserto

Uma chama se ascenderá

Eu devo ter ficado paralisada, porque Chris começou a estalar os dedos na frente dos meus olhos. Balancei a cabeça, que agora latejava, e encarei Chris, ele parecia tão nervoso quanto eu, que história era aquela de patrona, sangue, lagrimas e deserto?

Esfreguei meus olhos e suspirei:

— Você entendeu alguma coisa que ela disse?- perguntei calma.

— Um pouco, vou precisar de uma boa noite de sono pra decifrar melhor- ele caminhou até a porta, antes de sair se virou para mim- Partimos de manhã. Tenha uma boa noite.

Eu não tive a oportunidade de reclamar por ele já estar tomando as rédeas da missão, minha mente estava uma bagunça com aquele turbilhão de informações. Imitei Chris e fui até o meu chalé, tentando ter uma boa noite de sono, mas tive um sonho que, er... Assustou-me um pouco.

Eu estava em casa, por mais que estivesse escuro eu reconheceria aquele lugar de qualquer maneira, acendi a luz e deparei com a minha mãe sentada numa cadeira no centro da sala, ela se balançava e me lançou um olhar de súplica. Sua boca estava amordaçada e suas mãos e pés amarrados, as cordas estavam tão bem amarradas que estavam fazendo-a sangrar.

— Mãe, fique parada, eu vou te soltar- mandei e me ajoelhei aos seus pés, quem quer que tinha amarrado a minha mãe, devia ser ter participado da marinha, porque os nós eram ótimos. Minhas mãos já estavam vermelhas de tentar desamarrar minha mãe, quando eu senti a presença daquela coisa.

— O arco está comigo, vai ter que se comportar bem para consegui-lo, ou eu mato a sua mãe com um toque.

Sua voz me lembrava uma cobra, quando ia me virar para encarar seu rosto, a imagem começou a se desfazer.

Quando abri os olhos, eu ainda estava no meu quarto, e estava feliz por ter sido só um sonho, encarei o pequeno espelho que tinha na cabeceira da cama, eu estava suando. Olhei para as minhas mãos e elas estavam vermelhas e machucadas. Então... Aquilo não foi um sonho comum, minha mãe estava mesmo presa com aquela coisa, que devia ser a tal patrona dos monstros.

Balancei a cabeça atordoada e me dirigi ao banheiro, tomei um banho quente e fiz minhas higienes, troquei de roupa e sai para tomar o café, a missão era secreta, não queriam assustar os campistas com essa história maluca de conseguirem roubar a arma de um deus.

***

— E quando eu acordei, minhas mãos estavam vermelhas, iguais ao sonho. – contei a Quíron sobre o meu sonho antes de partir, ele encarava o nada, pensando naquilo.

— A patrona dos monstros, deve ser Equidna- o centauro falou e nos encarou. – A caminhonete já está pronta, vocês tem certeza de que não querem que Argos os leve até a estação de ônibus?

— Não- respondemos juntos.

— Queremos mesmo ir sozinhos para o Arizona, se pegarmos um ônibus... – comecei, mas fui interrompida por Chris.

— Podemos colocar pessoas em perigo, é melhor assim- ele terminou por mim. Fiquei até agradecida, não queria que me ouvissem falar aquilo.

— Boa sorte heróis.

Apertamos a mão de Quíron, quando íamos apertar a do Sr. D. ele nos lançou um olhar matador, o ignoramos e subimos colina acima, em silencio. Entramos no carro e começamos a viagem, aquele silencio não estava me incomodando, mas parecia irritar Chris, ele estava nervoso e ficava dedilhando o volante.

— Algum problema?- perguntei, já irritada com o barulho.

— Sim- ele respondeu e respirou fundo- Tive o mesmo sonho que você.

— Teve?

— Sim.

— Então sua mãe também está presa?

Ele negou com a cabeça.

— Era a sua mãe, eu estava tentando salva-la, quando você contou o sonho na casa grande, só aí percebi que era ela. Minha mãe está bem.

Assenti continuei a observar a estrada, com a cabeça apoiada na mão. O silencio se estendeu por mais alguns minutos, quando encontramos com três senhoras pedindo carona.

— Por favor, não pare- pedi pra Chris, ele riu.

— São só três velhinhas, o que elas podem fazer?

O encarei brava e bufei. Chris conversou com elas antes de entrarem no carro, o que eu não fiz questão de ouvir, e elas entraram no banco de trás.

— Obrigada pela carona- a do meio falou, sua voz me lembrava a minha professora de matemática da quinta série.

— Não há de que- Chris disse num sorriso.

— Vocês formam um belo casal. – outra falou. Eu me virei pra trás e a censurei com os olhos.

— Não somos um casal- avisei fria. Ela se surpreendeu.

— Somos só amigos- Chris falou nem parecendo incomodado com a observação da mulher.

— Colegas- cortei- Somos colegas.

Chris me olhou estranho, arqueei uma sobrancelha para ele, que voltou a se concentrar na estrada. Fizemos uma pequena parada para que Chris pudesse ir no banheiro, descemos do carro um pouco e ficamos esperando por ele, eu estava impaciente. Ignorei as mulheres e fiquei observando o céu, que estava formando uma tempestade, Zeus devia estar bravo.

Ouvi um bater de asas e assim que olhei pra trás, vi as três coisas mais feias desse universo, se bem que aquela harpia também era bem feia. Preparei minha lança e apontei pra elas, Chris chegou do banheiro.

— Pra que a lança?- ele me perguntou não percebendo a coisa no céu.

— Olhe pra cima- indiquei.

Ele olhou e uma expressão de horror apareceu em seu rosto.

— F-fúria- Chris gaguejou.

A primeira fúria tentou me atacar, preparei minha lança, que passou roçando em sua barriga, ela voltou para mim, o matei num golpe certeiro na cabeça, sorri. Uma a menos, agora só faltam duas. Olhei para Chris, que já tinha sua lança em mãos e lutava contra uma das fúrias. Ignorei-os e parti para outra fúria, ela desviava dos meus golpes com destreza. Aquilo já estava me cansando, juntei toda a minha força e cravei a lança em sua perna. A coisa se desfez em pó aos meus pés. Sorri vitoriosa.

— Clarisse! - Chris me chamou.

Virei-me, a fúria estava em cima dele, joguei a lança que a acertou nas costelas, ela se desfez em pó, causando em Chris uma crise de tosse. O ajudei a levantar, não teria feito isso se não fossemos parceiros de missão, pra deixar bem claro.

— Obrigada- ele disse com um sorriso.

— São só três velhinhas, o que elas podem fazer?- Imitei a sua voz e continuei sarcástica- virar três fúrias e quase nos matar?

— Eu não sou um vidente tá legal?

— Entra no carro- resmunguei batendo a porta e voltando a minha posição inicial, cabeça apoiada na mão e expressão de tédio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
Me desculpem pela péééésima profecia, não sou tenho benção de Apolo :(
É isso, continuo com 8 comentários (é pouco até)
Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vida Secreta De Clarisse La Rue" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.