A Vida Secreta De Clarisse La Rue escrita por Zane, Zane Fanfics


Capítulo 5
Capitulo 5 - Descubro quem é meu pai


Notas iniciais do capítulo

olá, estou tão feliz que todos estejam gostando da história. Estou me esforçando ao máximo para que ela fique perfeita! E vocês me estimulam a isso.
Esse cap tá meio ruim porque eu escrevi correndo, pra não postar muito atrasado.
Enjoy.



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Filha, a palavra passou pela minha cabeça e a bagunçou completamente. Olhei para o homem parado na minha frente que esperava uma reação minha. Balancei a cabeça, ele era mesmo o meu pai? Senti algo estranho, olhei para cima e um javali estava pairando acima da minha cabeça, passei a mão tentando tira-lo, mas o bicho não saiu.

— Clarisse... – ele pensou em algo para dizer, eu o ignorei.

— Você é o meu pai?

— Sim, sou eu- ele forçou um sorriso de lado.

— Então foi você que me abandonou quando eu tinha dois anos? Que deixou a minha mãe sozinha com um bebe? Você sabe o que a minha mãe teve que fazer para me criar?

— Filha, Zeus me obrigou a voltar, eu queria ficar com vocês.

— Não. Me. Chame. De. Filha. – falei pausadamente- eu posso ter o seu sangue, mas meu pai nunca você será!

— Você está me negando?- o rosto de Ares ficou vermelho e eu assenti- eu sou seu pai!

— Você nunca fez nada por mim!

— Nunca fiz nada pra você?- ele exclamou irônico- ah, fala sério né? Quem você acha que te mandou a lança? Quem você acha que falou pra você pegar a espada na academia? Quem você acha que era aquele homem que te salvou de um sequestrador de crianças quando você tinha cinco anos?

A lembrança voltou a minha mente:

Eu esperava pela minha mãe na porta da escola impaciente, ela não chegava por nada e eu já estava ficando irritada. Dona Stella sempre me dizia para manter a calma, eu não podia ficar me exaltando. Senti uma mão no meu ombro e olhei para o dono dela, em vez de minha mãe, ali estava um homem de cavanhaque, óculos escuros e um chapéu horrendo.

— Vamos garotinha, eu vou te levar para o seu pai- ele disse calmo.

— Eu não tenho pai- respondi rápido- quem é você?

— Eu... Eu sou um tio seu, vamos, vou te levar para a sua mãe.

Ele pegou minha mão a força e me levou, cheguei até a esquina, quando ele caiu no chão, eu olhei pra trás e um motoqueiro havia chutado ele pelas costas.

— Ah seu... – o homem caído no chão resmungou e se levantou, eles trocaram socos, chutes e outras golpes mais, quando o motoqueiro ganhou, o deixado desmaiado no chão. Ele olhou pra mim e se ajoelhou, ficando da minha altura.

— Clarisse, vá para a escola! Não saia de lá sem sua mãe!- ele ordenou, parecia nervoso.

— Como sabe meu nome?

— Não... Não importa! Vá para a escola!- o homem me deu um beijo na testa e saiu correndo para longe, obedeci a sua ordem e voltei para a escola, encontrando com uma mãe aos prantos.

— Então era você?- perguntei ainda incrédula, ele já havia feito algo por mim.

— Sim, era eu. Agora você...

Não esperei ele terminar, sai correndo, me virei depois de alguns metros.

— Isso não importa! E fique com a sua lança idiota.

***

Por mais que eu tivesse renegado Ares como pai, estava agora no chalé de Ares arrumando minhas coisas. Eu queria ir embora, mas fui totalmente proibida, e o jeito foi ficar. Não queria estar no chalé cinco, mas entre ele e o chalé 11, eu preferi aquele.

Podemos dizer que no chalé 11 tinha dois gêmeos idiotas que se achavam o maioral e me zoaram. Eu bem que quis dar mais que um soco neles, mas me seguraram.

Sentei-me na cama com lençóis negros respirei fundo, alguns garotos me olhavam e cochichavam entre si, nem queria ouvir o que eles estavam falando. Arrumei minhas coisas até um pouco antes de tocar a concha.

— O que é isso?- perguntei pra mim mesma.

— É o chamado para o jantar- me virei e deparei com uma garota ruiva, ela usava calças largadas e camiseta do Nirvana- sou Mariah.

— Clarisse- forcei um sorriso cordial e caminhamos em fila até um pavilhão com dose mesas. Sentamo-nos na mesa do nosso chalé, Mariah me explicava várias coisas sobre o acampamento e eu fingia prestar atenção. Quando o jantar acabou, ia ter uma fogueira, mas me neguei a participar, caminhei de volta ao meu chalé, trombando com Ares na porta.

— Você não desiste?- perguntei irônica.

— Não vou desistir enquanto não me aceitar como pai.

— Você acha que é fácil? Acha que é fácil viver sem seu pai durante sua vida inteira? Você nunca vai saber pelo que eu passei por sua culpa!

— Clarisse, eu peço desculpas! Sei que é errado, mas eu fui obrigado. Zeus não nos deixa manter contato com nossos filhos, eu nem tenho ideia de quantas regras estou quebrando vindo falar com você.

— Você não precisa quebrar regras. Volte para sua casa, templo, seja lá o que for. Não perca seu tempo comigo, não preciso que se importe!- gritei fria e tentei entrar no meu chalé, mas ele continuou me barrando, aquele cara era persistente- não vai desistir?

— Nunca!- ele respondeu confiante.

— Está bem... – me fiz de vencida e comecei a andar de volta pro pavilhão, mas parei na metade, esperando que Ares tivesse baixado a guarda, me virei correndo e tentei ultrapassar, ele conseguiu me barrar, assim que colidimos eu cai de volta pro chão.

— Você está bem?- ele esticou a mão para mim, parecia preocupado, a ignorei.

— Você não entendeu a parte do "não preciso que se importe?".

— Clarisse, você venceu, não voou me importar, nada. Mas por favor, fique no acampamento, não vá para casa, pode colocar sua mãe em perigo.

— Como você sabia que eu ia para casa? E desde quando se importa com a minha mãe?

— Eu sou seu pai, sei o que você pensa. E eu me importo com a sua mãe, sempre me importei, eu a amo.

Pensei um pouco no que responder e assenti.

— Eu fico pela minha mãe! – deixei bem claro a ultima parte. Ares sorriu.

— Obrigado. – ele disse, desviei o olhar ignorando-o, ele desapareceu numa nuvem de pó, que me deixou com tosse.

— Obrigada Ares... Pela crise de tosse.

Entrei batendo o pé no chalé.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim né. Comentem e beijos.