A Vida Secreta De Clarisse La Rue escrita por Zane, Zane Fanfics
Notas iniciais do capítulo
olá, estou tão feliz que todos estejam gostando da história. Estou me esforçando ao máximo para que ela fique perfeita! E vocês me estimulam a isso.
Esse cap tá meio ruim porque eu escrevi correndo, pra não postar muito atrasado.
Enjoy.
Filha, a palavra passou pela minha cabeça e a bagunçou completamente. Olhei para o homem parado na minha frente que esperava uma reação minha. Balancei a cabeça, ele era mesmo o meu pai? Senti algo estranho, olhei para cima e um javali estava pairando acima da minha cabeça, passei a mão tentando tira-lo, mas o bicho não saiu.
— Clarisse... – ele pensou em algo para dizer, eu o ignorei.
— Você é o meu pai?
— Sim, sou eu- ele forçou um sorriso de lado.
— Então foi você que me abandonou quando eu tinha dois anos? Que deixou a minha mãe sozinha com um bebe? Você sabe o que a minha mãe teve que fazer para me criar?
— Filha, Zeus me obrigou a voltar, eu queria ficar com vocês.
— Não. Me. Chame. De. Filha. – falei pausadamente- eu posso ter o seu sangue, mas meu pai nunca você será!
— Você está me negando?- o rosto de Ares ficou vermelho e eu assenti- eu sou seu pai!
— Você nunca fez nada por mim!
— Nunca fiz nada pra você?- ele exclamou irônico- ah, fala sério né? Quem você acha que te mandou a lança? Quem você acha que falou pra você pegar a espada na academia? Quem você acha que era aquele homem que te salvou de um sequestrador de crianças quando você tinha cinco anos?
A lembrança voltou a minha mente:
Eu esperava pela minha mãe na porta da escola impaciente, ela não chegava por nada e eu já estava ficando irritada. Dona Stella sempre me dizia para manter a calma, eu não podia ficar me exaltando. Senti uma mão no meu ombro e olhei para o dono dela, em vez de minha mãe, ali estava um homem de cavanhaque, óculos escuros e um chapéu horrendo.
— Vamos garotinha, eu vou te levar para o seu pai- ele disse calmo.
— Eu não tenho pai- respondi rápido- quem é você?
— Eu... Eu sou um tio seu, vamos, vou te levar para a sua mãe.
Ele pegou minha mão a força e me levou, cheguei até a esquina, quando ele caiu no chão, eu olhei pra trás e um motoqueiro havia chutado ele pelas costas.
— Ah seu... – o homem caído no chão resmungou e se levantou, eles trocaram socos, chutes e outras golpes mais, quando o motoqueiro ganhou, o deixado desmaiado no chão. Ele olhou pra mim e se ajoelhou, ficando da minha altura.
— Clarisse, vá para a escola! Não saia de lá sem sua mãe!- ele ordenou, parecia nervoso.
— Como sabe meu nome?
— Não... Não importa! Vá para a escola!- o homem me deu um beijo na testa e saiu correndo para longe, obedeci a sua ordem e voltei para a escola, encontrando com uma mãe aos prantos.
— Então era você?- perguntei ainda incrédula, ele já havia feito algo por mim.
— Sim, era eu. Agora você...
Não esperei ele terminar, sai correndo, me virei depois de alguns metros.
— Isso não importa! E fique com a sua lança idiota.
***
Por mais que eu tivesse renegado Ares como pai, estava agora no chalé de Ares arrumando minhas coisas. Eu queria ir embora, mas fui totalmente proibida, e o jeito foi ficar. Não queria estar no chalé cinco, mas entre ele e o chalé 11, eu preferi aquele.
Podemos dizer que no chalé 11 tinha dois gêmeos idiotas que se achavam o maioral e me zoaram. Eu bem que quis dar mais que um soco neles, mas me seguraram.
Sentei-me na cama com lençóis negros respirei fundo, alguns garotos me olhavam e cochichavam entre si, nem queria ouvir o que eles estavam falando. Arrumei minhas coisas até um pouco antes de tocar a concha.
— O que é isso?- perguntei pra mim mesma.
— É o chamado para o jantar- me virei e deparei com uma garota ruiva, ela usava calças largadas e camiseta do Nirvana- sou Mariah.
— Clarisse- forcei um sorriso cordial e caminhamos em fila até um pavilhão com dose mesas. Sentamo-nos na mesa do nosso chalé, Mariah me explicava várias coisas sobre o acampamento e eu fingia prestar atenção. Quando o jantar acabou, ia ter uma fogueira, mas me neguei a participar, caminhei de volta ao meu chalé, trombando com Ares na porta.
— Você não desiste?- perguntei irônica.
— Não vou desistir enquanto não me aceitar como pai.
— Você acha que é fácil? Acha que é fácil viver sem seu pai durante sua vida inteira? Você nunca vai saber pelo que eu passei por sua culpa!
— Clarisse, eu peço desculpas! Sei que é errado, mas eu fui obrigado. Zeus não nos deixa manter contato com nossos filhos, eu nem tenho ideia de quantas regras estou quebrando vindo falar com você.
— Você não precisa quebrar regras. Volte para sua casa, templo, seja lá o que for. Não perca seu tempo comigo, não preciso que se importe!- gritei fria e tentei entrar no meu chalé, mas ele continuou me barrando, aquele cara era persistente- não vai desistir?
— Nunca!- ele respondeu confiante.
— Está bem... – me fiz de vencida e comecei a andar de volta pro pavilhão, mas parei na metade, esperando que Ares tivesse baixado a guarda, me virei correndo e tentei ultrapassar, ele conseguiu me barrar, assim que colidimos eu cai de volta pro chão.
— Você está bem?- ele esticou a mão para mim, parecia preocupado, a ignorei.
— Você não entendeu a parte do "não preciso que se importe?".
— Clarisse, você venceu, não voou me importar, nada. Mas por favor, fique no acampamento, não vá para casa, pode colocar sua mãe em perigo.
— Como você sabia que eu ia para casa? E desde quando se importa com a minha mãe?
— Eu sou seu pai, sei o que você pensa. E eu me importo com a sua mãe, sempre me importei, eu a amo.
Pensei um pouco no que responder e assenti.
— Eu fico pela minha mãe! – deixei bem claro a ultima parte. Ares sorriu.
— Obrigado. – ele disse, desviei o olhar ignorando-o, ele desapareceu numa nuvem de pó, que me deixou com tosse.
— Obrigada Ares... Pela crise de tosse.
Entrei batendo o pé no chalé.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram? Espero que sim né. Comentem e beijos.