Maldições do Velho Oeste escrita por Avei Garcia


Capítulo 4
Bang




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Ás vezes a mente viaja nas lembranças, e se depara com a saudade, Fuller odiava viver, não havia uma causa pela qual lutar, tinha medo no novo, não havia sentido, não havia dignidade, não havia uma família, só havia tavernas, hotéis e trens, seu único amigo era Charlie, e ambos não haviam mais saídas, nem uma fuga, ou um lugar para se esconder.

Se deparou com a escuridão, não havia nenhuma luz alem da lua, estava caído na rocha no alto da montanha, a perna de Charlie estava sangrando e quase inconsciente, tentou levantar ,mas caia em todas as tentativas, murmurava coisas sem sentido.

Fuller subiu a montanha, cansado encontrou Charlie, se abraçaram e enfim, começaram a descer a montanha, Charlie estava mancando.

–Maldita ave- Fuller murmurou.

Enfim a cidade meio apagada se encontrava a frente deles, e nenhum sinal da coruja.

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Lucy se sentou em sua cama, havia acabado de acordar, Lucille entrou no quarto e deixou toalhas secas e um roupão.

–Seu banho está te esperando, senhorita.- Lucille ajudou Lucy tirar seu traje de dormir

–Muito obrigada, Heydon chegou?- Lucy estava definitivamente apaixonada por Heydon, sonhava com seu casamento, e admirava a ideia de sair da casa de sua mãe, nunca entedera como Soveig se tornou tão fria;

–Está te esperando na sala de seu pai.- Lucille deixou que lucy entrasse na banheira para sair do quarto.

Heydon parecia tão mais atraente dormindo, lucy lembrou de quando fugiram e mentiram para os pais de ambos, foram para perto das minas, onde era mais escondido, e admiraram o céu estrelado, e a noite quente, se tornou a melhor, fizeram planos para sair de Twrimi, e fizeram a promessa de sair a qualquer custo até que o amor se acabe ou alguém morra.

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–Você está bem?- Fuller estava de pé perto da cama de Charlie, a pousada estava tranquila como sempre.

–Estou melhor. Charlie se apoiou em um braço e se sentou, estava mais disposto.

–Devemos informar o xeriff, ele vai querer saber sobre aquela ave mutante. - afirmou Fuller.

–Olhe, eu acho que ele já sabe sobre os nativos.- disse Charlie, levantou e foi até a porta.

–Adivinhe, ele está vindo. Charlie observou de longe,o Xeriff desceu de seu cavalo e entrou na sala do gerente da pousada. As montanhas sem destaque no fundo era o bastante para Charlie se perder na admiração.

–Charl, poderíamos passar no bar e depois ir para as minas, só que vamos armados agora.- Fuller pegou suas botas e colocou as nos pés.

–É claro que vamos, não quero que um maldito índio me encha de flechas, na próxima, estouro o crânio dele.

Charlie terminou de se arrumar, saíram do quarto e foram ao encontro do Xeriff.

– Creio que já sabem dos nativos, não?- Xeriff saiu da sala do gerente e acompanhou eles pela cobertura da pousada.

– Os cretinos encheram a gente de flechas e uma coruja nos atacou, você já a viu?-

–Estava com medo desse momento, nossos mais corajosos desistiram, assim que ... viram a ave.- Xeriff admitiu.

– Como você não falou isso para gente? Por que? disse que era somente a mina devíamos desvendar, não nos disse sobre os nativos...- Charlie se exaltou.

–Espera ai cara.- o Xeriff disse- A ave não é do seu problema, apenas tem que tomar um certo cuidado, já tentamos mata-lá mas sempre fomos fracassados quando o assunto é sobre as coisas dos nativos, eles detestam as pessoas de Twrimi, e a ave é feito deles, cuide da mina.

–Que seja, precisamos de armas, os índios estão interferindo.

–Não mecha com os índios.- Xeriff o advertiu.

–Olha, precisamos fazer nosso trabalho se os índios se intrometem, acertamos o coração deles, entende?- Fuller explicou.

–Isso é comprar briga. Não só com vocês, mas com Twrimi.

–Vamos fazer o que viemos fazer, agora nos dê as armas.- Charlie estendeu a mão.

–Olha rapaz, as armas estão na minha sala, na cidade, já paguei suas diárias por essa semana, amanhã passe na delegacia, vamos ajudar o Prefeito com a carga de pólvora anualmente. Espalharemos as cargas por pontos estratégicos na cidade, a casa do prefeito, a pousada e o salão da 2ª avenida, há suspeitos saqueando as cargas das outras cidades e não podemos perder tempo.

–Pode ser, estaremos lá.- Fuller se virou para subir no cavalo e Charlie o imitou.

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Bel Air* foi construído por escravos, é um simbolo para os burgueses de Twrimi de força, evolução e sucesso. Henry se tornou prefeito logo depois de seu pai, assumindo totalmente a fortuna e toda a fama, seu pai expulsou os nativos da cidade, houve batalhas e muitas mortes, com a chegada dos clandestinos os índios foram embora para atras das montanhas rochosas e prometeram nunca mais voltar se o prefeito e o Xeriff cumprissem um acordo de não se aprofundarem nas minas e roubar as riquezas guardadas por uma maldição das ruínas no subsolo.

Muita gente importante em Twrimi sabia do caos que se tornara as minas depois de um tempo, ouviram falar sobre uma criatura que ronca e vomita ossos, sem as embarcações de ouro nos trens, trocaram por carregamento de pólvora, pois o medo de entrar nas minas era enorme, Fuller e Charlie entendiam bem como tinham que se comprometer a resolver o caso, já que isso tiraria lucros de Twrimi e traria uma crise de economia.

fim do quarto capítulo.


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Notas finais do capítulo

Bel air: Casarão onde vive Soveig e Henry com seus filhos. Prefeitura. Museu.