Maldições do Velho Oeste escrita por Avei Garcia


Capítulo 5
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Soveig olhou para o lado, e sentiu uma pontada em seu seio esquerdo, passou a mão disfarçadamente, apertando o local. Henry olhava de longe Fuller e Charlie subindo a escadaria da porta de entrada, o Xeriff estava logo atrás.

–Quanto tempo eles irão ficar? Lucy estava do lado de Heydon, segurando firme sua mão.

–Lucy, que falta de educação, tenha modos.- Soveig passou pelo casal e desceu as escadas da Sala de estar, Henry estava sentado em sua poltrona, e alguns condes estavam espalhados pela sala, tomando Whisky.

Lucille abriu a Porta de entrada para os três entrarem, Fuller admirado reparou no lustre gigantesco acima de sua cabeça, Charlie entrou na sala e tirou seu Chapéu e entregou para o criado colocar no Cabideiro rústico perto da porta. Lucy estava olhando bem os rapazes que acabaram de entrar em sua casa, e gostaria de falar com eles, parecia que eles tinham uma vida emocionante aos olhos dela, sem dar satisfações, sem regras, uma vida viajante, imaginou toda essa jornada com Heydon, segurando a mão de seu namorado mais forte, deu um beijo em sua boca, se apoiaram no corrimão da sacada e observaram os criados e os rapazes carregando as cargas de pólvora para as carruagens.

– Alguns barris irão ficar aqui, não quero que a pousada e a sua casa Conde Joseph, sejam pontos alvos para esses saqueadores.- Henry olhando agora para o homem pequeno e gorducho enchendo uma taça de Licor- Xeriff? preciso que você fique alerta essa semana, o trem vem na segunda terça do mês.- Henry direcionou sua atenção para o Homem parado pero da porta de entrada.

–É claro, sabe, estava vindo para cá e parei em um bar no caminho.- toda a sala ficou em silencio atormentada com essa mudança de assunto.

–Estamos tratando de um assunto sério!- conde Joseph disse.

–O caso é que, isso é sério, sabe qual é o assunto que está na cidade atualmente, é claro na boca dos homens?- Henry estava sentindo uma desconfiança no ar, evitava olhares nesse momento. Ele sabe pensou rápido, o maldito Xeriff sabe.

–O dinheiro do médico lá?- perguntou um senhor no canto da sala.

–Bobagem, a morte da mulher Rose.- afirmou Xeriff, ouve algumas respirações abafadas na sala.

–Pouco nos importa!- exclamou Henry, atordoado, olhou de relance para Soveig- Voltemos para o que é importante.

Só agora? esperava que já tivessem descobrido ou melhor esquecido...Henry então continuou o assunto, martelando em seu pensamento possibilidades de ser descoberto, não havia tantas maquinas que pudessem descobrir coisas pequenas da cena do tal "crime", ainda era uma selva de areia e madeiras.

Fuller e Charlie foram embora com as cargas, discutiram assuntos como o da prostituta local morta, descarregaram os barris no corredor atrás dos quartos da pousada, viraram à direita na estradinha acabada. Os cavalos trotaram rápido, Fuller tomou folego, iria para seu trabalho, ouviu um sibilo ao longe, talvez no céu, talvez fosse a coruja que o atacou, o sol estava forte, segurando seu arma, tomou um gole de água de seu cantil.

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-Você é ridículo!- Lucy se jogou na cama.

-Não sou não, mas escuta, sabe o que eu descobri hoje?- Heydon se apoiou na penteadeira dourada e abriu um sorriso.

-Sobre?- Lucy perguntou, as cortinas balançaram e uma corrente de ar levantou sua franja, e reparou mais na beleza de seu namorado. 

-Sabe quem descobriu que aquela mulher lá, a tal da prostituta?- Heydon abafou uma risada.

-Por que?- Lucy sentou na cama.

-Escuta... tenta adivinhar!- Heydon exclamou.

-Ta, fala!- Lucy agora se levantou e foi pra janela.

-Eu estava em casa, e meu pai chegou com uma cartola preta e colocou sobre a mesa... ele a encontrou, a Rose, ele que encontrou, não foi o Xeriff, não foi nenhum daqueles rapazes lá, mas foi meu pai, por que? eu sei o porque...- Você pode estar enganado, Hey, olha...- Lucy o interrompeu e foi retribuída com um gesto curto.

- Não, eu sei que não, ninguém pode ter percebido, mas eu sim, ele não deve ter matado ela, mas ele à procurou- Heydon então logo engoliu a ideia,  houve uma pausa.

-E a cartola? é dele?- Lucy disse, tentando lembrar de  algo que viu.

-Não, ele não tem uma cartola. Pelo menos não que eu me lembre.

-Ah sim.- Lucy a baixou o olhar, agora desistindo de lembrar do que queria. 

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