Thomas POV

Eu sei que pode parecer errado, mas eu não podia deixar de tentar, principalmente depois que ela beijou aquele barman, eu sei que também não posso ficar chateado por que hoje mais cedo a Sophie me beijou, mas o sangue ferveu e eu tive que separá-los, mas então ela começou a beber e foi dançar com aquele tal de Matt, o cara é um babaca, mas felizmente foi só uma dança. Mas depois de tudo isso ela começou a beber, Charlie e bebida não são uma boa combinação, então depois de alguns copos eu percebi que ela não iria beber mais então eu me aproximei e consegui segura-la antes que fosse de encontro ao chão, mas então ela começou a jogar em mim o que supostamente aconteceu entre a Sophie e eu, mas eu pedi uma chance e então nos beijamos e ela não me repeliu! Eu senti tanto a falta do seu beijo, do seu toque, eu senti tanto a falta do seu corpo pequenino colado ao meu, mas tudo o que é bom dura pouco, nos separamos e então eu pude ter a visão de uma Charlie sorrindo com os lábios inchados.

– Eu senti tanto a sua falta! – Murmurei tocando levemente o seu rosto.

– Eu também senti a sua. – Ela fala inclinando o seu rosto contra a palma da minha mão.

– Por favor volte para mim. Esses dias tem sido um inferno sem você! – Falei e ela suspirou, eu sei que isso não é um bom sinal.

–Thomas, por favor, você sabe o quanto é difícil para mim. Eu não quero ter um relacionamento onde não há confiança, me desculpe mas eu não posso! – Ela fala e eu sinto dor em suas palavras, ela esta sofrendo tanto quanto eu.

–Por favor, eu preciso saber que estamos bem! Essa situação é insuportável para mim. – Falei e ela me encarou sem expressão.

–Olha Thomas, ninguém sofreu mais do que eu nessa história e acredite eu queria poder me jogar nos seus braços e esquecer isso tudo, mas e numa situação futura? Eu sempre vou ficar com um pé atrás e isso seria o fim. Então eu te peço um tempo para mim, para eu poder pensar. – Ela fala embolado e eu percebo que não vai dar para continuar esta conversa, ela esta bêbada.

– Tudo bem Charlie. Você não quer ir para casa? Eu posso te levar!

–Tudo bem. – Ela responde, nós vamos avisar ao Tyler e então eu a levo para o meu carro.

No caminho nenhum de nós se pronuncia, até que eu ligo o rádio, a musica que esta tocando é a nossa musica, Dear God, a musica do nosso primeiro beijo. Ela olha para mim e cora, eu apenas sorrio minimamente. Quem eu quero enganar? Não esta tudo bem, só iria ficar bem quando a Charlie for minha novamente. Finalmente conseguimos chegar no acampamento, olhei para o lado e vi que a Charlie havia pegado no sono, ela estava com um rosto sereno, linda. Carreguei-a para a cabana e a pus deitada, tirei o seu sapato e quando ia sair ouvi a sua voz.

– Thomy? – Ela falou com a voz rouca, eu senti tanto a falta dela, principalmente me chamando pelo meu apelido. Me virei e ela me fitava com seus olhos cinzas.

–Oi! – Respondi.

– Deita comigo? – Ela pediu e eu hesitei, ela estava bêbada.

–Charlie, você bebeu e as meninas vão chegar logo. – Falei e ela balançou a cabeça.

– Só deita comigo, por favorzinho? – Pediu com voz de bebê, eu não resisti, tirei meu sapatos e deitei de frente para ela, ela me fitava com s olhos curiosos e então se aconchegou no meu peito, eu a cobri com meus braços e a puxei para mais perto. Sua respiração era constante, depositei um beijo na sua testa e fui me sentindo cansado, mas antes ainda consegui ouvir a Charlie falar.

–Eu te amo. – Ela falou e então ela caiu no sono.

–Eu te amo mais. – Murmurei antes de cair no sono.

Harry POV

Procurei o Thomas em todos os lugares e não o encontrei, seu carro não estava no estacionamento então ele deve ter ido para casa, as meninas estavam preocupadas com a Charlie, ninguém sabia dela, resolvi falar com o Tyler.

–Tyler, você viu o Thomas e a Charlie? – Perguntei.

–Eles foram embora mais cedo, Harry. – Ele respondeu olhando o relógio.

– Juntos? – Perguntei cético.

–Sim, e está na hora de vocês irem também. Vou reunir o pessoal, me encontrem no ônibus. – Ele falou e eu acenei e fui falar com o pessoal.

– Encontrou eles? – Perguntou a Bella.

–Não, eles foram embora mais cedo no carro do Thomas. –Falei e todos me olharam espantados.

–Juntos? –Perguntaram em uníssono. Eu balancei a cabeça em afirmação.

–Não acredito! – Fala a May.

– O Tyler quer a gente reunidos no ônibus, vamos lá! – Falei e o pessoal me seguiu.

O caminho foi bem normal, eu estava bem cansado e a Bella um pouco mal-humorada, ela cismou de que uma menina estava flertando comigo e eu devolvia o flerte, claro que isso não era verdade. Quando chegamos ao camping eu fui leva-la até a cabana dela e então paramos em frente a porta, me inclinei para beijá-la, mas ela me repeliu.

– Então, você vai ficar assim comigo? – Perguntei passando a mão pelos meus cabelos.

–Vou, você flertou com aquela garota descaradamente na minha cara! – Ela falou com expressão cética. – Não dá pra ficar tudo bem.

– O que não dá é pra ficar com você falando e desconfiando assim de mim, eu só estava sendo gentil com a garota, se ela estava flertando comigo, ótimo, mas dizer que eu estava flertando com ela e ainda na sua cara, é um insulto tanto a mim como a minha inteligência. – Falei e ela semicerrou os olhos para mim.

–Você sabe o quanto eu já sofri por traição, você sabe o que o Bruce fez comigo. – Ela falou com a voz uma oitava mais alta.

– Sim Isabella, eu sei, mas acontece que EU NÃO SOU O BRUCE. – Berrei me sentindo completamente farto daquilo.

–Não grita comigo. – Ela falou baixinho, pude ver lágrimas em seus olhos.

–Olha, me desculpa, mas eu acho que não dá pra continuar assim. – Falei e virei as costas.

–Você me chamou de Isabella e agora esta terminando comigo? Harry, então é isso? – Ela falou e eu arregalei os olhos me virando. Ela estava com o rosto coberto por lágrimas.

–Deus, não, não estou terminando com você, longe disso. – Falei e cheguei mais próximo dela. – Eu acho que já chega dessa conversa, nós bebemos um pouco e qualquer decisão que tomássemos seria precipitada. – Falei e ela me olhou novamente.

– Mas por que me chamou de Isabella, você sempre me chamou de Bella. – Ela falou baixinho.

– Não sei, talvez eu só estivesse bravo, você me comparou com o crápula do Bruce, isso é no mínimo uma ofensa. – Falei.

–Me desculpe, eu acho que deixei o ciúme extrapolar. Me desculpe Harry. – Ela falou e me abraçou na cintura, descansando sua cabeça em meu peito, aconcheguei-a mais perto de mim e beijei o topo da sua cabeça.

–Só se você me desculpar também, não deveria ter gritado com você. – Falei e ela olhou na direção dos meus olhos, seus olhos cintilavam ainda molhados pelas lágrimas. Me inclinei em sua direção e pressionei meus lábios nos seus, eles tinham uma gosto salgado dás lágrimas. Nós só ficamos alí, com os lábios pressionados um com o outro, sem nenhum movimento a mais, ambos precisávamos daquele toque, tão singelo e tão intimo. Quando finalmente nos separamos eu a encarei e afastei os seus cabelos do rosto. – Eu te amo. – Falei.

–Eu também te amo, muito! – Ela disse e então eu a beijei, esse foi diferente do outro beijos, foi mais quente e mais urgente, como se exprimíssemos o fervor do nosso amor naquele beijo. Nos separamos e então eu vi o Kevin e a May vindo na nossa direção.

–Acho melhor você entrar. – Falei e ela concordou, virando-se para a abrir a porta, então ela acendeu as luzes e eu fixei meus olhos na cena mais fofa que já havia visto (tenho plena consciência de que esse comentário foi meio gay, mas foda-se, os dois são lindos juntos). O Thomas e a Charlie estavam abraçados, um de frente para o outro, ela com o cabeça apoiada em seu peito e ele com o queixo descansando no topo da cabeça dela, ambos estavam vestidos com a roupa que haviam saído.

–Gente, olha só, eles voltaram! – Comentou a May, ou quase gritou.

–Shiiu, fala baixo ou eles podem acordar. – Falou o Kevin.

–Mas que coisa linda. Eu preciso tirar uma foto. – Falou a Bella e sacou o celular, disparando fotos de todos os ângulos possíveis.

– Eu já vou, tentem não acorda-los. – Falei para as meninas e fui saindo da cabana, sendo seguido por Kevin. No caminho ele quebrou o silencio.

–Cara, nem precisamos armar aquele plano. – Ele falou e eu concordei.

–Quem poderia imaginar que a Charlie se convenceria fácil assim? – Falei e ele balançou a cabeça, finalmente chegamos a cabana, eu corri para o banho e depois me joguei na cama, hoje foi um dia cheio, mas não mudaria em nada.

Charlie POV

Acordei com uma puta dor de cabeça, tentei me mover mas me vi aprisionada, quando finalmente abri os olhos, vi o que, ou melhor quem estava me prendendo, o Thomas estava agarrado em mim. Mas como ele foi parar na minha cama? Não! Nós não podemos ter feito isso, eu não acredito! Eu sempre sonhei com algo especial e não, algo de que não me lembrasse no dia seguinte. Tentei afastar seus braços e ele se mexeu, fingi que estava dormindo.

–Charlie? Esta acordada? – Perguntou Thomas sonolento.

–Sim. – Falei e abri os olhos, ele estava me encarando, seus olhos lindos. Suspirei. –Thomas? Nos...fizemos?

–O que? Você quer dizer...aquilo? Não. – Ele falou e eu suspirei. Afastei seus braços e me sentei na cama.

–Você, nós , eu, isso não devia estar acontecendo. – Olhei em volta e não via as meninas.

–Mas foi você quem me pediu para ficar! – Ele falou com a voz carregada de dor.

–Mas eu estava bêbada, não sabia bem o que estava falando ou fazendo. Isso não deveria acontecer! – Falei um pouco angustiada, já estava cansada de sofrer por essas coisas, mas como seria o nosso relacionamento se “esquecêssemos” o que aconteceu?

–Escuta Charlie, eu vou te provar, ainda hoje eu vou te provar que tudo o que aconteceu foi armação! Só me dá um voto de confiança. – Ele pediu com a voz beirando o desespero, doía muito em mim ver aquilo, então eu pressionei meus lábios nos dele, a sensação foi reconfortante.

–Tudo bem ! – Respirei fundo e fui para o banheiro. – Eu acho melhor você ir. –Falei e ele concordou e então saiu da cabana.

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Abro os olhos devagar e tento me acostumar com a claridade, eu estava em um lugar todo branco, não havia ninguém além de mim, eu estava sozinha, vestia um vestido simples e longo que virava fumaça quando chegava na altura dos meu pés, olho para o nada branco aminha frente e me perco pensando em que lugar era aquele e por que eu estava naquele lugar.

–Olá Elizabeth. - Um senhor de barba e cabelos brancos falou aparecendo do meu lado, fazendo-me levar um susto, eu olhei bem para ele, ele segurava um cajado, seus olhos eram verdes azulados mas então mudavam para o tom de cinza e continuava nessa variação de cores, ele tinha uma postura impecável e me fitava sem expressão alguma. - Imagino que esteja se perguntando o motivo de estar aqui!E que lugar seria esse.Ele falou e eu assenti. - Bom, aqui não é um lugar, mas também também não é outro lugar, é apenas um pedaço de dois mundos. - Ele falou e eu fiquei confusa.

–Como assim? Um pedaço dos dois mundos?

–Elizabeth,você esta no limbo, esta entre o céu e a terra, mas não necessariamente nos dois. - Ele falou sereno fitando no nada.

–Então quer dizer que eu morri? - Perguntei e ele suspirou.

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