Noah POV

O dia estava perfeitamente bonito, o sol brilhava, a temperatura estava amena, a Charlie brigou com o Thomas, tudo estava perfeito, correndo as mil maravilhas e de acordo com o plano. E que plano, só uma das mentes mais geniosas como a minha conseguiriam arquitetar um plano de mestre para poder separar duas pessoas. Que plano? Bom achei que já estaria óbvio mas vou explicar: eu quero a Charlie. E eu não sou burro, eu a vejo se agarrando com o otário do Thomas e eu precisava fazer algo para afastá-los, ele estava corrompendo o amor da Charlie por mim. Naquele dia enquanto eu conversava com a Charlie, a Sophie estava a caminho do acampamento, sim isso mesmo, eu a trouxe para o acampamento, eu arquitetei que o Thomas e a Charlie vissem tudo entre eu e Sophie, mas não existe “tudo”, foi só encenação, mas confesso, mesmo depois desses anos todos, a Sophie esta melhor do que nunca, o Canadá fez bem para ela.

–Bom dia Noah. -Ela falou saindo do banheiro do meu quarto enrolada numa toalha, sim, nós havíamos transado, não sou de ferro. Sophie se livrou da toalha e foi de encontro a sua roupa.

–Bom dia. -Falei e me levantei da cama, passei por ela e dei um tapa em sua bunda, ela se virou e sorriu maliciosamente para mim, fechei a porta do banheiro e fui tomar banho, hoje se iniciaria a segunda parte do plano.

(...)

–E então você entendeu o que é para fazer?-Perguntei

–Sim, Noah, apesar de que você é bem mais interessante que o babão do Thomas, mas esse esforço vai valer a pena, já que nos veremos a noite. -Ela falou e soltou uma piscadela para mim.

–Isso mesmo! Agora vamos, preciso que inicie o plano agora mesmo durante o café da manhã.- Falei e fomos andando em direção ao refeitório, chegando lá vi a Charlie em uma mesa quase dormindo e o Thomas a duas mesas de distancia a admirando numa mesa sozinho, ótimo. Dei um tapinha no braço da Sophie e ela seguiu, me sentei numa mesa próxima para poder ouvir a conversa deles.

–Oi Thomas !-Ouvi a Sophie falar sensualmente ao pé do ouvido de Thomas que se assustou e se virou para trás com um sorriso que logo após vê-la se murchou, droga, isso não é bom.

–Sophie? O que faz aqui?-Ele perguntou olhando para os lados. Idiota.

–Ah, eu soube do acampamento e vim, especialmente depois que soube que VOCÊ, estaria aqui. -Ela falou destacando a palavra você.

–Ahn, temo que não tenha sido uma boa ideia. -Ele fala.

–Mas por que Thomas? Vai dizer que não ficou feliz em me ver?-Sophie falava se aproximando dele, duas mesas depois eu via a Charlie olhando com uma cara de fúria, ótimo.

–N-não é i-isso, é bom te ver também só que...-Ela o interrompeu.

–Shiiu, não fala nada, atos são melhores que palavras. -Ela falou e se inclinou para beijá-lo, eles estavam bem próximos até que ouvi um “já chega!” da Charlie que saiu revoltada do refeitório, a Bella e o Harry foram atrás dela. Despois desse episódio o Thomas afastou a Sophie dele, essa fez cara de desapontada e saiu do refeitório, antes de passar pelas portas ela olhou para mim, sorriu e soltou uma piscadela.

Thomas POV

Droga! Por que a Sophie tinha que aparecer justo agora que eu estava finalmente estava me entendendo com á Charlie? Por que as coisas nunca dão certo para mim? Droga, eu vi ela saindo do refeitório transtornada, eu preciso fazer algo, eu não posso perde-la, eu não quero perde-la. Sai do refeitório decidido a por um fim nessa briga. Mandei uma mensagem para o Harry perguntando onde eles estavam e ele respondeu que foi no dormitório da Charlie, ele disse que era melhor eu não ir lá, mas eu vou, não posso perder essa chance, ou é agora ou nunca.

Cheguei em frente ao seu dormitório e parei, ouvi soluços do outro lado da porta e então ouvi a voz embargada da Charlie.

–Esta doendo, eu até queria poder não sentir isso, mas o amor dói. -Ela falou e eu senti o peso daquelas palavras como marteladas em meu coração, eu estava a machucando, eu não quero fazer isso. Sem pensar eu abri a porta do dormitório e entrei silenciosamente, o Harry e a Bella estavam tentando consolar a Charlie, eu pigarreei, eles olharam para mim.

–Saia daqui!-Rosnou a Charlie, ela tinha seu rosto inchado, vermelho e molhado pelas lágrimas. Senti uma pontada no meu coração, minha vontade era de abraça-la e dizer o quanto eu a amava e nunca mais deixa-la sair de meus braços, mas permaneci firme.

–Charlie nós precisamos conversar.

–Nós não temos nada para conversar, aliás, nem existe um nós para começo de história. -Ela falou ferozmente.

–Eu não vou sair daqui enquanto você não me ouvir. -Falei e ela arqueou as sobrancelhas.

–Nós, vamos caham, vamos alí! -Falou o Harry e puxou a Bella para fora do quarto.

–Fala logo o que você quer dizer. -Ela falou impassível, enxugando as lágrimas.

–Olha, eu nem sei por onde começar isso, mas vamos lá. -respirei- Primeiro eu queria te pedir desculpas, eu não devia ter falado aquelas coisas para você, eu não tinha o direito de te ofender, mas é que quando eu vi o Noah e a Sophie se beijando, as lembranças do passado vieram como um flashback martelando tudo na minha mente e...-Ela me interrompeu.

–Eu já entendi essa parte, eu sei que você gosta da Sophie, e pela cena que eu acabei de ver o sentimento é recíproco, vai lá, você só esta perdendo tempo comigo, eu vou ficar bem.-Ela falou com a voz cortante.

–Você esta entendendo errado!-Pressionei a palma das mãos nos meus olhos.- Eu não gosto da Sophie, mas naquela noite, foi um choque vê-la.

–Thomas, você não precisa se explicar para mim, eu sei, eu sei, eu vou ficar bem, não se preocupe, agora se você já terminou, pode dar licença?-Ela perguntou com as mãos apontadas para a porta.

–Ah-Berrei-Será que é tão difícil para você entender que eu não gosto da Sophie?-Eu já estava exasperado, me sentei na cama a sua frente-Charlie, será que é tão difícil de você compreender que a única pessoa que eu amo é você?-Segurei suas mãos-Não é na Sophie que eu penso quando eu acordo, não na Sophie que eu penso quando vou dormir, eu não sonho com a Sophie, eu não amo a Sophie, eu sonho com você, Charlie, eu durmo e acordo pensando em você, nos seus olhos que me lembram o céu mais tempestuoso, no seu gênio forte, no seu jeito meio meigo, até mesmo no seu cabelo vermelho, nunca te falei mas ruivas me encantam, mas você é a unica que eu quero. -Falei ainda segurando suas mãos, ela me encarava sem nenhuma expressão- Charlie eu amo você!-Falei e ela retirou suas mãos das minhas e me olhou de um jeito tristonho.

–Por favor- Sua voz não passou de um fio. Eu fiquei confuso. -Por favor, não diga palavras das quais não se tem certeza. -Ela falou e uma lágrima solitária escorreu pela sua bochecha.

–Mas eu tenho certeza do que sinto, eu amo você Charlie. -Falei e ela me encarou com uma expressão de dor.

–Não, você não ama, você pode achar que ama, mas não ama, não existe essa história de amor, principalmente com nós dois, nós sempre nos odiamos e...-A interrompo

–Sim, nós nos odiávamos, mas isso é passado, sempre dizem que o amor e o ódio andam de mãos dadas.-Falei e ela negou.

–Não, não, não, isso esta errado, você não ama, não existe amor, é só uma ilusão. -Ela falou e se levantou da cama.

–Então eu sou uma pessoa iludida, iludida por você e somente por você.-Eu estava me humilhando por essa garota, eu nunca fiz isso, não depois da Sophie.

–Não Thomas,não pode ser, quem iria se apaixonar por mim?-Ela pergunta, eu solto o ar, me levanto da cama e vou ao seu encontro, seguro seu queixo a forço a olhar para mim.Olho bem no fundo dos seus olhos, os olhos cinza tempestuosos que me deixam hipnotizado, limpo uma lágrima teimosa que insiste em cair dos seus olhos.

–Por favor, não chore!-Afastei sua franja de um de seus olhos- Você fica tão mais bonita sorrindo, alías o seu sorriso foi um dos atributos que fizeram eu me apaixonar por você, só você não percebe o quanto é especial, você é inteligente, tem personalidade, você é verdadeira, amiga, sincera, honesta, humilde, linda, tem os olhos mais perfeitos que eu já vi, quando você sorri, o mundo inteiro deveria sorrir com você, pelo simples fato de o seu sorriso iluminar tudo e todos a sua volta, quando você chora, as flores murcham, pois elas não gostam quando a mais bela flor esta triste, quando você esta irritada ou brava, eu derreto, pois você fica perfeita assim, você é fofa, se envergonha fácil e não vou nem falar o quando você beija bem.-Falei e ela corou, vi um sorriso tímido tomar os seus lábios- Eu poderia passar o dia inteiro te admirando, poderia fazer uma lista de qualidades que durariam daqui a mil anos ou mais, mas você também possui defeitos, você é grossa, agressiva, petulante, desaforada, mas você é perfeita para mim.-Falei e um sorriso gigante tomou conta dos seus lábios, ela segurou minha camisa com força e me puxou para um beijo. Nossos lábios permaneceram colados durante muitos segundo prolongando o contato mais do que anciado, até que eu aprofundei o beijo, não foi um beijo urgente, foi um beijo sutil e romântico.

Nossas línguas se tocavam como uma dança lenta e sem urgências, nossos lábios tentavam manter o máximo de contato, eu a tomei em meus braços. Ela era incrivelmente leve, ela segurava firme em meu pescoço, minhas mãos estavam uma na parte posterior do seu joelho e a outra a segurava firme em suas costas, o ar se fez preciso e nós nos separamos com um selinho demorado.

Eu abri meus olhos e ela estava de olhos fechados, ela era tão linda, eu fiquei a admirando até que ela os abriu.

–Eu te amo Thomas Henderson. -Ela falou e eu me espantei, a Charlie não era do tipo que demonstrava sentimentos.

–Eu te amo mais. -Falei.

–Tudo bem, eu acredito. -Falou e sorriu divertida, eu lhe roubei um selinho. -Bom, se não se importa eu gostaria de andar como as minhas próprias pernas. -Falou.

–Eu gosto de sentir você em meus braços, assim eu posso te proteger, sem contar que aqui você é só minha e nenhum Noah toca. -Falei e ela riu.

–Então tudo bem escravo, traga-me comida. -Ela falou.

–Broxante isso. Eu estou aqui super carinhoso e romântico e você me trata assim. -Falei fazendo cara de coitado e ela me deu um soco no ombro.

–Não gosto de romantismo. -Deu de ombros.

–Então não se acostume, não sou de fazer declarações. - Falei e ela deu língua. -Quem dá língua pede beijo. -Falei

–Quem sabe não essa mesma intenção?-Falou e eu a beijei, deitei ela na cama e continuamos nos beijando, o clima estava esquentando, travei.

–Charlie, acho melhor não, alguém pode aparecer. –Falei e ela assentiu.

–Mesmo eu não gostando de romantismo, gostei do que você disse, me lembrou o que o meu avó me dizia, ele me disse uma vez que quando eu chorava, uma ilha do Havaí afundava, passei um bom tempo sem chorar. -Ela falou e eu sorri.

–Mas tudo o que eu falei é verdade. -Disse e ela corou. -Fica mais linda vermelhinha. -Falei a beijei, foi então que eu ouvi um barulho na porta, me levantei e abri, O Kevin, o Harry, a Bella, a May, a Valerie e a Melissa caíram ao meus pés, arqueei uma sobrancelha para eles e o Kevin falou.

–Parabéns ao novo casal !-E então todos começaram a gritar e nos parabenizar.