The Other Reality escrita por Bieberlicious


Capítulo 7
O FIM?




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Quando descobri que a minha mãe tinha cancro e comecei a vender o corpo, entrei em depressão… Não comia, não saía do quarto, a não ser quando fosse para… vocês sabem…, passava o dia todo no quarto a chorar e a cortar os pulsos, que é, precisamente o que estou a fazer agora. Quando corto os pulsos, dói, claro, mas depois de fazer o corte, alivia um pouc

o a minha raiva e culpa e deixa-me muito mais calma. Levantei-me do chão e fui lavar os cortes, quando pus água ardeu, não é nada que não se aguente só que eu já não estou habituada a esta sensação. Fui para o quarto, deitei-me na cama e adormeci.
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Acordei ás 21:30 e fiquei na cama a olhar para o teto e a mexer no colar que a minha mãe me deu…
#FLASHBACK
- (…) agora que eu vou morrer, quero que pares de ser prostituta (…), se for preciso sai de casa (…) Tu não mereces isso querida. (…) Prometes? – eu acenei e ela sorriu.
#FLASHBACK
Uma única lágrima desceu pelo meu rosto enquanto me lembrava da pessoa mais importante na minha vida, a minha mãe.
Tomei uma decisão
Levantei-me da cama e peguei numa mala onde pus roupa interior, calças, blusas e produtos de higiene. Desci, fiz umas sandes e peguei nuns iogurtes e pus dentro da mala. O meu pai não está em casa, felizmente… Pensei em escrever um bilhete, mas rapidamente mudei de ideias, era só o que me faltava, ele não merece tal coisa. Dirigi-me à porta, saí de casa e deixei as chaves em baixo do tapete, afinal não tencionava voltar. Comecei a andar sem rumo.
Onde é que vou passar a noite? Já está tão escuro… O que vou fazer…?
Estas perguntas rondavam a minha mente.
De qualquer forma, continuei a andar…
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Já estava a andar há cerca de uma hora e estou super, super cansada… Sentei-me no chão e deitei-me, estou num sítio muito pouco movimentado, o lado positivo é que talvez ninguém passe por lá e o negativo é que talvez as pessoas que passarem por lá sejam pessoas malvadas…
Adormeci.
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Acordei com o sol a nascer… Ainda devem ser sete da manhã, mas para quem dorme na rua é um pouco difícil conseguir dormir até mais tarde… Dói-me as costas e a cabeça. Levantei-me e fiquei a olhar á minha volta, comecei a andar e fui até a uma estação de serviço, quando cheguei lá, dirigi-me à casa de banho e tranquei a porta para ter a certeza que ninguém me interrompia… Tirei as coisas de higiene, lavei os dentes, a cara e mudei de roupa.
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Já está de noite. Passei o dia a andar novamente…
Tenho a certeza que o meu pai não vai comunicar o meu desaparecimento a ninguém, porque ele não se importa, mas quero ver como é que ele vai viver agora sem a sua “fonte de dinheiro”, a Ashley está fora de circulação, pelo menos por agora, porque se isto continuar assim, vou ter desobedecer á minha querida mãe e vender o meu corpo para viver… Mas se ninguém me encontrar, vou ficar sozinha, a andar, para sempre? Eu não quero esta vida!
De repente, alguém me apontou uma arma a cabeça e apertou o meu pescoço. Assustei-me.
Será que este é o meu fim?


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