É uma dor inexplicável, está tudo a desmoronar sobre mim. Primeiro o meu pai obrigou-me a começar a vender o corpo, depois a minha mãe morre e agora o meu pai espanca-me e abusa do meu corpo constantemente, várias vezes por dia…
Não tenho ninguém… Não tenho família, amigos… Ninguém.
Quero falar com alguém, quero desabafar e tirar para fora tudo que eu guardo cá dentro, estou a sufocar, preciso de ajuda, não aguento mais, não tenho nada, se fugir, não tenho para onde ir, se morrer, não tenho onde cair morta, estou farta! Farta! Farta! Farta de viver! Farta desta vida de merda!
Não sei o que se está a passar comigo, acho que estou a ter um esgotamento nervoso, sinto-me culpada e com falta de esperança.
Peguei no despertador e atirei-o à parede com a minha força, a seguir foi um livro, levantei-me, fui em direção ao roupeiro e atirei ao chão tudo o que estava lá… Passaram 10 minutos… O meu quarto estava destruído, estava tudo no chão, algumas roupas estavam rasgadas, a maquilhagem estava espalhada pelo chão do quarto e as roupas da Ashley estavam separadas num canto onde eu tencionava pôr fogo. Levantei-me e fui até à minha mesa de cabeceira, abri todas as gavetas, mas não encontrei o que procurava…
“A última vez que usei uma pu-la na… casa de banho! Deve estar lá!”
Fui até à casa de banho, abri várias gavetas, mas não estava a encontrar o que procurava…
“Há muito tempo que não faço isto, mas hoje, mais que nunca, quero voltar ao meu antigo vício… e desta vez, estou com o objetivo de acabar MESMO com a minha vida.”
Abri a primeira porta do armário de cima e um sorriso formou-se na minha cara.
“Finalmente…”
Voltei para o quarto, sentei-me no meio da destruição e fiz força no braço esquerdo…