The Other Reality escrita por Bieberlicious
Notas iniciais do capítulo
Oláá, hoje vou postar até ao capítulo 9 OU até ao capítulo 15! Enjoy! *-*
Sinto-me suja. Tenho nojo de mim própria. Ele tocou-me… tocou-me de todas as maneiras que possam imaginar: com as mãos, com a língua, com a boca… foi horrível.
Estou dentro da banheira há mais de uma hora e ainda sinto o cheiro dele na minha pele, já me esfreguei até a pele ficar vermelha. A minha mãe já veio cá tentar falar comigo, mas eu não abro a porta. Saí da banheira, sequei-me, vesti um pijama, fiquei a olhar para a janela e minutos depois adormeci…
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Com uma mão ele estava a estimular o meu clitóris e com a outra massajava os meus seios com força, normalmente isto deve dar um prazer inexplicável a uma mulher, mas eu só sentia dor… Dor e mais dor.
–PÁRA! DEIXA-ME!- eu gritava entre soluços- Por favor, pára… SOCORRO!
–ESTÁ CALADA!- ele deu-me um estalo e mordeu a minha bochecha. Gritei.
–QUERES ACORDAR A TUA MÃE?!- ele disse e pôs as mãos no meu pescoço, começando a apertar- QUERES QUE ELA MORRA?!- ele estava a apertar cada vez mais o meu pescoço e eu estava a ficar sem ar.
– N- não- disse dificilmente.
– Então cala-te.- ele disse. Largou o meu pescoço e voltou ao que estava a fazer…
Acordei sobressaltada e ofegante.
“Foi só um pesadelo, Lilian” disse para mim própria, várias vezes.
Um sentimento de alívio tomou conta do meu corpo e voltei a deitar-me na cama.
Algum tempo depois alguém bateu á porta.
–Lilly, tenho uma consulta de rotina agora e o teu pai vai acompanhar-me.- ela calou-se um pouco, provavelmente, á espera de uma resposta, quando viu que eu não ia responder, suspirou e disse: - Gosto muito de ti, Lilian.
Quando ouvi o carro sair, levantei-me da cama, destranquei a porta e fui até à cozinha. Cheguei lá, fiz uma sandes mista e voltei para o quarto, comi e voltei a adormecer…
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Acordei quando alguém bateu á porta.
– Lilly, meu amor, por favor abre a porta. Deixa-me falar contigo, filha.- depois de uma pausa ela voltou a falar- Por favor querida.
Por um lado não queria abrir a porta porque não queria que a minha mãe me visse naquele estado, devia estar horrível, mas por outro, queria estar com ela, já não via a minha mãe há mais de 12 horas, o que para mim já é muito. Levantei-me da cama e abri a porta, a minha mãe já se estava a ir embora, mas quando ouviu o barulho da porta voltou atrás. Voltei para a cama e sentei-me nela, a minha mãe fechou a porta e sentou-se ao meu lado.
– Filha, estás bem?- ela perguntou preocupada.
Eu levantei os ombros.
Depois de alguns momentos de silêncio eu decidi quebrá-lo.
–Como é que correu a consulta?- perguntei, a minha voz estava fraca, muito fraca mesmo e um pouco rouca de tanto gritar.
–Hmmm… Qual consulta?- eu olhei para ela- Ah! Pois… a consulta… a consulta correu bem, está tudo bem.
– Pioraste… certo?
Ela olhou para as suas mãos durante alguns segundos e depois acenou lentamente.
Suspirei- Muito ou pouco?
–Filha, isso não interessa, depois de amanhã vamos à quimioterapia e vai-
–Quantos dias- interrompi.
–Esquece isso, querida, vai ficar-
–Mãe. Quantos. Dias?- interrompi novamente, desta vez a olhar profundamente em seus olhos.
–Poucos…- ela respondeu baixinho- mas isso foi só porque não tomei os comprimidos ontem e o médico é um exagerado, hoje eu e o teu pai fomos comprá-los e eu vou tomá-los e depois de amanhã, eu e tu vamos à quimioterapia e vai ficar tudo bem, Lilly, vais ver.- ela acrescentou rapidamente e no fim deu um sorriso falso. Ela não me engana, eu sei que a situação é grave, muito grave.
Quando eu ia falar, alguém me interrompeu.
–Lilian, começa a vestir-te, já é um pouco tarde, por isso, despacha-te!- o meu pai gritou lá de baixo.
Suspirei, levantei-me da cama e fui em direção ao roupeiro- Depois falamos- disse para a minha mãe antes de entrar na casa de banho.
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Estava parada no sítio do costume á espera que alguém aparecesse para me torturar.
Cerca de 45 minutos depois, um carro preto parou ao pé de mim e de lá saiu um homem com cerca de 23 anos.
–Olá- eu disse.
Ele tinha os olhos vermelhos e inchados, ou esteve a chorar ou estava com a moca. Provavelmente era a segunda opção, não me perguntem porquê, mas acho que é isso…
–Como te chamas?- a voz dele era um pouco rouca e incrivelmente sexy.
–Ashley.
–Tu é que és a Ashley… és famosa miúda, por bons motivos, muito, muito bons motivos… Sinto-me honrado por estar contigo aqui e agora.- quando ele viu o meu olhar confuso disse- Podemos passar logo à ação?
Eu acenei e fomos em direção ao quarto.
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