Sou Meu Pior Pesadelo escrita por Radami


Capítulo 5
Nightmare ...




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Acordar  com aquele sonho me deixou sem fôlego e tive um sobressalto com pingos de suor cobrindo meu rosto.

Olho em volta do meu quarto e minha mãe estava parada na frente da porta. Arregalo os olhos, com o pânico me dominando. Pulo para fora da cama e sinto uma última gota de suor percorrer meu rosto até chegar no queixo. Abro a boca para falar qualquer coisa em minha defesa para não fazê-la me levar ao psicólogo novamente, mas ela levanta a mão, fazendo-me ficar quieta.

— Querida... Só vim lhe trazer uma coisinha. - ela vem em minha direção e tira de trás das costas uma caixa de papelão que escondia. - É para você. - ela me entrega a tal caixa, que está meio pesada e eu a abro.

Um gato pequeno e indefeso que estava ali dentro boceja e abre seus grandes olhos verdes. Quando me olha acaba mostrando os dentes, mas não era nenhum pouco ameaçador. Na verdade parecia... Sorrir pra mim.

Eu o pego com uma mão, que estranhou por um breve momento, mas depois colocou as duas patas no meu braço e fincou suas unhas pouco afiadas na minha pele para que conseguisse se manter de pé no meu corpo.

Reparo que seu pelo é escuro e da mesma cor que meus cabelos, ele tinha uma falha em volta do seu olho esquerdo. Era branco feito neve.

Sorrio achando isso fofo. Fofo. É bem raro eu achar alguma coisa assim.

— Gostou querida? - perguntou minha mãe, me olhando cuidadosa.

Tinha me esquecido que ela ainda estava ali.

— Sim... Gostei. - disse sem nenhum muito sentimentalismo na voz.

— Vai escolher um nome? - perguntou minha mãe. Ela parecia impaciente como se quisesse que aquilo acabasse logo com isso.

— Nightmare. Pronto, escolhi. - disse sem rodeios.

— Q-Que... - gaguejou minha mãe - Que nome lindo querida! - disse ela tentando parecer feliz com a minha decisão.  As pessoas realmente não sabem fingir quando são falsas.

Tentei concordar com a cabeça, mas não fiz nada. E minha mãe já tinha saído do quarto mesmo.

"Melhor assim." pensei e me joguei na cama novamente com Nightmare no meus braços, fechando depois a porta do quarto com o pé.

— E aí Nightmare? - perguntei para o gato, enquanto o coloco do meu lado sob o colchão da cama.

Em resposta ele tentou ficar de pé, mas caiu desajeitado. Sorri de um jeito meio torto, pois não me lembro de como se sorri alegre desde meus oito anos de idade.

Então apenas fiquei deitada na cama, fazendo carinho no pêlo do gatinho ao meu lado e fito o relógio.

Desejando cada vez menos a chegada de ir para a escola.


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