Apesar De Tudo, Sempre Foi Você escrita por Raquel Rocha


Capítulo 16
Voltando pra casa .


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeey dudes ! Ja começo pedindo desculpas pela demora , mas é que me deu preguiça de escrever aqui, mas nn me matem . Pelo meu irmão . Ontem , dia 27/05, foi aniversário de 20 aninhos da criança que meu irmão é ! Vamos cantar parabéns pra ele ? PARABÉNS PRA VOCÊ, NESSA DATA QUERIDA, MUITAS FELICIDADES, MUITOS ANOS DE VIDA ! (88' EEEEEEEEEH ! Ok , chega dos meus problemas mentais. Ta ai mais um cap . PARABÉNS LIPE ! ♥3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/330037/chapter/16

Naquele momento, em que percebemos o que havia realmente acontecido, ficamos sem chão. Ela não estava mais ali. Na cama à nossa frente só havia um corpo, sem alma, ela morreu.

Ficamos abraçados por um bom tempo, porém fora do quarto, porque por mais que ja soubéssemos que não tinha volta, pedimos inúmeras vezes para tentarem reanima-la de todas as formas possíveis, mas infelizmente - e como ja era de se esperar - não conseguiram.

Chamamos minha avó Cida, pois só ela poderia assinar os papéis do atestado de óbito e os de liberação do corpo para que pudesse ser enterrado no dia seguinte. E enquanto minha avó fazia isso, as meninas estavam justamente avisando às pessoas do acontecido e dizendo em que cemitério seria o enterro e em que capela seria o velório, assim como meu pai ia ligando pra ambos para poder reservar os horários em que seriam realizadas tais cerimônias.

Depois de um tempo meu pai achou melhor nos levar ate em casa pra podermos descansar bem pois amanhã o dia seria bem cheio. A vó Cida preferiu continuar no hospital, eu até entendo ela, poxa a filha dela morreu, e acho que ela quer passar o máximo de tempo possível ao lado da minha mãe (ou do corpo, como preferirem).

Fomos pra casa da minha mãe e a Amália resolveu que meu pai tinha que ficar lá pra dormir embora a Nicole ja tenha dito que não, por fim meu pai acabou por ficar, porém ele quis dormir no sofá mesmo.

Já estava à noite quando eu resolvi dormir.

Peguei o pijama que estou usando há duas semanas, - já que só trouxe um e quase não durmo com ele pelo fato de que quase todo o tempo que passei aqui eu dormi no hospital com roupas normais – uma toalha e fui pro meu banho.

Coloquei na água morna e deixei que a mesma se derramasse e fosse escorrendo pelas minhas costas até chegar aos pés, como se pudessem levar todo o peso que ali havia.

Tentei conter as lágrimas, mas não consegui. Mal a conheci, mal passei tempo com ela, e ela já se foi.

Pode não ter sido tanto tempo de convivência, mas eu sinto muito a sua morte, está doendo.

Vou sentir falta dela. Muita.

Saí do banho e, após me enxugar, coloquei o bendito pijama.

Nicole ia dormir no quarto dela, eu e Amália no quarto da mesma e, como já disse, meu pai no sofá.

Ninguém queria mexer em nada do quarto da minha mãe, queríamos deixar do jeito que ela o deixou. O máximo que tocariam lá – no caso a Nicole, já que a Amália vai comigo e com meu pai pro Rio de Janeiro – seria pra não deixar que a poeira se acumulasse.

Eu e Amy dividir a cama dela, já que era de casal mesmo.

Me deitei enquanto ela ia tomar banho.

Estava deitada, já me preparando pra dormir quando ouço o toque do meu celular. Olhei na tela e ali identificava o número como sendo o da Luana.

- Alô? – ela disse ao perceber que eu tinha atendido

- Lua? – chamei por seu nome mesmo sabendo que ela estava ali. Minha voz estava com um tom pesado, estranho.

- Amiga, o que aconteceu? Por que está com essa voz de choro? – ela percebeu

- Ela morreu Lua. Minha mãe morreu. – e eu chorei mais uma vez.

- Ai Mandie, eu sinto muito. Queria estar aí com você agora pra, sei lá, te reconfortar amiga. – disse num tom solidário

- Mas infelizmente não está Lua. Ta tudo tão mal aqui. E quando eu voltar pro Rio ainda tenho que ter uma conversa com a minha mãe Lúcia.

- E quando você volta?

- Amanhã à noite talvez. Não sei direito. Mas como estão as coisas por aí?

- Amiga, eu to muito feliz, mas não quero dar uma de entusiasmada quando você está mal. Vai parecer que eu não me importo.

- Eu sei que se importa Lua. Agora me diz: o que te deixa tão feliz assim loirinha?

- Eu e o Lucas ficamos.

- Quando isso?

- Semana passada. A professora de Biologia passou um trabalho para todas as turmas do terceiro ano e os pares tinham que ser de turmas diferentes. Então ela chamou o terceiro um, dois, três e quatro no auditório e disse as duplas. Você ia ficar com o Gab, mas como você não foi ele ficou com a Vanessa. E a professora disse que como o Lucas não estava muito forte na matéria dela, teria que ficar comigo, uma das melhores alunas da matéria dela. Aí semana passada a gente marcou pra fazer o trabalho na casa dele e durante as pesquisas rolou um clima e nós ficamos. – ela respondeu tudo muito rápido, quase sem pausas pra respirar. Ô meninas eufórica viu?!

- Ata. Entendi. Você viu se o Gabriel e a Vanessa ficaram de novo?

- Bom, toda vez que eu os vejo, na maioria, eles estão juntos e algumas vezes ficando amiga.

- E o Caio?

- Vive preocupado com você e brigando com o Gab pra ver quem se importa mais contigo.

- Sério isso?

- Aham. Amiga, vou desligar porque preciso terminar o trabalho de história. Fica bem viu?! Um beijo. Amo você.

- Também te amo amiga. Outro beijo. E obrigada por se preocupar comigo.

- Que nada, você é como uma irmã pra mim. Agora tenho que ir mesmo. Boa noite.

- Ok, boa noite.

E desligamos.

(...)

No domingo fomos todos ao enterro e lá encontrei um monte de familiares de parte do meu pai e conheci um monte de pai da minha mãe.

Pelo o que eu entendi a família do meu pai também escondeu a história toda de mim porque queria que ele e minha mãe Lúcia fossem felizes.

Depois do enterro meu pai conversou com minha avó Cida e com Nicole sobre a guarda da Amy ir pra ele e eu confirmei que esse era o desejo da minha mãe. Disse também que ela queria isso porque queria que Amy tivesse uma chance de estudar numa escola melhor e teria coisas que sempre quis e não pôde ter e etc e tal.

No fim elas cederam e nós fomos pra casa arrumar as coisas pra ir embora no mesmo dia.

Já de noite pegamos um avião com destino ao Rio e fomos pra casa. Chegamos depois de duas horas de voo mais ou menos.

Já em casa, a primeira pessoa a me cumprimentar foi a Emily, que veio correndo até mim me dando um abraço quando abaixei e logo a peguei no colo.

- Mandinha, tava com saudades de você. Por que você viajou e não me levou? Foi legal lá? Cê fez amiguinhos novos? – ela fez uma pergunta atrás da outra.

- Eu não levei você porque foi em cima da hora, anjo. Foi legal sim. E eu fiz amiguinhos.

- Quem?

- Era a família da minha outra mamãe.

- Você tem duas mamães?

- Na verdade eu tinha. Agora eu só tenho uma.

- Mas você, Emily, tem duas mamães sim. – minha mãe Lúcia disse sentada no sofá, se dirigindo em direção à porta, onde ainda estávamos em pé. Logo ela pegou a Mily de meu colo.

- Eu tenho? – Emily perguntou curiosa

- Tem sim meu anjo.

- E quem é a outra? – ela perguntou olhando nos olhos de minha mãe que a dirigia ao sofá novamente se sentando com Emily em seu colo

- Eu não sei.

- E porque eu tenho duas mamães e você não conhece a outra?

- Porque quando você nasceu da barriga da outra mamãe ela não tinha como cuidar de você, ai ela colocou você num orfanato, que é uma casa pra crianças que a mamãe não pode cuidar, e eu peguei você lá pra cuidar de você.

- Então eu não saí da sua barriga?

- Não meu anjo.

- Mas pra ser mamãe tem que o bebê sair da barriga – ela falou meio embolada

- Nada disso. – minha mãe fez que não com a cabeça

- Por que não?

- Porque pra ser mãe tem que amar. E o amor vem daqui ó. – ela cutucou com o dedo indicador o lado esquerdo do peito da Emily.

- E você me ama?

- Claro que sim meu anjo.

- E você ama a Mandinha?

- Aham.

- Então a Mandinha também não saiu da sua barriga?

- Não.

- E cadê a outra mamãe dela?

- Ela foi morar com o papai do céu. Aquele que você conversa de noite pedindo pra ele proteger a gente. – minha mãe explicou

- E a minha mamãe também ta lá com ele?

- Isso eu não sei. Mas um dia, se você quiser, você pode saber. Mas só quando você crescer mais.

E essa conversa se estendeu com mais e mais perguntas vindo da pequena Emily.

Achei melhor que nós descansássemos e amanhã resolvermos as coisas aqui em casa, já que os acontecimentos recentes foram fortes e cansativos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apesar De Tudo, Sempre Foi Você" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.