Apesar De Tudo, Sempre Foi Você escrita por Raquel Rocha


Capítulo 15
Um reencontro e o Adeus .


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeey dudes ! E ai, tudo bem ? Espero que sim. Bom, quem aí é directioner? E quem é, ja viu as datas dos shows deles no Brasil ? Eu ja e estou super empolgada pro dia 8/05/2014 ! Bom, nn vou encher vocês com isso. Ta aí mais um cap, bjjs ;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/330037/chapter/15

Hoje é sábado, o dia que meu pai disse que vinha até São Paulo conversar com a minha mãe Miriam. Até agora ele não chegou, mas eu sei que o caminho é longo e ainda está de manhã cedo.

Acordo cedo todos os dias pra poder passar o máximo de tempo possível com a minha mãe, ja que ja estamos no final da segunda semana que estou aqui e o médico tinha prescrito apenas duas semanas de vida pra ela.

Não pensei que fosse me apegar tanto a ela em apenas duas semanas, ja que é pouco tempo, mas ja estou sentindo falta dela antecipadamente, sabendo que seu tempo de vida daqui pra frente pode ser de apenas horas, se tiver sorte, dois dias. Não sei se vou aguentar perdê-la, pois em pouco tempo, ja criei um amor enorme por aquela mulher, ela ja se tornou muito especial em minha vida.

Se eu estou me sentindo assim, imagine como estão Nicole e Amália, que conviveram a vida inteira com essa mulher maravilhosa que eu e elas temos como mãe.

Pelo pouco que eu conheço dela, ja deu pra ver que é uma pessoa incrível, de boa índole, que foi traída e impedida de criar uma de suas filhas, mas que mesmo assim não deixou a amargura tomar posse de seu coração, pois sabia que teria que servir de exemplo pra duas outras filhas que também são incrivelmente educadas e de bom coração. Que batalhou a vida inteira pra poder sustentar as filhas com um dinheiro  merecido, além da pensão que recebia do meu pai mensalmente, que não era muita coisa.

E só após dezessete anos, um pouco antes de morrer, pôde conhecer a filha que lhe foi tirada há tempos atrás. Eu. Me orgulho muito de saber que tenho uma mãe batalhadora e forte, mesmo que há duas semanas eu não soubesse de sua existência, tenho ela pra mim como um exemplo de vida.

Mas não posso esquecer da mãe que me criou, Lúcia. Também a tenho como exemplo de vida. Pra me criar, por amor a mim e ao meu pai, ela deixou um filho - que em breve conhecerei e farei muito pra que ele comesse a ir lá em casa, até porque é filho dela, duvido que não sinta falta da mãe - e um marido, saiu de um casamento pra construir uma vida com o homem que amava - e ainda ama - e sustentou isso até hoje com muita garra a pedido do meu pai. Não sei como ela consegue viver com a saudade que ela deve sentir do filho, ele nasceu dela, ela deve o amar muito também e sei que ele a ama. Vou fazer com que ele vá até la em casa pra eles se reencontrarem, acho que ele vai relutar no início, mas deve ceder à saudade no fim.

Enfim, estou tomando um banho pra poder ir ao hospital, em breve meu pai vai estar lá e eu não quero que ele seja recebido pelas meninas, ja que ela não tem uma imagem muito boa vinda dele.

Saí do banho e me vesti. Saí de casa e peguei um ônibus, cheia de medo de pegar o errado, mas fui .

Roupa: http://www.polyvore.com/mandie_13/set?id=82564248

(...)

- Pai! - corri e o abracei quando o vi bater na porta.

- Oi meu anjo. Também estava com saudades. - pode ter passado pouco tempo, mas eu nunca fiquei mais que três dias longe do meu pai, sinto falta.

- Ricardo! - minha mãe disse com uma certa felicidade na voz. Na certa ela ainda o ama.

- Miriam! - ele chamou seu nome, não com entusiasmo como ela chamou o dele, mas sim com um certo tom de surpresa, dudezi que seja pelo estado em que ela se encontra

- Oi. - ela disse e soltou um breve e pequeno sorriso.

- A quanto tempo. - ele foi até ela e a abraçou.

- Verdade - ela sorriu de novo após o abraço. Acho que gostou.

- Minhas filhas ... - ele disse com certo arrependimento na voz, acho que por te-las abandonado há tempos atrás. Foi até onde Amália e Nicole se encontravam.

Abraçou Amália que levou tudo numa boa e acho que gostou de sentir o abraço do pai pela primeira vez em anos. Já a Nicole fez o contrario, recusando o abraço.

- Não me toca. - o olhou com desprezo.

- Mas filha, eu sou seu pai.

- Não o considero mais, desde a época que você deixou minha mãe e foi embora com aquela mulher. - quando ela se referiu à minha mãe Lúcia dessa forma me deu vontade de voar em cima dela. "aquela mulher" me criou e eu sou o que sou graças à ela.

- Não fala assim da minha mãe. - me exaltei

- Ela não é sua mãe. Sua mãe é essa que esta à sua frente, numa cama de hospital prestes a morrer. Você tem que se preocupar com ela e não com a outra. - ela gritou

- ELA É MINHA MÃE SIM. AS DUAS SÃO. VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SOFRO COM ESSA SITUAÇÃO? SE PÕE NO MEU LUGAR NICOLE! VOCÊ AGUENTARIA SE HÁ DUAS SEMANAS ATRÁS SOUBESSE QUE NÃO É FILHA DE QUEM ACREDITOU QUE FOSSE DURANTE A SUA VIDA INTEIRA E QUE SUA MÃE BIOLÓGICA TEM NO MÁXIMO DUAS SEMANAS PRA TE CONHECER? DUVIDO QUE AGUENTARIA. EU BRIGUEI COM A MINHA MÃE LÚCIA POR ISSO SIM, SENTI MÁGOA, ME SENTI ENGANADA, ME  SENTI TRAÍDA, FIQUEI COM RAIVA, MAS MESMO ASSIM ELA É MINHA MÃE E NADA MUDA ISSO. EU A AMO E RESPEITO. E NÃO É A SUA OPINIÃO QUE VAI MUDAR ISSO. - gritei chorando.

- Calma meu anjo. Calma. - meu pai me abraçou. - Amália, pega um copo d'água pra ela por favor? - meu pai pediu antes de me fazer sentar na poltrona.

Bebi a água que Amália trouxe até mim e ouvi minha mãe me chamar.

- Mandie, vem aqui por favor minha filha.

Me levantei sem dizer nada e fui até ela. Ela acenou pra que eu abaixasse mais um pouco e eu o fiz. Ela me abraçou. Logo disse:

- Você é uma menina muito forte por ter aguentado isso minha filha. Me orgulho de você. Eu te amo. - depois disso eu só ouvi um "piiiiiiiiii" incessante.

Aquilo era o aparelho que estava ligado ao seu coração. Minha mãe tinha morrido. Ela morreu.

Seus braços ainda estavam sobre minhas costas por conta do abraço e eu sussurrei como se soubesse que ela ainda podia escutar:

- Eu também te amo, mãe. - e então uma enfermeira entrou no quarto, pedindo pra que eu me afastasse do corpo.

Todas nós - eu, Nicole e Amália - estávamos chorando muito. Nicole estava tão abalada que acabou cedendo ao conforto dos braços do meu pai, que envolvia nós três em seus braços, também chorando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apesar De Tudo, Sempre Foi Você" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.