Apesar De Tudo, Sempre Foi Você escrita por Raquel Rocha


Capítulo 14
Ela vai ter que aceitar.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeey dudes ! Desculpa a demora, mas é que minha criatividade tinha dado uma saidinha e não tinha avisado quando voltava. Então a culpa é dela, e não minha. Bom, ta ai mais um cap pra vocês. Bjjão, ate o proximo cap. = )



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Já se passou uma semana que estou aqui em São Paulo com a minha mãe Miriam. Meu pai me liga todo dia perguntando como eu estou e essas coisas. Nesse exato momento estou falando com ele no telefone do lado de fora do quarto de hospital, enquanto isso vários parentes – tipo: a mãe dela, seu irmão e sua irmã com seus respectivos cônjuges (marido ou mulher) e cada um tem 2 filhos – da minha mãe estão la dentro se divertindo, em pensar que eu perdi a oportunidade de conhecer essas pessoas de bom coração antes, mas não quero voltar a esse assunto.

Só de olhar pela janela do quarto da pra ver com eles se divertem juntos e como o rosto da minha mãe fica iluminado com a presença deles. É bom vê-la assim.

- Não pai, está tudo bem sim. – eu disse quando ele perguntou se havia acontecido algo grave nesse meio tempo em que ele não me ligou

- Com todo mundo aí? – acho que ele se referia à minha mãe

- Sim né pai, na medida do possível. – dei uma resposta um pouco vaga.

- Filha, fala com a Lúcia... Poxa, eu estou te pedindo isso a semana inteira e você não o faz. Ela te ama, meu anjo, e ela está sofrendo com isso. – meu pai pediu

- Não pai! Já disse que não vou falar com ela ainda. Espera eu voltar pro Rio, aí sim eu falo. Tudo bem?

- Bem não está né, mas já é um começo.

- Pai, vou ter que desligar. Estão me chamando aqui. – disse ao ver o irmão da minha mãe, Paulo, me chamar em frente à porta.

- Onde você está?

- No hospital. Onde mais estaria?

- Quem está com você? – que homem curioso esse meu pai, que coisa.

- A família da minha mãe. Os conheci hoje. São legais.

- Filha, me faz um favor?

- Claro, se estiver ao meu alcance...

- Me deixa falar com a Miriam?

- Pai, ela ta com todo mundo lá dentro e... – ele me cortou

- Por favor.

- Ta bem. Espera um pouco.

Tapei o telefone com a mão e entrei no quarto.

- Gente, eu sei que o tempo de visitas é pouco, mas tem uma pessoa que quer falar com ela – apontei pra minha mãe – a sós. Vocês podem dar licença? É bem rapidinho.

- Ta. A gente vai ali à cantina e já volta, ta bem mana? – disse a irmã da minha mãe, Regina.

- Aham.

E então todos saíram.

- Quem é filha? – perguntou curiosa, com a voz fraca como sempre, devido ao seu estado de saúde

- É... É o meu pai. – estendi o telefone. – A senhora quer falar com ele?

- Não custa nada. – ela disse e então eu cheguei mais perto e lhe entreguei o celular

- Quer que eu saia?

- Não precisa.

- É melhor mãe. Vocês não se falam há anos... Precisam de privacidade. Vou encontrar os outros na cantina. Daqui a pouco a gente ta de volta. – eu disse e saí.

(...)

- Vocês são da família da dona Miriam de Souza? – perguntou uma enfermeira ao se aproximar da mesa em que estávamos sentados conversando.

- Sim, somos. – respondeu minha avó, Cida.

- Ela pediu que voltassem e pra avisar que já terminou a ligação. – ela comunicou

- Ah, sim. Obrigada. – disse Nick

- Vamos voltar gente? – levantou-se o marido da minha tia, Ricardo.

- Vamos. Vamos logo, porque daqui a pouco a gente tem que ir embora. Quero ter tempo de me despedir da tia Miriam – disse Júlio, filho do tio Paulo.

Enquanto estávamos indo até o quarto, Nicole me parou por um momento e perguntou:

- Quem era ao telefone?

- Nosso pai. – respondi e ela fechou a cara.

- O que ele queria?

- Falar com ela.

- Sobre o que?

- Pergunta pra ela Nicole, se ela quiser te dizer, ela dirá. Eu não sei de nada, não coloquei uma escuta no meu próprio celular.

- Não precisa ser arrogante.

- Não estou sendo arrogante, mas você está querendo saber de coisas pessoais da mãe, e mais, coisas que eu não sei e nem você deveria saber, porque como eu disse anteriormente, são coisas pessoais.

- Ta bem, Mandie. Vamos logo que os outros devem estar sentindo a nossa falta já. – ela disse e foi andando.

Chegamos ao quarto e todos já estavam se despedindo e disseram que a enfermeira avisou que a hora da visita já havia acabado.

- Amy, Nick, podem deixar que eu fico com ela hoje.

- Não precisa não Mandie – disse Nicole.

- Claro que precisa. Amy ficou com ela antes de ontem e Nick ficou ontem. É justo que eu fique hoje, já que passei 17 anos da minha vida longe.

- É um bom argumento Nick – disse Amália.

- Ta bem. Amanha a gente se vê. – ela me abraçou e depois foi falar com a mãe, enquanto Amália me abraçava e logo fazia o mesmo que Nicole.

- Tchau gente. – acenei enquanto elas saiam pela porta. Assim que não as via mais sentei na poltrona ao lado da cama e logo perguntei: - E então, o que conversaram?

Minha mãe abriu um sorriso.

- Estamos parecendo duas adolescentes, Mandie. – ela riu

- Mas eu sou uma. – eu ri

- E eu nem chego perto disso. Tenho 45 anos. – ela disse e rimos

- Mas, então... O que conversaram?

- Ah filha, nada demais, sabe? Ele só perguntou como estou e porque eu não avisei sobre o que estava acontecendo... Essas coisas. Ah, e ele disse que no fim de semana vem pra cá pra conversarmos sobre a Amália.

- Como assim conversar sobre a Amália?

- Ele disse que quer ficar com a guarda dela quando eu... Você sabe. – ela se auto cortou antes de mencionar que estava certo que ia morrer.

- Mas o que a senhora acha disso?

- Eu não sei como ela vai reagir a isso, mas eu quero que ela vá. Eu sei que lá ela vai ter uma vida bem melhor, um colégio de melhor qualidade e não vai ter as dificuldades que ela sempre teve morando comigo.

- Olha mãe, não sei se ela vai aceitar isso.

- Ela vai ter que aceitar. A partir do momento que ela fizer 18 anos, no ano que vem, ela pode fazer o que quiser da vida. Mas enquanto ela ainda tiver 17 e eu não estiver mais aqui ela vai ficar com o seu pai. É melhor pra ela e ela sabe que eu só quero o seu bem.

- Desse ponto de vista, a senhora está certa, ela vai ter que aceitar.


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