A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 82
Sendo ingrato e idiota/Acabando com o dia


Notas iniciais do capítulo

*Lumus
*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom
Oi gente, demorei um pouco para postar esse, não é? É que minha mãe está de ferias que quis aproveitar um pouco. Mas o capítulo ficou bem grande, e talvez seja o mais emocionante até agora, provavelmente a Marri Black vai gostar, já que me pediu essa sena.
Agradeço as minhas queridas Alicia Halliwell Cullen Black, thalielen, Mrs Horan, Ana_Ziang, Dragon, Marri Black, Thays e Gi Vondergeist (em dobro pelo capítulo anterior, que só comentou depois que postei esse, mas obrigada pelos dois) por comentarem, fiquei tão feliz, nunca tive 8 comentários em um capítulo, obrigada a todas vocês de coração.
E também quero agradecer todas que comentaram anteriormente e que não comentam mais, pois já estou com 224 comentários no total, fico tão feliz. *__* :D
Tem uma novidade, agora vou começar a postar com meus capítulos com todos eles começando com um "Lumus" e um "Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom", já que eles já fizeram o Mapa do Maroto, nada melhor que começar assim, não é?
Boa Leitura e até os comentários.
Ps: Para quem é de São Paulo como meu, bom feriado adiantado e tomara que São Paulo continue a mesma cidade merd@ para eu reclamar, kkkkk. Brincadeira, eu espero que São Paulo melhore, pois desse jeito não dá. Na verdade eu quero que o Brasil inteiro melhore, vamos mudar tudo de uma vez.



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Dia 14 de junho...

P. D. V. Carol

Hoje era sábado, mas não um sábado normal, e muito menos um final de semana normal, era o final de semana antes dos NOMs (que começavam dia 16 e terminavam dia 25), então ninguém estava passeando por Hogwarts ou fazendo qualquer outra coisa que não fosse estuda (pelo menos o 5º ano), inclusive os meninos.

Deveria ser mais ou menos 3 horas da tarde, e o Six e o Jay estavam iguais loucos estudando e perguntando a matéria para mim e para o Remo, já que eles não tinham estudado antes, como eu e o Remo, e nós só estávamos dando uma revisada. A Lily não saída de trás dos livros, mesmo ela estudando o ano inteiro igual a uma doida para os NOMs, ela não conseguia tirar a cara do livro e ficar calma.

Remo estava ajudando o Pedro a decorar a matéria, enquanto eu estava sentada na frente da lareira fazendo resumos, e o Jay e o Six estavam lendo o livro desesperados para lembrar-se das coisas. O Pedro ele se lembrava de muita coisa, ele era inteligente, mas ele ficava tão nervoso nas provas que esquecia tudo.

Olhei para cada um dos meninos, o Remo estava numa boa ajudando o Pedro, o mesmo estava bem concentrado com o Remo, o Jay estava lendo o livro, mas o parecia muito calmo, já o Six pude perceber que ele estava prestes a ter um ataque, provavelmente ele não estava conseguindo estudar no jeito que queria e estava ficando nervoso com isso. Tive uma ideia, que vai ajudar todos nós.

Peguei a minha mochila e fui até o Jay e o Six, pegando seus livros e colocando na mochila, depois fui até a mesa que o Remo e Pedro estavam e peguei o livro deles também.

– Carol, o que você está fazendo? – Perguntou Remo me olhando quando os meninos vieram perto da gente.

– Vou fazer uma coisa, me sigam. – Falei indo em direção ao quadro da Mulher gorda, e saindo logo em seguida.

– Nós temos que estudar para os NOMs Carol, vamos voltar para a sala. – Falou Jay.

– Quem disse que não vamos estudar para os NOMs? – Falei vidando para eles, já que eu estava mais a frente, e todos me olharam sem entender. – Nós vamos estudar de um jeito diferente. – Falei e virei para frente de novo.

– O que ela está tramando? – Escutei Six perguntar para os outros, que provavelmente deram de ombros.

Segui pelos corredores até chegar à frente da sala precisa, e pensei “Preciso de um jogo de perguntas e respostas para os NOMs” e fiquei rezando para ela poder fazer isso. Depois de mais ou menos 3 segundos uma porta apareceu e quando eu abri tinha um lugar que parecia daqueles programas de TV para jogos de desafios.

Assim que os meninos entraram olharam em volta e me olharam, perguntando o que eu estava pensando.

– Que tal renovarmos o nosso jeito de estudar? Jogando. – Falei sorrindo marota.

– E aqui estão os nossos participantes. – Falou um cara de terno que apareceu do nada no meio da sala. – Por favor, cada um no seu lugar. – Falou nos olhando e subimos em plataformas com um botão vermelho no centro, e cada um de nós tinha uma plataforma. – O jogo funciona assim, vou fazer perguntas para cada um de vocês e se o participante não souber a resposta tem a chance de outro participante acertar, cada pergunta vale 10 pontos e a dificuldade vai aumentando, entendido?

– Sim. Essa está no papo. – Falou Jay sorrindo maroto.

– Por favor, quem vai vencer esse jogo sou eu. – Falou Remo olhando para o Jay.

– Parem de brigar, garotas, quem vai vencer esse jogo, e de lavada, será eu. – Falou Six sorrindo convencido.

– Crianças, esse jogo é meu. – Falei olhando-os.

– Já que vocês estão tão animados, vamos deixar isso mais interessante. – Falou o carinha de terno. – Quem acertar 100 pontos terá o privilegio de escolher um desafio para um dos participantes, e vai somando, 100 um desafio, 200 outro desafio, 300 outro e assim por diante, fechado?

– Claro. – Respondemos todos juntos, iria adorar esse jogo.

– Então vamos começar. – Falou pegando alguns papeis. – A primeira pergunta vai para o Remo, quando aconteceu a perseguição às bruxas, ou como é mais conhecido, caça às bruxas?

– Começou no século XV e atingiu seu auge nos séculos XVI e XVII principalmente em Portugal, na Espanha, França, Inglaterra, na Alemanha, e na Suíça em menor escala. – Respondeu Remo como se estivesse lendo o livro.

– Certa resposta. Agora é para o Sirius, é um enigma, que feitiço nos trás luz perto de escuridão? – Perguntou, se o Sirius errar eu vou matar ele, está muito fácil.

– Lumus. – Respondeu simplesmente.

– Correto. Para você Carol, qual é a constelação que é a mais reconhecível no céu noturno? – Perguntou-me.

– É a constelação de Orion. – Respondi confiante, essa era muito fácil.

– Correta resposta. James, poção que nos faz dormir imediatamente por horas?

– É a poção soporífica. – Respondeu Jay.

– Certo. Pedro qual é o feitiço usado contra um bicho papão? – Perguntou e o Pedro ficou pensando, ele sabia a resposta, só precisava lembrar.

– Riddikulus? – Respondeu meio incerto.

– Isso é a resposta ou uma pergunta? – Perguntou o Terninho (dei um apelido para o cara que nem existe, e dai?).

– É a resposta, Riddikulus. – Respondeu com mais confiança.

– E ela está certa. – Falou o Terninho, todos nós estávamos empatados.

O jogo continuou assim durante um bom tempo, o Terninho perguntava de tudo, as mateiras que tivemos no 1º ano até as que tivemos esse ano, tinha perguntas que nem tínhamos estudado, mas estava no livro. O primeiro a fazer 100 postos fui eu, então eu desafiei o Six a ficar com uma maquiagem de palhaço durante o resto do jogo, e o mesmo teve que ficar maquiado.

Depois foi o Remo que conseguiu 100 pontos e me desafiou a ficar com uma roupa de piranha (ele sabia que eu odiava essas roupas), então fiquei com uma minissaia e uma blusa com um decote enorme, e claro que eu fiquei com uma cara de irritada, fazendo todos os meninos rirem, até o Terninho riu pela risada dos meninos, fiquei revoltada.

O próximo que conseguiu 100 pontos foi o Six, que desafiou o Jay a falar alguma coisa ruim da Lily toda vez que ele respondesse, seria engraçado ver isso. E logo em seguida o mesmo Jay conseguiu 100 pontos, e desafiou o Pedro a não comer chocolate enquanto estivéssemos no jogo, já que o mesmo não parava de tirar doces dos bolsos enquanto jugávamos. E nesse momento o jogo já estava 170 para mim, 150 para o Remo, 130 para o Six, 120 para o Jay e 80 para o Pedro (vocês devem achar estranho o Remo não estar em primeiro, mas eu sou mais rápida que ele para apertar o botão, então estou na frente).

Depois de mais cinco perguntas eu cheguei a 200 pontos, e era hora da minha revanche com o Remmy.

– Carol, pode fazer um desafio para um dos participantes. – Me falou Terninho. Olhei para o Remo sorrindo marota e maligna.

– Estou ferrado. – Comentou Remo quando viu o meu sorriso.

– Isso mesmo, lobinho. Eu te desafio a beijar aquele boneco. – Falei e apareceu um boneco em tamanho real de um homem, e a surpresa é que o boneco está de batom, então vai parecer que o Remo estava dando um amasso em alguém, e ficaria muito engraçado por ser o Remo.

– Tem que ser homem? – Perguntou para mim, e eu concordei com a cabeça ainda sorrindo. – Não vou fazer isso.

– Se você não fizer o desafio perderá 100 pontos, e ficara em ultimo. – Falou o Terninho para o Remo.

– Está bem. – Falou e foi em direção ao boneco.

Ele chegou à frente do boneco, nos olhou, virou para o boneco de novo e o beijou. Eu segurei a risada, o Six deu um assobio enquanto o Jay gritava: “É isso ai Remo!” e o Pedro começou a rir. Quando o Remo virou ele estava com a boca vermelha por causa do batom no boneco, e isso fez o Six e o Jay gargalharem, e eu não consegui segurar e comecei a rir também.

– Valeu Carol. – Falou sorrindo sínico para mim voltando ao seu lugar.

– Desculpa, Remo, mas você merece, olha o que você fez comigo, você sabe que eu odeio essas roupas. – Falei o olhando. – E eu sei que você achou engraçado. – Falei sorrindo divertida, e ele acabou sorrindo.

– Foi bem pensado. – Falou-me Remo ainda sorrindo.

– Vem cá, quando o jogo acabar vamos voltar ou normal, não vamos? – Perguntei ao Terninho.

– Talvez. – Respondeu para mim.

– Por que você quer voltar ao normal? – Perguntou Six sorrindo para mim.

– Não quero andar por Hogwarts assim. – Respondi, mas então parei para pensar. – Pensando bem, acho que seria uma boa, todos os meninos me olhando e dando em cima de mim, me sentiria uma rainha. – Falei como se estivesse sonhando.

– Nós temos que voltar ao normal. – Falou Six para o Terninho.

– Por que Sirius? Está com ciúmes? – Perguntou Pedro sorrindo maroto.

– Não. – Respondeu Six, mas não convenceu ninguém.

– Mentira, você está com ciúmes. – Cantarolou Jay e Remo juntos.

– Não estou, é só a Carol. – Falou tentando parar com a risada deles.

– Six, eu posso não ser igual às meninas que você pega, mas eu sou muito pior que elas. – Falei fazendo uma posse empinando o meu bumbum. E ele me olhou de cima a baixo, ele não resiste.

– Para Carol. – Gritou quando reparou o que estava fazendo, e eu comecei a rir, fazendo o toque com o Jay.

– Vamos continuar, Pedro o que fazemos quando vemos um centauro? – Perguntou Terninho.

– Nada, ficamos parados, senão eles podem se sentir intimidados e atacar. – Respondeu com calma.

– Certo. Última pergunta, valendo 50 pontos, quando eu falar Já vocês apertem o botão para responder. Qual é o animal da mitologia grega que tem corpo de leão e cabeça ou de pessoa ou de um falcão? Já. – E todos nós corremos para aperta os nossos botões, e o Remo apertou primeiro.

– É a Esfinge. – Respondeu Remo.

– Certa resposta, o vencedor desse jogo por 10 pontos de diferença da Carol é o Remo. – Falou, e o Remo sorriu para nós convencido.

Um primeiro lugar ficou o Remo, em segundo lugar fui eu que fiquei, em terceiro ficou o Jay e o Six empatados, e em ultimo o Pedro. Foi bem legal isso, competimos e aprendemos ao mesmo tempo, foi uma experiência muito agradável. E no outro segundo nós tínhamos voltado ao normal, como se nada que tivéssemos feito aqui aconteceu, mas tudo tinha ficado nas nossas cabeças.

Saímos da sala precisa rindo com tudo o que tinha acontecido, mas o Six estava com uma cara fechada, estava pensando em alguma coisa.

– Que foi Six? – Perguntei no lado dele.

– Nada. – Respondeu sem olhar para mim, já entendi é aquele lance do ciúme.

– Você está assim por que os meninos falaram que você estava com ciúmes de mim? – Perguntei o olhando, os meninos estavam mais a frente.

– Não é isso. – Falou olhando para mim, e logo depois olho para baixo e colocou a mão no bolso da calça. – É que você fez aquilo e eu te olhei, e eu acabei gostando do que vi. – Falou ficando vermelho, muito vermelho para o Sirius Gostosão Black.

– E você ficou assim só por que eu te seduzi? – Perguntei sorrindo, e ele me olhou pelo canto do olho. – Estou brincando. Não se preocupa, não vou contar para ninguém. – Falei baixinho abraçando-o de lado, fazendo o mesmo rir.

E assim voltamos para a sala comunal, rindo de várias piadas que os meninos contavam, e logo depois de chegarmos à sala comunal, já saímos porque estava na hora do jantar.

Nove dias depois...

Hoje era dia 23 de junho, e já fazia uma semana que tinha começado os NOMs, e uma semana que não tínhamos aulas. Nesse exato momento eu estava no meu NOMs de DCAT, e hoje de manhã eu tive o de Estudo dos Trouxas, e graças ao nosso querido professor Acilio, que passou aquelas revisões e provas nessas últimas semanas, estava fácil a prova (pelo menos uma coisa que ele faz que posso me orgulhar).

Eu estava na ultima questão, na decima na verdade, que foi a que deixei por último, “Cite cinco sinais que identifiquem um lobisomem.”, essa era muito fácil, afinal eu ficava com um uma vez por mês (acho que o Remo não deve ter ficado muito alegre com essa). Quando acabei de responder olhei em volta, o Remo estava acabando a prova, o Six estava batendo os dedos na mesa, o Pedro estava parado pensando em alguma questão, e consegui ver o Jay (que estava mais a trás, por ser em ordem de chamada) escrevendo no lado do questionário.

Depois de alguns minutos, a maioria já tinha acabado, tinha poucas pessoas que ainda estavam escrevendo, mas a maioria estava olhando para o teto, ou até dormindo na mesa, e consegui ver que tinha um menino babando, tomará que a prova não esteja em baixo.

– O tempo acabou, descansem as penas, por favor. – Falou o professor Flitwick e todos pararam de escrever.

O professor fez um feitiço trazendo todos os pergaminhos para si, e como eram muitos alunos e muitos pergaminhos, ele acabou caindo pelo peso, fazendo todos rirem. Dois alunos da Corvinal foram lá para ajuda-lo a se levantar e arrumar os pergaminhos, eu até iria ajuda-lo, mas os corvinos já tinham ido ajuda-lo.

– Obrigado. – Agradeceu aos dois alunos. – Muito bem, todos podem sair! - E ele nos liberou.

Todos os alunos levantaram, guardaram as penas e o questionário nas mochilas e foram saindo. Eu, Six e Jay andamos juntos até a porta, já que estávamos sentados um perto do outro, e lá encontramos Remo e Pedro na porta do Salão Principal, nos esperando para irmos ao jardim aproveitar os poucos minutos que tínhamos antes de voltar a estudar.

– Você deve ter adorado a decima pergunta Remmy. – Falei sorrindo divertida.

– Você não faz ideia. – Falou sorrindo sínico para mim, mas ele sabia que estava brincando, então acabei rindo da cara dele.

– O que vocês responderam? – Perguntou Jay ainda relacionado à decima pergunta.

– Eu coloquei que era só olhar para o Remo. – Respondeu Six.

– Coloquei quase a mesma coisa. Primeiro: ele está sentado na minha cadeira. Segundo: ele está usando minhas roupas. Terceiro: o nome dele é Remo Lupin. – Falou Ramo baixinho, fazendo todos rirem, menos o Pedro.

– Eu citei a forma do focinho, as pupilas dos olhos e o rabo peludo. – Disse Pedro ansioso. – Mas não consegui pensar em mais nada...

– Como pode ser tão obtuso, Pedro? – Exclamou Jay sorrindo. – Você anda com um lobisomem uma vez por mês...

– Fale baixo. – Repreendeu Remo, e Jay encolhei os ombros em forma de desculpas.

Seguimos pelos gramados até sentar na “nossa árvore”, e avistei a Lily com as meninas na beirada do lago negro conversando.

– Acho que foi fácil esse NOMs, não duvido tirar menos que um Excepcional. – Falou Six deitando na grama como se estivesse na praia.

– Eu também. – Concordou Jay e tirou o seu pomo do bolso, começando a brincar com o mesmo.

E nesse meio tempo o Remo tirou um livro e começou a ler, já estudando para a prova de amanhã, Six ficou olhando do céu para a árvore, da árvore para o pomo do Jay, e logo depois para o céu de novo, fazendo isso várias vezes, e o Pedro ficou vendo o Jay pegar o pomo, comemorando todas as vezes que o Jay fazia uma pegada mais difícil. Estava um tedio.

– Vou ficar com as meninas, até mais. – Respondi levantando.

– Ok. – Falou Jay.

Segui para perto do lago e sentei no lado da Alice (parece que o Frank estava com um amigo estudando).

– Oi meninas. – Falei assim que sentei.

– Ah, lembrou que têm amigas? – Perguntou Dorcas para mim.

– Verdade, você só fica com os meninos desde que os NOMs começaram. – Falou Lene.

– Desculpa, é que eu fico estudando os eles, não é por mau. – Respondi sorrindo.

– E por que você resolveu vir para cá em vez que ficar com eles? – Perguntou Lily.

– Eles ainda não começaram a estudar, e nós não estávamos fazendo nada, então aproveitei para passar um tempo com vocês. – Respondi.

– Acha que foi bem? – Perguntou Alice se referindo ao NOMs.

– Acho que sim. – Respondi dando de ombros. – Do que estavam conversando?

– Adivinha. – Falou Lily me olhando.

– Meninos. – Respondi sorrindo divertida olhando para a Lene e a Dorcas. – De quem exatamente estavam falando?

– Do carinha que ajudou o professor Flitwick a se levantar. – Respondeu Lene.

– Alfred Lewis. – Completou Dorcas.

– Ele bonito. – Falei para elas.

– Bonito? Ele é lindo. – Falou Dorcas.

– Não vou levar seu comentário em consideração, você não sabe o que é beleza. – Falou Lene.

– Por que você está falando isso? – Perguntei.

– É só olhar pros caras que você gosta. Sirius, Remo, Flint... Fala serio. – Disse Lene.

– Pelo o que eu saiba você também acha eles bonitos. – Falei e ela fez uma carita. – E eu não gosto de nenhum deles, só como amigos.

– Está bem, me pegou. – Falou Lene sorrindo de lado, e eu sorri divertida.

Logo depois escutamos várias pessoas rindo, e quando olhamos para trás vimos um aglomerado de pessoas mais a cima, mas não consegui ver o que estava acontecendo.

– O que está acontecendo? – Perguntou Alice.

– Não, sei mais eu vou descobrir. – Falou Lily levantando, e eu não vi os meninos onde eles estavam, tomara que não sejam eles, mas mesmo assim que corri atrás da Lily.

Corri atrás da Lily e vimos um menino deitado no chão, parecia não conseguir se mexer, e todos em volta dele estavam rindo. Entrei no meio da multidão de pessoas seguindo a Lily, e quando finalmente chegamos vi que era o Snape no chão, e o Six e o Jay estavam na frente dele, rindo, com as varinhas em mãos.

Cheguei ao lado do Remo e o olhei, ele deu de ombros, e parecia meio preocupado no que isso iria dar, assim como eu.

– Deixem ele em PAZ! – Falou, mais gritou, Lily entrando na frente do Six e do Jay, fazendo o mesmo mexer no cabelo (ele tinha pegado essa mania de mexer nos cabelos sempre que a Lily estava por perto, ou sempre que ele a olhava), fazendo seus cabelos ficarem mais bagunçados do que já eram naturalmente.

– Tudo bem Evans? – Perguntou Jay com um tom que ele só fazia com a Lily, mais maduro, vamos dizer assim.

– Deixem ele em paz! – Repetiu Lily, e ela o olhou com um desagrado explicito no olhar. – Que foi que ele lhe fez?

– Bom. – Falou Jay, parando para pensar, acho que não tinha nenhum motivo aparente, como sempre tinha quando eles faziam alguma coisa contra o Seboso. – É mais pelo fato de existir, se você me entende...

E mais risos aconteceram depois desse comentário, Six e o Pedro era os que mais riram, já eu e Lupin estávamos esperando os feitiços saírem da varinha da Lily a qualquer momento.

– Você se acha engraçado... – Começou Lily com frieza e deu uma pausa para todos pararem de rir. – Mas você não passa de um cafajeste, tirano e arrogante, Potter. Deixe ele em paz.

– Deixo se você quiser sair comigo, Evans. – Respondeu Jay, ele não iria deixar uma oportunidade passar. – Anda... Sai comigo e eu nunca mais encostarei uma varinha no Ranhoso.

Consegui ver de canto de olho o Seboso se mexer indo em direção a sua varinha, e acho que ninguém percebeu, mas eu não consegui falar nada, por que logo depois a Lily falou:

– Eu não sairia com você nem que tivesse de escolher entre você e a lula-gigante. – Essa era a resposta favorita dela para o Jay.

– Mau jeito, Pontas. – Disse Six, animado, e se voltou para o Snape. – Oi!

Olhei para o Seboso, que já estava com sua varinha em mãos, mas não deu tempo de fazer nada, houve um lampejo da varinha do Snape, que estava apontada para o Jay, e logo apareceu um corte no seu rosto (no rosto do Jay), e vi algumas gotas caírem em sua roupa. E logo depois outro lampejo, dessa vez da varinha do Jay, fazendo o Snape ficar de cabeça para baixo e com as calças para cima, fazendo aparecer sua cueca encardida.

E logo em seguida teve mais risos e alguns até bateram palmas, e tenho que confessar que eu ri também, estava engraçado ver o Snape de ponta cabeça com as calças para cima, mostrando a sua cueca e suas pernas brancas e finas, acho que ele precisava tomar um pouco de sol, e o Six, Jay e Pedro estavam gargalhando (e pude ver por um segundo a boca da Lily querer dar um sorriso, mas logo isso passou).

– Ponha ele no chão. – Gritou Lily para o Jay.

– Perfeitamente. – Disse Jay e com um aceno de varinha o Seboso caiu no chão enrolado em suas vestes, que logo se desvencilhou e levantou depressa, apontando a varinha de novo para o Jay, mas o Six foi mais rápido e o petrificou, o fazendo cair no chão igual a uma taboa, e todos voltaram a rir.

– DEIXE ELE EM PAZ! – Berrou Lily em plenos pulmões, se sobressaltando de todas as risadas, e ela estava com as varinhas em mãos, pronta para fazer alguma coisa.

– Ah, Evans, não me faça azarar você. – Pediu Jay serio e a olhando com preocupação, ele não queria fazer nada contra a Lily, e também tinha medo do que ela poderia fazer.

– Então desfaça o feitiço nele. – Falou Lily olhando nos olhos do Jay.

Jay suspirou e desfez o feitiço, ele não conseguia fazer nada contra a Lily, e era a primeira vez que ela o olhava nos olhos e não falou berrando com ele.

– Pronto. – Falou enquanto Snape tentava se levantar, e o Jay virou para ele. – Você tem sorte de que Evans esteja aqui, Ranhoso.

– Eu não preciso da ajuda de uma sangue-ruim imunda como ela. – Falou Snape, e todos pararam de respirar, ninguém esperava que ele chegasse a esse ponto, eu fiquei com a boca aberta.

Lily virou calmamente para ele, dava para ver que ela estava magoada, mas só eu percebia isso, eu a conhecia muito bem.

– Ótimo. – Respondeu calmamente. – No futuro, não me incomodarei. – Falou indiferente para Snape. – E eu lavaria as cuecas se fosse você, Ranhoso. – Ela falou “Ranhoso” de um jeito que ela só falava “Potter” com o Jay.

– Peça desculpas a Lily! – Falei com raiva Jay, apontando a varinha ameaçadoramente para o Seboso.

– Não quero que você o obrigue a se desculpar. – Gritou Lily com raiva olhando para o Jay. – Você é tão ruim quanto ele.

– Que? Eu NUNCA chamaria você de... Você sabe o quê. – Falou Jay abismado com a comparação da Lily.

– Despenteando os cabelos só porque acha que é legal parecer que acabou de desmontar da vassoura, se exibindo com esse pomo idiota, andando pelos corredores e azarando qualquer um que o aborreça só porque é capaz... Até surpreende que a sua vassoura consiga sair do chão com o peso dessa cabeça cheia de titica. – Falou irritada. – Você me dá NÁUSEAS, E NÃO ME CHAME DE LILY! – Completou e saiu andando empurrando as pessoas.

– Lily, Evans. – Chamou Jay olhando se afastar. – Ei, Evans. – Gritou, mas ela nem virou. – Qual é o problema dela? – Perguntou para Six sem entender tudo aquilo.

– Lendo nas entrelinhas, eu diria que ela acha você metido, cara. – Respondeu Six.

– Certo. – Falou Jay meio furioso e confuso.

– Lily. – Falei quando a vi correndo pelos jardins. – Você é um ingrato Snape, não merece nem ser olhado. – Falei com raiva para ele e sai correndo atrás da Lily.

Vi um lampejo enquanto virava e um grito do Ranhoso.

– Querem que eu tire a cueca do Ranhoso? – Escutei Jay, mas não estava prestando mais atenção ali, eu estava tentando alcançar a Lily, já que essa menina corre rápido, ou tentando não perde-la de vista.

Corri seguindo a Lily, eu sabia que ela estava triste e chateada, afinal era o melhor amigo dela, que a conhecia dês dos nove anos, e ainda foi daquele jeito, o jeito mais baixo e a forma mais baixa para uma pessoa como a Lily, falar que ela era sangue-ruim, que nojo. A Lily era uma menina forte, e mostrava isso para todos, mas ela tinha sentimentos e era sensível, o Snape não devia ter feito isso.

Quando eu finalmente quase cheguei perto da Lily, ela já estava dentro da sala comunal, então tive que falar a senha e entrar na sala comunal. Assim que entrei vi que a Lily não estava lá, provavelmente estava no quarto. Subi correndo as escadas e entrei no quarto, encontrando a Lily sentada toda encolhida na cama.

– Ah, Ruiva. – Falei abraçando ela, eu sempre a chamava de ruiva para fazê-la sorrir.

– Você viu Carol? Você ouviu do que ele me chamou? Ele era meu melhor amigo, como pode fazer isso comigo? – Perguntou chorando no meu ombro.

– Eu sei Lily, eu sei. – Falei tentando acalma-la, mas eu tinha vontade de chorar junto.

– Ele me chamou de sangue-ruim. – Disse me olhando.

– Eu sei Lily, ninguém merece sofrer assim, eu te entendo. – Falei secando suas lagrimas.

– Como? Nenhuns dos meninos nunca falaram isso para você, e ninguém da escola te olha com nojo toda vez que você passa. – Falou me olhando tentando parar de chorar.

– Não por esse motivo, mas várias pessoas ficam me olhando como se eu fosse a estranha só por que ando com meninos, e não é só aqui em Hogwarts, a minha família também me olhava assim, mas agora eles já estão acostumados com isso, mas eu sofri bastante no primeiro ano.

– Você nunca falou isso, nem demonstrou. – Falou parando de chorar e fungando um pouco por causa do choro.

– Eu sei, eu nunca precisei contar, nem demonstrar, os meus amigos sempre estiveram comigo, você, as meninas, os meninos, nunca precisei me preocupar com isso. – Falei dando de ombros.

– Você não está falando isso só para me fazer parar de chorar, não é? – Perguntou me olhando nos olhos.

– Claro que não, Ruiva. – Falei sorrindo e ela sorriu junto. – Agora lave esse rosto e pare de chorar, ele não merece isso.

– Você tem razão, ele já é passado. – Falou e seguiu para o banheiro.

Eu tenho que admirar a Lily, ele estava sendo muito forte tentando superar o que aconteceu a alguns minutos atrás, eu praticamente não aguentava ficar no mesmo lugar que toda a minha família me olhando como se eu fosse estranha ou de canto de olho, como se tentando não deixar que eu visse eles me olhando me achando esquisita, eu ficava com tanta raiva disso, afinal era a minha família (e eu não estou falando dos meus pais e do Leandro, estou falando dos meus tios e primos).

– Cadê a Lily? Nós ficamos sabendo o que aconteceu. – Falou Alice entrando na quarto com as meninas.

– Estou aqui. – Respondeu Lily saindo do banheiro, ainda com o rosto meio inchado e vermelho por causa do choro.

– Lily. – Falaram e foram abraça-la, fazendo-a sorrir.

Então começamos a fazer piadas e palhaçadas para a Lily rir, e deu certo. Depois de um tempo falei que iria descer para pegar a minha bolsa com os meninos (já que as meninas tinham deixado com eles), e nesse meio tempo tinha se passado uma hora desde que o exame acabou. Assim que desci as escadas vi os meninos sentados no sofá.

– Oi, a minha bolsa está com vocês? – Falei chegando perto deles.

– Está sim. – Respondeu Six e apontou para a minha bolsa no lado no sofá junto com as dos meninos.

– E como está a Lily? – Perguntou Remo, e o Jay me olhou com preocupação.

– Está indo, as meninas estão com ela. – Respondi.

– Eu deveria ter maltratado mais o Snape. – Falou Jay com raiva na voz.

– Não seja por isso. – Falei e ele me olhou. – Eu vou matar o Snape. – Falei e sai em direção ao quadro.

– Carol o que você vai fazer? – Escutei Remo perguntar quando eu já estava fora da sala comunal.

– Carol... Caroline. – Falou Six e o mesmo me segurou pelo braço. – O que você vai fazer?

– Eu já disse, vou matar o Snape. – Respondi o olhando.

– E você acha que vai poder ir lá e matar ele sem mais nem menos? Você vai parar em Azkaban por isso. – Falou Six sendo sensato pela primeira vez, mas eu não queria ser sensata.

– Eu não me importo, não vou deixar ninguém impune por uma coisa só por que vou para Azkaban ou não. – Respondi com raiva.

– Você está falando isso agora, mas depois que tudo isso passar você vai se arrepender, não se esqueça de que já fiz isso, experiência própria. – Falou Six calmo, e eu acabei me acalmando.

– Está bem, você tem razão. – Falei suspirando. – A Lily não merecia isso, não com ele, não depois que tudo o que eles passaram juntos. – Falei e senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, uma lágrima de tristeza e raiva.

– Eu sei, a Lily não merecia mesmo, mas ela vai se sair por cima, tenho certeza. – Falou me abraçando.

– Eu também. – Falei o olhando e sorrindo de lado. – Vamos voltar.

Nós estávamos no final do corredor para o quadro da Mulher gorda, que viu tudo o que passou, mas ela não estava entendendo nada. Andamos até chegar ao quadro, então ouvi uma voz:

– Caldin. – E quando olhei para trás era o Snape.

– Vai embora Snape. – Falou Six no meu lado.

– Com licença, eu quero falar com a Caldin. – Falou Snape olhando o Six com raiva.

Eu olhei para o Six e falei para ele entrar, ele deu uma encarada no Snape, mas entrou, e eu virei para o Snape o olhando com raiva e com os braços cruzados.

– O que você quer? – Perguntei com raiva na voz.

– Você precisa chamar a Lily. – Me falou.

– O quê? Você quer que eu chame a Lily depois de tudo o que você fez? – Perguntei com raiva, eu queria pular no pescoço dele.

– Sim, eu quero falar com ela. – Respondeu.

– Não. Não vou falar para a Lily nada. – Falei.

– Você precisa. – Falou com raiva e me segurou pelos braços, apertando-os.

– Me solta. – Falei ameaçadoramente.

– Solta a menina. – Escutei a Mulher Gorda falar atrás de mim, e o Snape me soltou.

– Se você não falar, vou passar a noite aqui até ela sair e então vou conversar com ela. – Falou me olhando nos olhos.

– Faça o que quiser. – Falei e entrei na sala comunal, parando logo atrás da porta para pensar.

– Anda Sirius, fala onde está a Carol. – Escutei Jay falar bravo.

– Ela está lá fora falando com o Snape. – Respondeu Six, acho que ele ficou pensando se contava ou não para os meninos enquanto eu estava lá fora.

– Com o Snape? E você a deixou sozinha com ele? – Perguntou Jay ficando de pé.

– Eu que pedi. – Falei para eles, que me olharam.

– O que o Snape queria? – Perguntou Six para mim.

– Me pedir para chamar a Lily. – Respondi indo perto deles.

– O quê? Aquele canalha ainda tem a coragem de vir aqui e querer falar com ela depois que tudo o que aconteceu? – Falou Jay revoltado.

– Você vai falar para a Lily? – Perguntou Remo.

– Eu não sei. – Respondi cruzando os braços como se estivesse pensando. – Eu não quero que a Lily sofra, mas ela tem o direito de escolher falar com ele ou não, e ele tem o direito de se explicar.

– Se explicar? – Perguntou Six sínico.

– Carol, você sabe qual é a explicação, você viu tudo, você viu a sena. – Falou Jay.

– É, tanto vi que sei que vocês dois têm um pouco de culpa nisso tudo. – Falei olhando para o Jay e Six.

– Agora é culpa nossa que o Snape falou o que ele falou? – Perguntou Six.

– Eu não falei isso. Mas se vocês não tivessem ido mexer com o Snape perto da Lily, poderia não ter acontecido tudo que aconteceu. – Respondi.

– Ela está certa. – Concordou Remo comigo, e o Six o olhou incrédulo.

– Não importa agora também, já aconteceu e não podemos mudar isso. – Falei pegando a minha bolça. – Vou para o dormitório, penso no que vou fazer no caminho.

– Carol, a Lily não está com raiva da gente, está? – Perguntou Jay.

– Agora não, mas quando a poeira baixar, ela vai lembrar o que aconteceu e não só o que o Snape falou e vai ficar com muita raiva, e quando esse dia chegar, não quero estar muito perto para sentir a sua ira. – Respondi e segui para a escada.

Subi a escada pensando se contava e a Lily decidia o que queria fazer ou se não contava e não deixava a Lily triste de novo. Não acredito que vou fazer isso, mas acho que prefiro falar a ela e a mesma decidir o que vai fazer, por mais que eu não queira que ela vá falar com o Snape, eu tenho que fazer a minha parte e ser amiga da Lily, acho que ela tem que escolher o que ela quer.

Assim que entrei no quarto, vi que a Lily estava conversando com as meninas e assim que fechei a porta falei:

– Lily, tem visita para você. – E todas as meninas me olharam.

– Quem? – Perguntou Lene.

– Uma pessoa que não deveria ter vindo aqui. – Respondi.

– O Severo. – Falou Lily abraçando as pernas.

– Mas por que ele veio aqui? – Perguntou Alice.

– Ele falou que precisa falar com a Ruiva, e se ela não aparecer ele vai dormir na frente do quadro da Mulher Gorda até amanhã de manhã para falar com a Lily. – Respondeu.

– Que fique. – Falou Dorcas irritada.

– Eu vou falar com ele. – Falou Lily ficando de pé.

– O que? Depois de tudo o que ele fez? – Perguntou Dorcas.

– Você não tem que ir falar com ele, ele não merece ser ouvido. – Falou Lene irritada também.

– Gente, eu acho que a Lily que tem que escolher o que ela quer. – Falei e todas me olharam abismadas. – Eu também não quero que a Lily vá falar com ele, mas tem que ser escolha dela. – Completei dando de ombro.

– Obrigada Carol. – Falou Lily me abraçando.

– Você está certa. – Concordou comigo Alice e a Lene e Dorcas acabaram concordando também.

– Vem, eu desço com você. – Falei para a Lily, e quando já estávamos na escada na escada eu comecei uma conversa: - Você tem certeza que quer fazer isso? Que quer ir mesmo falar com o Snape?

– Tenho Carol. Não vai mudar o que ele fez, mas eu quero ouvir o que ele tem a dizer.

– Você seria capaz de perdoa-lo? – Perguntei.

– Não sei, não agora, talvez. Eu não sei o que pensar agora Carol. – Respondeu.

– Tudo bem, eu te entendo. E o que você escolher eu respeito. – Falei colocando a mão no seu ombro.

– Obrigada. – Agradeceu, e nós já estávamos no final da escada.

Segui para o sofá e sentei junto com os meninos, enquanto a Lily seguia para a saída (claro que antes dela sair eu falei que se ela precisasse de ajuda era só gritar que eu iria socorrê-la, e ela acabou rindo). Os meninos me olharam perguntando se a Lily tinha mesmo ido lá e eu só dei de ombros concordando.

– Você acha que a Lily vai...? – Começou a perguntar Six.

– Não sei, nem ela sabe, provavelmente não agora. – Respondi.

– Você acha que ela pode perdoa-lo? – Perguntou Jay.

– Acho que sim, eles são muito amigos, e talvez depois de algum tempo eles se acertem. – Respondi dando de ombros – Eu particularmente acho bem provável. Mas nenhuns de vocês têm que colocar a opinião nisso, a amizade e a vida é da Lily, ela decide o que quer.

– Ela tem razão. – Concordou Remo.

–Af! – Bufou Six, agora eu não sei se é por causa da Lily poder voltar com a sua amizade com o Snape ou é por que o Remo concordou comigo, não sei o porquê, mas ele não gosta que o Remo fique concordando com tudo o que eu falo, eu não entendo o porquê.

Passou-se alguns minutos todos em silêncios, eu estava tentando ouvir alguma coisa da conversa da Lily com o Snape, o Remo começou a ler um livro, o Pedro pegou um chocolate da capa, o Jay começou a brincar com o seu pomo e o Six pegou sua varinha e começou a batuca-la na perna, como se estivesse tocando bateria.

– Vai embora Snape, eu já te ouvi, não vem mais atrás de mim. – Falou Lily e logo depois ela passou apresada para as escadas.

– Lily, espera. – Escutei o Snape gritar no lado de fora da sala comunal, ele não vai embora se ninguém chutar a bunda dele para longe daqui.

– Eu já volto, me esperem aqui. – Falei levantando e indo em direção ao quadro.

– O que você vai fazer? – Perguntou Remo.

– Vou chutar a bumba do Snape para longe daqui, senão ele não vai embora e ninguém vai dormir. – Respondi e logo sai do quadro.

– Você tem que chamar a Lily de novo. – Me falou assim que me viu.

– Não, o combinado era a Lily vir falar com você, e ela já veio, agora é hora de você ir embora. – Falei fria.

– Eu não posso, a Lily tem que me desculpar. – Falou Snape.

– Por que ela tem que te desculpas? O que dois não querem o um não insiste. Se você se preocupava tanto com a amizade da Lily, pensasse antes de ter falado aquilo. – Falei, mas não sei se o ditado é esse, mas é mais ou menos assim.

– Você não entende. – Falou-me com raiva.

– Talvez sim, talvez não, mas você já teve a sua chance de falar com a Lily, ela já te escutou, e você já se explicou, é hora de você ir embora.

– Eu não vou embora, sua traidora do sangue. – Falou mais alto que o necessário.

– Você vai sim, nem que eu tenha que te levar as pancadas para a sala comunal da Sonserina. – Falei alto também, eu já estou perdendo a paciência com ele, que já era pouca.

– Você não faria isso. – Falei me desafiando.

– Quer apostar que eu desço com você até a sua sala comunal chutando a sua bunda feia? – Perguntei o olhando mortalmente, e acho que ele reparou que eu não estava brincando. – Vai, vai embora. – Falei ríspida o empurrando, mas ele não saio andando para longe. – VAI EMBORA SNAPE. – Gritei para ele e o empurrei mais forte, e só então ele virou as costas para ir embora. – E não olha mais para a Lily, escutou? – E ele nem olhou para trás, seguiu seu caminho para longe daqui.

Entrei de novo e acho que os meninos estavam prestes a levantar para bater no Snape, pois assim que entrei eles sentaram mais relaxados.

– O que você quer falar com a gente? – Perguntou Six e eu sentei no seu lado.

– Eu quero que vocês me ajudem a fazer alguma pegadinha com o Snape. – Respondi olhando para ele e o Jay (que estava no seu lado).

– Por quê? Você não acha que a Lily vai ficar chateada? – Perguntou Remo.

– Eu não sei, pode até ficar, mas eu quero fazer o Snape sofrer, por vários motivos que eu ficaria duas horas falando-os. – Falei.

– O que você tem em mente? – Perguntou Six sorrindo maroto.

– Nada, só sei que temos que fazer alguma coisa grande, discreta e revolucionaria, fazendo-o passar uma vergonha enorme, acho que muito mais que já fiz com o Malfoy, ou até mesmo com o Zabine e Dolohov. – Respondi pensando, e com muita raiva.

– Que raiva toda é essa? – Questionou Jay.

– Tudo o que ele fez por cinco anos e eu não poderia fazer nada por causa da Lily, mas hoje foi a gota d’agua, minha paciência com ele acabou. – Falei e o Jay acabou sorrindo divertido pelo meu jeito de falar, meio calmo e assassino. – Como ninguém tem nada em mente agora, e precisamos estudar que os NOMs ainda não acabaram, pensamos no que fazer depois.

– Combinado, vou marcar na minha agenda que a partir do dia 25 de junho terei um compromisso e não posso ter distração. – Falou Six, e a “distração” que ele falou, seriam as meninas.

Eu e os meninos acabamos rindo com o que ele falou, e começamos a estudar para o NOM de transfiguração.

Dois dias depois...

Os NOMs tinham acabado hoje, e a maioria do pessoal tinha passado a tarde relaxando, inclusive os meninos, que dormiram o resto da tarde, e eu fiquei no meu quarto, deitada na cama pensando na vida e desenhando. Na verdade eu fiquei principalmente pensando no que tinha acontecido de manhã.

Flash Back on

Ultimo dia dos NOMs e eu acordo sentido pancadas em cima de mim, e quando eu abro os olhos é a Lily me dando travesseada.

– Lily, por que está fazendo isso? – Perguntei alto, para ela me ouvir.

– É sua culpa, sua e os meus amiguinhos idiotas e exibidos, se vocês não tivessem implicância com o Severo nada disso teria acontecido. – Falou Lily gritando ainda me dando travesseada.

– Por que você está falando isso Lily? Eu nunca fiz nada com o Snape. – Falei tentando me cobrir do travesseiro dela.

– Se aqueles seus idiotas não tivessem humilhado o Severo em publico nada teria acontecido. – Gritou de novo para mim.

– Lily, para, por favor. – Comecei a gritar, tentando sair da cama, mas a Lily não deixava.

– Lily, pelo amor de Merlin, o que está fazendo? – Acordou Alice e indo segurar a Lily.

– É tudo culpa dela. Se o Potter não tivesse irritado o Severo ele nunca teria me falado aquilo, ele me falou isso e eu não acreditei. – Falou Lily tentando se soltar da Alice, mas a Dorcas e a Lene foram ajuda-la.

– A culpa não é minha que o James é um idiota às vezes, nem que o seu amiguinho ingrato não consegue segurar a língua. – Gritei para ela e entrei no banheiro.

Tomei um banho rápido e me arrumei, eu tinha dormido de mais hoje, como as outras meninas, a única que já estava acordada há um tempo era a Lily, como sempre. Assim que acabei de me arrumar, sai do banheiro peguei meu material e sai do quarto, não olhei para ninguém, não estava a fim de ficar olhando a Lily me olhar com raiva.

Desci direto para o salão principal, encontrando os meninos, que me falaram que não me esperavam porque acharam que eu iria ficar com as meninas, como eu estava ficando ultimamente. Sentei no lado do Remo e comecei a mexer no prato, eu não estava com muita fome, então eu só comi uma maça.

– Come mais Carol, você não comeu quase nada. – Falou Jay me olhando.

– Eu estou bem, não estou com fome. – Respondi e quando eu olhei vi as meninas entrando, e a Lily nos encarou com raiva.

– A Evans está bem? – Perguntou Six, que também reparou na Lily, assim como os outros.

– Não, ela está com raiva, pela burrada que vocês fizeram. – Respondi irritada para o Jay e o Six.

– Até com você? – Perguntou Remo.

– Principalmente comigo, ela acha que a culpa é minha porque eu não seguro vocês, e pelo que eu entendi o Snape falou para ela que só a chamou daquilo porque estava irritado sendo humilhado em publico. – Respondi na maior calma possível.

– Nossa. – Falou Pedro meio assustado por tudo aquilo.

– Como ela te falou isso? – Perguntou Remo.

– Além de gritar isso para o dormitório todo saber enquanto me batia com o travesseiro? – Perguntei respondendo a pergunta e os meninos fizeram uma careta, imaginando como seria. – Eu até entendo, faz parte do quesito “depois que acabou com amizade”, primeiro você fica triste, ai fica irritada com tudo e todos, depois fica triste de novo, e só então você supera, se não voltar a amizade antes.

– Falando assim até parece que você já sofreu isso. – Falou Jay.

– Eu já tive amigos antes de vir para Hogwarts, sabia? Mas nenhuma das amizades durou mais de um ano, acho que eu era muito chata para eles. – Respondi dando de ombros, mas passado é passado e a gente tem que esquecê-los.

– Você não poderia ser tão chata assim. – Falou Six sorrindo.

– Eu era insuportável, não aceitava ser contrariada, e isso só piorou na puberdade. – Respondi, era verdade, eu queria ser a dona da razão, e isso só acabou quando eu estava prestes há fazer 11 anos, que foi quando eu reparei que eu era muito chata. – E como uma bela mandona que era, mandei eu mesma parar de ser daquele jeito e agora eu sou assim. – Respondi sorrindo.

– Eu não consigo te imaginar chata e mandona. – Comentou Jay sorrindo.

– Um dia eu mostro para vocês como eu era, agora vamos indo que já vai dar o horário. – Falei e nós nos levantamos.

Seguimos para a saída do salão principal, enquanto a Lily nos encarava e eu via o olhar de Zabine e Dolohov sobre nós, não sei por que, mas eu acho que eles estão tramando alguma coisa.

– Hoje vai ser o pior dia da minha vida. – Falei baixo, só para mim, quando saímos do salão principal.

Flash Back off

É, realmente o meu dia não foi muito bom, toda vez que eu olhava para o lado via a Lily me olhando com raiva, acho até que o NOM de Adivinhação não me sai muito bem, e se eu não tirar uma boa nota, esse dia com certeza vai ficar na minha história como o pior dia da minha vida. Já era 9h30mim da noite, mais ou menos, e todos já estavam dormindo de cansaço.

Já eu estava olhando o Mapa do Maroto, que tinha ficado comigo o dia inteiro por que eu estava achando que o Zabine e o Dolohov estavam aprontando algo, mas eles não chegaram perto da gente durante o dia, e agora de noite estava olhando para ver se ficava com sono, mas nada dele dar o ar da graça para mim.

Enquanto eu olhava, vi o Filch e a Madame Nor-ra na sala dele, acho que ainda não começou o horário dele andar por Hogwarts, e também vi o Six andando pelo quarto andar, mas por que o Sirius estaria no quarto andar a essa hora? Só se ele foi pegar alguma oferecida, mas não tinha nome de nenhuma menina no mapa, não andando por Hogwarts, então talvez ele tenha ido para ficar com sono, já que o mesmo dormiu dês das 5 horas da tarde, até perdeu o jantar.

Ele estava indo para a biblioteca, pelo menos era o caminha para lá, e então eu vi dois nomes logo atrás dele, Flabicio Zabine e Antonin Dolohov, eu sabia que eles estavam aprontando algo, mas o que seria? Vi os três pararem e o Six virar para eles, e logo em seguida Zabine e Dolohov viraram um para o outro, e foram embora, mas o Six não estava se mexendo, isso não era bom.

Fechei o mapa falando o feitiço e sai correndo do quarto, indo para o quarto dos meninos, e assim que entrei vi o Jay e o Remo acordados conversando aos sussurros.

– O Six precisa de ajuda. – Falei para eles.

– Como assim? – Perguntou Jay ficando de pé e colocando uma camisa, sendo seguido pelo Remo.

– Não dá para explicar agora, vamos logo. – Falei e logo depois já estávamos correndo para fora da sala comunal.

Corremos em toda a velocidade até o quarto andar, os meninos só me seguiam e não me perguntavam nada. Assim que chegamos ao corredor avistamos o Six caído no chão, sem se mexer. Corremos até ele e ele tinha um pequeno corte na testa, e estava respirando.

– Sirius? – Perguntou Jay chegando perto dele.

– Ele está desmaiado. – Falei para eles. – Temos que leva-lo para a Ala Hospitalar.

– Ok. – Falou Remo e ele e o Jay pegaram o Six.

– Eu vou correr para lá chamar a Madame Pomfrey. – Falei para eles e sai correndo para a Ala Hospitalar. – Madame Pomfrey, Madame Pomfrey. – Entrei gritando e ela saiu do seu escritório.

– Mas o que significa isso? – Perguntou para mim.

– O Six, ele está desmaiado, não sei o que aconteceu. – Respondi.

– Onde ele está? – Perguntou-me.

– O Jay e o Remo estão trazendo ele. – Falei e logo os meninos chegaram.

– Coloquem-no aqui. – Falou ela indicando uma cama, e eles o colocaram lá.

Depois a Madame Pomfrey nos mandou nos afastar e começou a examinar o Six, e eu, Remo e Jay ficamos olhando.

– O que será que aconteceu? – Perguntei para os meninos.

– Eu não faço ideia, mas sei que o Six vai ficar bem. – Falou Jay e passou o braço no meu ombro.

Enquanto a Madame Pomfrey examinava o Six, ficava pensando no que eu tinha visto pelo mapa, e vieram varias perguntas. O que os dois estavam fazendo lá? O que fizeram com o Six? E por que fizeram isso? Se eles queriam vingança, deveriam ter vindo fazer em mim, não no Sirius, mas eu vou descobrir o que aconteceu.

Madame Pomfrey ficou alguns minutos examinando o Six, enquanto eu e os meninos ficávamos esperando ela dizer o que era.

– Bom, aparentemente foi só um feitiço, provavelmente o Estupefaça, e ele deve ter batido a cabeça quando caiu, nada muito grave. Dei um poção para ele dormir a noite toda, então ele só vai acordar amanhã de manhã, aconselho vocês a irem dormir. – Falou-nos Madame Pomfrey.

– Podemos ficar um pouco? – Perguntou Jay, e ela concordou com a cabeça voltando ao seu escritório. – Quem será que fez isso?

– E por que fez isso? – Completou Remo, mas preferi não falar nada, antes eu vou descobrir por que aqueles dois sonserinos idiotas fizeram isso.

– Acho melhor voltarmos para os dormitórios, não vai adiantar nada ficarmos aqui. – Falou Jay olhando para o Six.

– Verdade. – Concordou Remo, acho que eles estavam com sono.

– Vão vocês, eu vou ficar aqui, não vou conseguir dormir. – Falei olhando para o Six, eu não conseguia deixar o Six sozinho aqui.

– Você tem certeza disso? O Sirius só vai acordar de manhã. – Falou Jay colocando a mão no meu ombro, e eu concordei com a cabeça o olhando. – Então está bem, nos vemos amanhã bem cedinho.

– Ok. – Respondi e o Jay me deu um beijo na testa como se estivesse me dando proteção e meio preocupado, igual ao meu irmão.

– Até amanhã. – Falou Remo me dando um beijo na bochecha e eles logo saíram da Ala Hospitalar, me deixando sozinha com o Six dormindo.

Sentei numa cadeira perto da cama e fiquei olhando o Six, ele não parecia o Sirius que eu conheço, nem quando está dormindo, e devo admitir que não estou gostando nem um pouco de ver esse Six. Segurei uma das mãos deles, mais precisamente à direita, e fiquei o olhando, depois de um tempo levantei e mexi no seu cabelo, mostrando o curativo que o Six tinha na testa, onde tinha cortado.

– Oh, Six, eu falei para vocês tomarem cuidado com eles, e é tudo culpa minha, não deveria tê-los deixados fazerem isso. – Falei e senti uma lagrima escorrer pelo meu rosto, e eu beijei a sua testa.

– Carol. – Resmungou depois que eu beijei a sua testa, mexendo um pouco a cabeça.

Sentei de novo na cadeira e fiquei fazendo carinho na sua mão, eu queria que o Six melhorasse logo, não quero que isso se prolongue muito, pelo bem do Six, tenho certeza que se ele ficar mais de um dia aqui, de madrugada quanto todos estiverem dormindo ele vai fugir.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoal? Gostaram do capítulo? Quem quer matar o Snape assim como eu comente; Quem quer saber o que aconteceu exatamente com o Six comente; Quem quer que a Carol e o Six começam logo a namorar, assim como a Lily e o Jay comentem;
E tenho um recado, provavelmente o próximo capítulo será o ultimo do 5º ano, vai ter muitas tretas e muitas revelações, e provavelmente muitas mortes mentalmente, mas não vou falar mais nada, já estou falando de mais.
Beijos, beijinhos e beijão
*Malfeito, feito.
* Nox
Ps: E nas notas finais dos capítulos também vai ter marotos. Ebbbaaaa!