A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 81
Altos e Baixos


Notas iniciais do capítulo

*Lumus
Oi gente linda, mas que não comentam, as únicas que comentaram foram a thalielen e a Dragon, e eu agradeço muito por isso e mando um abraço e beijo especial para ambas, e espero os comentários de vocês nesse capítulo também.
Acho que vocês vão gostar desse capítulo, tem muita coisa engraçada, pegadinhas e tensão, coisa normal para os Marotos, mas esse capítulo é muito especial para todos aqui, vocês verão.
Esse capítulo ficou bem grande, espero que gostem, que comentem e que tenham uma boa leitura.



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P. D. V. Carol

Já avia se passado uma semana desde que eu e os meninos fomos ao 3º andar no lado proibido e achamos aquele espelho; e sobre o que falamos com a McGonagall, acho que ela contou para o prof. Dumbledore, mas não aconteceu nada com o professor Acilio, acho que o Dumbledore resolveu esperar até o final do ano para demiti-lo, já que iriam começar os NOMs em algumas semanas. Nós vamos ter uma semana e meia sem aula, só com os NOMs.

Nesse exato momento eu estava adiantando as lições, pois hoje teria aula de Astronomia já que hoje era quarta-feira, mas reparei que não tinha mais lições para adiantar, o resto eu poderia fazer no final de semana. Então eu comecei a guardar todas as lições, as que eu tinha feito para entregar e as que os professores tinham devolvido.

Enquanto eu estava guardando, peguei uma lição de DCAT, o prof. Acilio tinha comentado um “ótimo trabalho, continue assim” nela, eu já vi essa letra em algum lugar (sendo que essa era a primeira vez que ele comentava alguma coisa na minha lição). Já sei onde vi essa letra, peguei o bilhete que recebi falando que os meninos estavam em perigo, a uma semana, e a lição era do mês passado, e comparei a letra, era a mesma letra ou eu estou ficando louca?

Peguei os dois papeis e corri para o dormitório dos meninos, eles tinham ido para lá depois da aula. Quando eu cheguei todos estavam comendo chocolates sentados no chão, legal, nem me chamaram.

– Vocês ainda tem aquele bilhete do dia do espelho? – Perguntei chamando a atenção de todos.

– Sim, está na minha mala. – Respondeu Remo, e eu corri para lá procurando.

– Mas por que essa presa? – Perguntou Six.

– Acho que eu sei quem escreveu os bilhetes. – Respondi achando o bilhete logo em seguida.

– Quem você acha? – Perguntou Jay.

– Vocês vão ver. – Respondi e sentei no lado do Six e do Jay colocando os três papeis um no lado do outro. – Olhem a letra. – Falei apontando para a minha lição.

– “Ótimo trabalho, continue assim”, você poderia ser menos nerd. – Falou Six me olhando, menino lerdo esse.

– Ela está falando para compararmos as letras. – Falou Remo colocando os papeis um em cima do outro para vermos as letras mais perto uma da outra.

– Ah, agora eu entendi. – Falou Six.

– As letras são iguais. – Falou Jay. – De onde é isso? – Perguntou para mim apontando para a minha lição.

– É a minha lição de DCAT. – Respondi olhando para ele.

– Então foi o professor Acilio que escreveu? – Perguntou Pedro.

– Aquele filho de uma mãe. – Falei ficando de pé.

– Carol, nem temos certeza se foi ele, talvez alguém copiou a letra dele. – Falou Remo.

– Eu sei que foi ele, não pode ser coincidência. – Falei olhando para ele. – De algum jeito ele descobriu que nós fomos até a sala dele, ou pior, que contamos para a McGonagall, e quis dar o troco. Provavelmente também foi ele que fez a Burg ir lá, por ela não ter o deixado fazer o que queria.

– Faz sentido o que você disse, mas o Remo tem razão, qualquer um pode ter copiado a letra dele. – Falou Jay para mim.

– Não exatamente, poucas pessoas consegue copiar a letra de alguém tão perfeitamente. – Falou Six. – Ou foi ele, ou foi alguém muito bom, mas se a pessoa tivesse esse dom, com certeza nós saberíamos.

– Olha, eu não sei como, mas eu sei que foi ele. – Falei.

– Está bem, mas não vamos acusar ninguém. – Falou Jay colocando a mão no meu ombro.

– Tudo bem. – Concordei, acho melhor mesmo não sair acusando os outros, por mais que “os outros” seja o idiota do professor Acilio. – Então vocês ficaram comendo chocolate e não me chamaram?

– É que nós não queríamos te atrapalhar com suas lições. – Falou Remo sorrindo, e eu percebi que eles estavam mentindo.

– Vocês não me chamaram porque não queriam que eu comesse tudo. – Falei sorrindo para eles.

– Isso também. – Concordou Six.

– Accio. – Falei apontando para todos os chocolates, que vieram para a minha mãe. – Deveriam ter me chamado, agora eu vou comer tudo e sozinha. – Falei, dei uma risada de louca maníaca e sai correndo do quarto com várias barrar de chocolate.

– Carol. – Gritaram todos e começaram a correr atrás de mim.

– Essas são as minhas ultimas barras de chocolate. – Choramingou Pedro, me fazendo rir.

Sai da sala comunal e comecei a correr pelos corredores sem ir para um lugar especifico, sabia que mais cedo ou mais tarde os meninos iriam me alcançar e acabar com a minha graça, por mais que eu corresse rápido. Eu virava os corredores sem calcular para onde iria, até que eu bati em alguém quando fui virar o corredor e cai no chão.

Quando cai no chão bati a cabeça, e logo depois alguém me puxou pelo pé, e eu acabei soltando um gritinho. A pessoa me segurou pelos braços e me levantou, e quando fui ver era o Zabine me segurando.

– Me larga. – Falei me soltando dele, e logo em seguida os meninos chegaram.

Olhei cada um que estava ali, tinha quase todos os meninos do 7º ano da Sonserina lá, incluindo o Dolohov e aquele grupinho dele que mexeu com o meu primo no começo do ano, mas o que eles estavam fazendo aqui no 7º andar?

– Desculpas seria bom, Caldin. – Falou Zabine com aquele sorriso sonserinos dele.

– Você que entrou na minha frente. – Falei cruzando os braços, não foi minha culpa se esbarrei nele, ele nem deveria estar aqui.

– O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou Six.

– Não podemos mais passear por Hogwarts? – Perguntou Dolohov olhando para ele.

– Já repensou na nossa proposta, Caldin? – Perguntou Zabine me olhando, quase que ignorando todos à sua volta.

– Eu já respondi que não vou fazer nada que vocês quiserem. – Falei o olhando mortalmente.

– Que pena! – Falou e pegou um chocolate no chão, mordendo-o logo em seguida.

– Mas... – Resmungou Pedro baixinho.

– Que foi? Quer o chocolate, gordinho? – Perguntou Zabine olhando para o Pedro.

– Não fala dele assim. – O repreendi com raiva.

– Cadin, você tem que parar de protegê-los, eles não estar no seu lado quando você mais precisar. – Falou Dolohov para mim, eles estão me ameaçando de novo?

– Nós sempre vamos estar no lado dela. – Falou Jay olhando para eles.

– Talvez sim, talvez não... Acidentes acontecem. – Falou Zabine; é eles realmente estão nos ameaçando.

– E para esse “Acidentes acontecem” funcionar você resolveu trazer mais gente para ver se dava certo, já que da ultima vez não passou nem perto? – Perguntei sorrindo divertida e marota, e fazendo aspas com as mãos.

– Não, hoje não, mas não esquenta, outro dia a gente se encontra para conversar. – Falou e colocou o chocolate mordido na minha mão, saindo com o seu pessoal logo em seguida.

– Com certeza, e não vai ser do jeito que você espera. – Falei com cara e sorriso de assassina.

– Gostei desse sorriso para eles, o que está pensando? – Perguntou Six para mim.

– Cansei de eles me infernizarem, está na hora de mostrar quem manda aqui. – Falei e olhei para o Jay e o Six, que sorriram marotos para mim, tenho certeza que a cabecinha deles já estavam funcionando.

– Isso vai dar muito confusão. – Falou Remo para mim. – Mas vamos lá, cansei deles também. – Falou sorrindo maroto.

– Valeu gente. – Falei para eles sorrindo.

– Mexeu com um Maroto, mexeu com todos. – Falou Jay sorrindo para mim.

– Quando você bolou isso? – Perguntou Remo para o Jay.

– Faz um tempinho. – Respondeu.

– Desculpa ter derrubado os seus chocolates, Pedro, não era para isso acontecer, era só para brincar com vocês. – Falei fazendo uma careta de desculpas para ele.

– Tudo bem, ainda dá para salvar alguns. – Falou se abaixando para pegar os chocolates que estavam fechados no chão.

Eu e os meninos começamos a rir, e senti a minha cabeça doer, bem aonde eu bati. Fiz uma careta de dor e coloquei a mão onde doía, tinha um galo lá, e acho que todas as vezes que eu encostar vai doer.

– Que foi? – Perguntou Jay me olhando.

– Bati a cabeça quando cai. Nada de mais. – Falei para ele sorrindo, que arqueou as sobrancelhas duvidando. – É verdade, eu estou bem.

– Vamos para a sala precisa conversar sobre uma pequena marotice. – Falou Six sorrindo divertido, e claro que quando ele falou pequena quis dizer grande, bem grande.

E assim fomos a caminho da sala precisa, que não estava tão longe, comendo o que restou dos chocolates do Pedro.

No outro dia...

Era quase 5 horas da tarde e estávamos na ultima aula do dia, Defesa Contra as Artes das Trevas com o professor que eu gosto menos. Nesse exato momento a sala estava terminando de fazer um questionário que o professor tinha passado, esse era de todos os anos, e pelo que eu entendi ele vai fazer isso até a nossa prova de NOMs, e como eu sou uma aluna exemplar já tinha acabado e estava olhando a mesa, já que eu não queria pegar detenção de novo iria ficar na minha.

Eu estava pensando no que fazer para me vingar do Zabine e do Dolohov, eles têm que perceber que eu não vou ficar fugindo deles e que eu não tenho medo do que eles poção fazer, por mais que eu tenha medo. Acho que eu vou pegar aquele livro de pegadinhas bruxas para ver se acho alguma coisa que eu não lembre, e aproveitar que estou livre de lições.

– O que a senhorita está fazendo? – Perguntou o professor no meu lado, a minha paciência essa semana para pessoas me enchendo os picolés já acabou e se ele acha que eu não vou responder a altura ele está bem enganado (principalmente depois de descobrir que pode ter sido ele que nos levou até aquele espelho maldito).

– Nada... Professor – Respondi dando uma pausa, como se eu estivesse esquecido que estava falando com um professor, olhando para ele, bem nos olhos, que me encarou com raiva. E escutei algumas meninas cochichando: “Ela o encarou.”, “Ela olhou para ele.”, “Como ela consegue fazer isso?”.

– Por que não está fazendo o que eu pedi? – Perguntou fingindo que eu não tinha o atingido.

– Por que eu já acabei, senhor. Agora de quiser posso fazer demovo ou escrever um resumo de tudo o que eu estendi se preferir, senhor. – Respondi ainda o olhando, e claro que dei um sorriso sínico para ele, que ficou com muita raiva, eu estava rindo por dentro, tinha mexido no ponto fraco dele.

– Não precisa. – Falou e voltou para a sua mesa.

– Você o encarou! Não acredito que conseguiu fazer isso. – Falou Six, e o Remo e o Jay (que estavam na nossa frente, já que eu e o Six estávamos sentados juntos) me deram sorrisos alegres.

– Estava na hora de alguém mostrar que ele não manda aqui. – Respondi sorrindo, parece que eles ficaram felizes de eu enfrentar os meus medos, o que eu deveria ter feito muito antes.

– Podem entregar as lições, a aula já vai acabar. – Falou o professor Acilio, e aos poucos os alunos foram levantando para entregar as lições.

Assim que os meninos acabaram, levantamos e fomos entregar as lições juntos, primeiro o Remo, depois o Jay, Six e finalmente eu. Quando eu entreguei, olhei para ele sorrindo o mais verdadeiramente possível, e ele me olhou com mais raiva nos olhos. Assim que virei às costas para ele sorri divertido, adorei a minha “vingança”.

Peguei a minha bolsa e sai com os meninos da sala, ainda sorrindo, adorei ver a cara de maioral dele ir para baixo em 2 segundos.

– Da onde veio tanta coragem? – Perguntou Jay passando o braço pelos meus ombros.

– De vocês, sabiam que estariam comigo. – Respondi e eles sorriram concordando comigo. – E eu cansei de sentir medo, agora eu me sinto livre, leve e solta. – Respondi rindo, e os meninos me acompanharam pela minha maluquice.

– Carol. – Escutei a Lene e a Dorcas gritarem alegres e pularam em mim.

– Vamos roubar ela de vocês, ela volta mais tarde. – Falou Dorcas para os meninos e elas me puxaram até o banheiro do 2º andar, o banheiro que ninguém ia por causa da Murta, e elas sabiam disso.

– Como você teve coragem de fazer aquilo? – Perguntou Lene me olhando nos olhos.

– Como você encarou o professor? Isso foi uma perfeita loucura. – Falou Dorcas, e ambas estavam sorrindo.

– 1º os meninos estavam comigo, e eles sempre falam que vão estar no meu lado sempre, e 2º estávamos dentro da sala de aula, se ele me atacasse teria a sala inteira contra ele. Além de já ter passado da hora de mostrar que o mundinho que ele criou não é perfeito e ninguém é obrigado a viver nele só por que ele quer.

– Você está certa, mas nenhuma de nós teria coragem de fazer alguma coisa, nosso medo fala mais alto. – Falou Lene sorrindo de lado.

– Olha, eu também estava com medo, mas eu aprendi que nós temos que supera-los, senão eles vão nos seguir para sempre. – Falei sorrindo para elas.

– Obrigada. – Falou Dorcas sorrindo, e eu fiquei com uma cara de interrogação. – Obrigada por nos mostrar que não temos que nos submeter a ele, e por enfrenta-lo.

– Eu fiz por todas nós, todas que sofremos nas mãos deles. – Falei e nos abraçamos, e eu senti uma lagrima escorrer pelo meu rosto, que emoção. – E pode falar isso para todas as meninas, Lene, espalha para Hogwarts inteira que ninguém precisa temer um idiota como professor. – Falei fazendo movimentos com as mãos no “Hogwarts inteira”.

– Pode deixar, assim que saímos daqui, vou começar a falar para todas as meninas que sei que ele fez alguma coisa, e falar para espalhar para todas que sofreram também. – Falou sorrindo. – Mas antes vou para o dormitório deixar a minha bolsa lá, ninguém merece ficar carregando-a para cima e para baixo.

– Então vamos. – Falei e saímos do banheiro.

Seguimos para as escadas e subimos para o 7º andar rindo das piadas que nós fazíamos sobre tudo. Falamos a senha para a Mulher gorda e entremos, segui para o dormitório dos meninos, e a Dorcas falou para agradecer eles, acho que ela sabia que eles sabiam sobre tudo, e elas seguiram correndo para o nosso quarto.

Assim que entrei no quarto me joguei na cama do Six que estava vazia, eu ainda estava sorrindo pelo que as meninas tinham dito.

– E ai? O que as meninas queriam com você? – Perguntou Jay, vendo o meu sorriso.

– Queriam falar sobre o que aconteceu na aula, e elas agradeceram vocês. – Falei seitando assim que o Six saiu do banheiro e sentou no meu lado.

– Você contou para elas que sabemos de tudo? – Perguntou Remo.

– Não, mas elas sabem que eu não mentiria para vocês por muito tempo. – Respondi.

– Mas você não falou como você nos contou, não foi? – Perguntou Six sorrindo maroto sabendo a era não.

– Claro que não, se eu falasse para elas o que aconteceu naquele dia, elas iriam me chamar de louca, suicida. – Respondi sorrindo, fazendo os meninos rirem.

– Você é tipo uma vingadora anônima. – Comentou Pedro comendo uma rosquinha.

– Gostei disso, a vingadora das garotas. – Falei fingindo imaginar como seria eu ser chamada assim por Hogwarts.

– Não se esquece da anônima. A vingadora das meninas anônima. – Falou Jay sorrindo.

– Acabou com minha imaginação. – Falei fingindo estrar triste, fazendo todos rirem, incluindo eu. – Mas vou fazer uma coisa mais interessante. – Falei seguindo para a janela e abrindo-a. – Accio livro de pegadinhas. – E cinco segundos depois o livro estava em minhas mãos. – Vamos procurar uma pegadinha para usar no Zabine e no Dolohov.

– Essa é a Carol que conheço. – Falou Jay e nós sentamos no chão.

– A nossa Carol voltou. – Falou Six quase pulando, fazendo todos rirem.

– Não é para tanto. – Falei sorrindo olhando o livro.

– Não é para tanto? Sabe quando foi a ultima vez que fizemos uma pegadinha juntos? – Perguntou Six segurando o meu rosto, fazendo me olhar para ele. – Foi antes das férias de natal, provavelmente no começo do ano, aquela que nós transformamos os sonserinos em grifinórios.

– Ele está certo, faz tempo que você não para com a gente para fazer uma pegadinha. – Falou Jay. – Nós nos sentimos tão solitários. – Falou fazendo drama.

– Vocês não vivem sem mim, não é? – Perguntei sorrindo e rindo por dentro por todo aquele drama.

– Claro que não, você é a Marota, a única menina entre nós. – Falou Remo.

– A nossa Marota. – Completou Pedro.

– Para gente, assim vou chorar. – Falei fingindo que estava chorando, fazendo todos rirem e nos abraçarmos. – Foi bom voltar ao normal. Mas vamos focar no que realmente interessa, a pegadinha.

E foi assim que começamos a procurar uma pegadinha a altura do Zabine e o Dolohov, tinha que ser muito boa, chamar a atenção, mas não tanta atenção para nós, tinha que ser uma pegadinha que poderíamos usar em alguma coisa diária deles, alguma coisa simples. Depois de mais algumas páginas viradas achei uma poção, a poção de transformar.

Essa poção era bem simples, você fazia a poção e colocava um fio de pelo do animal que você queria que a pessoa que tomasse ficasse parecida, e essa poção tinha um incrível gosto de chocolate, então você poderia usa-la como bebida, um chocolate quente, por acaso, ou em algum doce, um bolinho, por exemplo; seria perfeito.

– Achei. – Falei sorrindo marota para os meninos. – Aqui, poção de transformar. – Falei e eles leram o que estava escrito.

– É perfeita. – Falou Remo sorrindo para mim.

– Agora só falta escolher bons animais para completar a pegadinha. – Falou Six sorrindo maroto para mim.

– O Dolohov poderia ser um rato. – Comentei olhando o rato do Pedro e imaginando o Dolohov com cara de rato, ficaria hilário.

– E o Zabine? – Perguntou Remo. – Tem que ser um animal bem feio.

– Poderia ser um morcego. – Falou Pedro, e eu imaginei o Zabine com cara de morcego, ficaria legal, mas ele precisava ficar mais feio.

– Tem que ser mais feio. – Falei pensando num animal.

– Uma Lhama. – Falou Jay.

– Perfeito. – Concordei com o Jay, as Lhamas são muito feias, seria perfeito.

– E onde vamos achar uma Lhama? – Perguntou Remo.

– Fácil, é só pedir para a sala precisa, que é aonde eu vou fazer essa poção. – Falei pegando o livro e sai correndo para a sala precisa.

Assim que cheguei pensei em uma sala aconchegante para os meninos e onde eu poderia fazer a minha poção sem preocupação. Abri a porta e entrei, e logo corri para a mesa de poção, pedindo todos os ingredientes que precisava.

– Nossa, você quer acabar com isso logo, não é? – Perguntou Six me olhando.

– Você não faz ideia. – Respondi olhando o modo de preparo no livro enquanto os meninos sentavam nos sofás.

Comecei a fazer a poção e ela não era muito difícil, tinha poucos ingredientes e não demorava em ficar pronta, era mais ou menos 40 minutos, no máximo 45 minutos. Assim que estava acabando, perguntei para os meninos se alguns deles sabiam fazer cupcakes, e para a minha surpresa o Six falou que fazia, já que ele começou a cozinhar em casa depois que a mãe proibiu o Monstro (o elfo domestico dos Black) de fazer ou levar comida para o Six, e ninguém daquela casa se opunha a ela, então ele teve que começar a cozinhar para não morrer de fome, então ele começou a fazer o bolinho.

Depois de mais ou menos 15 minutos a poção ficou pronta, olhei para os meninos e me virei para o Jay.

– Jay, se transforma em cervo.

– Para que? – Perguntou me olhando.

– Tenho que ver se a poção funcionou. – Respondi.

Ele me olhou e logo em seguida se transformou, e puxei um pelo dele, que voltou ao normal passando a mão na cabeça, como se eu tivesse puxado um fio de cabelo seu. Peguei um copo, coloquei o pelo e coloquei a poção em cima, logo mexi para misturar. Olhei para todos os meninos, e imaginei o Six com cara de cervo, seria muito engraçado.

– Bebe. – Falei colocando o copo na sua frente.

– Por que eu? Não pode ser o Pedro ou o Remo, ou até mesmo o Jay, que já está acostumado? – Perguntou fazendo uma careta para mim.

– Bebe isso logo, senão coloco isso goela a baixo com copo e tudo. – Falei o olhando seria, e o mesmo pegou o copo de bebeu.

– Tem gosto de chocolate. – E logo depois que falou, apareceram as famosas galhadas do cervo e o focinho do mesmo.

Peguei um espelho que tinha ali e o coloquei na frente do Six, segurando a risada.

– Eu estou parecendo o James. – Falou passando a mão no focinho e nas galhadas.

– Quem é o veado agora? – Perguntou Jay rindo com os meninos.

– Vou te matar. – Falou para mim ficando de pé.

– Espera, Six, você tem chifres agora. – Falou sorrindo, só que logo parei quando o vi com cara de assassino e vindo em minha direção. – Sirius, calma, isso machuca. – Falei me afastando dele.

– É essa a ideia. – Falou com voz de assassino.

– Remmy, me ajuda, você é mais alto e mais forte que ele. – Falei ficando atrás dele.

– Sirius, calma ai cara. – Falou Remo segurando o Six.

– Ela me fez de palhaço. – Falou com voz de choro com raiva.

– Não era a intenção, eu só queria ver como iria ficar, e como seria a reação das pessoas quando visse o Zabine e o Dolohov assim, então imaginei quem ficaria mais engraçado transformado em cervo. – Me expliquei, não era para ele ficar bravo.

– Está bem, quando o efeito passa? – Perguntou suspirando.

– Daqui à uma hora. – Respondi.

– Uma hora? Vou ficar com isso durante uma hora? – Perguntou quase gritando.

– Eu sei que vou rir durante uma hora. – Falou Jay rindo da cara do Six.

– Como você é hilário, James. – Falou Six sentando no seu lado.

– Pelo menos sabemos que funciona. – Falei dando de ombros. – Agora amanhã é só colocar a poção com os pelos dos animais no bolinho e entregar para aqueles dois idiotas. – Falei tirando o bolinho pronto do forno.

– Não pode ser agora? – Perguntou Jay sorrindo divertido.

– Hoje não vai dar, já passou a hora de jantar e eu quero que Hogwarts inteira os veja pagando mico.

– Então vamos adiantar, pegar os pelos dos animais, colocar na poção, colocar no bolinho e amanhã na hora do café nós damos para eles. – Falou Six levantando do sofá.

– E como vamos pegar os pelos? – Perguntou Remo.

– Pedro, você pode pegar um pelo do seu rato? – Perguntei e ele concordou, logo depois saindo correndo da sala precisa. – E da Lhama nós podemos pedir para a sala precisa.

– Ok, nós precisamos de uma Lhama feia. – Falou Jay, e logo apareceu uma Lhama na nossa frente, ela era bem feia.

– Legal. – Comentou Six olhando feio para a Lhama, que cuspiu nele, fazendo todos rirem.

– Eu amei essa Lhama. – Falou Jay rindo, e logo depois a Lhama cuspiu nele também, fazendo o Six gargalhar daquela forma canina dele.

– Eu vou adotar essa Lhama. – Falou Six rindo.

– Ok, chega. Segurem-na para mim. – Falei pegando um guarda-chuva ali perto.

– Por quê? – Perguntou Six.

– Vi que ela é agressiva quando arrancam um pelo dela. – Falei e abri o guarda-chuva.

– Para que o guarda-chuva? – Perguntou Remo.

– Não sou tão idiota para querer levar cuspida na cara. – Respondi e os meninos fizeram uma careta. – Vão segurar ela logo.

Assim que eles ficaram no lado dela, coloquei o guarda-chuva na frente e vi um cuspi no mesmo, e assim segui para perto dela rapidamente e puxei um pelo. Ela soltou um grito e pegou o meu guarda-chuva com a boca, e logo em seguida pedi para ela sumir ali, e assim ela desapareceu com o guarda-chuva, ainda bem que ela foi agressiva com o guarda-chuva.

– Poderia ter pedido só o pelo da Lhama, não é James? – Falou Six para o Jay, que deu de ombros.

Ri e fui colocar o pelo num copo, logo o Pedro chegou, coloquei o pelo do rato no outro copo e eu coloquei as poções nos bolinhos, fazendo um Z grande como cobertura para o Zabine e um D para o Dolohov, para eu não me confundir na hora. Assim que acabei voltamos para a sala comunal e fomos para o quarto dos meninos, e pedi para o Jay guarda-los por que se as meninas vissem isso iriam querer saber o que era.

Sexta-feira...

Nesse exato momento era 22h10mim, e eu estava saindo da minha aula de Astronomia, e hoje era dia de lua cheia, então nós íamos nos encontrar um pouco antes da meia noite na sala comunal. Agora que me lembrei do hoje no café, quando fizemos a pegadinha no Zabine e no Dolohov.

Flash Back on

Assim que chegamos ao salão principal para o café da manhã, o Jay me passou os bolinhos discretamente, eu procurei os dois sonserinos idiotas que queria encontrar, e por sorte eles estavam um no lado do outro (Zabine a direita e Dolohov a esquerda). Coloquei os bolinhos deles nessa posição em que estavam e fingi que estava amarrando o tênis.

Sentei com os meninos na mesa da Grifinória e esperei até o momento certo para agir, tinha que ser quando todos estavam distraídos. Depois de mais ou menos 10 minutos o Six falou que estava na hora, então eu fiz o feitiço para os bolinhos irem até os dois sonserinos. Assim que os bolinhos pararam na frente dele não pensaram duas vezes e já morderam.

Depois de 5 segundos o Dolohov ficou parecido com um rato (https://aureliorauber.files.wordpress.com/2010/10/rato.jpg) e o Zabine com a Lhama feia (http://passocaverde.files.wordpress.com/2010/08/lhama-12.jpg), então todos no salão começaram a rir, eu e os meninos gargalhamos, estava mais engraçado do que eu imaginei.

Claro que eles ficaram com cara de bravos, o que os deixaram mais engraçados ainda, e me fazendo rir mais ainda, isso estava melhor que eu esperava, principalmente depois que eles saíram correndo do salão principal com vergonha. Eu e os meninos ficamos rindo disso a manhã inteira. (Os meninos e eu convencemos o Remo a ficar até o almoço para ele ver a pegadinha, ele ficou com medo de dar alguma coisa errada, pois ele ficava irritado com tudo no dia de lua cheia, e nós prometemos que não deixaríamos nada acontecer, então ele ficou, e deu tudo certo).

Flash Back off

Assim que cheguei à sala comunal segui para o meu quarto e vi que todas as meninas estavam dormindo, fui até o banheiro lavar o rosto para acordar, teria uma noite longa. Depois coloquei minha calça jeans preta, uma blusa preta e meu tênis preto também, coloquei minha varinha no bolso da calça e tentei arrumar o meu cabelo o máximo possível, e até que ficou bom (http://www.polyvore.com/lua_cheia/set?id=138686902).

Quando olhei no relógio já era mais de 11h30minmim e resolvi descer. Assim que desci encontrei os meninos, nós colocamos a capa e saímos da sala comunal, seguindo para o jardim (resolvemos não ir pela passagem por que o Filch estava no andar, já que o vimos indo para lá quando estávamos descendo as escadas).

Assim que chegamos perto do Salgueiro lutador nos transformamos em nossos animagos e o Pedro foi apertar o nó, como de costume. Assim que entramos o Remo já estava transformado em lobisomem e começamos a distrai-lo e segura-lo para ele não ficar se mordendo, tudo normal. Até discutimos falando onde cada um deveria segurar o Remo, coisa normal de nós Marotos.

Passamos a madrugada assim e quando era quase 5 horas da manhã, horário que o Remo começa a ficar um pouco mais calmo pelo cansaço, ele ficou mais agitado, começou a se morder, e depois tentou morder a gente. Eu não estava entendendo nada, isso não era normal.

“Não é que ele veio.” Comentou Sirius.

“Ele quem, Sirius? O que você fez?” Perguntou Jay enquanto eu tentava segurar o Remo, e eles conversavam mais a trás.

“Eu meio que falem que se o Ranhoso quisesse descobrir o segredo do Remo, já que ele não parava de falar disso, para ele vir até aqui descobrir.” Respondeu.

“Você o que?” Gritei indo perto dele, e deixando o Remo com o Jay. “Você quer que seu amigo se sinta horrível e causar uma morte ou uma desgraça?” Perguntei gritando para o Six e dei uma patada nele bem forte.

“Não, claro que não; eu não achei que o Snape viria aqui mesmo, achei que ele acharia que estaria brincando.” Respondeu. “O que foi que eu fiz?” Perguntou para si mesmo depois de um tempo.

“Merda, você fez merda, Sirius.” Respondeu Jay, mas não adiantava ficar brigando agora, o Remo estava ficando mais agressivo e isso significava que o Snape estava mais perto.

“Não adianta brigar agora. Eu vou tentar fazer o Snape voltar e vocês seguram o Remo.” Falei e sai correndo pela passagem.

Assim que sai, avistei o Snape a alguns metros do Salgueiro, perto o bastante para tudo o que o Remo estava fazendo. Corri em direção a ele e pulei em cima do mesmo, o fazendo cair de costas na grama, então eu agarrei a manda da blusa dele e comecei a puxa-lo para longe, tudo em forma animaga.

– Sai, sai cachorro. – Falou tentando me soltar as sua manga, mas como eu não o soltava me deu um soco, perto o olho. – Ninguém vai me fazer parar, eu vou descobrir o segredo do Lupin.

Corri para trás de uma pedra, eu não podia me transformar em humana na frente do Snape, então depois que voltei ao normal, corri até ele de novo.

– Snape, você tem que sair daqui. – Falei ficando na frente dele.

– Pronto, chegou a protetora deles. Eu vou descobrir o segredo do Lupin. – Falou me empurrando para o lado.

– Snape, eu não estou brincando, você tem que sair daqui. – Falei parando ele.

– Por que eu deveria te ouvir? – Perguntou parando.

– Eu estou tentando salvar a sua vida, então me escuta e entra na escola. – Falei e comecei a empurra-lo para longe.

– Você não vai me fazer parar, Caldin. – Falou me jogando no chão e continuando a andar para o Salgueiro.

– Não vou deixar você chegar perto do Salgueiro. – Falei o puxando pela mão, gola da camisa, por onde eu conseguia segurar.

– Me solta, sua traidora do sangue nojenta. – Falou duelando comigo para eu soltar ele.

– Para de ser cabeça dura e me escuta, se você entrar lá você vai morrer. – Falei puxando-o.

– Escuta ela, Snape, não acredito que estou dizendo isso, mas estamos tentando salvar a sua vida. – Falou Jay chegando ao nosso lado, o que ele está fazendo aqui?

– Não estou nem ai, eu vou descobrir o segredo do amiguinho de vocês. – Falou e então eu e o Jay começamos a empurra-lo para longe, agora está mais fácil.

Depois de alguns metros andados, estávamos quase chegando da distancia mínima para o Remo não sentir o nosso cheiro quando um lobisomem sai pela passagem do Salgueiro, e vinha direto na nossa direção. O Jay me empurrou para o lado e ficou na frente do Snape, sendo atingido por uma patada do Remo, fazendo ele e o Snape caírem.

Logo em seguida o Six em forma de cachorro pulou nas costas do Remo chamando a atenção do mesmo. Corri até o Jay e me ajoelhei na sua frente.

– Jay, você está bem? – Perguntei.

– Estou, e o Snape? – Respondeu fazendo uma careta.

– Ele desmaiou. – Respondi vendo ele no chão, desmaiado.

– E agora, o que vamos fazer? – Perguntou, e logo em seguida escutei um choro de cachorro, e vi o Six no chão.

– Tenta levantar, que eu distraio o Remo. – Respondi e logo me transformei em cachorra.

Corri até onde estava o Remo, e ele estava indo atacar o Six, então pulei em cima dele, fazendo sua atenção voltar para mim. Ele rosnou e eu rosnei para ele, eu não queria machucar o Remo, eu só precisava distrai-lo.

“Six, levanta e vai ajudar o Jay” Falei para o Six.

“Eu estou tentando, mas a minha pata está doendo.” Respondeu tentando levantar.

Olhei para o Remo e ele ainda estava olhando para mim, então sentiu algum cheiro e olhou para trás, em direção ao Jay, que tinha se mexido e estava sangrando. Pulei em cima do Remo de novo para chamar a atenção dele para mim novamente, mas ele simplesmente me jogou para longe.

Votei ao normal e pensei no que eu poderia fazer, em forma de cachorra já não adiantava, o Remo não estava mais interessado. Então vi umas pedras e comecei a jogar ele, mas ele simplesmente olhou para mim e rosnou, voltando a andar para o Jay que estava tentando tirar o Snape de lá.

Peguei uma pedra mais pontiaguda e cortei a minha mão, se era sangue que chamava a atenção do Remo, era sangue que eu iria dar. Depois de sair uma boa quantidade de sangue, esfreguei as mãos uma na outra para espalhar o sangue, isso iria chamar mais atenção que o sangue do Jay. Então joguei a pedra do Remo gritando:

– Ei, lobinho, olha para mim. – Falei e quando ele me olhou levantei as mãos e as mexi, fazendo o cheiro fluir pelo ar.

– Carol, o que você está fazendo? – Perguntou Jay vendo o sangue em minhas mãos.

– Estou chamando a atenção dele. – Respondi começando a dar passos para trás, e logo em seguida o Remo começou a correr atrás de mim. – Tire o Snape daqui. – Gritei para o Six.

Eu iria correr para a floresta, era o lugar mais perto, mas o Remo pulou na minha frente, me fazendo mudar de direção e indo para a passagem. Pulei na passagem logo sendo seguida pelo Remo, e para ele não perder a atenção de mim, comecei a passar a mão na parede para deixar um rastro de sangue para ele seguir e sentir o cheiro.

Enquanto corria, o Remo chegava perto, e eu corria mais rápido, quase escorreguei e o Remo quase me alcançou, mas logo sai correndo de novo. Assim que acabou a passagem subi as escadas para o andar de cima, acabei tropeçando na escada e eu cai colocando as mãos na escada, e logo voltando a subi-las (quase que o Remo pega o meu pé).

Assim que acabei de subir, fui para a sala, e o Remo acabou me colocando contra a parede, já que não tinha outro lugar para rir. Eu virei para ele e o olhei nos olhos, seus olhos estavam vibrados, parecia que não estava pensando direito.

– Remo, sou eu. – Falei para ele enquanto o mesmo chegava perto. – Remo, por favor. – Falei quando ele estava muito perto de mim. Ele levantou a pata, acho que iria me bater. – Remo! – Gritei e me transformei em cachorra bem na hora que ele iria me bater, passando por baixo da sua perna, mas acabou que ele bateu a sua pata em mim, me fazendo voar até bater as costas na lareira e cair no chão.

A dor era insuportável, quase não conseguia me concentrar para continuar sendo animaga de tanta dor. Estava tudo começando a ficar borrado, vi o Remo ainda em forma de lobisomem olhar para mim e dar um passo na minha direção, mas bem nesse momento ele começou a voltar ao normal, e quando eu vi que o Remo tinha voltado e estava desmaiado no chão, deixei a dor me consumir e acabei desmaiando.

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Acordei com uma dor de cabeça, e nas costas, e senti alguém mexendo na minha mão. Quando olhei para o lado vi o Six fazendo um curativo na mão que eu tinha cortado para chamar a atenção do Remo, e também percebi que estava com um pano úmido na cabeça. Quando ele acabou de fazer o curativo, segurei a sua mão, fazendo-o olhar para mim.

– Obrigada. – Agradeci sorrindo.

– Não fiz mais que minha obrigação. – Falou e me ajudou a sentar, e acabou sentando no meu lado colocando a minha perna em cima dele. – Afinal a culpa foi minha. – Ele parecia muito triste por tudo o que aconteceu.

– É verdade, e eu tenho vontade de te bater por isso. Mas não vou fazer isso por que sei que não foi de proposito, você falou sem pensar. – Falei fazendo-o abaixar a cabeça, e eu acabei mexendo no seu cabelo.

– Eu poderia ter feito o Remo matar alguém. – Falou olhando para mim. – Por que eu não penso antes de falar?

– Porque é de você isso, Six. – Falei sorrindo para ele, mas ele ainda estava meio incomodado do que fez. – Olha Sirius, não adianta ficar se culpando por uma coisa que já passou. Você sabe que foi errado, mais não fica pensando no pior, não aconteceu nada.

– Quando eu e o Jay chegamos aqui o Remo estava coberto de sangue no chão desmaiado, e você estava jogada no chão desmaiada também, e respirando fraco, quase achamos que você tinha morrido, você estava mais pálida que papel. – Falou.

– Eu estou bem. Para de ficar pensando nessas coisas. – Falei e sentei no seu colo. – Se você não parar vou ser obrigada a te bater. – Falei e apoiei a minha cabeça no seu ombro, e abraçando o seu pescoço.

– Está bem. – Respondeu me abraçando e sorrindo de lado.

– Onde está o Jay? – Perguntei olhando em volta.

– No quarto cuidando do Remo. – Respondeu.

– E ele sabe feitiços de cura? – Perguntei, tenho quase certeza que a resposta é não.

– Não. – Respondeu rindo, e eu ri com ele.

– Vou lá salvar o Jay. Ou seria mais certo ir para salvar o Remo? – Perguntei fazendo graça, e o Six riu mais ainda. – Esse é o Sirius que eu conheço. – Falei e deu um beijo apertado na sua bochecha e logo indo para o quarto.

– Como que faz isso? – Escutei Jay perguntar para você mesmo enquanto olhava um algodão e alguma coisa que não reconheci.

– Quer ajuda? – Perguntei chegando ao se lado.

– Carol, você acordou. – Falou sorrindo para mim. – Você pode me ajudar? Eu não tenho a mínima ideia do que eu estou fazendo.

– Claro, deixa comigo. Vai conversar com o Six, porque ele está preocupado com tudo o que aconteceu, distrai ele. – Falei e ele concordou.

Ele levantou, me deu um beijo na bochecha e saiu do quarto, me deixando sozinha com o Remo dormindo, ou desmaiado ainda. Comecei a passar o algodão com a água que tinha ali para tirar o sangue dos machucados, que eram muitos. Demorei um bom tempo tirando o sangue, e quando eu consegui ver com clareza cada machucado dele, comecei a fazer um feitiço que li no diário da minha avó para cicatrização em minutos.

Já deveria ter se passado meia hora desde que comecei a cuidar o Remo, e ele tinha muitos arranhões, algumas mordidas, e eu consegui identificar um corte feito por uma pedra que joguei. Depois de mais ou menos 10 minutos todos os cortes deles estavam cicatrizados, só tinha um pequeno corte no ombro, provavelmente por uma mordida.

– Carol? O que aconteceu? – Perguntou Remo acordando.

– Nada de mais, só uma noite difícil. – Respondi, não seria bom contar agora o que aconteceu.

– Cadê os meninos? – Perguntou se mexendo um pouco.

– Estão na sala. – Respondi e ele tentou sentar. – É melhor ficar deitado, faz pouco tempo que os seus machucados cicatrizaram. – Falei o deitando de novo.

– Carol, eu quero levantar. – Falou me olhando nos olhos. – Por favor, não me faça levantar sozinho.

– Está bem. – Respondi e fui até a porta. – Meninos me ajudam aqui, o Remo quer ir ai na sala e eu não tenho condições de leva-lo até ai.

Os mesmos levantaram e vieram para o quarto, ajudando o Remo a levantar, seguimos para a sala e o sentamos numa das cadeiras da mesa, logo em seguida sentamos Jay no lado do Remo, e eu e o Six na sua frente (Six na frente do Remo e eu na frente do Jay, mais precisamente). E ficamos olhando um para o outro.

– O que aconteceu essa noite? Eu sei que não foi uma noite normal de lua cheia. – Respondeu Remo nos olhando, então eu, Six e Jay trocamos olhares.

– O Snape veio aqui no Salgueiro de madrugada. – Respondeu Jay.

– Como assim? – Perguntou Remo sem entender.

– Eu falei para ele vir aqui se queria descobrir o seu segredo, mas eu nunca pensei que ele acreditaria em mim, não com tudo o que eu faço com ele. – Respondeu Six.

– Você o que? Ficou maluco, Sirius? Você sabe o que poderia ter acontecido?... – Começou a falar Remo, quase gritando na realidade, e o Six olhou para o lado.

– Remmy. – Falei o fazendo parar e me olhar. – Ele sabe. – Completei e indiquei o Six para o Remo ver que ele sabia que tinha feito uma besteira.

– Está bem, não vai adiantar nada ficar falando sobre isso, passado é passado. Eu não machuquei ninguém, não é? – Falou e perguntou se acalmando.

– Não. – Respondeu Jay.

– Não precisam fingir que não estão irritados comigo, eu sei que estão. – Falou Six levantando e indo até a porta da sala.

Eu olhei para os meninos e levantei chegando perto do Sirius.

– Não estamos irritados com você, só meio bravos e preocupados, pois agora o Snape sabe o segredo do Remo e não sabemos o que ele vai fazer, mas sabemos que você não fez de proposito. – Falei ficando na frente dele e encostando a minha mão no seu ombro, e ele só me olhou duvidando. – Dá um sorriso. – Falei fazendo bico, mas ele continuou com a mesma cara. – Six, Sirius, Almofadinhas, Cachorro, Poodle, Chato, irritante... Vai da um sorriso. – Falei pulando como se tivesse fazendo manha, e ele deu aquele sorriso maroto. – Esse é o Sirius que a gente conhece. Nem eu e nem eles... – Falei virando o Six para olhar o Remo e o Jay. – Gostam de te ver daquele jeito. – E os meninos concordaram.

– Ninguém vai te culpar pelo que aconteceu, como você disse, ninguém iria esperar que o Snape escutasse o que você falou e levasse a serio. E o Ranhoso veio aqui por que quis, ninguém o obrigou. – Falou Remo sorrindo.

– E como eu tinha prometido antes. – Falei e dei um soco nele, e me olhou sem entender. – Eu falei que se te visse pensando naquilo de novo eu iria te dar um soco.

– Vem cá. – Falou e me abraçou pelo pescoço, logo começando a bagunçar o meu cabelo.

– Six, o cabelo não. Me solta. – Falei tentando me soltar dele enquanto os meninos riam, e quando ele finalmente me soltou começou a rir do meu cabelo totalmente bagunçado. Dei uma arrumada no meu cabelo e pulei nas costas do Six. – Chato, irritante, idiota, e totalmente maroto. – Falei mexendo no seu cabelo, o fazendo ir, e fazendo os meninos rirem mais ainda, e logo em seguida me segurando para não cair ainda nas suas costas.

Eu e os meninos ficamos rindo por um bom tempo, e eu continuei nas costas do Sirius por todo esse tempo. Depois de alguns minutos o Pedro voltou com a comida, e todos nós fomos comer. Comemos calmamente rindo das piadas que os meninos faziam, parece que ninguém mais queria tocar no assunto do que aconteceu de madrugada.

Depois que comemos nós ficamos conversando sobre coisas banais, então eu comecei a pensar em tudo o que aconteceu com a gente em momentos que não queríamos, encontros indesejados, esbarros com quem não queríamos, quase sermos pegos em varias pegadinhas que fizemos, e fiquei pensando se teria algum jeito de descobrirmos onde as pessoas estavam para não termos o azar de encontra-las.

– No que está pensando, Carol? – Perguntou Six que estava sentado no meu lado.

– Um jeito de nós sabermos onde as pessoas estão antes de encontra-las. – Respondi. – Acho que seria uma boa, quantas vezes nós já encontramos alguém que não queríamos ou quase fomos pegos em pegadinhas?

– Seria muito legal. – Concordo comigo Pedro.

– Nós podíamos fazer um mapa. – Sugeriu Jay.

– E como nós vamos fazer isso? Desenhar a mão cada lugar que queremos? – Perguntou Remo.

– Não, eu li num livro que tem um feitiço que faz um mapa mostrando todo o lugar que você deseja e cada pessoa naquele lugar. – Respondeu Jay.

– E qual é o nome do feitiço? – Perguntei.

– Eu não me lembro. Eu li isso a um ano, achei esse livro na sessão reservada. – Respondeu Jay.

– Aquela vez que você não conseguia dormir e foi na biblioteca? – Perguntou Six.

– Isso. – Concordou Jay.

– Espera, você foi à biblioteca ler? – Perguntou Remo, ele e o Six nunca entrar numa biblioteca, nem se forçamos eles.

– Com certeza naquele dia choveu. – Falei fazendo graça.

– E choveu mesmo, choveu tanto que nem saímos da sala comunal, num sábado. – Falou Six.

– Então vai chover em dobro dessa vez, já que vamos à sessão reservada hoje a noite ver esse feitiço. – Falei olhando os meninos.

– Nós vamos? – Perguntou Pedro.

– Sim, eu, Six e Jay. Você e o Remo ficam aqui para não ir muita gente. – Respondi.

– E três pessoas é pouco para você? – Perguntou Six, e eu olhei para ele.

– Sim. Eu vou para lembrar do feitiço, já que vocês dois são dois cabeças de vento. – Falei e ambos me olharam indignados. – Jay vai para me mostrar o livro. E você para ficar de guarda para ninguém nos pegar.

– Por que não pode ser o Pedro? – Perguntou Six.

– Por que ele vai ficar aqui cuidando do Remo. – Respondi.

– Ei, eu não preciso de babá. – Falou Remo.

– Não, não precisa. Mas você acabou de passar por uma lua cheia e precisa de descanso. – Falei para o Remo.

– E o Pedro vai fazer isso? – Perguntou Six com voz de deboche, acho que ele não percebeu, mas magoou o Pedro com esse comentário.

– Vai. E para de querer sair da sua responsabilidade, você vai comigo e pronto final. – Falei brava para ele. – Vem Pedro, vamos pegar o almoço. Vai descendo que vou pegar a minha varinha, provavelmente ela deve estar no banheiro. – Falei para o Pedro na escada, que concordou com a cabeça, e segui para o banheiro.

– Não entendi o porquê daquilo. – Escutei o Six comentar para os meninos.

– Ela é menina, não discute, só obedeça. – Falou Jay, sabias palavras meu amigo veado, e olha, achei a minha varinha em cima da pia.

– Eu não obedeço nenhuma menina, ninguém manda em mim. – Falou Six, sorri marota com aquele comentário.

Assim que cheguei à porta da sala, joguei um feitiço no Six e logo fiquei no lado dele.

– Você vai me obedecer, não vai Six? – Perguntei sorrindo marota.

– Wrolf. – Latiu. E esse era o feitiço, agora o Six vai ficar latindo durante meia hora em vez de falar.

– Bom cacho... Ops, menino. – Falei batendo na sua cabeça como se ele fosse um cachorro, fazendo os meninos caírem na gargalhada.

– Wrolf, Wrolf, Wrolf. – Latiu Six bravo para mim, mas fingi nem escutar e desci as escadas, e os meninos ainda estavam rindo. – Wrolf, Wrolf, Wrolf.

– Desculpe Sirius, não falo cachorres. – Falou Remo entre risadas.

– Se imagino o que você falou, a resposta é: Desculpe cara, é muito engraçado. – Escutei Jay falar entre risadas já quase no final da escada.

– Wrolf. – Escutei o Six latir, imagino que querendo falar “Merda”.

– Isso não vai durar muito, vai? – Perguntou Pedro já na passagem para mim.

– Não, daqui a 30 minutos o efeito passa. – Respondi sorrindo de lado e marota.

Seguimos para a cozinha em silencio, não tínhamos muito o que conversar, o Pedro nunca foi de falar muito, desde que nos conhecemos. Chegamos à cozinha, pedimos alguma coisa para comer e os elfos trouxeram duas cestas de piquenique cheias de comidas. Saímos da cozinha e fomos voltando para os jardins, quando a Lene, Dorcas e Lily apareceram (parece que a Alice está aproveitando o dia com o Frank).

– Carol, onde vocês estão indos? – Perguntou Dorcas vendo as duas certas em nossas mãos.

– Nós vamos fazer um piquenique. – Menti para elas.

– Eba! Podemos participar? – Perguntou Lene.

– Não! – E acho que fui meio grossa. – É que nós vamos ficar conversando de coisas que vocês não vão gostar. – Completei meio enrolada.

– Por exemplo? – Perguntou Lily cruzando os braços, acho que ela estava percebendo que estava mentindo.

– Pegadinhas. – Respondeu Pedro sem preocupação.

– É isso não faz a minha cara. – Concordou Dorcas.

– Vão só vocês dois? – Perguntou me olhando com malicia, essa menina só pensa nisso?

– Claro que não, vai eu, Pedro, Remo, Six e Jay. – Respondi sorrindo, essa eu não estava mentindo.

– Black e Potter no mesmo lugar? Agora que não vou mesmo. – Falou Lily. – Vamos meninas, vamos fazer alguma coisa mais útil do que ficar falando de pegadinhas. – Acho que a Lily está de mal humor.

– Nos vemos mais tarde? – Perguntou Dorcas.

– Acho que não, hoje é sábado e com certeza eu e os meninos vamos ficar até tarde conversando sem ver a hora passar. – Respondi, não era totalmente mentira.

– Então nós nos vemos outra hora. – Falou Lene sorrindo e as três deram as costas para nós.

– Desde quando você mente tão bem assim? – Perguntei para o Pedro voltando a seguir para o Salgueiro.

– Acho que sempre. – Respondeu dando de ombros.

– E por que nunca mostrou? – Perguntei.

– Não sei, vocês sempre tinham alguma coisa para falar. – Respondeu. – Acho que eu sou um ninguém perto de vocês. – Comentou triste.

– Por que você está falando isso Pedro? – Perguntei.

– Qual é? Eu não nem o mais inteligente, ou bonito, maroto, ou o que faz a diferença, eu só sou o gordinho que todos acham que vocês são meus amigos por pena. – Respondeu.

– Não fala isso Pedro, você é nosso amigo, e tem qualidades também. – Falei, por que ele inventou de falar isso agora?

– Eu só sirvo para pegar comida para vocês, vocês não confiam em mim para fazer alguma coisa, você escutou o Sirius. – Estão era por isso.

– Pedro, não é verdade, você é nosso amigo por que confiamos em você, sabemos que você nunca faria nada contra a gente. – Falei e passei meu braço esquerdo pelo seu ombro, ainda bem que ele é da minha altura. – E se você acha que não é importante, imagina o Sirius tentando parar o Salgueiro toda a lua cheia com aquele jeito dele de não faço nada. – Falei e o Pedro riu. – E o James com aquela galhada enorme que ele tem, o Salguei iria pegar ele pelos chifres. – Falei e ele riu mais ainda. – Não importam o que falam de você, você vai continuar sendo o nosso amigo Pedro barra Rabicho.

– Obrigado Carol. – Falou sorrindo para mim.

– Só falei a verdade. – Falei e chegamos ao Salgueiro.

O Pedro me passou a cesta e se transformou num rato, logo em seguida apertou o nó e eu pude entrar na passagem, devolvendo a cesta para o mesmo, e assim seguimos pela passagem.

– Sabe o que reparei, você é o único que tem um apelido criativo. – Falei e ele me olhou sem entender. – Juntar rato com o barulho do chicote foi genial. – Falei mexendo as mãos para mostrar o quão grande tinha sido e ele riu.

– Não é verdade. – Falou sorrindo.

– É sim. O meu é só olhar a mancha branca em volta do olho, do Jay são as pontas das galhadas dele, do Remo o fato dele ter aquele “problema peludo” com a lua, como diz o Six, e o Six é a pata dele, como se nenhuma pata de outro cachorro fosse fofa. – Falei e ele riu abertamente. – E você também é o único que não tem um apelido maldoso ou mais estranho que o outro, exemplo: Veado, Cachorro, Poodle, Chihuahua, Lobinho, Senhor Lua, Corno. – Falei e ele gargalhou, a risada o Pedro era engraçada.

– Sabe um apelido que seria engraçado para o James? Galhada. Imagina. – Falou rindo.

– Senhor Galhada, olha o senhor galhada, o cara que tem galhadas na cabeça. – Comecei a falar e nós começamos a rir histericamente.

– Essa foi boa. – Falou rindo, então chegamos ao final da passagem.

– A sua ideia para apelido que foi boa, seria hilário ver a cara do Jay quando alguém falasse isso. – Falei rindo.

Acabamos de subir a escada tentando acalmar as nossas risadas, e quando chegamos os meninos nos olharam com cara perguntas.

– Do que estão rindo? – Perguntou Jay sorrindo para nós.

– De uma piada que o Pedro contou. – Respondi.

– Pedro contou uma piada? – Perguntou Six, quando ele vai perceber que o mundo não gira em trono dele?

– É, ele contou. – Respondi e colocamos as cestas na mesa. – Parece que o nosso cachorrinho parou de latir. – Falei sorrindo marota para o Six, fazendo os meninos rirem.

– Muito engraçado. – Falou com uma careta. – Só aviso uma coisa, vai ter volta Caroline Caldin, vai ter volta. – Falou e começamos a comer, não estava nem um pouco preocupada.

Depois de comermos fomos dormir um pouco, já que passamos a madrugada acordados e provavelmente vamos passar essa de novo. Conjurei três colchões para os meninos dormirem, já que eu iria dormir no sofá e o Remo no quarto (que eu limpei por causa do sangue). Logo que deitamos dormirmos em segundos, acho que todos estavam cansados, e com razão.

Assim que acordei vi que os meninos estavam dormindo ainda, então eu fui ao banheiro fazer minhas necessidades, deveria ser quase 6 horas da tarde. Fui ao banheiro e lavei o rosto para acordar melhor, já tinha dormido de mais hoje. Assim que abri a porta encontrei o Six na frente dela sorrindo maroto, o que esse menino está tramando?

– Que foi Six? – Perguntei desconfiada. – Você está tentando me pegar desprevenida para fazer a sua vingança?

– Não. – Respondeu meio enrolado, e eu levantei uma sobrancelha. – Está bem, eu tentei pensar em alguma coisa, mas nada que eu poderia fazer iria te surpreender.

– Eu disse. – Falei sorrindo marota para ele.

– Convencida. – Falou e entrou no banheiro comigo. E lá vem a pergunta: O que ele está tramando?

– Six...? – Comecei a perguntar mais ele me cortou.

– Não vou fazer nada, só quero conversar com você, mas reservados. – Falou.

– E num banheiro é uma boa ideia? – Perguntei, e ele riu.

– Não é o melhor lugar, mas é o único que temos no momento. – Respondeu e eu pedi para ele falar o que queria falar com um olhar, ele me entenderia. – Eu queria perguntar por que toda aquela sena mais cedo? Por que não pode ser o Pedro a ir com vocês, tem que ser eu?

– Por que eu quero que você vá. – Respondi, mas ele me olhou com uma cara que não acreditou. – Está bem. – Falei e sentei na pia. – Eu não quero que você fique aqui com o Remo. – Essa é a verdade.

– Por quê?

– Você e sua cabeça dura... – Falei puxando ele e balançando a sua cabeça. – Vão ficar pensando no que aconteceu, e você tem que esquecer o que aconteceu, e por isso quero que você vá comigo e com o Jay, para se distrair.

– Você me conhece tão bem assim? – Perguntou sorrindo.

– Você é meu melhor amigo Sirius, eu te conheço desde os 11 anos, provavelmente te conheço melhor que eu mesma. – Falei sorrindo e ele riu daquele jeito dele que mais parece um latido.

– Você não existe. – Comentou ainda rindo.

– Existo, senão você estava falando sozinho no banheiro, e todos estariam te chamando de louco. – Falei brincando e ele riu mais ainda. – Vamos sair logo desse banheiro que está ficando estranho.

Eu desci da pia e abri a porta, mas antes de sair o Six fechou ela de novo, e quando eu olhei para ele para perguntar por que ele tinha feito aquilo, ele me abraçou. Eu não entendi nada, mas eu o abracei também, acho que ele estava carente, o Six fica carente?

– Você tem que para de ficar se preocupando com os outros, sabia? – Sussurrou Six no meu ouvido, ainda me abraçando.

– Eu sei, mas eu não consigo. – Respondi sorrindo.

Ele me deu um beijo na bochecha bem apertado, e depois abriu a aporta para sairmos. Assim que saímos vimos que os meninos ainda estavam dormindo, e não acordaram com o Six rindo? É um milagre. Então o Six olhou para mim e sorriu maroto, o que ele ia aprontar? Ele subiu na mesa e falou:

– Solta o som! – E fez um feitiço que não conhecia, e logo em seguida começou a tocar uma música bem animada e ele começou a dançar em cima da mesa.

Vocês já sabem que o Sirius não sabe dançar, então a sena estava muito engraçada. Eu comecei a gargalhar com o Six dançando, ele estava sorrindo divertido. Depois de alguns segundos dançando ele me puxou para cima da mesa também, então nós dois começamos a dançar, e claro que eu estava rindo muito.

– Six, você não sabe dançar. – Falei para ele enquanto dançávamos.

– Eu sei, por isso que é engraçado. – Simplesmente respondeu, e eu gargalhei dançando.

Então os meninos acordaram e viram o Six e eu dançando iguais a loucos e começaram a rir também, o Remo até veio para a sala ver o que estava acontecendo, e começou a rir logo em seguida. Depois que os vimos acordados descemos da mesa e começamos a dançar no lado deles, e depois de alguns segundos estavam todos dançando também.

Aproveitei que todos estavam distraídos e conjurei a minha câmera, tirando uma foto, iria ficar ótima com a poção de fotos, imagina ver uma foto com pessoas dançando, seria hilário.

– Não acredito que você tirou foto? – Perguntou Jay rindo.

– Tinha que registrar isso. – Respondi também rindo.

– Já está quase na hora do jantar, vamos indo para a biblioteca? – Perguntou Six e com um aceno de varinha fez a música parar de tocar.

– Vamos. – Respondeu Jay e logo depois eu, ele e o Six estávamos na passagem.

Fomos andando calmamente até Hogwarts, era mais ou menos 8h25mim imagino, não jantaríamos lá por que ainda tinha comida do almoço, e iriamos dormir na casa dos gritos de novo. Assim que entramos no castelo vimos varias pessoas indo para o salão principal, inclusive o Snape, e assim que o Jay e o Six o viram, correram atrás dele e o puxaram para um corredor que não tinha ninguém.

Eu só os segui, sabia o que eles iriam fazer e eu não iria atrapalhar.

– Me soltem. – Falou Snape fazendo o Jay soltar a gola da sua camisa.

– Escuta aqui, se você falar alguma coisa do que aconteceu hoje... – Começou a falar Jay, mas o Snape o cortou.

– Sobre o amiguinho de vocês Lupin, ser um lobisomem. Vocês têm que culpar esse dai, foi ele que me disse para ir lá. – Falou ele indicando o Six com a cabeça, já que o Jay estava o prendendo na parede.

O Six, como um bom cabeça dura e esquentada que é, deu um soco no Snape, deixando-o com uma possível bochecha roxa.

– Cala a boca. – Falou Six durante o soco.

– Olha aqui, Snape, nenhum de nós quer que aconteça um assassinato aqui. – Falei tirando o Six de perto dele e ficando no lado do Jay. – Portanto espero que você não fale para ninguém que o Remo é um lobisomem.

– O Dumbledore sabe disso? – Perguntou.

– Claro que sabe, você acha que ele deixaria entrar um lobisomem aqui na escola sem tomar precauções, foi ele que fez aquele esconderijo para o Remo ficar em noite de lua cheia, e se você contar para alguém vai estar desrespeitando a escolha do Dumbledore. – Eu sabia que o Snape tinha uma adoração pelo Dumbledore, ele o achava o cara mais esperto do mundo.

– Está bem, eu vou contar, por respeito ao Dumbledore. – Falou olhando para mim, e o Jay acabou soltando ele.

– É melhor mesmo, e se você contar para alguém... – Falei e dei uma rasteira nele, fazendo-o cair no chão. – Você vai se ver comigo, e eu não vou ter piedade por causa da Lily. – Falei o olhando mortalmente.

Eu sai puxando os meninos, já tínhamos falado tudo o que queríamos, até tinha deixado o Six dar um soco no Snape merecido. E a rasteira? Eu sei que foi meio desnecessário isso, mas eu queria mostrar para ele que eu posso ser muito perigosa e inesperada quando quero, e também queria vê-lo no chão, por tudo o que ele já me falou e eu fiquei quieta e não fiz nada em consideração a Lily.

Eu e nos meninos seguimos para a biblioteca, que já estava fechada (Madame Pince começou a fechar a biblioteca antes do jantar, assim ninguém ficava lá sem comer), mas como somos quem somos, nós sabíamos como abrir em um piscar de olhos. Jay foi para a porta enquanto eu e o Six olhávamos em volta para ver se não tinha ninguém vindo (nossa, falando assim parece que estamos roubando, o que não é verdade).

Assim que o Jay abriu a porta entramos e passamos por toda a biblioteca até chegar à sessão reservada, e fizemos um feitiço para abrir o cadeado que a Madame Pince coloca toda noite (ela começou com isso esse ano, parece que o ano passado tinha alunos que roubavam livros de lá, e depois nós é que somos os malvados do colégio, pelo menos nunca roubamos), e assim que estramos o Jay nos levou até a estante que estava o livro, e o Six ficou olhando o corredor em baixo da capa, para se ele ver alguma coisa nos falar sem ser visto.

Jay me falou que o titulo do livro era alguma coisa com ou parecida com feitiços de mapas, então eu e ele começamos a procurar o livro. Depois bons minutos ali, mais de 20 minutos com certeza, o Jay falou que tinha achado o livro, e o titulo era “Mapas feitos com apenas um feitiço”. Tinha todos os tipos de mapas, mapas para mares, mapas para casas, cidades, países, mapas para lugares como um castelo (mas todos esses era um mapa normal, aquele de trouxas, e precisávamos de um que mostrasse todas as pessoas naquele lugar).

Depois de virarmos mais umas 30 páginas, e já tínhamos virados umas 50, chegamos à parte de mapas mágicos para bruxos em especial. Viramos mais algumas páginas e achamos a parte que falava de um feitiço que fazia o mapa de onde você queria e mostrava todos que estavam nessa área, era exatamente o que queríamos.

O feitiço era simples, você falava “Chart of Populus” tocando a sua varinha num pergaminho e imaginava o lugar, e assim o pergaminho iria ganhando a forma, e até dava um toque a mais, aumentava o pergaminho de precisava, era o máximo. Decorei tudo o que estava escrito, e visualizei cada palavra que tinha ali (às vezes eu conseguia lembrar de cada palavra que estava nos livros, tipo memoria fotográfica), então virei para o Jay e Six e falei que poderíamos ir.

Seguimos para a porta da sessão reservada, nenhum de nós estávamos com a capa da invisibilidade (que por acaso estava nas mãos do Jay), assim que passamos o Six fechou a mesma e a fechou com o cabeado, fazendo um barulho mais alto que o esperado para trancar.

– Quem está ai? É melhor aparecer? – Escutamos o Filch falar, mas parece que ele estava fora da biblioteca ainda.

– E agora, o que vamos fazer? – Perguntou Six sussurrando.

– Vem. – Falei sussurrando levando eles até a passagem.

Assim que a abri, eles entraram e então o Six perguntou:

– Para onde vai dar? – Ele parou bem na porta.

– 6º andar. – Respondi.

– É quase o dobro do caminho que demos. – Falou Jay.

– Vocês preferem ser pegos pelo Filch? – Falei e eles acabaram entrando.

– Não adianta de esconder. – Ouvi o Filch falar, e vi as luz da sua lanterna já perto da ultima estante, perto de onde estávamos.

Virei para os meninos e peguei a capa do Jay.

– O que você vai fazer? – Perguntou Jay.

– Ficam ai. – Apenas respondi e fechei a porta.

Coloquei a capa bem a tempo de o Filch aparecer com a Madame Nor-ra, teria que tira-lo daqui e faze-lo procurar em outros lugares. Andei divagar até chegar à sua frente, quase na sua frente, e tirei um pouquinho da minha varinha para fora da capa. Apontei a varinha para in livro na estante atrás do Filch e fiz um feitiço, fazendo o livro cair no chão.

– Pode sair de onde estiver. – Falou Filch e foi para a estante, ver se tinha alguém ali (acho que a Madame Nor-ra não estava muito afim de sair procurando pessoas, o que foi a minha sorte).

Quando ele chegou à estante do livro, fiz o feitiço Depulso para mexer uma cabeira, parecendo que a pessoa tinha esbarrado nela sem querer. E assim que ele olhou para onde tinha as mesas, fiz um feitiço para a porta abrir e fechar com um estrondo, como se a pessoa saiu de lá correndo e nem quis se preocupar com a porta.

– Vamos Madame Nor-ra, com certeza o nosso fugitivo está no corredor. – Falou Filch e saiu andando rápido, e ele andava tão rápido que parecia a velocidade de alguém correndo, com a Madame Nor-ra nos seus calcanhares.

Voltei para a passagem e assim que abri a porta, os meninos olharam para mim assustados, acho que eles acharam que era o Filch, e assim que tirei a capa eles suspiraram.

– O que você fez? – Perguntou Six olhando em volta e vendo que o Filch não estava ali.

– Enganei o Filch para ele pensar que quem estava aqui saiu correndo. – Respondi dando de ombros.

– Nós vamos pela passagem? – Perguntou Jay.

– Não, agora que o Filch está procurando por alguém fora da cama, deve estar andando igual a um louco em todos os andares. Então temos que ser rápidos e cuidadosos para não aparecermos em baixo da capa. – Respondi enquanto saiamos da biblioteca.

– Não temos que colocar a capa? – Perguntou Six com uma careta.

– Sim, assim não tem risco da gente encontrar o Filch sem querer e estar desprevenidos. – Falei e nos cobri com a capa.

Andamos pelos corredores e escada o mais rapidamente e sem deixar nossos pés aparecerem, parece que já acabou o jantar, por isso o Filch já está fazendo a sua ronda. Assim que chegamos ao jardim, tiramos a capa e andamos muito rápido para a casa dos gritos, praticamente correndo. Quando chegamos ao Salgueiro me transformei em cachorra e corri desviando graciosamente dos ataques do Salgueiro (quase fui pega uma ou duas vezes, mas graciosamente, afinal sou uma menina).

Apertei o nó e os meninos entraram, acho que eles estavam rindo do jeito que eu fiz tudo aquilo, e assim que eles entraram dei um “pelada Robinho” nos dois calando idiotas, fazendo-os rir. Andamos o resto da passagem calmamente e assim que chegamos o Remo perguntou se tínhamos achado o feitiço (ele e o Pedro estavam jogando Snap Explosivos).

– Caramba, sabia que tínhamos esquecido alguma, ficamos tão entusiasmados comendo que nos esquecemos de ir a biblioteca procurar. – Falei sentando junto com os meninos na mesa.

– Fala que você está brincando. – Falou Remo, e o Pedro já estava rindo, acho que ele sabia que era brincadeira.

– Claro que estou, nós achamos sim. – Respondi sorrindo e os meninos riram da cara de irritado do Remo.

– Nós vamos comer antes de começar a trabalhar ou vamos trabalhar comendo? – Perguntou Six.

– Vamos trabalhar comendo. Quando antes começarmos melhor. – Respondi e fui pegar um pergaminho que tinha do Remo. – O feitiço funciona assim: você fala o feitiço pensando no lugar em que deseja encostando a varinha no pergaminho, mas quem pronunciou o feitiço tem que ficar concentrado naquele lugar, senão no meio de todo o desenho vai aparecer o que você pensou a acabar com tudo, e o próprio feitiço vai desenhar todo o mapa e se precisar de mais pergaminho ele cria para o que falta.

– Legal, pode começar Carol. – Falou Six sorrindo para mim.

– Por que tem que ser eu? – Perguntei o olhando abismada.

– Por que eu quero que seja você. – Respondeu sorrindo maroto, entendi, era a vingança por tudo o que aconteceu mais cedo.

– Achei que você tivesse levado numa boa, mas me enganei. – Falei o olhando, ele riu enquanto eu pegava a varinha. – Eu faço o feitiço, mas vocês tem que me ajudar a ficar quietos ou se virem que está faltando um lugar me avisam falando o nome que eu já lembro, não me distraem.

– Pode deixar. – Falou Remo sorrindo.

– Chart of Populus. – Falei o feitiço pensando em Hogwarts e encostando a varinha no pergaminho, e logo começou a se formar linhas.

Comecei pensando no salão principal e depois foi subindo os andares, e a cada lugar que pensava o pergaminho ia crescendo e mostrando os lugares, tinha lugar no mapa que nunca tinha visto. Depois pensei nos arredores de Hogwarts, o campo de Quadribol, o Salgueiro lutador, a floresta, a cabana do Hagrid.

Quando fui ver o mapa já tinha acabado, e ele tinha o tamanho da mesa, e mostrava Hogwarts inteira, com todos os detalhes e tudo o mais. Olhei para os meninos e todos estavam quase dormindo, eu fazendo o trabalho duro e eles ai dormindo, eles vão ser só, me de apenas um segundo.

Os olhei discretamente para eles e nenhum deles perceberam que já tinha acabado, então como eles me amam muito, vou fazer uma pegadinha, e acabei fingindo que tinha desmaiado.

– Carol? – Perguntaram todos me olhando, mas eu nem respondi.

– Será que ela desmaiou? – Perguntou Pedro.

– Não sei. – Respondeu Jay.

– Caro, vai acorda. – Falou Six balançando fraquinho.

– Bu. – Gritei levantando a cabeça e vendo todos eles pularem.

– Não faz isso. – Falou Six colocando a mão no coração.

– Vocês mereceram, estavam quase dormindo. – Falei olhando para ele. – Acabou. – Falei indicando o novo mapa, o nosso mapa.

– Nossa, ficou fantástico. – Falou Jay vindo ver o mapa mais de perto junto com os outros.

– Verdade, mas não podemos deixar um objeto desses assim, solto, para qualquer um ver. – Falou Six.

– Não podemos fazer tipo um cadeado. – Falei para eles.

– Como assim? – Perguntou Remo.

– Eu li no diário da minha avó o feitiço que ela fez quando começou a escrevê-lo para tranca-lo, e mais tarde ela tirou quando não tinha mais importância esconder tudo o que tinha lá dentro. – Respondi dando de ombros.

– Genial, e como funciona? – Perguntou Six.

– É tipo uma senha. Você faz o feitiço para só abrir ou mostrar o que tem nele se a pessoa falar as palavras certas. – Respondi.

– Certo, mostra para gente? – Perguntou Jay.

– Claro. – Respondi e com um feitiço fiz o mapa de dobrar perfeitamente. – Mas antes precisamos combinar a senha.

– Ok, só nós vamos mexer certo? – Perguntou Jay e todos nós concordamos.

– Poderia ser o Mapa do Maroto, já que o mapa é nosso e nós somos os marotos. – Falou Six.

– Pode ser. Então temos que fazer uma senha que só nós saberemos e que ninguém consiga acertar, até quem nos conhece. – Falou Remo pensativo.

– Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. – Falou Jay meio pensativo.

– Parece um juramento. – Comentou Pedro.

– O juramento dos Marotos. – Falei junto com o Six.

– Está bem, mas não podemos ficar falando isso em qualquer lugar. – Falou Remo.

Apontei a varinha para o mapa e fiz o feitiço de proteção, fazendo a senha como “Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom”. E o feitiço para tranca-la fiz como senha sendo:

– Malfeito, feito. – Falei e os meninos me olharam com um ponto de interrogação na cabeça. – Senão qualquer um pode ler. É o cadeado, o “Malfeito, feito” é a tranca e o “Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom” é a chave para destranca-lo.

– Perfeito. – Concordaram todos os meninos comigo.

– Sou um gênio. – Falei mexendo no cabelo e eles me olharam como se não estivessem acreditando no que eu tinha acabado de falar. – Agora é só dar os toques finais.

Iria fazer o acabamento para o mapa, colocar umas coisinhas a mais, um charme. Fiz um feitiço que me concedia o poder de desenhar no mapa, e eu vou fazer a abertura dele, então todas as vezes que alguém destrancava o feitiço apareceria o desenho.

Fiz um castelo parecido com Hogwarts, só que menor, e desenhei dentro dele os dizeres “O Mapa do Maroto”. Depois fui desenhar em cima as seguintes coisas: “Os senhores Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas & a senhorita Mancha, fornecedores de recursos para feiticeiros malfeitores, têm a honra de apresentar” e em baixo aparecia Hogwarts com os dizeres desenhados no meio e seus arredores (e claro que eu fiz uma letra desenhada, senão não teria graça tudo aquilo).

– Malfeito, feito. – Falei depois de finalizar o desenho, passando o mapa para o Jay. – Tenta.

– Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. – Falou tocando o mapa com a varinha.

– “Os senhores Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas & a senhorita Mancha, fornecedores de recursos para feiticeiros malfeitores, têm a honra de apresentar O Mapa do Maroto.” – Leu Six em voz alta.

– Ficou muito legal. – Falou Jay.

– Obrigada, é o presente de aniversário de vocês. – Respondi sorrindo, aproveitando que os aniversários deles (do Remo, Jay e Six, que faziam no mesmo mês) estavam chegando e eu não comprei nada.

– Está bem, mas o que podemos fazer se alguém quiser descobrir o nosso segredo? – Perguntou Jay.

– Não sei. Tenta Remo. – Falei passando o mapa para o Remo depois de tranca-lo.

– Revele-se. – Falou encostando a varinha no mapa.

Eu achei que não iria aparecer nada, mas começou a aparecer umas frases no pergaminho.

– “O senhor Aluado agradece pela curiosidade, mas pede para ele não querer saber das coisas que não são suas.” – Leu Remo e nós acabamos rindo, o Remo estada dando bronca nele mesmo. – “O senhor Rabicho deseja um ótimo dia para o Sr. Lupin e pede para ele não roubar os seus doces nas noites em que fica até mais tarde lendo.” – E o Remo olhou para o Pedro.

– Eu sei que você pega, o Pretinho me conta tudo. – Respondeu Pedro.

– Ok. “O senhor Almofadinhas quer falar que se o Sr. Lupin não parar de ser tão certinho nunca vai arranjar uma namora” – E todos nós rimos. – “O senhor Pontas pede para o Sr. Lupin se preocupar com os NOMs para ele passar resumo para todos em vez de ficar querendo saber dos outros.” – E como sempre o Jay dando suas ótimas palavras. – “A senhorita Mancha quer pedir para o Sr. Lupin não colocar essas patas de lobinho nesse pergaminho de novo e ir dormir por que ela acha que está muito pálido.” – E olha o “lobinho” aparecendo de novo.

– Que foi, é verdade, acho que você está pálido e precisa dormir. – Falei quando o Remo olhou para mim.

– Foi você que fez isso? – Perguntou Jay para mim.

– Não. – Respondi.

– Acho que o mapa pegou um pouco da nossa personalidade. – Falou Six.

– Pode ser, já que é um mapa magico. – Falou Remo e apagou as palavras que tinham no pergaminho.

– Acho que já deve ser umas 3 horas da manhã, estou ficando com um sono. – Falei deitando a cabeça na mesa.

– Eu também, acho melhor todos nós irmos dormir. – Falou Jay.

Todos nós levantamos e deitamos onde deveríamos, os meninos no colchão e eu no sofá, e aproveitei e conjurei um travesseiro já que estava com uma dor no pescoço. Também vi o Remo conjurar um colchão e deitar juntos com os meninos na sala, e logo depois de me arrumar, dormi, assim como os meninos, e eu dormi sem nenhum sonho, dormi igual a uma pedra.


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Notas finais do capítulo

Ei? O que acham que vai acontecer em seguida? O que acham que o Dolohov e o Zabine vão fazer? Será que eles vão tentar fazer alguma vingança? E o Professor Acilio vai tentar fazer alguma coisa ou vai deixar o que a Carol fez passar? O que deveria acontecer nos próximos capítulos?
Comentem gente, é férias, impossível ninguém estar com vontade de comentar, e quem é leitor novo, pode comentar que vou adorar saber opiniões novas.
Acho que é só isso, espero que tenham gostado desse capítulo.
Beijo, Beijinhos, Beijões!
*Nox.