A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 83
Finalmente paz!


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom!
Mas um capítulo minhas lindas, o ultimo do 5º ano, o ultimo do mês de janeiro, o ultimo antes de voltar as aulas, para quem ainda não voltou, o ultimo para muitas coisas.
Queria agradecer todas que estão acompanhando e que favoritaram e recomendaram, e um abraço e beijo especial para essas 6 pessoas maravilhosas que comentaram: thalielen, Alicia Halliwell Cullen Black, Marii Black, Mrs Horan, Gi Vondergeist e Dragon.
Hoje é um dia muito feliz para mim, cheguei aos 230 comentários com todas vocês comentando, obrigada que coração para todas que comentam e comentaram, e espero que continuem comentando, e quem não comenta pode comentar, pois adoro ler o que estão achando.
Esse capítulo ficou muito legal, na minha nada humilde opinião, tem varias senas que vocês vão adoraram, eu espero.
Beijos, boa leitura, e até as notas finais.



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P. D. V. Sirius

Acordei com uma dor de cabeça muito chata, então lembrei o porquê, e abri os olhos, encontrando os meninos em volta da minha cama, eu estava na Ala Hospitalar, e eles estavam conversando quando me viram acordar.

– O que vocês estão fazendo aqui? Como eu vim para cá? – Perguntei sentando na cama e senti um pouco de dor nas costas.

– Nós te troucemos para cá. – Respondeu James no meu lado.

– Mas como vocês sabiam ou souberam que eu precisava de ajuda? – Perguntei.

– A Carol, ela que falou. – Respondeu Remo, e eu fiz uma cara perguntando: “Como?”.

– Não sabemos, provavelmente ela deve ter te visto no mapa, que está com ela, e deve ter achado algo estranho. – Respondeu James a minha pergunta mental.

– Em falar em Carol, cadê ela? – Perguntei vendo que ela não estava ali.

– Ela subiu para o dormitório para se trocar, ela ficou a noite inteira aqui com você. – Respondeu Remo.

– Comigo? E por quê? – Perguntei sem entender.

– Ela ficou preocupada, preferiu ficar aqui. – Respondeu James.

– Hum. – Falei, isso era e não era a cara da Carol.

– Mas o que foi que aconteceu? – Perguntou-me James.

– Eu não sei ao certo, não entendi direito, eu estava andando pelo corredor para ter sono depois que foi a cozinha pegar alguma coisa para comer, então o Zabine e o Dolohov apareceram e jogaram algum feitiço em mim, não tive nem tempo de me proteger. – Respondi.

– Eles não falaram nada? – Perguntou Remo.

– Não. – Neguei, eu falei que não tinha entendido. – Só me prometam uma coisa, não contam nada para a Carol, ela vai achar que foi culpa dela, e talvez não seja.

– Pode deixar. – Falou James.

P. D. V. Carol

Eu tinha passado a noite inteira na Ala Hospitalar com o Six dormindo, e eu acabei dormindo na cadeira toda torta. Era mais ou menos 6h30mim da manhã quando os meninos chegaram, então aproveitei e subi para tomar um banho rápido e pegar as minhas coisas para um dia de aula, as meninas já não estavam mais lá.

Desci de novo para a Ala Hospitalar, mas antes peguei a passagem perto do banheiro dos monitores para ir até a cozinha e comer alguma coisa para depois de ir à Ala Hospitalar ir direto para a aula sem preocupação, e claro que eu voltei pela passagem. Quando eu estava no final do corredor para as escadas avistei o Zabine e o Dolohov mais a frente (provavelmente devem ter pedido a autorização do amigo deles que é monitor para tomar banho no banheiro dos monitores).

– Ei vocês dois. – Gritei e eles viraram para mim. – O que vocês fizeram com o Sirius? – Perguntei quando eu cheguei mais perto deles.

– Nada, porque você acha que foi a gente? – Respondeu e perguntou Dolohov.

– Eu vi. Por que vocês fizeram isso? – Perguntei olhando nos olhos de cada um, e eles pareciam meio cansados. – Não foi só por causa da proposta recusada para me atingir, não é? – Eu sei identificar os sentimentos, só que não.

Eles tocaram olhares e suspiraram.

– Não, não é. – Respondeu Zabine cansado de esconder.

– Na verdade é tudo ideia do Lucio, não sei como, mas ele descobriu que nós tínhamos dado em cima de você, então nos mandou infernizar a sua vida. – Falou Dolohov.

– Foi assim que criamos aquela proposta, nós sabíamos que você iria recusar, então pegamos o que tínhamos feito antes para você recusar e termos uma desculpa para correr atrás de você a mando de Lucio. – Completou Zabine.

– Mas o Malfoy nem está aqui, você poderiam ter fingido que estavam fazendo o que ele mandou. – Falei para eles.

– Não daria certo, ele tem vários informantes. – Falou-me Zabine.

– Por exemplo, a Narcisa Black, a futura mulher dele, ela manda carta todas as noites para ele contando o que anda acontecendo aqui. Foi ela que nos mandou fazer aquilo com o Black, agora eu não sei se foi mando do Lucio ou ela que quis. – Completou Dolohov.

– Então o que vocês fizeram com o Sirius não tem nada a ver comigo? – Perguntei, eu estava começando a sentir pena deles, e quase deixando para lá tudo o que fizeram.

– Não, nem sabemos se foi o Lucio ou a Narcisa que nos mandou fazer isso. – Respondeu Dolohov.

– Não era para chegar a esse ponto, nós só iriamos te irritar, te dar alguns sustos e fazer algumas pegadinhas com você, mas o Lucio queria alguma coisa seria, ele até nos mandou fazer mais uma coisa com você depois que você fez aquela pegadinha com a gente, mas não tínhamos mais motivos para isso, sabíamos que você não estava mais com medo de se expor. – Falou Zabine. – Não que não tenha sido legal correr atrás de você te infernizando. – Completou.

– Verdade, nós adoramos. – Falou Dolohov e ambos estavam sorrindo com aquele sorriso sonserinos, e minha quase pena deles tinha acabado de ir ao fundo do poço, o que eu queria esperar de sonserinos amigos do Malfoy?

– Esperamos que o Black melhore, não queríamos nada disso. – Falou Zabine e ambos deram as costas para mim.

Fiquei pensando como o loiro oxigenado poderia ter tanto comando aqui mesmo fora de Hogwarts, e como as pessoas tinham tanto prazer de fazer o que ele pedia, eu espero que não tenha mais nenhum “pau-mandado” dele aqui nos próximos anos, quero ter sossego e paz. Segui para a Ala Hospitalar para ver o Six, como a prima dele pode ter coragem de mandarem fazer isso com o primo, tudo bem que eles não se gostam, mas eles ainda são primos.

– Mas o que foi que aconteceu? – Escutei Jay perguntar assim que cheguei perto da porta da Ala Hospitalar.

– Eu não sei ao certo, não entendi direito, eu estava andando pelo corredor para ter sono depois que foi a cozinha pegar alguma coisa para comer, então o Zabine e o Dolohov apareceram e jogaram algum feitiço em mim, não tive nem tempo de me proteger. – Respondeu Six, eu logo pensei nessa possibilidade.

– Eles não falaram nada? – Escutei Remo perguntar.

– Não. – Negou Six. – Só me prometam uma coisa, não contam nada para a Carol, ela vai achar que foi culpa dela, e talvez não seja.

– Pode deixar. – Falou Jay, que bonitinho, até nessas horas eles se preocupam comigo, isso soou estranho.

– Não precisam esconder de mim. – Falei entrando pela porta, fazendo todos me olharem, e eu também já sabia de tudo o que tinha acontecido mesmo. – Você está bem?

– Estou, com umas dores nas costas e na cabeça, mas indo. Você está nos ouvindo desde quando? – Perguntou Six para mim.

– Vish, Sirius, com essa idade e já com dores nas costas? – Falou Jay fazendo graça, e todos nós rimos.

– Desde que o Jay perguntou o que tinha acontecido. – Respondi a pergunta do Six e o mesmo fez uma careta. – Não se preocupe, eu sei que dessa fez não foi para me atingir. – Falei para ele.

– Como assim? – Perguntou Pedro.

– Eu encontrei o Zabine e o Dolohov quanto estava vindo para cá e perguntei por que eles tinham atacado o Six, eles me explicaram dês do começo, traduzindo, o porquê deles ficarem correndo atrás de mim me infernizando.

– E? – Perguntou Jay falando para eu continuar.

– É tudo ideia do Malfoy, ele que mandou os dois me infernizarem, e provavelmente tenha sido ele que mandou a Narcisa falar para os dois para atacarem o Six. – Respondi.

– Então minha prima também está metida nisso? – Perguntou Six.

– Já era previsto, se era o Malfoy que estava mandando, ela não ficaria de fora sendo a futura mulher dele. – Falei e o Six suspirou nervoso. – Não fica assim. – Falei passando a mão no seu cabelo, fazendo o mesmo sorrir.

– Tudo bem, mas quando o Malfoy vai te esquecer? – Perguntou Six.

– Não é tão fácil esquecer Caroline Caldin. – Falei e todos riram. – Eu não tenho culpa que o Malfoy me ama. – Falei ainda brincando.

– Nem brinca com isso, não quero nem imaginar o Malfoy te amando. – Falou Six para mim serio.

– Que foi Six, está com ciúmes da Carol? – Perguntou Remo sorrindo divertido.

– Estou sim, imagina o Malfoy correndo atrás da Carol. – Respondeu Six.

– Realmente não seria muito legal. – Concordou Jay.

– O cachorrinho está com ciúmes. – Falei apertando a bochecha do Six para não me imaginar namorando o Malfoy, e falando uma voz de criança.

– Cala a boca, Caroline, você sabe que é só como amizade. – Falou Six sorrindo tirando a minha mão da sua bochecha, e eu ri.

– Claro que eu sei, seu bobo. – Falei sorrindo e depois olhei o relógio. – Vocês não vão tomar café? Já é 7h30mim.

– Nossa, tínhamos nos esquecido, você não vem? – Falou Remo.

– Não, eu aproveitei e comi antes de vir para cá. – Respondi.

– Certo, até mais, cara, nos vemos no almoço. Te esperamos na sala de aula, Carol. – Falou Jay e os três saíram correndo da Ala Hospitalar.

– Eles não vão mudar nunca. – Falou Six se sentando com as pernas para fora da cama, ele estava com uma calça moletom e uma blusa branca com manga curta.

– O que você vai fazer? – Perguntei quando o vi assim.

– Vou levantar. – Respondeu.

– O que? Você ficou maluco? Você acabou de acordar, não pode sair levantando assim. – Falei, mas ele nem me escutou e logo depois estava de pé.

– Vou? Consegui. – Falou sorrindo maroto e colocando a mão na cintura, fazendo uma pose estilo super-homem.

– Está bem, Super-Homem, agora senta antes que a Madame Pomfrey te veja assim. – Falei sorrindo e o fazendo rir por causa do “super-homem”, e logo em seguida ele sentou na cama com as pernas para fora dela.

– Chata. – Resmungou me olhando.

– Sou mesmo, se é para o seu bem. – Retruquei sorrindo.

– Por que você ficou aqui a noite inteira comigo? – Perguntou começando a brincar com minha mão esquerda.

– Estava preocupada, não iria conseguir dormir, além da adrenalina de ter que te socorrer. – Respondi sorrindo e ele riu.

– Devo te agradecer por estar olhando o mapa naquela hora, acho que eu poderia estar muito pior se vocês não tivesses me trazido para cá. – Respondeu olhando a minha mão.

– Sirius. – Falei e o abracei, não conseguia nem imaginar o Six pior que já está não entra na minha cabeça. – Nunca mais pense em fazer isso de novo. – Falei para ele o olhando nos olhos.

– Pode deixar. – Falou sorrindo e eu sorri junto. – Você dormiu de noite?

– Dormi um pouco sentada na cadeira. – Respondi ainda sorrindo.

– Você é louca menina, dormir toda torta por minha causa? – Perguntou e eu sorri de lado. – Você tem um parafuso a menos, me deixa ver se o coloco no lugar de novo. – Falou e balançou a minha cabeça.

– Six, para. – Falei rindo segurando a sua mão o fazendo parar.

Eu fiquei o olhando sorrindo, vi aquele sorriso dele maravilhoso que ele deu na casa dos Potter, e aqueles olhos azuis brilhando. Ele passou suas mãos para a minha cintura e eu coloquei as minhas na sua cocha, e fomos nos aproximando.

– Mas o que o senhor está fazendo? – Escutamos a Madame Pomfrey perguntar e levamos um susto, nós estávamos muito perto, eu quase ia beijar o Six? De novo?

– Nada Madame Pomfrey, eu só estou sentado. – Respondeu Six na maior calma, e eu segurei a risada.

– Esse é o problema, o senhor tem que descansar, deite-se. – Falou Madame Pomfrey, o Six revirou os olhos, mas deitou, ele não queria brigar com a Madame Pomfrey, ela ganharia. – É bom o senhor continuar assim. E nem pense em sair daqui. – Completou assim que ele deitou.

– Não se preocupe Madame Pomfrey, o Sirius não vai sair daqui. – Falei para ela, que deu as costas sorrindo. – Por que se ele sair vai ficar mais dias aqui, e agora quem vai jogar o feitiço sou eu. – Falei baixinho para ele sorrindo marota.

– Você não faria isso. – Falou assustado, mas sorrindo.

– Não duvide. – Aconselhei sorrindo e ele riu, olhei as horas e era quase 8 horas, tenho que ir ao 1º andar para a sala de transfiguração. – Me deixa ir.

– Você tem que ir mesmo? Eu não quero ficar sozinho. – Perguntou Six para mim.

– Eu adoraria ficar, mas eu não posso perder aula. – Respondi sorrindo para ele.

– Está certo, e não precisa anotar a matéria para mim. – Falou sorrindo.

– Agora que vou ter o prazer de anotar. – Falei brincando e ele riu. – Agora eu tenho que ir, e não se esqueça, eu estou de olho. – Falei e tirei o Mapa do Maroto na minha mala.

– Você vai ficar me olhando pelo mapa? – Perguntou e eu concordei com a cabeça sorrindo andando de costas para a porta. – Sacanagem isso.

– Pode até ser, mas é uma prevenção para você não fugir. – Comentei o olhando e ele revirou os olhos. – Até mais tarde. – Falei e dei um aceno com a mão, e o Six fez a mesma coisa sorrindo de lado, e logo em seguida sai da Ala Hospitalar.

Corri até a sala de Transfiguração no 1º andar, encontrando os meninos me esperando na porta, e entramos juntos para uma aula com a tia Minie e a Corvinal, eu ia sentar com a Lucia, mas ela já estava sentada com uma menina da sua casa, então só nos cumprimentamos com um aceno de mão.

Final da tarde...

Eu estava indo para a Ala Hospitalar, era um pouco mais de 17 horas, já tinha acabado todas as aulas do dia e eu tinha subido até o dormitório para deixar a minha bolsa lá, sendo que os meninos já tinham ido para a Ala Hospitalar. Assim que acabei de descer todas as escadas e cheguei à Ala Hospitalar, abri a porta da mesma e vi todos conversando.

– Oi. – Falei, mas ninguém respondeu, nem virou para me olhar. – Tá bom então. – Falei virando as costas, iria fazer uma seninha.

– Carol. – Escutei o Six falar e senti alguém me abraçar por trás, e vi que era o Six. – Você ia embora? – Perguntou no meu ouvido, ainda me abraçando por trás.

– Ia, eu falei e ninguém me respondeu, achei que não precisavam de mim. – Respondi.

– Nós não te ouvimos. – Respondeu Jay e eu e o Six chegamos perto deles, com o Six ainda me abraçando por trás.

– Acho melhor você senta na cama, Madame Pomfrey vai pirar se te ver assim. – Falei para o Six por cima do ombro.

– Ela me mandou não sair daqui, e não, não sair da cama. – E eu o olhei, eu tinha visto pelo menos Madame Pomfrey o fazer deitar na cama três vezes. – Está bem, ela me mandou deitar umas cinco vezes, mas eu não consigo ficar parado por muito tempo.

– Nós sabemos. – Falou Remo sorrindo.

O Six continuou me abraçando e o mesmo encostou o seu queijo no meu ombro. Eu lembro quando ele fez quase igual no 3º ano depois do natal só para me irritar, mas agora eu não estava ligando muito, os abraços do Sirius eram sempre confortáveis. Espera, o que eu estou dizendo? Sim, está confortável, mas porque está confortável?

– Vocês vão ficar assim? – Perguntou Jay nos olhando com um sorriso de lado malicioso e escondendo a vontade que tinha de rir.

– Vamos, por quê? Algum problema? – Respondeu Six, nós íamos Sirius?

– Vocês estão parecendo namorados. – Respondeu Jay sorrindo divertido.

– Não fala bobagem, James. – O repreendi sorrindo.

– É isso mesmo, é abraço de amigos, que só eu posso dar. – Falou Six e beijou a minha bochecha, fazendo eu e os meninos rirem.

– Nunca vi um menino tão ciumento com uma amiga. – Comentei o olhando, e ele só deu de ombros em repostas, e os meninos ainda estavam rindo iguais a loucos.

– Senhor Black... – Começou a falar Madame Pomfrey saindo do seu escritório quando ouviu as risadas.

– Por favor, não me pede para deitar, eu estou bem. – Cortou-a Six.

– Está bem, não vai adiantar eu falar mesmo. – Falou Madame Pomfrey desistindo, olha como o Six é difícil de lidar. – Mas eu tenho que fazer alguns exames antes de te liberar.

– Ok. – Falou Six e a Madame Pomfrey começou examina-lo.

– Abraço de amigo que só eu posso dar? – Perguntou Jay ficando no meu lado junto com os meninos com um sorriso maroto, se referindo ao que o Six falou. – O que estão escondendo?

– Cala a boca, Jay. – Falei dando um tapa de brincadeira nele, e o mesmo acabou rindo.

Depois de o Six foi examinado e liberado pela Madame Pomfrey, nós corremos para a “árvore dos Marotos”, como nós batizamos, e ficamos fazendo piadas aleatórias. Depois de alguns minutos ficamos pensando numa pegadinha para fazer com o Snape, que eu avia pedido, e passamos o resto da tarde assim.

Dia 27 de junho...

Era hoje que iriamos fazer a pegadinha com o Snape, iria ficar muito legal depois de tudo o que aconteceu há cinco dias. Nós estávamos na aula de Trato das Criaturas Magicas, que era junto com a Sonserina, a Lily ficou bem longe do Snape e de mim e dos meninos, o Snape dava umas olhadas para a Lily e eu ficava olhando da Lily para o Snape a cada 10 minutos.

Nesse exato momento a aula acabou, a Lily saiu o mais rápido possível da dali como tem andado fazendo em todas as aulas, e as meninas a seguiram, me olhando como se estivessem pedindo desculpas, e eu só dei de ombro, não adiantaria nada ficarmos nessa lengalenga . Eu e os meninos saímos e ficamos esperando o Snape sair do lado de onde tivemos aula, sendo que nós estávamos escondidos.

O Snape foi um dos últimos a sair, e assim que ele chegou perto de nós sem perceber, joguei um feitiço que deixaria escrito na sua testa ingrato até amanhã de manhã, ele poderia esfregar a testa que não sairia. Depois que ele foi embora voltamos para o castelo calmamente, como se nada tivesse acontecido, mas uma hora o pessoal iria ligar os pontos e saber que tínhamos sido nós.

Fomos direto para a sala comunal, segunda-feira nós voltaríamos para a casa, a maioria com 16 anos (todos os meninos e as meninas) e só eu continuo com 15 anos, e esperaríamos ansiosos o primeiro de setembro para voltarmos a Hogwarts para o 6º ano. Mas voltando; Assim que chegamos à sala comunal eu subi para o dormitório e encontrei as meninas conversando sentadas em suas camas.

– Cadê a Lily? – Perguntei colocando a minha bolsa na cama.

– Foi levar uns livros para a biblioteca. – Respondeu Alice.

– Entendi, vou ficar lá na sala comunal, mais tarde eu subo. – Falei e fui em direção à porta.

– Você não está fazendo isso só para não encontrar a Lily, está? – Perguntou Dorcas.

– Sinceramente, eu estou sim, eu não quero ficar vendo a Lily me olhar com raiva toda hora. – Respondi, era verdade, eu até entendia a raiva da Lily, mas eu não sou obrigada a atura-la me olhar com raiva.

– Você não vai tentar fazer a amizade voltar? – Perguntou Lene.

– Claro de vou, mas mais tarde, agora a Lily está muito nervosa. – Respondi.

– Tem que ser rápido, o ano está acabando. – Aconselhou Dorcas, e eu sorri para ela agradecendo o conselho.

Desci de novo para a Sala Comunal e me sentei no sofá com os meninos, e ficamos falando besteira. Depois de alguns minutos a Lily entra, e para quando nos vê.

– Por que fizeram aquilo com o Snape? – Perguntou calma, nos olhando.

– Aquilo o que? – Perguntou Six a olhando.

– Fazer aquele feitiço para deixar escrito ingrato na testa dele. – Respondeu cruzando os braços, ela sabia que fomos nós, e não gostava quando nos fazíamos de desentendidos. – Eu sei que foram vocês.

– Na verdade fui só eu. – Falei ficando de pé na frente dela.

– Por quê? – Perguntou calma me olhando.

– Eu fiquei com raiva com o que ele te fez. – Respondi e ela levantou uma sobrancelha. – Eu sei que eu não deveria, mas eu queria, talvez eu tenha feito errado fazendo isso, mas eu não consegui ficar parada. Desculpe se te magoei ou qualquer outra coisa. – Completei, isso era verdade, tudo o que falei.

– Você não está mentindo para mim está? – Perguntou e eu a olhei nos olhos fazendo uma cara de quem não acreditava que ela tinha perguntado aquilo mesmo. – Você fez isso mesmo só pelo que ele me fez? – Perguntou sorrindo de lado.

– Claro, Lily, você é minha amiga, por mais que esteja com raiva de mim. – Respondi sorrindo também.

– Sobre isso, desculpas, eu não estava pensando direito. – Falou Lily para mim.

– Tudo bem. – Falei e a abracei. – Desculpe de verdade se te chateei com o que fiz com o Snape.

– Tudo bem, eu disse que não ligaria, não disse? – Respondeu-me no meu ouvido, baixo.

– É assim que se fala Ruiva. – Sussurrei e a olhei, ela sorriu por causa da Ruiva.

– Eu vou subir, tenho que começar a arrumar as coisas. – Me falou assim que saímos do abraço.

– Eu vou com você, vou ficar esses últimos três dias com vocês e as meninas. – Falei para ela.

– Vai nos deixar mesmo? – Perguntou Six indignado para mim.

– Eu fiquei um ano com vocês, tenho que aproveitar que a Lily não está com raiva de mim. – Falei os olhando.

– Você pretende me deixar com raiva? – Perguntou Lily sorrindo para mim.

– Claro que não, mas acidentes acontecem. – Respondi encolhendo os ombros para ela, e a mesma e os meninos riram. – Até mais meninos, vamos Ruiva. – Falei passando o braço pelo ombro da Lily, a mesma sorriu e revirou os olhos, e nós duas seguimos para as escadas.

– A Carol chamou a Lily de Ruiva? – Perguntou Six para os meninos.

– E ela sorriu? – Perguntou Jay.

– Sim, ela me chamou de Ruiva, mas só ela pode me chamar assim, escutou Potter? – Respondeu Lily quando já estávamos no pé da escada, olhando para os meninos.

– Claro que sim Evans. – Respondeu Jay tentando esconder o sorriso, mas só eu percebi.

Eu e Lily subimos as escadas e fomos direto para o quarto, entrando abraçadas no mesmo, fazendo as meninas nos olharem.

– Vocês voltaram a amizade? – Perguntou Dorcas.

– Sim. – Nós duas respondemos juntas sorrindo.

– Que legal. – Falou Alice sorrindo.

– Estou tão feliz. – Falou Lene e demos um abraço coletivo.

– Como hoje é a ultima sexta-feira aqui em Hogwarts esse ano, que tal fazermos uma brincadeira? – Falei assim que saímos do abraço.

– Que tem em mente? – Perguntou Lene sorrindo marota.

– Nós escolhemos uma menina, então as outras escolher uma roupa para ela vestir, mas tem que ficar engraçado, e depois a menina tem que desfilar para nós, e fazer uma pose engraçada. – Expliquei o jogo.

– Legal, vamos começar com a Lene. – Falou Dorcas, e logo começamos a brincar.

Passamos o resto da tarde e a noite inteira brincando com isso, cada vez ficavam mais engraçadas as roupas, e mais nós riamos. Deveria ser mais de uma hora da madrugada quando fomos dormir, sendo que ainda ficamos conversando durante um bom tempo sobre coisas aleatórias e banais, mas era legal, pois era papo de menina.

Segunda-feira, 30 de junho, ultimo dia de aula...

Era mais ou menos 9 horas da manhã, e eu e os meninos estávamos descendo para o salão principal para o ultimo banquete desse ano, sendo que as meninas já tinham descido (os meninos demoraram em acabar de se arrumar). Assim que chegamos vimos que tinha algumas pessoas chegando também, então não estávamos atrasados.

Sentamos nos lugares vagos que tinha na mesa, e acabamos ficando no lado das meninas, e então começamos a comer calmamente, sem nos preocuparmos com nada.

– Olha a cara do professor Alicio. – Falou Six para todos, e nós olhamos para o professor, ele não estava com uma cara muito boa.

– Por que será que ele está com essa cara? – Perguntou Alice.

– Ouvi dizer que ele foi demitido, hoje é o ultimo dia dele também. – Respondeu Lene.

– Isso é verdade? – Perguntei para ela sorrindo.

– Foi o que me contaram. – Concordou Lene sorrindo também.

– Eu queria saber como você fica sabendo dessas coisas. – Falou Alice a olhando.

– Tenho os meus contados. – Simplesmente falou Lene para a Alice, tanto eu, ela e a Dorcas estávamos felizes por aquele crápula sair da escola.

– E por que toda essa felicidade? Ele era um ótimo professor. – Disse Lily me olhando.

– Pode ser que ele faça um bom trabalho como professor, mas ele não é o que parece ser. – A respondi.

Olhei para o professor, tirei minha varinha do bolso da saia (todos ainda estavam com os uniformes da escola, iriamos nos trocar no trem), e joguei um feitiço que tinha lido no meu livro de pegadinhas nele, fazendo ficar feio. Vocês sabem, ele é um colírio para os olhos, olhos perfeitos, dentes perfeitos, cabelo perfeito, mas com esse feitiço o cabelo ficou todo desarrumado e feio, os olhos ficaram com grandes olheiras, os dentes ficaram tortos e amarelos, e o seu queixo ficou comprido, ele estava muito feio.

Depois de alguns segundos o pessoal começou a rir, principalmente as meninas, pois todas que tinham sofrido em suas mãos sabiam o quanto ele era vaidoso, inclusive eu, por isso fiz o que fiz, ele tinha que sair de Hogwarts em grande estilo. No salão não se ouvia outra coisa a não serem risadas, os meninos e a Lene e a Dorcas eram o que mais riam.

Depois de pelo menos 5 minutos com todos rindo, mesmo o professor Acilio já tendo desfeito o feitiço há um tempo, todos foram se silenciando e voltando a comer normalmente. Jay chamou a minha atenção e pediu para eu chegar mais perto, já que ele estava na minha frente um pouco para o lado.

– Essa foi boa. – Falou para mim sorrindo maroto, e eu dei uma piscadela para ele.

– Achei crueldade. – Falou Lily baixo, só para nos ouvirmos.

– Eu adorei. Ele merecia até um pouco mais. – Falou Dorcas sorrindo.

– Por que fala isso? – Perguntou Lily a olhando, e ela só deu de ombros.

– Ele não parece muito feliz. – Comentou Frank e todos nós viramos para olha-lo, ele estava com raiva, e parecia olhar para mim, mas fingi que não vi e voltei a comer.

– Por que exatamente você fez isso? – Perguntou Six sorrindo para mim.

– Ele tinha que sair de Hogwarts com estilo, sendo o ótimo professor que foi. – Respondi irônica no “ótimo professor” e todos riram.

Voltamos a comer normalmente, e quando era mais ou menos 15 para as 10h (horário que o trem saia da estação de Hogsmeade), Dumbledore começou o seu discurso, ele falou que os formandos desse ano iriam começar uma nova etapa, onde teriam muita responsabilidade (principalmente com Lorde Voldemort, mas ele não falou nada disso), que esperava os alunos que ainda não sairiam um até ano que vez, e falou quem ganhou a Copa das casas.

Eu até esqueci-me de falar, mas nós tínhamos ganhado da Corvinal na final, foi um jogo difícil, a Corvinal estava ganhado da gente de lavada, a nossa salvação foi que o Jay pegou o pomo, e o jogo acabou 310 para a Grifinória contra 300 da Corvinal (nós tínhamos feito 160 pontos contra 300 em gols, o jogo tinha durado uma tarde inteiro, começou á 1h e acabou ás 5h).

E quem tinha ganhado a Copa das casas por mais um ano fomos nós, Grifinória, e claro que fizemos a maior baderna, mas logo paramos, pois tínhamos que ir para estação de Hogsmeade. Como sempre todos os alunos foram saindo e pegando as carruagens até a estação, sendo de nossas malas já estavam nos esperando lá.

Eu e os meninos pegamos uma carruagem enquanto as meninas pegavam outra junto com o Frank, e então seguimos viagem. Quando chegamos à estação saímos da carruagem e pegamos as nossas malas e entramos no trem pegando a cabine que sempre ficávamos, na verdade na maioria das vezes.

Colocamos as nossas malas na cabine e sentamos nos bancos, Remo, Six e eu no lado direito e o Pedro e o Jay no lado esquerdo (se você olhar da porta, e a sequencia é dá janela para a porta). Começamos a conversar sobre coisas banais e depois de alguns minutos o trem começou a andar, e nós cinco corremos para a janela para ver Hogwarts se afastar.

– Menos um ano, agora só falta dois. – Comentou Jay depois que sentamos.

– O tempo passa rápido. – Comentou Six.

– Eu particularmente não quero que acabe nunca. – Falei para eles.

– Nós também. – Falou Remo por todos.

– Mas mudando de assusto, o que pretendem fazer as férias inteiras? – Perguntou Jay.

– Eu não sei. – Respondeu Remo e Pedro.

– Eu vou tentar ficar o mínimo de tempo possível com a minha mãe. – Respondeu Six.

– Eu vou aperfeiçoar a minha culinária. – Respondi.

– Por quê? – Perguntou Six.

– Bom, se Merlin ouvir minhas preses o Leandro vai morar com a Sophia, e meus pais estão cada vez mais ocupados com o Ministério, então eu preciso comer, além do mais eu quero morar sozinha mais tarde, e não vou ficar comendo pão todo o dia. – Respondi.

– Interessante. – Comentou Jay e fingiu que estava dormindo.

– Fica quieto, tenho certeza que você não sabe cozinhar. – Falei e ele fez uma careta falando que não sabia mesmo.

Depois os meninos começaram a falar sobre qualquer coisa, e eu fiquei olhando para a janela, o papo dos meninos não era muito para mim, era de meninos. Fiquei vendo a paisagem passar, pensando em muitas coisas, mas nenhuma tinha muita importância, era só bobagem. Depois de alguns minutos a porta se abriu rapidamente e alguém me puxou pelo braço segurando o meu cotovelo, e quando eu vi quem era que estava me segurando era o ex-professor Acilio.

– Professor? O que o senhor está fazendo? – Perguntei e vi pela cara dele que ele não estava nem um pouco feliz. – Como nos encontrou?

– Foi só ouvir as risadas. – Respondeu me encarando com raiva, e eu engoli em seco.

Os meninos, assim que a porta se abriu já estavam em pé atrás de mim prontos para entrar em ação se fosse necessário. O professor Acilio estava no limite da porta, então ninguém que estivesse colocado à cabeça para fora da cabine iria conseguir vê-lo, e ele estava apertando o me braço.

– O que o senhor veio fazer aqui? – Perguntou Six, mas Acilio não tirou os olhos de mim.

– Foram vocês que jogaram aquele feitiço no café, não foram? – Perguntou mais afirmando.

– Do que o senhor está falando? – Perguntei e tentei fazê-lo soltar meu braço, inutilmente sucedido.

– Não minta para mim. – Falou Acilio se controlando para não gritar. – Eu sei que foi você, você foi a única que me encarou. – Falou se referindo a todas as meninas terem medo do que ele poderia fazer.

– Que bom, fico honrada. – Disse e ele apertou mais o meu braço.

– Eu queria tanto que meu plano do espelho tivesse dado certo. – Falou mais para si mesmo do que para nós.

– Plano do espelho? Foi o senhor que mandou aqueles bilhetes, não foi? – Perguntei me soltando dele.

– Pelo visto você sabe brincar de ligar os pontos. – Falou irônico. – Eu devia fazer vocês pagarem pelo que fizeram com o meu espelho.

– O espelho Rorret é seu? – Perguntou Jay abismado, essa eu não esperava.

– É claro que é, fui eu também que mandei aqueles bilhetes para vocês irem achar o espelho, mas era para vocês ficarem igual à Burg e não saírem ilesos de lá, e ainda por cima terem quebrado o meu espelho querido. – Confessou tudo o que ele tinha aprontado, e eu olhei para o Jay de canto de olho, eu sabia que tinha sido dele, mas ninguém acreditou. – Eu deveria quer feito com minhas próprias mãos. – Comentou para si.

– Por que o senhor fez isso? – Perguntei, eu estava começando a achar que ele tinha algum problema.

– Dois motivos, a primeira você sabe senhorita Caldin... – Falou me olhando, eu tinha uma ideia, eu não o deixei fazer o que queria. – E segundo por que vocês invadiram a minha sala. – Completou e com certeza os meninos devem ter feitos caras de surpresos, pois ele logo continuou. – Vocês acharam mesmo que eu deixaria a minha sala destrancada e sem nenhuma proteção? – Bem que eu achei que estava bom demais naquele dia.

– Você é louco, precisa de um medico. – Falei, aquele cara com certeza não baia bem da cabeça.

– Olha o respeito comigo. – Falou um pouco mais alto me olhando.

– Eu só tenho respeito por quem me respeita, e já que o senhor não é mais meu professor, posso falar do jeito que eu quiser. – Respondi para ele.

– Menina insolente. – Disse, pegou a sua varinha, jogou um feitiço nos meninos os fazendo ficarem petrificados, e me puxou para fora da cabine segurando o ombro da minha camisa, me encostando na parede logo em seguida. – Você se acha esperta, quero ver como se sai sem os seus amigos.

– Me solta. – Falei tentando tirar a mão dele da minha camisa.

– Não, não agora. – Falou Acilio, ele estava me olhando com muita raiva, e estava com uma cara que não iria parar tão fácil.

– Solta a Caroline agora, professor Acilio. – Escutei uma menina falar, e quando olhei para o lado tinha um pequeno grupo de meninas, a maioria estava na lista do professor.

– Ou o que? – Pergunto fazendo pouco caso, as olhando.

– Nós vamos entrar em ação. – Escutei Lene falar no outro lado, onde tinha mais um grupo com algumas meninas da lista, e de fundo consegui ver a Lily correr em direção ao ultimo vagão, ao dos professores.

– Oh, todas vocês resolveram ajudar a amiguinha? E o que vocês vão fazer? Pedir piedade? – Falou ironico olhando cada um dos grupos.

– Já falamos para solta a Carol. – Falou Dorcas e jogou um feitiço, fazendo ele se afastar de mim.

– Como se atrevem a fazer isso? Sabe o que eu deveria fazer? Acabar com cada uma de vocês. Eu queria voltar no tempo para fazer tudo de novo o que eu fiz, e ainda pior. – Falou com muito raiva, ele estava completamente fora de si.

– Mesmo que você fizesse isso, não iria mudar nada. – Falei pegando a minha varinha no bolso da saia e apontando a mesma para o professor assim como todas as meninas.

– Eu não acreditaria nisso. – Falou me olhando, e antes dele fazer qualquer coisa, eu congelei a sua perna, não o deixando de mexer e o desarmei quando ele tirou sua varinha do bolso de novo. – Como pode fazer isso comigo? Você não deveria ter feito isso, eu vou te perseguir pelo resto da vida.

– Eu não tenho medo de você. – Falei (na verdade eu estava com um pouco de medo desse jeito dele alterado).

– Sua... – Começou a falar, mas Lily voltou com McGonagall bem a tempo.

– O que está acontecendo aqui? – Perguntou McGonagall entrando no meio.

– Eu estava andando pelo corredor calmamente, quando essa louca me atacou, e elas vieram ajuda-la. – Falou o Acilio.

Minerva simplesmente olhou para mim, falando que estava tudo bem, e que não acreditava em uma palavra no que ele estava dizendo, ela sabia de todas as tretas que conteceu com ele.

– Vamos senhor Moore, vou leva-lo para o vagão. – Falou Minerva retirando o feitiço das pernas dele.

– Eu agradeço, mas não preciso de escolta. – Falou depois que pegou a sua varinha que estava no chão.

– Eu insisto. – Falou McGonagall, e ele acabou concordando. – Todos vocês voltem para as suas cabines. – E ambos sairam de perto da gente.

– Obrigada por me ajudarem. – Falei para todas as meninas.

– Não foi nada, só estavamos retribuindo o que você fez por nós. – Falou uma menina da Corvinal que estava no 7º ano, e logo depois todos foram voltando para as cabines.

– Carol. – Falou Lily e as meninas vieram me abraçar. – Você está bem?

– Estou sim. – Respondi as olhando.

– Desculpe a pergunta, mas o que foi aquilo? – Perguntou Frank que estava logo atrás delas.

– Eu também não sei, talvez ele tenha ficado perturbado por que foi demitido e resolveu descontar em alguém. – Respondi, eu acho que ele não acreditou muito no que eu disse, mas não falou nada.

– Vamos nos trocar? Não aguento mais ficar com esse uniforme. – Mudou de assunto Alice.

– Claro, eu encontro vocês na cabine e vamos juntas para o banheiro. – Falei e todas concordaram, viraram as costas e seguiram para três cabines a frente da que eu estava.

Entrei na cabine de novo e vi que os meninos ainda estavam petrificados. Subi em cima do sofá qua tinha na cabine e abri a minha mala, pegando a roupa que eu e as meninas separamos (ontem de noite nós escolhemos as roupas, só por diversão). Desci de cima do sofá e olhei os meninos, eles estavam voltando.

– O que aconteceu? – Perguntou Remo quando eles voltaram ao normal.

– Ele petrificou vocês. – Respondi.

– E cadê ele? – Perguntou Pedro.

– Foi embora. – Falei para eles.

– Foi embora? Assim? Do nada? – Falou Six.

– Não, nós discutimos o vagão inteiro escutou e chamaram a McGonagall, então ela o levou para o vagão dos professores. – Respondi para eles.

– Mas você está bem? – Me perguntou Jay.

– Estou sim. – Respondi sorrindo para eles. Então o Six me segurou pelo rosto e ficou olhando para os meus olhos. – O que você está fazendo, Six?

– Vendo se você não está mentindo. – Respondeu ainda me olhando.

– Eu não estou mentindo, eu estou bem. – Falei para ele sorrindo.

– Está certo. – Falou e me deu um beijo na testa, logo depois me abraçando, e acabou virando um abraço em grupo, pois todos os meninos entraram no abraço também.

– Deixa eu ir. – Falei depois do abraço.

– Ir para onde? – Perguntou Jay.

– Vou me trocar com as meninas, deveriam fazer o mesmo. Vocês tem dez minutos. – Falei indo para a porta.

– Dez minutos? Não dá tempo de nos trocar. – Falou Six.

– Como assim? – Perguntei parando na porta para olha-los.

– Simples, nós temos que nos trocar, arrumar o cabelo, disfarçar as olheiras... – Falou Jay e eu e os meninos rimos, eles estavam zoando as meninas por demorarmos para nos arrumar.

– Está bem, eu fico mais 15 minutos no banheiro para vocês acabarem de se arrumar. – Falei sorrindo.

– Obrigado. – Agradeceu Six sorrindo.

Eu sai da cabine rindo, e fui até a cabine onde as meninas estavam, e as escontrei me esperando. Em seguida fomos para o banheiro do vagão ao lado, que estava vazio, pois a maioria das meninas já tinham se trocado, e cada uma entrou em um box no banheiro para se trocar (o banheiro do vagão do meio é o maior, pois tem mais vagões para recolher pessoas).

Depois de colocar a roupa sai do box, encontrando todas as meninas na frente do espelho passando lápis de olho e batom. A Lily me chamou e falou que iria fazer uma coisa no meu cabelo, enquanto eu passava uma maquiagem e um batom. Quando eu acabei e a Lily terminou o meu cabelo olhei no espelho, eu estava muito bonita (http://www.polyvore.com/volta_para_casa/set?id=147364381).

– Lily, o que você fez com o meu cabelo ficou muito bonito. – Falei olhando o meu cabelo.

– Obrigada. – Agradeceu sorrindo.

– Já que todas terminaram de se arrumar, que tal explicarem o que o professor quis com tudo aquilo. – Falou Alice, e eu, Lene e Dorcas trocamos olhares. – Podem começar a falar, não vamos sair daqui antes de explicarem-se.

– Acho que podemos falar, o professor já não é mais nosso professor. – Falei para a Lene e a Dorcas.

– Está bem. O professor Acilio... Ele... – Começou a falar Dorcas, mas não conseguiu continuar.

– Ele é um pedófilo, abusava te todas as meninas que queria. – Falei para a Lily e Alice, que ficaram surpresas.

– Eu e a Dorcas fomos umas das meninas, ele simplesmente chegou e nos agarrou, não dava para nós fazermos nada contra ele. – Falou Lene.

– Mas e você? – Perguntou Lily para mim.

– Lembra que eu tive que fazer uma detenção com ele? – Perguntei e elas concordaram. – Era um plano para ele me agarrar, mas eu consegui fugir antes dele fazer alguma coisa. – Respondi, não faria diferença se eu contasse ou não, não agora.

– Por que não nos contaram antes? – Perguntou Alice.

– Achamos melhor ninguém ficar sabendo. – Falei e a Dorcas logo completou.

– Alem dele nos ter ameaçado que se falassemos para alguém, iriamos sofrer as consequencias.

– Esse cara é um louco. – Falou Lily.

– Nós sabemos. – Falei junto com a Lene e a Dorcas sorrindo.

– Vamos voltar para as cabines, já demoramos muito aqui. – Falou Alice sorrindo.

Saímos do banheiro e seguimos pelos vagões conversando animadamente. Quando nós fomos passar para o outro vagão, o vagão onde estavam nossas respectivas cabines, acabamos esbarrando no Bob Flint.

– Carol, desculpa. – Falou, já que tinha sido em mim que ele esbarrou de verdade.

– Tudo bem Bob, não foi culpa sua. – Falei sorrindo para ele.

– Nossa você está linda. – Comentou me olhando de cima a baixo.

– Obrigada, resolvi mudar um pouco. – Agradeci e falei dando de ombros.

– Ficou muito bonita. Vocês também. – Falou olhando para as meninas sorrindo.

– Obrigada. – Agradeceram todas sorrindo.

– Deixa eu ir, estou procurando umas pessoas. – Falou sorrindo.

– Tchau. – Falamos todas juntas e ele deu um sorriso acenando com a mão.

– Ele é tão fofo. – Comentou Dorcas com um olhar de paisagem.

– É. – Concordaram todas as meninas, inclusive eu.

Voltamos o nosso caminho para as cabines, chegamos na cabine das meninas e elas ficaram, e eu segui mais um pouco. Quando eu entrei vi que os meninos estavam tocados e agora o Remo estava no lado esquerdo da cabine, fazendo o Six ficar sozinho no outro lado. Assim que abri a porta os meninos pararam de conversar e me encararam com boca aberta.

– Que foi gente? – Perguntei olhando para cada um.

– Eu não sei, você está diferente. – Falou Jay me olhando.

– Eu estou de saia. – Falei, se eu me lembre nunca fiquei de saia na frente dos meninos.

– Não, não é isso. – Falou e ficou pensando. – Já sei. – Falou e ficou de pé no meu lado. – Você está mais alta. – E eu acabei rindo com isso.

– É o salto. – Falei indicando os meus pés.

– Nossa, doeu em mim só de te ver com isso no pé. – Falou Six com uma careta.

– Não é para tanto, ele é bem confortavel. – Falei o olhando.

– Mas por que você resolveu colocar salto e saia agora? – Perguntou Remo.

– Vocês ficaram reclamando que eu escondia o meu corpo, resolvi ficar mais feminina. – Falei lembrando do dia em que fomos para a piscina na sala do Jay no natal e os meninos ficaram abismados vendo o meu corpo.

– Isso é nós vamos falar se está bom ou não. – Falou Six sorrindo maroto. – Dá uma voltinha.

– Nem pensar. – Falei o olhando.

– Qual é? Não vamos fazer nada, só falar se você está bonita ou não. – Falou Jay.

– Está bem. – Falei e deu uma voltinha, e os meninos ficaram me olhando o tempo todo. – E ai? O que acharam?

– Vamos lá. A blusa não está muito decotada, a saia não está muito curta... – Começou a falar Six, ele era especialista nesse quesito.

– Seu cabelo está muito bonito... – Falou Remo sorrindo.

– A maquiagem simples e o salto te deu um charme a mais. – Completou Jay.

– Está perfeito para A Marota. – Falaram todos juntos, e eu acabei rindo com isso.

– Mas eu espero que você não saia assim por Hogwarts, vai chamar muito a atenção para um lugar. – Falou Six e indicou o meu bumbum, realmente isso deixava o meu bumbum mais a mostra.

– Se eu tenho é para olhar. – Falei dando de ombros.

– Onde foi que erramos? – Perguntou Remo, acho que eles não queriam que todos os meninos ficassem me olhando, como se eles já não estivessem.

– Carol, você esqueceu o seu batom comigo. – Falou Lene aparecendo na porta.

– Ah, obrigada Lene. – Agradeci sorrindo para ela.

– Vem cá? Todas as meninas resolveram colocar saia hoje? – Perguntou Jay olhando a Lene de cima a baixo, sim, todas as meninas estavam de saia, menos a Alice que preferiu um short.

– Sim, nós comibamos tudo ontem de noite. – Respondi para eles, os meninos estavam quase babando pela Lene.

– Tchau para vocês, boas férias. – Falou Lene virando as costas.

– Não, espera ai. – Falou Six, mas a Lene não escutou. Por que o Six fez isso?

– O que foi isso? – Perguntei o olhando.

– A visão era boa. – Respondeu para mim, e o fiquei olhando sem entender. – A perna da Lene é maravilhosa, um pedaço de mal caminho.

– Você não vai mudar nunca? – Perguntei rindo sentando no lado dele.

– Por enquanto não. – Respondeu passando o braço pelo meu ombro, e os meninos riram. – Mas você está de short por baixo da saia também?

– Talvez sim, talvez não. – Respondi sorrindo marota, e ele me deu um beijo na bochecha.

– Você sabe que essa frase é um convite para os meninos, não sabe? – Perguntou no meu ouvido, e com certeza ele estava sorrindo.

– Idiota. – Falei e deu um tapinha de nele, que riu. – E mesmo se eu estivesse, nenhum menino iria conseguir fazer nada. – Completei apoiando a minha cabeça no seu ombro.

– Se você diz. – Falou Six sorrindo.

– Então quer dizer você acha a perna da Lene bonita? – Perguntei levantando a cabeça e olhando para ele.

– Hogwarts inteira acha isso. – Respondeu.

– É verdade, todos os meninos ficam falando de como a Lene é bonita. – Falou Remo.

– Isso é verdade, a Lene é a menina mais bonita de Hogwarts, mas tem que parar de se vestir igual as oferecidas do Six. – Falei, eu realmente achava que a Lene era a menina mais bonita de Hogwarts, ela tinha uma beleza natural, mas ela não precisava usar roupas tão curtar.

– Mas é isso que chama a atenção. – Falou Six.

– Se a menina é bonita, não precisa usar roupa curta para ser vista. – Respondi.

– Falou tudo, Carol. – Falou Jay concordando comigo.

– Um casal que não seria estralho ver seria a Lene e você. – Falei para o Six. – Os dois são tarados, a Lene é a menina mais bonita de Hogwarts, você é considerado o menino mais bonito de Hogwarts...

– Considerado? Você não me acha o menino mais bonito de Hogwarts? – Perguntou-me Six.

– Não o mais bonito, um dos mais bonitos. – Falei o olhando.

– Acabou o papo, Caldin. – Falou e virou as costas para mim, fazendo os meninos rirem.

– Eu estou brincando Six. – Não sei por que ele se ofendeu, eu falei que ele era bonito.

– Sem papo com você. – Falou sem me olhar, os meninos estavam se matando de rir.

– Sirius. – Falei tentando colocar a minha cabeça na frente dele para o mesmo me ver. – Eu estava brincando, Siriuzinho. – Falei fazendo bico, e ele me olhou de canto de olho.

Ele me puxou, fazendo eu deitar no canto em que tinha a janela, no lado dele, e consequentemente minhas pernas ficaram em cima dele, por sorte a saia não é muito curta, então não apareceu nada que não deveria aparecer.

– Eu te perdoo se você falar que eu sou o cara mais bonito que você já viu. – Falou me olhando.

– Eu não posso falar isso, não seria verdade. – Falei o olhando, então ele começou a fazer cocegas em mim.

– Fala... Fala... – Falava enquanto eu ria.

– Está bem, eu falo. – Falei e ele parou de me fazer cocegas. – Você é o cara mais bonito, sexy e galinha que eu já vi. – Era verdade.

– Melhor. – Resmongou e me fez sentar.

Eu fiquei com as pernas em cima do Six, ele passou o braço pela minha cintura, e eu encostei a minha cabeça no seu ombro, os meninos estavam fazendo as coisas deles, já eu e o Six estavamos meio que abraçados. Como eu estava com a cabeça no ombro do Six, o memo encostou a sua na minha, e eu fiquei lá, sentindo o cheiro do perfume do Six, que era muito gostoso, e acabei dormindo.

Acordeu mais ou menos uma hora depois, todos os meninos estavam dormindo, e eu ainda estava abraçada com o Six do mesmo jeito que estava antes de dormir, mas eu precisaria acordar os meninos, pois já estavamos chegando na estação. Chamei os meninos e todos acordaram, menos o Six.

– Six. – O chamei tirando as minhas perna de cima dele.

– Não, por favor, me deixa dormir mais um pouco. – Resmungou colocando a sua cabeça no meu ombro.

– Bem que eu gostaria, mas não dá, já estamos chegando na estação. – Respondi, todos os meninos estavam com cada de sono.

Olhei para a Liande, ela estava me olhando pedindo permisão para acorda-los, e eu acenei com a cabeça falando que ela podia fazer. Então ela dei um pio tão alto que assustou todos os meninos, fazendo-os pular sentados e acordarem na hora.

– Caramba, o que foi isso? – Perguntou Six sentado no meu lado.

– Foi o dispertador Liande. – Respondi sorrindo, e todos os meninos olharam para a Liande mortalmente, mas ela virou as costas para eles falando que não ligada. – Ela me acorda assim todos os dias que durmo demais e ela fica entediada.

– Funciona. – Falou Remo sorrindo divertido pelo que tinha acontecido.

– Até de mais. – Falou Six, ele queria continuar dormindo.

– Coitado do Almofadinhas. – Falei o olhando e eu um beijo na sua bochecha, o fazendo sorrir.

– Você é impossivel. – Comentou me olhando e eu sorri para ele.

– Eu sei. – Concordei e os meninos riram.

– Vamos combinar de nos encontrarmos nas férias. – Falou Remo.

– Minha casa está sempre aberta. – Falou Jay.

– A minha também. – Falei sorrindo.

E logo em seguida chegamos na estação, e todos começaram a sair das cabines e do trem. Nós levantamos e pegamos as nossas malas.

– Não se esqueção de me escrever, quero uma carta toda semana, pelo menos. – Falei sorrindo para os meninos assim que estavamos saindo da cabine.

– Pode deixar. – Falaram todos.

Logo depois nos despedimos e cada um foi para a sua falímia. O Remo foi até o seu pai, que o esperava, Pedro seguiu para os pais deles, Jay foi até o senhor e a sanhora Potter, que deram um grande abraço no filho, e um tchau para nós com as mãos quando saimos juntos do trêm. Já o Six foi de mal gosto para perto da falímia, onde a mãe estava abraçando o Regulo alegremente e quando viu o Six fechou a cara e não o olhou, já o pai deu um aceno de cabeça comprimentando o filho, enquanto o Regulo dava um sorriso de lado para o irmão, que retrebuiu.

Eu não encontrei nem meu pai, nem minha mãe, mas eu vi o Leandro com a Sophia um pouco mais adiante, abraçados.

– Oi, cadê a mamãe e o papai? – Perguntei quando cheguei perto deles.

– Não conseguiram vir, e como eu estava de folga, me pediram para vir te buscar. – Respondeu Lean me dando um beijo na testa.

– Oi Sophia, a quanto tempo. – Falei sorrindo para ela e a abracei.

– Verdade. – Falou depois do abraço.

– Vamos? – Perguntou Leandro.

Saimos nós três da plataforma 93/4 e avistei os Black um pouco mais a frente, o senhora Black conversava animadamente com o Regulo, com certeza perguntando como tinha sido o seu ano, enquanto segurava firmemente a mão do marido para ele não ir falar com o Six, que estava um pouco atrás, nem parecia que o Six era do mesmo sangue que eles.

Logo que eles sairam foram para um lado, enquanto eu, meu irmão e Sophia fomos para o outro, eu tinha vontade de correr até o Six, o abraçar passando coragem, e falar umas verdade para a Walburga Black, que raiva dessa mulher. Depois de sairmos de perto da multidão (Eu, Lean e Sophia), aparatamos em casa, parece que a Sophia estava aproveitando para passar o dia com o meu irmão, e como eu não queria atrapalhar, subi para o meu quarto, deitei na cama e acabei dormindo, ontem eu fiquei até altas horas falando com as meninas, por isso eu estava morrendo de sono, e dormi igual a uma pedra.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam dos momentos Sirol (Sirius/Carol)? Vocês acham que o Dolohov e o Zabine falaram a verdade sobre ser tudo ideia do Malfoy? O que vocês acharam da pegadinha com o Snape? E a volta da amizade da Lily e da Carol? O professor Acilio foi cruel ou não? Comentem o que acharam, quero saber de tudo.
Beijos, beijinhos e beijões.
*Malfeito, feito.
*Nox.