A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 80
Rorret?


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
Oi gente linda, como foi a virada do ano e o começo de 2015? Espero que tenha ocorrido tudo bem. Esse capítulo ficou bem legal, e tem muito mistério para os próximos.
Queria agradecer a todas as pessoas que leram o último capítulo e estão acompanhando e um agradecimento e um beijo especial para thalielen, Alicia Halliwell Cullen Black e Gi Vondergeist por comentarem, fiquei muito feliz com cada comentário.
Espero que gostem do capítulo e Boa leitura!



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Três semanas depois...

P. D. V. Jay

Hoje era uma quinta-feira, e nesse exato momento estávamos na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Nós, Os Marotos, acabamos tendo que sentar numas das carteiras da frente, bem perto do professor (e devo falar que a Carol não gostou muito disso, mas eram os únicos lugares de tinham), estava o Remo com um menino da Lufa- Lufa que não sei o nome na primeira carteira, eu estava sentado com a Carol logo atrás deles e o Pedro e o Sirius estavam sentados juntos atrás de nós (tinha mais duas carteiras mais atrás e três fileiras lado a lado).

Hoje era mais um da normal de aula, ultima aula do dia, e todos já estavam cansados do falatório do professor, que estava passando revisão do 2º ano (na terça-feira de três semanas atrás foi revisão desse ano e correção da lição, da quinta-feira foi revisão 4º ano, na terça-feira de duas semanas atrás foi revisão do 3º ano e na quinta-feira foi resumo dos três anos, terça-feira dessa semana foi treinamento de feitiços e hoje revisão do 2º ano e semana que vem ele iria passar revisão do 1º ano na terça e dar uma prova das matérias do 3º e 4º ano na quinta e assim por diante) e estava muito chato, pois o 2º ano foi o mais fácil de todos os anos.

Enquanto o professor falava, reparei que a Carol não olhava para cima e ficava apertando os dedos como se estivesse nervosa com alguma coisa, e na aula anterior ela ficou do mesmo jeito a aula inteira, nem quando o professor falou com ela quando ele entregou as lições corrigidas ela o olhou, só ficou olhando para a mesa enquanto ele estava no lado.

– Carol, olha para o professor enquanto ele fala. – Sussurrei praticamente no ouvido dela.

– Não, eu não quero, estou bem assim. – Respondeu baixo sem me olhar.

Logo depois o Sirius me cutucou perguntando o que eu tinha falado, e eu balancei a cabeça falando que não era nada, depois eu vou explicar o que acho para eles, mas a Carol não pode estar junta, acho que ela ficaria brava se eu falasse sobre isso na frente dela. Sabe o que eu acho estranho, a Carol só fica assim, mal-humorada e na defensiva, na aula de DCAT, antes e depois da aula ela fica normal, brincando e rindo como sempre.

Enquanto o professor falava comecei a viajar e a olhar pela sala, e acabei reparando que mais da metade da sala feminina não olhava para o professor, as únicas que olhavam era a Lily e a Alice (e a Lily escrevia tudo o que ele falava) e mais duas ou três meninas da Lufa-Lufa, sendo que a sala só tinha 13 alunas, 5 da Grifinória e 8 da Lufa-Lufa ( meninos tinham 5 da Grifinória e 6 da Lufa-Lufa, total de 11 homens). Depois de mais ou menos 10 minutos o sinal tocou e todos nós saímos da sala depois do professor falar que poderíamos ir.

Nós, Os Marotos, fomos para a sala comunal e começamos a fazer as lições, a Carol e o Remo eram o que mais tinham (graças às aulas a mais) e os que mais escreviam em cada uma. Quando era mais de 7 horas, quase 8 horas e o horário do jantar, da noite a Carol acabou as lições e foi guarda-las no dormitório, era a minha chance de falar com os meninos.

– Preciso falar com vocês, mas tem que ser rápido antes da Carol voltar. – Falei assim que ela atravessou a porta para o dormitório feminino.

– O que é tão serio que você não pode falar na frente da Carol? – Perguntou Remo.

– Vocês já repararam que a Carol e quase todas as meninas da sala não olham para o professor Acilio em hipótese alguma? – Perguntei.

– Já. – Responderam todos sem entender onde eu queria chegar.

– Vocês não acham isso estranho? – Perguntei.

– Não necessariamente, talvez elas não queiram ficar olhando-o. – Respondeu Remo dando de ombro.

– A Carol começou com isso depois da detenção. – Comentou Sirius, bem observado Sirius, parabéns.

– Verdade, faz três semanas que a Carol não olha o professor Acilio frente a frente. – Falou Pedro.

– Ela nem olhou para ele quando ele entregou a lição á três semanas. – Falei e todos concordaram.

– Vocês acham que aconteceu alguma coisa na detenção que fez a Carol não olhar mais o professor Acilio? – Perguntou Remo, acho que ele finalmente entendeu onde eu queria chegar.

– Talvez sim, não tenho certeza. – Respondi com sinceridade.

– Só pode ser, quando ela voltou da detenção naquele dia ela estava estranha e nem olhou para mim quando a chamei e subiu para o quarto, eu contei isso para vocês. – Falou Sirius e todos nós concordamos lembrando-se disso. - E a pergunta, o que a Carol está escondendo da gente?

– Temos que descobrir, não é normal praticamente toda a sala estar igual à Carol. – Falei.

– Até a Lene e a Dorcas não olham para ele, e elas eram apaixonadas por ele no começo do ano. – Falou Sirius, e eu perguntei com o olhar como ele sabia. – A Carol ficava comentando comigo como ela achava ridículo elas ficarem babando por um professor. – Respondeu. – Isso não pode ser coincidência.

– Vocês não acham que é entrar na privacidade da Carol fazer o que vocês estão fazendo ou querendo fazer, seja lá o que for? – Perguntou Remo.

– Pode até ser, mas temos que fazer alguma coisa para entender essa epidemia de não olhar o professor Acilio de jeito nenhum. – Respondi.

– E lá vem a nossa chance. – Falou Sirius assim que viu a Carol descendo as escadas.

P. D. V. Carol

Quando sai do dormitório, chegando à escada, vi os meninos conversando, e parecia ser alguma coisa seria, pois eles não estavam rindo nem brincando um com o outro, nem se estapeando ou cutucando um ao outro. Assim que desci as escadas tirei a hipótese de ser alguma coisa seria, não queria ficar pensando bobagem antes do tempo.

– Do que estavam falando? – Perguntei sentando no sofá, ao lado do Remo.

– Nada de interessante. – Respondeu Jay e ele olhou para os meninos. – Carol, não fica brava, mas o que aconteceu na detenção que você teve com o professor Acilio?

Ah não, era isso o que estavam discutindo? Será que eles pensam que...? Não, não pode ser isso que eles estão pensando, só devem estar curiosos porque não falo muito sobre ela, e vocês sabem por que.

– Nada, foi uma detenção normal, por que a pergunta? – Falei e acho que não dei muita confiança.

– Por nada, só queremos saber o que foi a detenção. – Respondeu Jay. Olhei para todos os meninos e ambos estavam esperando a minha resposta.

– Já disse, foi uma detenção normal, por que tanta pergunta? – Perguntei e levantei indo ver o quadro de avisos, não podia ficar muito tempo olhando os meninos, acabaria contando.

– Não adianta fingir que está vendo o quadro. – Falou Sirius. – Você sabe que não tem nada novo.

– Só queria ter certeza que não apareceu nenhum recado do nada. – Menti, eu só não queria olhar para eles.

– Carol, só nos fala o que você fez na detenção. – Falou Remo calmo.

Virei para eles e respondi:

– Ajudei o professor a arrumar as lições, só isso. – E logo virei de novo para o quadro, estava na ponta da língua para falar o que aconteceu depois.

– Carol, nós sabemos que não foi só isso. – Falou Jay me virando pelo ombro. – Nos conta o que realmente aconteceu.

– Não quero falar sobre isso. – Falei olhando pera outro lado sem ser para os meninos, e escutei o Jay bufando.

– Fala logo o que aconteceu. – Falou me chacoalhando pelo ombro.

– Eu não posse dizer. – Falei desesperada para ele parar.

– Por quê? – Perguntou me olhando nos olhos.

– É uma coisa do professor. – Falou sem pensar e tampei a boca, antes de falar mais alguma coisa.

– O que? É um segredo dele? – Perguntou Sirius ficando de pé junto com Remo e Pedro.

– Você não vai falar, não é? – Perguntou Remo e eu neguei com a cabeça falando que não falaria. – E nem vai tirar a mão da boca para não falar. – Completou e eu neguei de novo falando que não tiraria, e não tiraria mesmo, minha boca estava quase me fazendo gritar o que aconteceu.

– Já que você não vai contar, vamos descobrir sozinhos. Nós vamos invadir a sala dele. – Falou Sirius sorrindo maroto.

– O que? Você está louco? Isso é contra as regras. – Agora minha mão e minha boca trabalharam juntas, eu não podia os deixar irem lá. – Remmy. – Apelei pelo Remo, ele era minha ultima esperança.

– Desculpe Carol, mas eu estou junto, também quero saber qual é esse segredo tão grande que você não pode falar para gente. – Respondeu, minhas esperanças acabaram de ir para o tártaro. (N/autora: como juntar Harry Potter, Percy Jackson e Jogos Vorazes num momento, Bum).

– Vocês não podem fazer isso. – Falei desesperada.

– Carol, está decidido, nós vamos, com ou sem você. – Falou Jay ficando no lado dos meninos.

– Vocês não fariam isso. – Falei, eu esperava eles perceberem que eu era uma deles e não queria o mal deles.

– Já está decidido. – Jay deu um ponto final, e os meninos foram a caminho do quadro da Mulher gorda.

– Vocês não vão fazer isso. – Falei seguindo-os. – Me escutem vocês não podem ir lá. – Falei parando na frente deles no buraco do quadro.

– Nós vamos com ou sem você Carol, não adianta insistir. – Falou Remo e eles passaram por mim.

– Por favor, não fazem isso. – Falei seguindo eles de novo, mas ambos nem viraram os olhos para trás. – Arg, vocês são insuportáveis. – Rosnei como um cachorro, deu até medo de mim. – Está bem, eu vou com vocês. – Falei bufando, e só vi o sorriso deles, acho que eles sabiam que eu iria ir junto. – Mas é só para vocês não fazerem nenhuma besteira.

Eles foram à frente e eu fui seguindo, já deveria ser 8 horas da noite, todos estavam no jantar menos a gente, até perdi a fome depois de tudo o que tive que engolir para não contar. Descemos as escadas até o 3º andar sem uma alma passando pelos corredores, e assim seguimos para a sala de DCAT.

Depois de alguns corredores chegamos à sala do professor, se eu tiver sorte ele teria pensado e trancado a porta, só por precaução. Assim que chegamos à frente da sua porta, o Jay a abriu, e a mesma (para o meu azar) estava destrancada, parece que o professor acha que ninguém invadiria a sua sala, e ninguém invadiria, só os meus amigos que são loucos e estranhos, e é por isso que eu gosto tanto deles.

Assim que eles entraram mandaram o Pedro ficar vigiando a porta para ninguém nos pegar, como se nós tivéssemos um esconderijo ali, e Remo, Sirius e Jay foram investigar pela sala. Eu fiquei no lado da porta vendo o que eles estavam vendo, e eu esperava que o professor tivesse escondido aquela lista ridícula depois que a vi, mas será que ele sabia que eu tinha visto a lista? Eu tenho que parar de esperar muitas coisas das pessoas a minha volta.

Eles continuaram procurando e agora eu estava olhando nervosa para fora, parecia que a qualquer hora poderia vir alguém e nos pegar “pesquisando” sobre o professor.

– Gente olha só. – Chamou Sirius.

Todos nós fomos ao seu lado e pude ver a lista do professor na sua mão, e aquele canalha tinha pegado mais duas meninas depois da minha detenção, e as duas eram do 6º ano, uma da Sonserina e outra da Corvinal. Não precisava ficar ali olhando a lista, sabia ela inteira, ficava pensando nela todo o dia antes de dormir, claro que sem querer, meu pensamento simplesmente ia até a lista; então fui até a porta e fiquei olhando para fora.

– Tem um monte de menina aqui de Hogwarts. – Falou Jay lendo a lista.

– É quase a metade de Hogwarts feminina. – Falou Remo.

– Tem até menina do 4º ano aqui. – Falou Pedro assustado.

– Falem baixo. – Falei para eles olhando para fora.

– Esse cara é louco. – Comentou Six e logo completou. – Olha a Dorcas... E a Lene.

É, como eles não vão parar de falar nem falar mais baixo a única solução que achei foi fechar a porta, eu sei que é arriscado porque alguém pode aparecer, mas pelo menos ninguém nos ouviria do corredor.

– Tem todas as meninas que não olham para o professor na sala. – Falou Jay, é eles já descobriram o que queriam, só é questão de tempo para ligarem os pontos, e pensando nisso acabei me abraçando.

– Espera... – Escutei o Remo falar baixinho, acho que ele já ligou os pontos, pois me olhou. – Por que não nos contou da lista? – Perguntou quando ele chegou à minha frente.

– É que ele... – Comecei a falar, mas não me deixei continuar, e olhei para o lado.

– Ele...? – Começou a perguntar assustado, acho que caiu a “ficha” dele.

– Tentou. Por isso meu nome não está na lista. – Falei olhando para ele de novo.

– Por que não nos contou? – Perguntou agora preocupado.

– Ele falou para não falar para ninguém, senão seria pior. – Falei para ele.

– Está bem, isso explica por que todas as meninas não olham para ele, mas por que você não olha Carol? – Perguntou Six para mim, eu apenas olhei para o lado.

– Você está dizendo que ele te agarrou também? – Perguntou Jay.

– Não, ele tentou, mas eu sai correndo. – Falei, eu estava tirando um peso das costas contando tudo o que aconteceu para eles, não gosto de esconder nada nem de mentir para eles.

– Isso explica você não olha-lo e o seu nome não estar na lista. – Falou Sirius. – Mas por que não contou antes?

– Ele a ameaçou. – Respondeu Remo por mim.

– Como ele fez com todas as meninas, por isso Hogwarts inteira ainda não sabe o que ele faz. – Falei sorrindo de lado para eles, já não estava mais preocupada em esconder deles isso, mas ainda estava preocupada em que o professor Acilio poderia fazer se descobrisse isso.

– Se a gente soubesse não teríamos te pressionado nem vindo aqui, desculpa. – Falou Jay vindo me abraçar.

– Vocês não sabiam. Mas poderiam ter me escutado quando falei para não vir, mas até que foi bom, eu já tinha quase falado para vocês umas cinco vezes, mas eu não podia. – Falei sorrindo normal, eu já disse que eles são os melhores amigos que eu poderia encontrar?

– Eu quero esmurrar aquele cara. – Falou Six vindo com todos os meninos até a porta, onde eu estava.

– Você não pode, se você bater num professor vai expulso na hora. E vê se me escuta dessa vez. – Falei dando um tapa no seu braço, fazendo todos rirem e o Six me abraçou.

– Mas nós temos que fazer alguma coisa. – Falou Jay. – Vai saber quantas meninas dessa lista não são ex-alunas dele. Eu não quero fazer isso só para ele sair da escola e como vingança por todas as meninas, eu quero que a carreira dele acabe como professor para ele nunca mais fazer isso. – Nossa que revoltado.

– Nós podemos falar com a McGonagall. – Falou Remo, só quero ver se vai dar certo.

– Eu ainda quero bater nele. – Falou Six e eu o olhei. – Só um socozinho, deixa. – Falou fazendo cara de cachorrinho que caiu da mudança em dia de chuva na frente de uma casa cheia de crianças.

– Talvez quando ele sair da escola. – Falei rindo, tenho que pensar positivo.

– Ok, vamos para a sala da tia Minie. – Falou Six.

– Vou pegar a lista. – Falou Jay indo até a mesa.

– Não, o jantar já deve estar acabando, se ele chegar aqui e não ver a lista vai correr atrás de todas as meninas. – Falei antes de ele encostar na lista.

– Tem razão, vamos conversar com a professora McGonagall. – Falou Remo e nós saímos correndo da sala.

Eu fui a terceira a passar pela porta, sendo que o ultimo tinha sido o Jay, que a fechou assim que saiu. Corremos pelos corredores na maior velocidade que conseguíamos, e estávamos indo direto para as escadas que se movem para ir até o 4º andar, onde ficava a sala da professora McGonagall. Mas aconteceu um contratempo, bem quando estávamos no corredor que dava para as escadas, vi o professor acabando de subir as mesmas.

– O professor está vindo, por aqui. – Falei e empurrei os meninos para o corredor do lado.

Acabamos de correr o corredor e viramos a esquerda, onde eu derrapei um pouco pela velocidade que eu estava quase fazendo o professor me ver. Eu e os meninos nos escondemos na curva, encostados na parede, e assim que passou alguns segundos, olhei para o corredor, e o professor estava virando o corredor de onde tínhamos acabado de sair, onde era caminho para sua sala.

Encostei-me na parede e esperei mais 15 segundos, só para ter certeza que ele tinha ido realmente para a sala dele. Assim que acabei de contar e vi que ele realmente tinha ido para sua sala, chamei os meninos e a partir dai voltamos a correr para a sala da Minerva, se Morgana estiver de bom humor agora espero que me ajude, pois já me atrapalhou demais, e eu estou torcendo pelo professor ser tão idiota quanto parece e não ter feito um feitiço naquele pergaminho para ver as digitais da pessoa que tocou nele.

Assim que subimos as escadas corremos para a sala da McGonagall e não tinha mais nenhum aluno pelos corredores, parece que o jantar já acabou faz alguns minutos, então provavelmente todos os professores já estavam nas suas salas ou indo para elas. Assim que chegamos à sala da professora McGonagall os meninos entraram nela sem bater nem nada, simplesmente entraram.

– Mas o que significa isso? – Perguntou olhando para gente por cima do óculos, já que ela estava corrigindo algumas lições.

– Professora McGonagall, temos que falar urgentemente com a senhora. – Falou Jay recompondo a sua respiração.

– Já que vocês estão dentro da minha sala, podem fala. – Nos falou tirando seus óculos.

– Temos uma acusação. – Falou Six a olhando, e ela pediu para continuar.

– O professor Acilio é um pedófilo. – Falou Jay. – Ele ficou abusando de muitas alunas daqui.

– Os senhores têm provas contra isso? – Perguntou Minerva. – É uma acusação muito seria as que os senhores estão fazendo.

– Ele tem uma lista de todas as meninas que ele pegou. Mas deixamos na sala dele para ele não perceber que sabíamos sobre isso. – Falou Remo.

– Bom, ou os senhores apresentam uma prova agora ou vou ter que ir até a sala dele para tirar essa duvida. – Falou nos olhando.

– Mas até lá ele pode ter escondido a lista. – Falou Remo triste.

– Então... – Sabia o que ela iria falar, ela não poderia fazer nada sem provas, mas tinha um jeito de mostrar a ela a verdade, e naquele momento.

– Tem mais um jeito. – Falei antes de ela continuar.

– Qual, senhorita Caldin? – Perguntou-me professora McGonagall.

– Legilimência. – Respondi.

– Carol, o que você está pensando? É um feitiço muito avançado e você nunca fez nada parecido. – Falou-me Remo me segurando pelo ombro.

– Eu sei, mas é preciso. – Falei o olhando.

– A senhorita tem certeza? Como o senhor Lupin falou é um feitiço muito avançado. – Disse-me Minerva me olhando, pôde-se dizer com preocupação.

– Tenho sim professora. – Respondi.

– Nesse caso sentasse, vai ser doloroso. – Falou e apontou a varinha para mim depois que eu sentei. – Legilimens.

Senti-a entrando na minha mente e eu me foquei a pensar só no professor Acilio, só no que aconteceu a três semanas atrás, ele tentando me agarrar, os nomes da lista daquele dia, os nomes da lista de hoje, todas as alunas com medo dele, a minha conversa com a Lene e a Dorcas depois da detenção, a cena que o vi beijando a Lene antes do natal... Mas a professora parou por ai, ela já tinha provas suficientes.

– Meu Merlin, vou falar com Dumbledore agora mesmo. – Escutei ela falar por trás da minha dor de cabeça infernal, a mesma estava latejando, mas por incrível que pareça não doeu tanto quanto imaginava, talvez por que eu não estava tentando faze-la sair da minha cabeça. – Foi muito corajosa, Carol, parabéns. – Falou parando no meu lado e colocando a mão no meu ombro, e eu dei um sorriso fraco para ela.

P. D. V. Six

A Carol teve aquela ideia doida de fazer a tia Minie entrar na cabeça dela para ver tudo o que vimos contra o professor Acilio, claro que a ideia foi boa, mas já estava demorado demais e não estava gostando nadinha de ficar vendo a Carol sofrendo por culpa nossa. Eu tentei parar a professora McGonagall, mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa o Remo me segurou falando que se eu atrapalhar poderia ter graves consequências na Carol, e eu não queria isso.

Quando finalmente acabou eu queria sair e ver como a Carol estava, mas minha consciência me fez ficar logo depois que escutei isso:

– Meu Merlin, vou falar com Dumbledore agora mesmo. – Falou tia Minie, e logo depois foi até a Carol e falou que ela tinha sido muito corajosa, então veio até nós. – Fiquem com ela, ela precisa de vocês agora mais do que nunca. E acho melhor ela não ir para as aulas amanhã, acho que não vai fazer muito bem ter coisas novas na cabeça nesse momento. – E depois disso saiu da sala.

– Carol, você está bem? – Perguntei chegando perto da cadeira que ela estava sentada.

– Estou sim, só com a minha cabeça latejando. – Falou levantando da cadeira e me olhando.

– Você foi muito doida de fazer isso. – Falei sorrindo e abraçando ela.

– O que você mostrou para ela? – Perguntou Pedro.

– Tudo o que eu sei. – Respondeu e fomos para perto dos meninos, sem estarmos abraçados agora.

– Você sabia que isso era arriscado, não sabia? Poderia ter acontecido alguma coisa. – Falou Remo preocupado, assim como nós.

– Eu sei, mas eu precisava fazer isso, como vocês disseram, ele não pode sair impune por tudo o que ele fez. E eu preferi mostrar tudo de uma vez e acabar com isso do que ficar sentada vendo tudo acontecer a minha volta e ficar quieta. – Respondeu.

– A minha menininha corajosa. – Falou Jay e a abraçou, fazendo-a rir.

– Não sou menininha, só sou alguns meses mais nova que você, Jay. – Falou, mas não saiu do abraço.

– Vou continuar te chamando de menininha. – Falou e todos nós rimos.

– Vamos voltar para a sala comunal, está ficando tarde. – Falou Remo e saímos da sala de McGonagall.

Fomos para as escadas e acabamos de subi-las até o 7º andar, e de lá fomos para a sala comunal. Quando chegamos à frente do quadro da Mulher gorda ela perguntou onde tínhamos estado até agora, pois já tinha acabado o jantar a vários minutos, e eu respondi que não precisávamos responder, pois ainda não tinha passado o horário de recolher, e ela nos deixou passar depois do Remo falar a senha.

– Vou subir para o dormitório, até amanhã meninos. – Falou a Carol parando na frente da porta do dormitório feminino.

– Carol, a McGonagall falou que acha melhor você não ir para a aula amanhã. – Falou Remo para ela.

– Amanhã nós resolvemos. – Falou e virou para a porta.

– Carol, amanhã você não vai para a aula. – Falei a olhando.

– Amanhã nós revolvemos isso. – Falou de novo.

– Caroline, amanhã você não vai para as aulas, nem se tivermos que te amarrar na cama para não ir. – Falou Jay autoritário.

– Está bem, amanhã resolvemos. – Falou e já entrou pela porta.

– Essa menina é muito teimosa. – Falou Jay para nós.

– Não adianta falar nada para ela agora, só vamos para o quarto que já está tarde. – Falou Remo e nós seguimos para o nosso dormitório.

P. D. V. Carol

Eu sei que a Minerva falou que era melhor eu não ir para as aulas para não ter mais coisa na minha cabeça depois de tudo o que aconteceu, mas eu não entendo por que tenho que fazer isso. Para mim é bem simples, se amanhã eu ainda tiver com dor de cabeça não vou, mas se eu já tiver melhorado não vou perder aula por nada.

Cheguei ao meu quarto e vi que todas as meninas já estavam dormindo, hoje era o dia que mais tinha aula, e era muito cansativo, estão todos dormiam sedo. Segui para um dos banheiros e tomei um banho calmo e longo, tinha que relaxar um pouco para dormir. Assim que sai do banheiro coloquei uma calça de moletom e uma blusa confortável de manda curta para dormir, não estava com vontade de colocar meu pijama hoje.

Deitei na cama e fiquei tentando não pensar em nada, me revirando na cama até achar uma posição confortável para dormir, e assim que a achei dormi em seguida. Enquanto eu dormia, tinha um sonho bem tranquilo, eu estava deitada numa grama em baixo de um sol de primavera muito bonito, estava delicioso.

Depois de alguns minutos eu escutei uma risada, e uma porta batendo, e quando abri os olhos (ainda no sonho) eu estava de volta à sala do professor Acilio, mais precisamente na detenção, e ele estava fazendo a mesma coisa que ele fez naquele dia. Eu fiquei olhando para ele, assustada, isso não poderia estar acontecendo de novo.

E como eu estava paralisada pensando se aquilo estava acontecendo, não sai de perto dele como da outra vez, então ele começou a morder o meu pescoço. Eu estava sentindo aquilo, mas não podia ser verdade, e eu tinha que sair dali. Empurrei-o com toda a força que eu tinha e tentei sair da sala, mas ele me puxou de novo para perto dele me abraçando pela cintura.

– Não vai fugir de mim tão fácil. – Falou no meu ouvido e começou de novo a morder meu pescoço.

Tentei empurrar ele, mas não funcionou, então tentei empurrar ele com mais força e dando um paço para trás, para ter uma distancia maior, mas ele me empurrou até a parede. Ele me olhou nos olhos com aquele sorriso estranho e me beijou, sim encostou a sua boca na minha e enfiou a sua língua na mesma, logo em seguida indo apertar a minha bunda. E nesse momento eu já não sabia o que fazia se chorava ou se esperneava batendo nele.

Mas a coisa piorou, ele revolveu que me beijar não era o suficiente, então mordeu o meu lábio inferior, mas não igual ao Six nas férias de natal, ele mordeu até cortar o meu lábio fazendo o mesmo sair sangue, e nesse momento senti uma lagrima sair dos meus olhos enquanto eu gemia de dor e o professor ria com isso, então eu acordei.

Eu estava soada e chorando, com medo do que acabei de sonhar, e pensando que isso poderia ter acontecido naquele dia se eu não tivesse sido mais rápida e se ele não me tivesse deixado ir embora, e eu estava tremendo. Abracei a minha perna e me deixei chorar baixinho, tentando me acalmar, e depois de alguns minutos, pensando que tinha me acalmado, deitei de novo, mas aquelas imagens não saiam da minha cabeça.

Tentei de tudo para me acalmar, mas não achei nada. “Vá falar com o Sirius.” falou uma voz na minha cabeça. “Mas ele está dormindo”, pensei. “Tenho certeza que ele não se incomodara com isso, você pode confiar nele, quantas vezes você já não fez isso?” falou de novo, e ela estava certa, não seria a primeira vez que vou conversar ou dormia com o Six depois de um pesadelo ou sonho ruim, ele me acalmava de um jeito que só ele conseguia.

Levantei, coloquei o meu tênis sem amarra-lo e segui para o quarto dos meninos sem fazer barulho, já era mais de meia noite. Desci as escadas do dormitório feminino e subi a do dormitório masculino tentando fazer o mínimo de barulho possível. Assim que cheguei ao quarto dos meninos entrei sem fazer barulho também e fui para a cama do Six.

– Sirius... Sirius... – Comecei a chama-lo, mas nada dele acordar. – Sirius... Six.

– Que foi? – Perguntou com uma voz rouca de sono, sentando na cama tentando me ver.

– Eu posso dormir com você? – Perguntei baixo, e minha voz deu uma falhada por causa do choro de agora a pouco.

– Ah, é você Carol. Claro que pode, vem. – Falou me dando espaço para deitar com ele, e foi o que eu fiz, deitei no seu lado, ele passou o braço por baixo da minha cabeça, e eu coloquei a minha cabeça no seu peito.

– Desculpe te acordar a essa hora. – Falei, agora que comecei a pensar, fui muito egoísta vindo aqui a essa hora.

– Não tem problema, mas você pode me dizer o que te fez vir aqui. – Falou Six enquanto mexia no meu cabelo.

– É que eu tive um pesadelo, fiquei pensando no que poderia ter acontecido de eu não tivesse saio correndo do professor Acilio na detenção. – Falei sem pensar, e senti umas lagrimas escorrendo do meu rosto, e também vi a minha voz falhar quando falei “detenção”. – Eu não deveria ter vindo te incomodar com isso. – Falei, eu queria sair e ir para o meu quarto, mas eu me sentia tão calma e segura aqui que não consegui.

– Ei. – Falou e levantou o meu queixo com a mão fazendo-me olhar nos olhos dele. – Não importa por que você veio, por pesadelo, insônia, qualquer coisa, nem quantas vezes você tiver que vir aqui, eu sempre vou estar aqui quando precisar, não se esqueça disso. – Falou e me deu um beijo na testa.

Depois do beijo ele me olhou e enxugou o meu rosto, que tinha voltado a ficar molhado pela lembrança do pesadelo, e deu um sorriso de lado para mim, mas não era um sorriso malicioso ou maroto, era o mini sorriso perfeito dele, aquele que ele deu no ultimo dia de férias na casa dos Potter.

– Agora esquece o que aquele idiota fez, e tenta dormir, você precisa descansar, teve um dia longo hoje.

– Obrigada, Six. – Agradeci sorrindo e deitei no seu ombro.

– Você sempre pode contar comigo. – Falou encostando sua cabeça na minha.

– Eu sei. – Falei e fechei os olhos, acho que nem 10 minutos depois eu já estava dormindo abraçada ao Sirius. Viu o que eu disse? Ele conseguiu me acalmar com uma simples frase.

Duas semanas depois...

Hoje era sábado, e eu estava com as meninas que inventaram de fazer uma “tarde das garotas”, que mais parece um “sábado das garotas”, mas eu até que gostei, ri o dia inteiro com as meninas. Elas são muito engraçadas com seu jeito de serem, Dorcas e Lene falando de meninos, Lily se irritando de como elas falavam e a Alice ria comigo de tudo isso. Não me pergunte dos meninos, só os vi no café da manhã e vim passar um tempo com as meninas.

Depois de uma tarde inteira com elas no jardim, decidimos que era melhor irmos para o dormitório e continuar a nossa conversa lá, e foi o que fizemos. Assim que chegamos ao quarto sentamos no chão em uma roda para conversar, então a Dorcas inventou de fazer um jogo. O jogo chamava “Verdade ou mentira?”, onde você tinha que falar algo sobre si mesmo, sendo verdade ou não, e o outro tinha que descobrir, e quem começou foi a Dorcas.

– Eu nadei no lago de Londres. – Disse sorrindo, e todas nós começamos a pensar.

– Falso. – Falou Lily e Alice.

– Verdadeiro. – Falei com a Lene.

– Lene e a Carol acertaram. – Falou, e todas nós ficamos olhando para ela perguntando o porquê dela ter nadado num lago. – Não foi de proposito, eu estava passeando, parei no lago para ver os animais e acabei escorregando.

– Você agora Lene. – Falou Alice depois que todas nós rirmos.

– Eu morei numa fazenda. – Falou sorrindo.

– Falso. – Falaram Lily, Dorcas e Alice.

– Verdadeiro. – Falei sorrindo para ela.

– Como você sabe? – Perguntou Lene para mim.

– Um dia você falou que sentia falta de ficar na fazenda enquanto dormia. – Falei.

– Então está bem, agora é você. – Falou Lily para mim.

– Eu já usei óculos. – Falei.

– Falso. – Falaram todas.

– Errado, eu realmente usei quando era pequena, mas não preciso mais dele. – Falei sorrindo, e todas ficaram abismadas. – Você Lily.

– Eu nunca dei um presente bonito. – Falou.

– Falso. – Falaram todas, ela sempre dá presentes bonitos.

– Acertaram. – Falou indignada, ela achou mesmo que iriamos falar outra coisa? – Só falta você Alice.

– Ok, eu já pulei de um navio num mar cheio de tubarões. – Falou.

– Falso. – Falei, a Alice tinha enjoo em navio, um dia ela me falou isso, no primeiro ano depois da aula de voo, ela comentou que odiava coisa que ficava balançando muito, por isso não gostava de voar nem de navio.

– Acertou, não acredito que você lembra-se do que eu te falei nas primeiras semanas do primeiro ano. – Falou sorrindo para mim.

– Eu tenho uma boa memoria. – Falei dando de ombros.

E a brincadeira continuou por longos minutos, só parávamos quando alguém ia ao banheiro, e as meninas falavam cada coisa bizarra, que se você não risse daquilo você não era normal. E a brincadeira acabou era umas 9h30mim, quando começamos a ficar com sono, pois tínhamos acordado cedo para o dia render mais.

Todas nós fomos nos trocar para dormir, e como estava meio frio agora, coloquei uma calça de moletom e um suéter, que não esquentava muito (http://www.polyvore.com/socorro/set?id=144233924). Deitei na cama e fiquei pensando na vida. Lembra-se do dia em que falamos para a McGonagall que o professor Acilio era um pedófilo? E que a mesma falou para eu não ir para a aula no outro dia? Ela estava certa.

Flash Back on

Acordei naquela manhã de sexta-feira com o Sirius me abraçando, e nós estávamos dormindo de conchinha, ele com os braços em volta da minha cintura e eu estava segurando uma das suas mãos enquanto a outra estava em baixo do travesseiro. Eu olhei aquilo e sorri, é bom saber que eu tenho um amigo para todas as horas. Tentei soltar as nossas mãos, mas o Sirius não deixou.

– Quer fugir de mim? - Perguntou no meu ouvido com aquela voz rouca de sono e sorrindo divertido e maroto.

– Não, eu não queria te acordar. – Falei olhando-o por cima do ombro.

– Carol, você sempre me acorda, todos os dias de todos os anos. – Falou se referindo a acorda-lo, literalmente, todo o dia.

– Mas é diferente, eu não sei que horas são agora. –Falei sorrindo para ele.

– É hora de vocês dois saírem dessa cama e pararem de se abraçar. – Falou Jay chamando a nossa atenção. – Afinal, por que isso? – Falou apontando para nós dois.

– Eu não conseguia dormir e vim falar com o Six, ele fica mais simpático quando acordamos ele no meio na noite, e acabamos dormindo. – Respondi sentando na cama.

– Vocês dormiram abraçados? – Perguntou Remo saindo do banheiro já vestido.

– Mais ou menos. – Respondeu Six sentando na cama também, e só agora que reparei que ele estava com uma regata muito bonita (http://www.flashtransfer.com.br/img/regata/regata-masculina-preta.jpg).

– Desde quando você o chama de Six? – Perguntou Jay abismado.

– Ah, depois que as “fãs” do Sirius inventaram esse apelido, a escola inteira o usa, e acabou ficando na minha cabeça. – Respondi dando de ombros e fazendo aspas com as mãos nos “fãs”.

– Que horas são? – Perguntou Sirius e olhou o relógio. – Caramba, são 07h30min, estamos atrasados.

– Tenho que correr. – Falei, mas antes de levantar os meninos disseram:

– Você não vai para a aula hoje.

– Qual é? Eu estou bem. – Falei ficando de pé.

– Não, você não está. McGonagall falou para você não ir para a aula hoje. Alguém viu o Pedro? – Começaram a falar todos juntos, e eu fiquei um pouco tonta com tanto barulho.

– Está bem, chega, estou ficando com dor de cabeça. – Falei para eles.

– Viu? Você não está bem, se você ficou com dor de cabeça só de nós três falarmos, imagina Hogwarts inteira. – Falou Jay, e eu fechei a cara, odeio quando eu estou errada.

– Carol, nós estamos fazendo isso para o seu bem. – Falou Remo colocando a mão no meu ombro.

– Eu sei, mas eu não gosto de ficar sentada sem fazer nada. – Respondi.

– Você pode adiantar as lições, e depois passar para nós. – Falou Six acabando de colocar a gravata (ele tinha se trocado enquanto conversávamos, e consequentemente a roupa dele ficou toda torta).

– Está bem. – Falei e abotoei a camisa dele certo. – Tem que estar apresentável para as suas fãs, Six. – Falei sorrindo quando ele me olhou perguntando o que eu estava fazendo, fazendo os meninos e o mesmo rirem.

– Só você mesmo, Carol. – Falou e me abraçou.

– Agora vão, senão não vão conseguir comer nem um bolinho. – Falei empurrando eles para fora.

– Você não vai comer? – Perguntou Jay assim que descemos as escadas dos dormitórios, onde não tinha mais ninguém.

– Agora não, tenho a manhã inteira para comer. Vejo vocês no almoço. – Falei e eles saíram o quadro da Mulher gorda.

Fiquei a manhã inteira fazendo as lições e quando eu finalmente acabei elas, não tinha nada para fazer, então tomei banho e me arrumei para as aulas (depois do almoço), eu não aguentava mais ficar no dormitório. Claro que os meninos falaram que era melhor eu ficar no quarto, mas os ouvi, e como eu queria ter os ouvidos, depois que todas as aulas acabaram minha cabeça estava latejando, e claro que os meninos jogaram na minha cara que eles tinham razão.

Flash Back off

Depois de uns belos 10 minutos deitada sem fazer nada e sem sono, pois acordei muito tarde hoje, uma coruja bateu na minha janela. Abri a janela e peguei a carta que ela estava levando no bico, e logo que a abri e comecei a ler, fiquei desesperada. A carta dizia:

“Seus amigos estão correndo perigo, eles estão no 3º andar no lado proibido.”

E assim acabava a carta, com certeza os meninos inventaram de fazer alguma pegadinha e se deram muito mal, e agora vou ter que correr atrás deles para ajuda-los.

Coloquei o meu tênis cinza (para combinar com a roupa, claro) e sai quase que correndo da sala comunal, e segui correndo para as escadas. Eu juro que quando eu encontra-los vou bater neles, uma por estarem em um lugar proibido e muito perigoso, e outra por não terem me convidado (por mais que não iria, eu ainda lembrava da promessa que fiz a Burg, e não iria descumpri-la fácil, mas agora eu preciso, eu prefiro os meus amigos do que uma promessa).

P. D. V. Remo

Eu estava lendo meu livro, era quase 10h da noite, quando uma coruja bate na janela, e assim que abri a mesma, ela deixa uma carta e vai embora. Abri a carta e me assustei com o que estava escrito: “A amiga de vocês corre perigo no lado proibido do 3º andar.”. Se o dia poia piorar, acabou de acontecer.

Fui até a cama do Jay e do Pedro e os acordei com facilidade, e logo eles começaram a colocar um tênis, e segui para acordar o Sirius, mas o menino tinha um sono muito pesado, só a Carol conseguia acordar ele do nada.

– Que saco, Sirius, acorda, a Carol precisa da gente. – Falei e ele deu um pulo sentando na cama.

– Onde ela está? O que aconteceu? – Perguntou colocando seu tênis.

– Ela está no 3º andar no lado proibido, e precisa na nossa ajuda. – Falei e saímos correndo do quarto.

– Mas ela disse que nunca iria para o lado direito no 3º andar, lembra que ela fez uma promessa para a Burg? – Falou Sirius enquanto corríamos para fora da sala comunal.

– Eu lembro, mas deve ter acontecido alguma coisa. – Falei.

P. D. V. Carol

Assim que cheguei ao meu destino olhei para os dois lados do corredor, no lado esquerdo não tinha nada, era uma parece sem saída, e do lado direito, bem no final do corredor tinha uma porta. Andei calmamente até a porta, ela parecia que estava escondendo alguma coisa muito ruim, e se os meninos estivessem ai estavam com grandes problemas.

Logo que fiquei perto da porta, vi se ela estava trancada, e a mesma não estava, então entrei com cuidado, afinal, não sabia o que tinha lá. Assim que entrei vi que o lugar tinha varias caixas e caixões pela sala, alguns cobertos por panos outros não, mas isso estava estranho. E no fundo da sala tinha uma coisa em pé coberta por um grande pano, e isso chamava muito a minha atenção.

Quando eu estava prestes a dar um passo em direção ao objeto atrás do pano, a sala é invadida pelos Marotos, que quase me matam de susto e quase que jogo um feitiço neles, já que estava com a varinha em mãos para emergência.

– O que vocês estão fazendo aqui?/ O que você está fazendo aqui? – Perguntamos todos junto.

– Nós viemos ajudar você./ Eu vim ajudar vocês. – Respondemos juntos de novo.

– Espera, cada um fala de uma vez. – Falei antes de alguém falar mais alguma coisa.

– Nós recebemos uma carta falando eu você precisava de ajuda. – Falou Jay.

– Eu também recebi. – Falei, isso está estranho. – Isso está cheirando armadinha. Vocês trouxeram a carta?

– Sim. – Respondeu Remo tirando um papel do bolso, e eu fiz o mesmo.

– É armadilha, é a mesma letra. – Falei e mostrei para os meninos que concordaram.

– Mas por que aqui? – Perguntou Pedro olhando em volta.

– Não sei, deve ter alguma coisa aqui. – Respondi.

– Então vamos embora, coisa boa não pode ser. – Falou Jay e os meninos foram até a porta, mas eu fiquei parada, olhando aquele pano no final da sala, eu precisava ver o que era aquilo. – Vamos Carol.

– Eu quero ver o que tem atrás daquele pano. – Falei indo para lá, mas como eu fiz isso? Eu não queria ir lá, era como se ele estivesse me puxando para lá.

Segurei o pano e o abaixei, mostrando um espelho maior que todos os meninos, ele era enorme. Soltei o pano no chão e me afastei para ver melhor, no topo de espelho estava escrito uma única palavra, RORRET, não sei dizer se isso é uma palavra de verdade, mas era o que estava escrito.

Eu e os meninos ficamos olhando o espelho (Remo, eu, Jay, Six e Pedro, da esquerda para direita respectivamente), não tinha nada de mais esse espelho. Por que apareceu fogo e todos os meninos mortos no chão? Isso não poderia estar acontecendo, eu não estava sentindo nada, só um terror por ver essa sena.

Fiquei paralisada vendo a sena, tinha fogo por todo o lado, os meninos estavam caídos mortos no chão cheios de sangue bem abaixo de mim, então apareceu o Malfoy de preto igual aos comensais e o Voldemort rindo, e quando olhei para baixo de novo tinha as meninas junto com os meninos e toda a minha família, então Voldemort olhou para mim e apontou para uma pessoa de costas, e eu a matei, eu era uma comensal.

Fiquei me olhando matar todos que apareciam na frente, e eu estava me sentindo entrar em colapso, isso era o meu maior medo, todos os meus medos juntos. Eu tinha medo de morrer no fogo, eu tinha medo de todos morrerem e eu ficar sozinha, tinha medo de me juntar ao Voldemort por algum motivo, e agora eu tinha medo de matar as pessoas que amo pelas minhas próprias mãos.

Comecei a andar para trás, aquilo não poderia acontecer nem estar acontecendo, eu sabia que era mentira aquilo, mas por dentro eu achava que era verdade. Dei alguns passos e tropecei em alguma coisa, me fazendo cair de costas e parar de olhar o espelho, fazendo o medo sair depois de alguns minutos, mas eu continuei sentada, não tinha condições de levantar agora.

Assim que me senti “forte”, fiquei de pé e olhei todos os meninos olharem hipnotizados para o espelho; é isso, o espelho tinha algum feitiço que nos fazia ficar hipnotizados, por isso eu fiquei tão fascinada em olha-lo por trás no pano. Depois de conseguir resistir ao seu encanto, cheguei à frente do Remo, ele era o que estava mais perto, e posso dizer que era o que mais estava sofrendo.

– Remo, Remo olha para mim. – Falei ficando de ponta de pé para ficar mais ou menos na altura dos seus olhos.

– Carol. – Falou me olhado durante um segundo e olhando de volta para o espelho.

E foi nesse momento que vi o que ele estava vendo no espelho, era a lua cheia, isso não era nada bom, por mais que fosse no espelho ele poderia virar um lobisomem ali, e isso iria causar algum caus.

– Remo, vamos sai dessa. – Falei segurando o seu ombro.

Ele meio que por extinto segurou a minha cintura, já que ele ainda estava olhando o espelho, e reparei que ele estava ficando pálido. Então ele apertou a minha cintura, e vi que as unhas dele estavam crescendo, que eu estava sangrando onde a unha tinha entrado na pele, mas isso é o de menos. Comecei a empurrar ele para longe, ele tinha que parar de olhar para o espelho, senão ele viraria um lobisomem em Hogwarts. Depois de darmos alguns passos para trás, o Remo bateu num baú e caiu, me fazendo cair em cima dele.

Sai de cima dele e fiquei o olhando, ele estava voltando ao normal, isso é muito bom, e o mesmo estava com os olhos fechados.

– Remo, fica ai deitado até se acalmar. – Falei e ele deu um aceno de cabeça concordando.

Levantei e fui para o Jay, tampei seus olhos e o coloquei sentado atrás de baú, e ele abraçou as suas pernas escondendo o rosto. Fiz a mesma coisa com o Six e o Pedro, agora era só esperar, mas eu tinha que fazer alguma coisa para os meninos não olharem para o espelho. Resolvi cobrir o espelho de novo, e com todas as minhas forças resisti aos seus encantos para olha-lo, e consegui cobri-lo.

Fui para um lado da sala e me sentei encostada na parede, estava cansada, tanto fisicamente quanto mentalmente, e abracei as minhas pernas. Não sei quanto tempo fiquei ali, mas foi tempo suficiente para lembrar das senas do espelho, e comecei a sentir lágrimas escorrerem pelo meu rosto sem eu querer.

Depois de alguns minutos ali, senti alguém encostar na minha cabeça fazendo carinho, e quando olhei para cima era o Six, e logo depois ele sorriu.

– Seja lá o que você viu, não é verdade e já passou. – Falou para mim secando as lagrimas no meu rosto.

– Vocês estão bem? – Perguntei vendo os meninos levantarem e levantei também.

– Estamos, graças a você. – Falou Jay vindo até mim e Six junto com o Remo e Pedro.

– Não fiz nada que vocês não fariam. – Falei sorrindo para eles.

– O que aconteceu com você? – Perguntou Pedro olhando a minha blusa com manchas vermelhas de sangue.

– Não é nada. – Respondi e os meninos me olharam duvidando.

– Fui eu. – Falou Remo e os meninos olharam para ele perguntando como. – Eu estava me transformando por causa do espelho e acabei machucando a Carol.

– Não foi nada, nem doeu. – Falei para ele, e o Six, que estava no meu lado, e o Remo vieram levar minha blusa para ver o machucado. – Eu estou bem.

– Não é profundo. – Falou Remo me olhando nos olhos.

– Eu estou falando, eu nem senti, foi como se uma agulha tivesse me espetado. – Falei sorrindo para ele.

– Vamos embora. – Falou Jay.

– Ai. – Falou Six caindo por ter tropeçado no pano e o derrubado, fazendo o espelho aparecer de novo.

– Ninguém olha para o espelho. – Falei, mas era tarde demais.

– Não dá, ele nos força a olha-lo. – Falou Jay.

– Eu sei. – Falei e sai correndo para os baús e caixas procurando alguma coisa pesada para destruir aquele espelho maldito.

Assim que o achei (uma pedra grande e azul, muito bonita) corri para frente do espelho e todos os meninos, me olhando no espelho, cheia de sangue e de comensal.

– Você vai atirar uma pedra em você mesma? – Perguntei eu do espelho, com aquele sorriso comensal, eu era tão arrogante.

– Você não sou eu. – Falei para eu do espelho.

– Você sabe que sou, você era assim na sua infância, arrogante, nunca se preocupava com o que acontecia a sua volta, só preocupada com você e talvez com a sua família, sem amigos. – Falou e eu estava ficando com raiva de mim mesma, quer dizer, eu estava ficando com raiva com a eu do espelho, você entendeu. – Você tem medo de você mesma, tem medo de perder os únicos que te aceitaram do jeito que é, tem medo de virar uma coisa que você não quer ser.

– Eu não tenho medo de mim. – Falei para ela.

– Pois deveria. – Falou e logo joguei a pedra no vidro, o fazendo quebrar e atirar vidro pela sala inteira.

– Vocês estão bem? – Perguntei para os meninos.

– Estamos. – Respondeu Remo. – Mas por que você quebrou o espelho?

– Acho que foi por causa dele que a Burg parou na enfermaria. E eu não poderia deixar mais ninguém sofrer por ele. – Respondi pegando um pedaço de vidro

– Carol, desculpe te dizer, mas você terá sete anos de azar. – Falou Six sorrindo colocando a mão no meu ombro, fazendo todos rirem.

– O que será que significa RORRET? – Perguntou Pedro.

– Não sei. – Falei olhando a palavra e olhando para o pedaço de espelho na minha mão. – Espera ai. – Falei virei e costas para a palavra e levantei o pedaço de vidro, olhando a palavra ao contrario, TERROR era a palavra de formou. – Terror, podemos dizer que o esse é o espelho do terror.

– Faz muito sentido. – Falou Jay.

– O que vamos fazer com esses cacos de vidro, que alguém vir aqui e ver ele assim, podem reconstruí-lo e acabar com todo o seu esforço. – Falou Remo para mim.

– Accio cacos de espelho. – Falei e eles fizeram um montinho na minha frente. – Incendio. – E os queimei todos, e começou um barulho chato, parecia que um grito.

– O que é isso? – Gritou Six para nós quando nos tampamos os ouvidos.

– Magia negra. – Respondi e logo depois parou o barulho. - Assim não tem nada para reconstruir. – Falei quando vi que todos os pedaços tinham virado cinza.

– Bem esperto. – Falou Jay, e eu dei de ombros, abaixei e peguei a pedra azul que tinha jogado no espelho.

– Você vai pegar? – Perguntou Pedro.

– Achado não é roubado, e isso vai me ajudar num futuro próximo. – Falei, iria usa-lo para lembrar-me desse dia e nunca virar uma comensal. Eu do espelho tinha razão, eu tinha que tomar cuidado com o que faço.

– Então está bem, mas vamos sair logo daqui, já deve estar tarde. – Falou Remo.

– Nos vamos contar para alguém sobre o que aconteceu? – Perguntou Six no meu lado.

– Acho melhor não, deixa quieto e vamos esquecer o que aconteceu aqui, seja lá o que vocês viram. – Falei sorrindo, tinha pegado a frase do Sirius.

– Ei, essa frase é minha. – Falou para mim.

– Peguei emprestado. – Falei sorrindo marota, revanche do 3º ano quando estávamos comprando o material no Beco Diagonal.

– Chata. – Falou e passou o braço no meu ombro, fazendo todos nós rimos.

E voltamos para a sala comunal assim, rindo de cada piada que fazíamos.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Espero que sim. Comentem o que acharam, está bem, vou adorar saber.
Acho que é isso, até os comentários ou o próximo capítulo.
Beijos, Bejinhos e mais Beijos.
*Nox.