A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 78
Jogadas e Descoberta no Diário


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
Oi gente, que bom ver vocês de novo. Hoje o capítulo é especial pois é véspera de natal, dia para comemorar, dia de festa, paz e amor.
Queria agradecer a Gi Vondergeist, a Alicia Halliwell Cullen Black e a Mrs Horan por comentarem, vocês fizeram esse capítulo mais feliz e tão emocionante. E um beijo no coração de cada uma de vocês e um Feliz Natal e um Ótimo Ano Novo especial para vocês.
Acho que é só isso, boas festas e que o amor reine nos seus coração nesse ano que vai começar. E não se esqueçam de comentar.
Boa Leitura.
Ps: O capítulo ficou bem grande, estava muito feliz esses últimos dias.



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P. D. V. Carol

Já tinha se passado dois dias que aconteceu o jogo, e quase uma semana que encontrei a Burg na Ala Hospitalar, hoje era sexta-feira, e estávamos (os meninos, as meninas e eu) na nossa ultima aula, Herbologia. Estávamos aprendendo sobre a Urtiga, no livro estava escrito: “Encontradas em praticamente todo o mundo, com exceção de desertos, essa planta possui pelos eriçados com caule torto, cuja picada produz um ardor especial. Não é considerada como venenosa, pois o efeito de seu ardor é cessado em apenas uma semana. Deve ser manuseada com luvas de escama de Dragão, mesmo quando estão secas, pois ainda tem o veneno nos pelos, que só saem depois de duas semanas estando seca.”

Nós estávamos tirando o seu veneno para ver como que fica nas plantas venenosas, medicinais e normais, qual é o seu efeito sobre elas, vamos começar os testes na próxima aula. Depois de usar uma seringa para tirar o veneno e coloca-lo dentro de um pode (e posso dizer com clareza que uma folha dessa planta tem mais veneno que esperava), a aula acabou e conseguimos ficar sem pressão para o resto do dia. Bom, esse era o meu plano, mas os meninos tinham outras ideias de passar a tarde livre.

Eles me puxaram para o quarto andar e entramos numa sala, agora me explica para que tudo isso, todo esse drama? Não poderiam simplesmente me falar o que estão tramando?

– Prontos para a pegadinha? – Perguntou Jay.

– Espera, que pegadinha? – Perguntei enquanto os meninos falavam que sim para o Jay.

– Sirius não te contou? – Perguntou Jay olhando para mim, que discordei com a cabeça. E o Jay olhou para o Sirius de deu de ombros com uma careta de: esqueci. – Não tem problema, você vê a pegadinha, tenho certeza que vai adorar.

Então ele abriu um pouquinho à porta para vermos o corredor e vi que tinha várias pessoas andando pelo corredor, afinal tinha acabado de abadar todas as aulas do dia. Então o Sirius e o Jay pegaram suas varinhas e esperaram com elas na mão. Depois de várias pessoas passarem, veio uma menina sozinha, então eles entraram em ação.

O Sirius fez a menina tropeçar em alguma coisa invisível e deixar os livros caírem, então o Jay jogou algum feitiço que não deixou a menina pegar os seus livros, era engraçado a cara dela sem entender nada, mas se você imaginar sendo você naquela situação, não vai achar nada engraçado, mas os meninos estavam rindo, os únicos que não estavam rindo era eu e o Remo. Depois de alguns segundos com o feitiço, eles o desfizeram e a menina pode ir embora.

– Gostaram? Eu achei esse feitiço num livro jogado na biblioteca outro dia, Impedimenta. – Falou Jay todo alegre para a gente.

– O feitiço deve ser bem útil, quando você usa para um proposito bom, e não para torturar pessoas. – Falei, acho que o meu humor para pegadinhas virou diferente das dos meninos.

– É só uma brincadeira, Carol. – Falou Sirius dando de ombro.

– Ela está certa, imagina se fosse com vocês. – Concordou comigo Remo.

– Mas não é o caso. – Falou Jay e o mesmo mais o Sirius viraram para ver a próxima vitima.

– Adianta falar com ele? – Perguntei para o Remo.

– Acho que não. – Respondeu.

– Mais um, agora é menino. – Falou Sirius, e aconteceu tudo de novo, só que em vez do Sirius fazer os livros do meninos caírem no chão, fez eles flutuarem, fazendo ele pular para pega-los, mas com o feitiço do Jay, ele poderia pular quanto quisesse, nunca iria alcançar.

Como sei disso, o feitiço Impedimenta não deixa a pessoa atingida chegar ao que deseja, seja ele objeto ou não, mas a parte boa é que o feitiço só funciona quando o jogador está concentrado. É isso, vou tirar esses sorrisos e essas risadas rapidinho.

– Para James. – Falei abaixando sua varinha.

– É só uma brincadeira, Carol. – Falou Jay sorrindo.

– Pergunta para eles se eles acham isso. – Falei depois que o menino conseguiu pegar os livros.

– Onde está o seu senso de humor? – Perguntou Sirius olhando para mim.

– Depende do senso de humor que você está falando, se o seu senso de humor é torturar as pessoas para você rir, desculpa, esse não é o meu senso de humor. – Respondi.

– Mas nós sempre fizemos isso. – Falou Jay.

– Vocês eu não sei, eu nunca fiz. Eu só faço pegadinhas com quem merece sofrer um pouco, não com a primeira pessoa que aparece na minha frente. – Respondi.

– Isso não é totalmente verdade. – Falou Sirius.

– Não? Com quem eu já fiz pegadinhas? Malfoy, Vane, sonserinos... Todos que mereceram. E com vocês como piada interna, quando só estávamos nós. – Respondi.

– É verdade. – Concordou Remo.

– Agora nós somos os vilões? – Perguntou Sirius.

– Nós sempre fizemos isso com o Ranhoso. – Falou Jay.

– Talvez seja por isso que a Lily tenha tanto ódio de você. – Falei para ele.

– Mas você sempre nos apoiou. – Falou Sirius.

– Não, eu já tinha falado para vocês pararem de fazer com isso o Snape, mas vocês não me escutam, e eu nunca participei disso, e também nunca vi o que vocês faziam. – Falei.

– Ela tem razão. – Falou Remo.

– Dá para você parar de concordar com tudo o que ela fala? Você está no lado de quem? – Perguntou Sirius.

– Agora eu sou a inimiga? – Perguntei olhando para o Sirius.

– Não é isso. – Falou Jay.

– É isso sim, se não está com a gente, está contra nós. – Falou Sirius, ele não disse isso.

– Então é assim? Cinco anos de amizade jogados fora só porque não concordo com o seu estilo de humor? – Perguntei e logo continuei. – Acho que você tem que pensar melhor nos seus princípios.

Jay e Sirius ficaram olhando para baixo pensando, Pedro começou a comer chocolate e Remo ficou olhando par o teto não querendo entrar na conversa. Então eu vi a Burg no outro corredor, ela tinha saído da Ala Hospitalar? Eu precisava falar com ela. Sai correndo da sala sem ligar para os meninos e fui atrás dela.

– Burg. – Chamei mais ela não me escutou. – Burg. – Chamei de novo e dessa vez ela virou. Aproveitei que ela tinha parado e corri até chegar perto dela. – Oi, você saiu da Ala Hospitalar?

– É o que parece. – Respondeu grossa.

– E você está bem? É que eu... – Comecei a falar, mas ela me cortou.

– Eu sei, eu me lembro daquele dia.

– Olha, eu fiquei realmente preocupada com você.

– Não preciso da sua preocupação. Só não conta para ninguém o que aconteceu, não estou pedindo. – Falou e virou as costas. – Só espero que a promessa que você me fez tenha realmente valor para você. – Falou por cima dos ombros e saiu andando.

– Carol, o que deu em você? Por que saiu correndo? – Perguntou Jay chegando com os meninos depois que a Burg virou o corredor.

– Eu vi a Burg, mas ela não me escutou. – Contei olhando para eles.

– Ela saiu da Ala Hospitalar? – Perguntou Sirius.

– Sim, mas não falem isso muito alto, acho que ela não quer que a escola inteira saiba. – Eu tenho certeza disso, depois da ordem que me deu.

– Está bem, mas vamos voltar para a sala comunal para relaxar, pois semana que vem temos que começar a estudar para os NOMs. – Falou Remo e começamos a andar pelo corredor em direção as escadas que se movem.

– Que droga, ainda falta meses para os NOMs começarem, temos que começar a estudar a semana que vem? – Falou Sirius.

– Quando antes começarmos e mais estudarmos, melhor. – Respondeu Remo, deixando o Sirius com uma careta.

Meses depois...

Já estávamos no meio de Abril e hoje seria o jogo de Quadribol, Grifinória vs Lufa-Lufa, o jogo seria depois do almoço, então as aulas de manhã ocorreram normalmente, hoje era sexta-feira e domingo começavam as noites de lua cheia. Hoje tive aula de História da Magia, Poções (só foi aula teórica, foi muito chata), e Transfiguração (onde eu e os meninos estávamos melhorando cada vez mais, graças à semana de lua cheia todo mês e por sermos animagos, até o Pedro melhorou).

Os Meninos e eu estávamos almoçando, um almoço bem simples para não pesar na hora do jogo. Eu e Jay estávamos comendo normalmente, já estávamos acostumados, mas o Sirius estava comendo mais que o necessário e não ficava quieto, sempre mexendo as mãos ou os pés, parecia que um convencido estava nervoso por causa de um jogo.

– Sirius, você está bem? – Perguntei olhando para ele, que estava na minha frente.

– Estou. Por que não estaria? – Respondeu e colocou mais comida na boca.

– Você está se empanturrando de comida. – Falou Jay no meu lado.

– Ok, é que eu estou nervoso por causa do jogo. – Falou largando o garfo na mesa.

– Todos nós ficamos assim, mas nem por isso você tem que comer até passar mal. – Falei sorrindo para ele.

– Vamos logo para o vestiário, quando antes pensarmos nas táticas para o jogo, melhor. – Falou Jay.

Sirius, ele e eu falamos um até mais para o Remo e Pedro, que nos desejaram boa sorte, e com isso levantamos da mesa para irmos ao campo. Passei pelas meninas que nos desejaram boa sorte no jogo e falei que nos encontrávamos depois do jogo. Enquanto passávamos pelo Salão Principal, as meninas paravam o Sirius para desejar boa sorte ou falar que iria se sair bem e estava torcendo por ele, até meninas da Lufa-Lufa falaram isso.

– Por que todas as meninas tem que ficar parando o Sirius para desejar boa sorte? – Perguntei para o Jay.

– Não sei, mas acho que está aumentando a confiança dele. – Falou e olhamos para o Sirius, ele estava andando como se fosse o cara, isso realmente aumento sua confiança, o que é bom.

Depois de tantos pararmos para as meninas darem boa sorte ao Sirius, chegamos ao final do Salão Principal e antes de mais alguém tentar falar alguma coisa, eu e o Jay saímos puxando o Sirius para fora do Salão Principal antes que mais alguma menina inventasse de dar boa sorte para o Sirius.

Depois que saímos do Salão Principal reparamos que o Sirius estava mais leve, e que estava um vento forte agora de tarde, tempo estava mudando de novo, igual ao primeiro jogo. Estávamos indo em direção ao campo, sendo que os uniformes de todo o time já estava no vestiário (tínhamos pedido para o Willian, que teve uma aula livre de manhã, trazer os uniformes do time, como tínhamos combinado com o time inteiro no dia anterior).

Assim que chegamos, eu fui para a parte reservada para as meninas me trocar e o Sirius e o Jay foram se trocar no outro lado. Pequei meu uniforme e me troquei, guardando a minha varinha dentro de um saco dentro o armário em baixo das minhas roupas, não queria que ninguém pegasse ela de novo. Assim que prendi o meu cabelo, fui até a parte dos meninos, encontrando o Sirius e o Jay sem a camisa olhando num espelho do Sirius arrumando o cabelo.

– Serio que vocês estão se arrumando tanto assim para um jogo? – Perguntei chamando as suas atenções.

– Hogwarts inteira vai nos ver jogando, temos que estar apresentáveis. – Falou Sirius, sem olhar para mim.

– É um jogo, ninguém vai sair bonito depois dele, e está ventando muito lá fora, assim que vocês pisarem fora do coberto seus cabelos são sair do lugar. – Falei e eles continuaram mexendo no cabelo. – Vai ser mais fácil depois que vocês colocarem a camisa, senão vai bagunçar todo o cabelo quando forem coloca-las.

– Você só está dando essa desculpa porque não consegue resistir a tentação. – Falou Sirius chegando perto de mim.

– Hahaha, continue com esse sonho. – Ri ironicamente, apresar de estar sorrindo, colocando a minha mão no seu peito para ele não chegar mais perto. – Acho que vocês estão passando muito tempo com meninas oferecidas. – Comentei e virei as costas, e logo em seguida o Sirius me abraçou por trás.

– Lá vão começar a pegação. – Comentou Jay, e eu virei a cabeça para olha-lo.

– Não fica com inveja, Jay. – Falou Sirius o olhando de me deu um beijo na bochecha apertado, logo depois me soltando.

– Vocês dois são estranhos. – Comentei vendo eles colocarem as camisas.

– E é por isso que somos amigos. – Falou Jay arrumando o cabelo se olhando no espelho.

Revirei os olhos e fui me sentar nos bancos que tinham perto do quatro de táticas e a porta para o campo. Depois de alguns segundos os meninos se sentaram no meu lado e começamos a conversar sobre coisas nada a ver. Alguns minutos depois o time inteiro já estava dentro do vestiário se trocando.

Escutei as meninas conversando e os meninos tirando a roupa um pouco atrás de mim, fiquei tentada a olhar, mas não podia fazer isso, eu só tenho 15 anos e já vi tanquinhos de mais para a minha idade (os tanquinhos dos meninos e do Leandro e o Fabian, mas esses não contavam, não é?). O Willian e o Benedito estavam conversando entre si, mas não conseguia escutar sua conversa.

Depois de um tempo o Sirius e o Jay começaram a conversar paralelamente e tentei prestar atenção nas outras conversar, mas só consegui escutar: “O Daniel vai torcer por mim, acho que ele quer que competimos na final.”. Provavelmente esse Daniel é da Corvina, e quem disse isso foi a Patricia. “O Vicente também, mas ele vai torcer mais para a casa dele.”. E esse menino deve ser da Lufa-Lufa, e quem disse foi a Melinda.

Tentei olhar para trás discretamente para ver se as meninas estavam vindo, mas só consegui ver o Benedito e o Willian acabando de colocar suas camisas, e pelo amor de Merlin, eles tinham um tanquinho lindo.

– Não pode olhar. – Falou Sirius baixinho virando minha cabeça para frente com as mãos.

– Que? – Perguntei olhando para ele.

– Carol, você estava olhando o Benedito e o Willian sem camisa? – Perguntou Jay alto, eu mato ele. E como vingança dei um soco na sua barriga.

– Eu não estava olhando para eles, estava vendo se as meninas sentavam vindo, para conversar com gente sensata. – Falei e escutei os dois ali atrás rirem.

– Nós não nos importamos que você olhe. – Falou Willian tirando o Sirius do seu lugar e sentando nele.

– Só não vai se apaixonar porque temos namoradas. – Concluiu Benedito tirando o Jay do meu lado e sentando no lugar, me fazendo rir, e ambos deram um beijo na minha bochecha.

– Nossa, quero ver quando a namorada de vocês saberem disso. – Falou Melinda entrando bem na hora do beijo na bochecha.

– Não liguem, ainda tem dois meninos nos time. – Falou Sirius ficando no lado do Jay e ambos fizeram uma posse.

– Vocês sabem que temos namorados, não é? – Perguntou Patricia.

– Serio? – Perguntou Sirius, e ambas concordaram com a cabeça. – Eles não se importariam de vocês traírem eles uma vez, néh?

– Sirius. – Falei de modo repreensivo, enquanto todos riam.

– Que foi? Só perguntei. Mas não precisam levar na brincadeira. – Completou.

– Sirius. – Falei de novo, e eu já estava rindo com todo o time. – Meu amigo não é nem um pouco oferecido.

– Imagina. – Falou Melinda sentando com Patricia no meu lado, enquanto o Benedito e o Willian sentavam no banco da frente.

– Mas vamos parar de brincadeira, que daqui a pouco o jogo começa. – Falou Jay serio, quando o assunto é Quadribol, ele fica serio em dois segundos. – Bom, nós temos que colocar em pratica tudo o que treinamos, nós vamos atacar com tudo e nos defender sem deixar uma bola passar, conto com você nessa Benedito. Eu me comprometo a pegar o Pomo de Ouro mais rápido possível, e Sirius e Patricia, peço para vocês protegerem todos dos Balaços. E vocês três já sabem o que fazer. – Finalizou olhando para Melinda, Willian e para mim.

– Jogar a Goles do gol com todas as forças. – Falei, e ele concordou com um aceno de cabeça.

– Não se esqueçam de fazer as jogadas que ensaiamos, isso nos deixarão com um diferencial para as outras equipes. – Falou Jay, acho que ele estava meio tenso.

– Jay, relaxa. – Falou Sirius.

Escutamos o narrador, Joseph Lehnom, avisando que o jogo começaria.

– E tomem cuidado, vai ser difícil jogar com esse vento.

– James, nós já treinamos em dias piores. – Falou Melinda se levantando e pegando sua vassoura, sendo seguida pelo resto do time.

Os quatro mais velhos foram na frente, deixando eu, Sirius e Jay sozinhos mais atrás.

– Boa sorte para vocês. – Falei sorrindo para eles.

– Boa sorte. – Falou Jay me dando um beijo na bochecha e saiu correndo, ele tinha que estrar na frente de todo mundo.

– Boa sorte, e tome cuidado. - Falou Sirius e me deu um beijo na testa.

– Você também. – Falei e deu um abraço nele.

Quando chegamos perto do campo o Joseph falou o nosso time e em seguida o Time da Lufa-Lufa, e logo depois a Professora Hooch entrou com as bolas. Ela falou as regras e pediu para capitães dos times apertassem as mãos. Jay foi para frente e apertou a mão de Dean Jonas, goleiro da Lufa-Lufa.

Assim que eles acabaram de apertar as mãos, foram para o lado do seu time e a Professora Hooch jogou a Goles para cima e soltou as outras bolas. Willian foi para a frente pegar a Goles enquanto o Jay subia mais para cima procurar o Pomo e o Sirius jogava um Balaço para longe, e quem saiu com a posse da Goles foi o Willian.

Eu e a Melinda saímos em disparada para o ataque, como aviamos treinado. Eu mais a frente e Melinda mais atrás do Willian, formando uma linha na diagonal. Para esse movimento usávamos o código 321, para todos os movimentos inventamos um código, para o time adversário não saber o nosso ataque.

Willian passou para mim, eu passei para ele e ele passou para Melinda, como aviamos treinado. Então nós tocamos de lado, Willian foi para o meu lugar, no lado esquerdo, eu fui para o lugar da Melinda no lado direito, e a Melinda ficou no meio, ficando, eu na frente, Melinda mais atrás e Willian atrás da Melinda.

Então a Melinda passou para mim, e eu sai em disparada, assim como o Willian, me fazendo ficar com dois marcadores e o Willian com um, deixando a Melinda sozinha. Quando eu estava bem perto dos marcadores e da pequena área, passei a Goles para a Melinda, que naquela hora saiu em disparada, fazendo os marcadores se confundires e fazendo 10 pontos para nós. Willian, Melinda e eu fizemos um toque, nossos treinos estavam rendendo.

E era hora da Lufa- Lufa atacar, e o Jay entrar em ação. Ele saiu em disparada fingindo que tinha visto o Pomo, fazendo o apanhador da Lufa-Lufa seguir ele. Ele voou bem alto, e o Sirius, como combinado, o seguia por baixo. Um dos batedores da Lufa-Lufa jogou um Balaço no mesmo momento em que o apanhador percebia que tinha sido enganado, e o Sirius, antes do Balaço chegar ao Jay, a jogou para outro lado (e ambos fizeram o seu toque).

Lufa-Lufa estava chegando perto da nossa área, e Willian, Melinda e eu estávamos fazendo uma barreira humana para eles não passarem. Assim que um artilheiro chegou perto de mim, passou a Goles para o seu colega, mas ela não chegou nele, pois o Willian tinha a pego no ar.

– 12123. – Gritou e nós ficamos em posição, Willian à direita, eu no meio e Melinda a esquerda, em uma linha quase reta.

Então o Willian passou a Goles para mim, que devolvi para ele e quando o marcador estava voltando para o Willian, ele passou para mim, fazendo o marcador perder o equilíbrio e perder o ritmo (jogada chamada “Woollongong Shimmy”), não conseguindo nos acompanhar. Então quando olhei para frente estava vindo um marcador, e passei a Goles para a Melinda, que saiu em disparada para frente, sendo seguida por Willian ao lado. Quando ela estava quase na área e com um marcador bem perto, passou para o Willian sozinho que marcou mais 10 pontos para nós.

– Meu Merlin, é impressão minha ou essas jogadas são todas ensaiadas? – Perguntou Lehnom em ninguém em especial. – Não importa, Grifinória está ganhando de 20 a 0.

Então a Lufa-Lufa atacou, acho que eles estavam irritados por não terem feito nenhum ponto, então atacaram com tudo. Eles fizeram uma ótima jogada, passando por todos nós e jogando a Goles no gol, mas o Benedito não a deixou passar.

Benedito passou a Goles para a Melinda, que vez um V com os dedos da mão, chamando todos para o ataque, mais uma jogada ensaiada. Formamos um V com os nossos jogadores (Jogada “Hawkshead Attacking Formation”) ficando: na frente o Willian, atrás dele no lado direito a Melinda, no lado esquerdo o Jay, atrás da Melinda o Sirius e atrás do Jay a Patricia, eu fiquei no meio deles, era a nossa jogada.

Melinda passou a Goles para o Willian e fomos todos juntos nesse formato atacar, e eu aproveitei e dei uma olhada em volta, todos nas arquibancadas estavam de boca aberta, adoro isso. Assim que o Willian chegou perto da pequena área, fez o movimento “Reverse Pass” jogando a Goles por cima do ombro, vindo direto na minha mão. Assim que eles viram que a Goles estava comigo, saíram de suas posições me deixando livre para marcas. Joguei a Goles, ela passou pelo goleiro, mas bateu na trave.

– Depois de uma bela demonstração de sincronia com essa jogada, e um belo arremesso da Caldin, a Goles parou na trave. – Narrou Lehnom, e eu fiz uma careta por ter errado.

– Não esquenta, na próxima você faz. – Falou Melinda passando por mim.

– Foi um belo arremesso. – Falou Willian para mim, na próxima jogada eu faço, tenho certeza.

E mais uma vez a Goles era da Lufa-Lufa. Eles atacaram com tudo mais uma vez, e mais uma vez eles conseguiram chegar a nossa área, e arremessar para o gol. A Goles passou pelo Benedito e eu estava vendo ela entrar, mas ela fez uma curva e acabou batendo na trave, e de sobra a Melinda pegou a Goles e começamos mais um ataque, dessa vez sem movimentos ensaiados, só com nossas habilidades.

Melinda passou a Goles para Willian, que passou para mim, e eu passei para ele de novo quando um marcador veio me marcar. Depois, quando estávamos perto da pequena área adversária, o Willian passou para mim gritando que agora era a minha vez. Peguei a Goles e sai em disparada para o Gol, e quando eu estava dentro da área, joguei a Goles para o gol, que passou pelo goleiro e entrou, e todos vibraram com o meu ponto, até alguns da Sonserina.

Passaram-se mais alguns minutos de jogo, acho que já fazia uma hora que estávamos lá, e nós tínhamos feito mais 20 pontos (os dois pontos do Willian) e a Lufa-Lufa 10 pontos. O Jay já tinha tentado pegar o Pomo duas vezes, mas uma o Pomo desapareceu do nada e na outra passou uma folha na frente dos olhos do Jay e do outro apanhador, fazendo os dois perderem o Pomo.

Nesse exato momento nos estávamos atacando, mas precisamente a Melinda, mas ela conseguiu errar o gol, fazendo a posse da Goles ir para a Lufa-Lufa. Eles estavam atacando, mas o ataque durou pouco, pois logo o Willian pegou a Goles, olhou para mim e gritou:

– 132. – Era mais um dos nosso códigos, mais uma jogada ensaiada, o problema dessa jogada é que nunca deu certo, e era sempre culpa minha, vocês vão entender mais tarde.

Logo depois ele passou a Goles para mim, e eu comecei a jogada. Sai em disparada para frente e comecei a subir, sim a voar para o alto, era a jogada “Porkoff Ploy”. Vi que tinha um artilheiro atrás de mim, como tínhamos imaginado, e estava tudo como treinamos. Subi com dificuldade, pois o vendo tentava me empurrar para baixo, e quando cheguei a 30 metros do chão contei até três e soltei a Goles, e vi que o Willian a pegou.

Assim que vi a Goles nas mãos de meus parceiros, virei o corpo, ficando de ponta cabeça para completar a curva e logo começando a descer na vertical. Desci com uma velocidade surpreendente, e eu nem estava forcando, era só o vento. Assim que vi que estava chegando perto da altura que meus amigos estavam, fiz um esforço enorme para voltar na horizontal. Quando consegui, voei a toda velocidade pelo impulso do vento até onde Melinda e Willian estavam trocando passes, esperando eu chegar para completar a jogada.

Vi eles jogando a Goles um para o outro, e o marcador que me acompanhou ainda não tinha voltado, então eu ficava livre. Eu tinha que pegar a Goles no ar e jogar no gol, e era esse o problema, eu nunca conseguia pegar, mas iria ser agora a primeira vez. Voei e quando eu cheguei perto deles, peguei a Goles no ar, e logo depois joguei no gol, não deu tempo nem de pensar, eu estava muito rápida.

Depois que eu joguei a Goles passei pelo arco sem conseguir parar, eu disse que estava em uma velocidade alta. E de novo eu fiz uma força surpreendente para parar a vassoura, eu até fiquei cansada, pela primeira vez na história eu fico cansada em uma jogada, estou até respirando pesado. E no outro segundo a Melinda e o Willian estavam me abraçando.

– Você conseguiu, você fez o ponto, você marcou o gol. – Falou Melinda sorrindo para mim.

– Que? – Eu não estava conseguindo pensar direito, estava muito cansada.

– Você fez a jogada impossível, a jogada que nos treinos nunca conseguimos finalizar. – Falou-me Willian.

– Eu consegui fazer a jogada 132? – Perguntei conseguindo voltar ao normal.

– Conseguiu. – Respondeu Melinda sorrindo e eu sorri também, muito, e nos abraçamos de novo. Nossa, parece que é o ultimo jogo de nossas vidas agindo assim.

Voamos até o meio do campo, pois o jogo continua e era hora da Lufa-Lufa atacar. Eles demoraram um pouco para sair com a Goles, acho que eles estavam pensando no que fazer, mas depois de alguns segundos tudo voltou ao normal e eles atacaram. Melinda conseguiu tirar a Goles deles, mas perdeu para um artilheiro e eu tentei bloqueá-lo, mas senti uma tontura e o vento forte batendo em mim, me fazendo perder o equilíbrio e ficar pendurada na vassoura bem na hora que o artilheiro passou. E a Lufa-Lufa fez mais 10 pontos.

Eu não conseguia voltar, uma porque a vassoura balançava por causa do vento e outra por que eu estava cansada de mais para tentar fazer algum movimento.

– Olha, a Caldin está quase caindo sozinha, nem vamos precisar nos preocupar com ela. – Escutei alguém falar e identifiquei como sendo a voz do Zabine, como eu o odeio.

– Pede tempo. – Escutei Sirius falar e logo depois a Professora Hooch apitou.

Sirius voou até o meu lado e me estendeu a mão.

– Você está bem? – Perguntou assim que sentei na vassoura de novo.

– Acho que sim. – Respondi e o Jay chegou ao nosso lado.

– Vamos para o chão, não podemos ficar na vassoura. Temos 20 minutos

Nós déssemos e eu sentei no chão, precisava um pouco de ar e ficar em um lugar que não tinha perigo de eu cair por causa do vento. Logo depois todos do time estavam no chão, e todos perguntavam a mesma coisa, se eu estava bem.

– Gente, calma, acho que fiz bastante força por causa do vento na jogada 132 e acabei ficando cansada.

– E por que você fez, se o vento estava tão forte? – Perguntou Willian.

– A vida é um desafio, e naquele momento o desafio era eu completar a jogada 132. – Respondi e todos riram com a minha filosofia estranha.

– Ei, está tudo bem? – Perguntou o artilheiro que eu tentei marcar antes de perder o equilíbrio. – Não fui eu que te fez...? – Começou a perguntar, mas logo o cortei.

– Não, você não fez nada eu só perdi o equilíbrio. – Respondi, e ele deu um sorriso aliviado.

– Que bom. Melhoras. – Falou e foi se juntar ao seu time.

– Senhorita Caldin, está tudo bem? Você pode continuar? – Perguntou a Professora Hooch chegando à rodinha do time.

– Eu estou bem, só preciso de um tempo parada. – Respondi e logo completei. – Eu vou continuar.

– Está bem. Vocês têm mais 5 minutos. – Falou e deu as costas para a gente.

– Carol, tem certeza que consegue? – Perguntou Jay.

– Tenho. Mas pega esse Pomo logo, estou morrendo de frio. – Falei para ele e todos riram.

– Pode deixar. Assim que o ver, vou sair voando trás dele e nada vai me distrair.

– Nós agradecemos. – Respondi e todos riram de novo.

Jay estendeu a mão para mim, e a segurei e fui puxada para cima, e assim que eu estava de pé, escutei todos na arquibancada gritarem e vibrarem, o que eles estão comemorando? Patricia veio até mim, colocou a mão no deu ombro e disse: “Eles sabem reconhecer um talento, ainda mais depois daquela jogada.” e sorriu para mim.

Cada um de nós pegaram nossas vassouras e levantamos voo, eu acho que não vou conseguir fazer muita coisa, estou realmente cansada. O time da Lufa-Lufa também levantou voo e a Professora Hooch foi até o Benedito entregar a Goles que pertencia a gente depois do gol. Antes dela apitar o recomeço da partida, olhei para o Jay, que acenou com a cabeça falando que estava preparado para pegar o Pomo de Ouro.

Assim que a professora apitou, o Pomo apareceu perto do chão e o Jay voou para baixo, começando a perseguição. E o Willian e a Melinda começaram o ataque, mas eu resolvi ficar parada para não ter perigo de eu ficar tonta de novo, e eles já sabiam que eu iria ficar, pois tinha avisado a eles sobre o que eu achava melhor, assim que não tinha risco de eu atrapalhar eles, e eles concordaram vendo que eu realmente estava sem condições.

Passaram- se alguns segundo, o Jay estava voando atrás do Pomo igual a um louco, nada o atrapalhava, como ele avia dito que faria, e o Willian e a Melinda estavam tentando enrolar para não ter perigo deles perderem a Goles, ter um contra-ataque e acabar mau para todos. Eu seguia cada movimento do Jay, e ele estava muito perto de pegar o Pomo.

Quando ele estava a centímetros de pegar o Pomo, vi um Balaço sendo lançado em sua direção, Sirius rebater para o outro lado e no outro segundo o Jay segurando o Pomo na mão. E depois só escutei o grito nas arquibancadas e o Lehnom falando:

– James Potter pegou o Pomo de Ouro, Grifinória venceu, está classificada para a final junto com a Corvinal. Grifinória vence de 210 a 20 da Lufa-Lufa.

Depois que todos desceram de suas vassouras demos um abraço coletivo, e logo em seguida escutamos palmas. Quando olhei o time da Lufa-Lufa estava em pé batendo palma, que logo foi acompanhado pela sua torcida e algumas pessoas da Sonserina, que perceberam que não adiantaria ficarem falando mal de nós, eles já tinham perdido o campeonato e nós fizemos um ótimo trabalho.

Depois de alguns segundos com o time da Lufa-Lufa batendo palmas, eles vieram nos cumprimentar e parabenizarmos pelo ótimo trabalho. Eles não jogaram mal, jogaram muito bem, mas nós tínhamos nas nossas cartas na manda, as jogadas. Então depois de conversarmos fomos para os vestiários.

Melinda e Patricia, assim como Willian e Benedito, saíram correndo para se trocar, imagino que queriam encontrar seus respectivos namorados e namoradas. Eu fui e comecei a tirar a roupa de Quadribol calmamente e quando fui ver os quatro já estavam prontos e saindo do vestiário falando tchau e que nos víamos na sala comunal (provavelmente alguém está pensando em comemorar).

Assim que acabei de me trocar fui onde os meninos estavam me esperando enquanto conversavam sobre alguma coisa, que pararam quando me viram e sorriram para mim. Quando saímos apareceu 7 pessoas na saída do vestiário, eram a Lily, a Lene, a Dorcas, a Alice, o Frank, o Remo e o Pedro. As quatro meninas pularam em cima de mim comemorando.

– Carol, aquela ultima jogada que você fez foi o máximo. – Falou Lene.

– Você estava tão rápida que mal vimos você passar. – Falou Dorcas, e eu estava rindo dessas duas loucas.

– Como vocês conseguiram fazer todas essas jogadas? – Perguntou Alice.

– Tudo ideia do Jay, ele que disse para termos umas jogadas na manga, e foi ele que ficou nos obrigando a fazer as jogadas em todos os treinos. – Respondi.

– Não seja modéstia, sem a habilidade de você, Melinda e Willian, nada que tinha pensado daria certo. – Falou Jay chegando ao meu lado e passando o braço pelo meu ombro.

– Você fez um bom trabalho, Potter. – Falou Lily e logo depois chamou as meninas para subirem, e o Frank foi junto com a Alice falando tchau para nós.

– Eu estou sonhando ou a Lily me elogiou? – Perguntou Jay olhando para mim, enquanto os meninos riam da cara dele, realmente estava engraçada.

– Isso não é um sonho Jay. Viu que quando você faz alguma coisa descente ela não briga com você? – Perguntei para ele.

– Está bem, já entendi sua indireta. – Falou sorrindo e os meninos riram mais.

– Vamos para a sala comunal. – Falei e pulei nas costas do Remo, que apenas riu e começamos a andar. Sempre que conseguia pulava nas costas do Remo, era como uma tradição.

– Mas, falando serio, vocês jogaram muito bem. – Falou Remo.

– Obrigado. – Agradeceu Sirius se achando.

– O que vocês acharam das jogadas? – Perguntou Jay para o Remo e Pedro.

– Muito bem treinadas e bem pensadas. – Respondeu Remo e o Pedro concordou.

– Verdade. Vocês estavam tão sincronizados que parecia que vocês jogavam juntos há anos. – Falou Pedro.

– Ficamos felizes que pensem isso, pois treinamos tanto esse ano que estava começando a ficar com raiva do Jay. – Falei, e os meninos riram, isso era a pura verdade, em todos os treinos ele mandava a gente treinar as jogadas dez vezes.

– Mas que bom que deu tudo certo, mas precisamos treinar mais a jogada V. – Falou Jay sorrindo, só para me irritar.

– Se eu não estive tão cansada e nas costas do Remo, eu juro que iria te bater até você ficar roxo. – Falei.

– Quer sair das minhas costas? – Perguntou Remo.

– Não, estou confortável aqui. – Falei e apoiei a minha cabeça no seu ombro, e ele suspirou. – Qual é? Eu não sou tão pesada assim.

– Não é isso, eu suspirei porque amanhã começa a lua cheia. – Falou baixinho.

– É verdade, desculpa, tinha esquecido. – Falei e sai das suas costas, ele sempre ficava cansado antes da lua cheia. – Vamos pela passagem, é mais rápido.

Como nós estávamos perto da passagem, só mudamos a direção e fomos para a passagem. Quando chegamos lá perto, o Sirius apertou o botão e a porta se abriu, entrou ele, Jay, Pedro, Remo e depois eu. Acendemos as nossas varinhas e começamos a andar pela passagem. Andamos alguns metros reto, subimos alguns lances de escada, voltamos a andar reto.

Depois de mais alguns lances de escada, reparei que o Remo estava se apoiando na parede. Cheguei no lado dele e perguntei baixinho, aproveitando que os meninos estavam conversando mais a frente.

– Remo, você está bem?

– Estou sim. – Respondeu sorrindo, mas ele estava um pouco pálido.

– Vem. – Falei e coloquei o seu braço no meu ombro, para ele se apoiar em mim.

– Não precisa. – Falou olhando para mim.

– Lobinho, fica quieto que eu sei o que estou fazendo. – Falei e ele riu por causa do “Lobinho”, fazia tempo que eu não chamava ele assim. – Eu sempre vou te ajudar, Remo, mesmo você não querendo.

– Está bem. Obrigado, eu não sei o que eu faria sem vocês. – Falou e me deu um beijo na bochecha.

– Não pegaria detenção, com certeza. – Respondi e nós dois rimos.

Acabamos de andar pela passagem e saímos pela porta atrás da cortina no 5º andar. Seguimos para as escadas que se movem e subimos até a sala comunal, o Remo anda estava com o braço n meu ombro, mas agora como se estivesse me abraçando. Assim que entramos na sala comunal vimos todos comemorando, nunca vi tanta gente que gosta de comemorar por qualquer coisa.

O Jay e o Sirius foram conversar e pegar suco de abobora e o Pedro foi comer, como sempre. Já eu e o Remo sentamos no sofá, de frente a lareira acessa, eu estava com frio e cansada, acho que isso poderia me ajudar a descansar. Eu e o Remo ficamos conversando, e o Jay trouxe chocolate quente para a gente, e logo foi conversar com uns meninos sobre Quadribol.

Remo e eu ficamos falando de coisas banais, as meninas vieram falar comigo algumas vezes assim como outras pessoas para me parabenizar pelo jogo. Passaram-se horas e quando eu fui ver já tinha escurecido e algumas pessoas estavam indo para o Salão Principal jantar, na verdade a maioria já tinha ido jantar, incluindo as minhas amigas.

– E ai? O que estão fazendo? – Perguntou Sirius sentando no meu lado, e quando eu ia responder, uma voz falou:

– Six, oi. - E apareceu a Linda Cornnys parando na frente do Sirius.

– Oi, Linda. E você me chamou de Six? – Perguntou sorrindo.

– É, as meninas começaram a te chamar assim depois do jogo; elas falaram que é uma junção de Sirius com sexy. – Respondeu e o Sirius sorriu maroto. Eu olhei para o Remo perguntando: É serio isso? E ele deu de ombros. – Mas eu só queria te falar que você foi ótimo no jogo hoje, parabéns. E você também Caldin. – Falou vendo que eu estava ali também.

– Obrigada. – Agradeci sorrindo forçado, não gostei muito do tom que ela falou “E você também Caldin.”.

– Tchau. – Falou acenando com a mão saindo da sala logo em seguida.

Olhei para o Sirius perguntou o que tinha sido tudo isso, e ele percebeu o meu olhar.

– Nós ficamos uma vez. – Respondeu se referindo a Cornnys.

– E o apelido? – Perguntou Remo segurando a risada por causa da minha cara.

– São as minhas fãs. Elas são maravilhosas. – Falou sorrindo e colocou as mãos atrás da cabeça como se estivesse na praia.

– Eu não mereço isso. – Falei e coloquei a cabeça no ombro do Remo, fazendo-o rir.

– Calma, Carol, você ainda é a primeira menina na minha vida. – Falou Sirius para mim, e eu dei um tapa no seu braço. Ele fez isso no dublo sentindo, eu sendo sua amiga e eu sendo a primeira menina que ele beijou, mas por sorte os meninos não sabiam a segunda parte e só riram por que bati nele.

– Que tal irmos comemorar no Três Vassouras? – Perguntou Jay, que tinha chegado na hora do tapa com o Pedro, depois de rir.

– Adorei a ideia. – Falou Sirius ficando de pé.

– Acho que não é uma boa ideia, amanhã começa a lua cheia. – Falou Remo baixo.

– Mais um motivo para irmos, vamos deixar para pensar na lua cheia só amanhã, e comemorar que vamos para uma final muito difícil esse ano. – Falei também ficando de pé.

– É assim que se fala. – Falou Jay e fizemos o nosso toque, soco, tapa e estralar dedos.

– Está bem. – Falou Remo sorrindo, acho que ele gostou da ideia de não ter que se preocupar hoje.

– Vocês vão lá ao dormitório colocar uma roupa mais quente e pegar a capa, por precaução. – Falei para os meninos. – Eu vou fazer o mesmo e nos encontramos aqui daqui a dez minutos. – Falei e subimos para os nossos dormitórios.

Cheguei lá e comecei a pegar a minha roupa, peguei uma blusa de manga curta, uma calça jeans e uma blusa de lã, e o meu querido tênis All Star. Troquei-me e fui até o banheiro ver o estado do meu cabelo, tinha uma impressão que ele estava bagunçado. Quando cheguei lá, vi que meu cabelo não estava tão ruim, então só o acertei com a mão, ficando perfeito. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=143933415&.locale=pt-br). Aproveitei e peguei o diário da minha avó, e o diminui e o coloquei no bolso, iria ler antes de dormir.

Desci e encontrei os meninos com calça jeans, uma camiseta e uma jaqueta, além dos tênis de cada um. Saímos da sala comunal e fomos até o quinto andar para pegar a passagem até o jardim, para não ter perigo de sermos pegos. Assim que saímos da passagem fomos correndo para o Salgueiro Lutador, mas prestávamos bastante atenção para que ninguém nos visse.

Assim que chegamos perto do Salgueiro Lutador fiz o feitiço Imobilus para para-lo e entramos rapidamente, o feitiço não é muito resistente no Salgueiro, o efeito passa rápido. Assim que todos estraram e vimos o Salgueiro voltar a se mexer normalmente, andamos tranquilamente pela passagem, sabendo que ninguém poderia nos seguir.

Assim que chagamos na casa dos gritos, abrimos a porta da frente, com dificuldade, pois estava trancada com madeiras para o Remo não fugir, então nós tivemos que fazer vários feitiços para tirar a madeira e conseguir abrir a porta. Assim que abrimos fomos andando com cuidado para ninguém nos ver saindo da casa dos gritos, mesmo ninguém vindo aqui, seria estranho ver cinco adolescentes saindo da casa mal-assombrada de Hogsmeade.

Assim que saímos do cercado que tinha para ninguém entrar, fomos em direção ao Três Vassouras, o lugar onde tinha a melhor cerveja amanteigada do mundo bruxo. Sirius, Jay, Pedro, eu e Remo entramos, respectivamente, no Três Vassouras e achamos uma mesa vaga. Assim que sentamos um moço veio pegar nossos pedidos, e todos pediram cerveja amanteigada, eu pedi a minha com um pouco de canela, tinha um gosto maravilhoso.

Alguns minutos depois o moço voltou com nossas cervejas e os meninos inventaram de fazer um brinde.

– Aos Marotos. – Falou Jay.

– A diversão. – Falou Sirius sorrindo.

– A nossa amizade. – Falei, batemos nossas canecas e bebemos a cerveja, estava deliciosa.

Passaram-se algumas horas, provavelmente era quase 10 horas da noite, e nós já tínhamos pedidos várias cervejas amanteigadas. Eu pedi três e estou começando a sentir que se eu beber mais uma vou ficar bêbada, já o Remo tinha pedido cinco e estava começando a falar mole, Pedro pediu 7 cervejas e estava um pouco pior que o Remo; mas o Sirius e o Jay tinham pedido 10 cada um, e estavam daquele jeito de bêbados, falando piadas sem graças, rindo das mesmas e assim por diante.

Depois que todos terminaram de beber a cerveja que estava nas canecas, e antes de mais alguém pedir alguma coisa, eu pedi a conta. Virei para os meninos e falei:

– Vamos embora. – E depois virei para o Remo. – Remo, sabe quem sou?

– Claro Carol. – Falou com a voz um pouco mole.

– Você me ajuda a levar os meninos até a casa dos gritos? – Perguntei, eu nunca iria conseguir levar os quatro sozinha.

– Claro. – Respondeu do mesmo modo.

Depois que eu paguei a conta com o dinheiro dos meninos, levantei da cadeira pedindo ajuda ao Remo para pegar os meninos. Eu fui até o Jay e o levantei, e o Remo fez a mesma coisa com o Sirius, e o Pedro, vendo todos em pé, nos seguiu. Foi uma dificuldade tirar eles do Três Vassouras, pois o Sirius e o Jay estavam tão bêbados que ficavam andando em ziguezague.

Depois de andarmos alguns metros de rua o Jay passou o braço direito no meu ombro e o outro no do Pedro, e começou a cantar uma musica de ninar bruxa. Logo foi seguido pelo Pedro e o Sirius passou o braço esquerdo no meu ombro também e o direito no Remo e os dois começaram a cantar também.

– Hoje a noite; Aqui no mundo; Quem não dorme; Vai ser pego pelo Burro. - Cantaram e logo começaram outra. – Bicho-Papão; sai de onde estiver; Nos não temos medo; De você mulher.

Se eu estivesse na rua agora e visse cinco adolescentes cantando música de criança, por mais que eu não esteja cantando, iria achar no mínimo estranho e me esconder, vai que é contagioso. Passamos pelas lojas, a maioria fechadas, e entramos na trilha que levava para a casa dos gritos, queria tanto que os meninos parassem de cantar e de chamar a atenção para não parecermos mais estranhos do que já somos.

Graças ao bom Merlin chegamos logo na casa dos gritos e não tinha ninguém nos seguindo, assim que entramos coloquei os meninos para dentro da casa e reverti todos os feitiços que tínhamos feito para abrir a porta, a trancando com as madeira de novo. Empurrei os meninos para o andar de cima, para a sala e sentei todos lá, pensando no que iria fazer.

Vamos ver, todos os meninos estavam bêbados e só eu estava lucida, eles estavam parecendo crianças cantando e brincando um com o outro, e o único jeito de eu ajudar para eles voltarem a ser sóbrios, é coloca-los em baixo do chuveiro. Olhei para cada um, Remo estava quase dormindo, Pedro estava imaginando ele comento comida, Jay estava cantarolando alguma coisa, e o Sirius estava fingindo pegar alguma coisa pelo ar, então resolvi começar pelo Remo que seria mais fácil.

– Vem Remo, vamos tomar banho. – Falei pegando a sua mão e o puxando.

– Por que? Eu quero dormir. – Resmungou.

– É para você dormir melhor. – Respondi e ele concordou em ir comigo.

Levei-o até o banheiro e o sentei na privada, e tirei o seu tênis e sua meia, enquanto ele ficava olhando para a frente sem olhar nada especifico. Logo em seguida tirei sua jaqueta e sua blusa, estava calor aqui dentro.

– Remo, tira a calça, não tira a cueca. – Falei para ele enquanto abria o chuveiro.

Quando olhei de novo para ele, ele estava em pé e só de cueca (não se esqueçam que já os vi assim, um dia eu peguei o Jay saindo só de toalha do banho).

– Vem Remo, fica em baixo do chuveiro. – Falei o levando até o box, o colocando dentro dele logo em seguida.

– Está gelada. – Disse assim que entrou em baixo da água, mas não saiu de lá.

– Eu sei Remo, mas é para o seu próprio bem. – Falei e sentei na privada, tinha que esperar um tempo.

Depois de uns 10 minutos eu conjurei cinco toalhas, uma para cada Maroto e uma para mim, por precaução. E logo em seguida o Remo falou alguma coisa parecida com dor de cabeça e vi que já estava na hora de tira-lo do chuveiro. Com um aceno de varinha fiz o chuveiro desligar, peguei uma toalha e puxei o Remo para fora do box, começando a seca-lo (não pensem malicia, eu estava tomando cuidado para não encostar em lugares que não queria).

Depois de seca-lo o levei até o quarto que ele ficava quando era lua cheia e o deitei na cama, e ele adormeceu logo em seguida. Voltei para a sala e peguei o Pedro, fazendo a mesma coisa que fiz com o Remo. E quando eu voltei para a sala, conjurei três colchões para os meninos dormirem e coloquei o Pedro em um, e o mesmo começou a dormir depois que se ajeitou.

Fui até o Jay e o puxei até o banheiro, e tirei toda a sua roupa, com ajuda de um feitiço para abrir a calça. Liguei o chuveiro de novo e chamei o Jay. Quando ele foi entrar no box parou e virou para mim.

– Lily é você? – Perguntou, ele não tinha falado nada desde que chegamos aqui, e acho que ele estava pensando na Lily, só uma intuição.

– Não Jay, é a Carol. – Falei olhando para ele.

– Até, achei que era a Lily. – Falou e entrou no box, pelo menos ele se lembrava de mim.

Fiquei 14 minutos esperando o Jay voltar ao normal, e quando ele falou que estava ficando com dor de cabeça e com sono, resolvi que já estava na hora de tira-lo do chuveiro. Desliguei o chuveiro e o tirei do box começando a seca-lo, e logo em seguida levei ele para outro colchão. E só sobrou o Sirius, eu já estava cansada, espero que o Sirius coopere comigo.

Peguei-o pelas mãos e o levantei levando ele para o banheiro, ele deveria estar pensando em alguma coisa nada inocente, pois estava com seu famoso sorriso maroto. Assim que entrei no banheiro comecei a tirar a sua roupa, e foi difícil, pois ele ficava perdendo o equilíbrio toda hora. Assim que consegui tirar toda a roupa dele, o levei para o box.

– Vem. – Falou assim que entrou me puxando junto.

– Sirius. – Falei quando ele me puxou para dentro e entrou em baixo da água, fazendo ele e eu nos molharmos.

– Está chovendo? – Perguntou me olhando continuando a segurar minhas mãos. – Não importa, isso deixa tudo romântico. – Falou e me puxou pela cintura, deixando os nossos corpos colados.

– Sirius, eu acho melhor não. – Não sei se entrava na personagem e fingia que queria ficar com ele ou se saia correndo.

– Se é por causa da chuva, nós podemos ir a outro lugar. – Falou dando um passo para frente e saindo de baixo do chuveiro, já vi que vou ter que entrar na personagem.

– Não, na chuva estava bom. – Falei empurrando ele para baixo do chuveiro de novo. – Eu só não queria ir tão rápido, mas percebi que não consigo ficar mais um segundo sem estar perto de você. – Falei e eu tinha medo do que iria acontecer.

– Se é assim. – Falou e me beijou, era disso que eu tinha medo, não queria beijar o Sirius de novo, não que o beijo dele não fosse bom, mas você estendeu.

Ele selou nossos lábios e logo depois pediu passagem, a boca dele estava com gosto de álcool, não era nem da cerveja, era só álcool. Por um momento pensei em parar o beijo, mas o Sirius beijava tão bem que não consegui parar, e eu acabei me deixando levar por ele. Antes eu estava tensa porque eu estava com o Sirius dentro de um banheiro em baixo do chuveiro, mas assim que me deixei levar pelo seu beijo eu relaxei.

Sirius me puxou ainda mais para perto dele e eu comecei a mexer no seu cabelo, eu já vi umas meninas fazerem isso, então acho que ajudou a entrar no papel (nossa, está parecendo que estou num filme falando assim). Depois de alguns segundos nos separamos por falta de ar e eu estava completamente ensopada e tentando acalmar a minha respiração, e eu e o Sirius ainda estávamos de baixo do chuveiro.

Depois de alguns segundos nos olhando o Sirius me virou e me encostou na parede, por sorte ele ainda estava em baixo do chuveiro, e voltou a me beijar, só que com mais ferocidade. Eu voltei a mexer no cabelo dele e fiquei de ponta de pé, para ficar mais alta, e ele apertava a minha cintura com a mão me puxando para mais perto dele.

Enquanto nos beijávamos eu mexia no seu cabelo a acariciava o seu pescoço, enquanto ele me abraçava pela cintura com um braço e com o outro deixava a mão na minha costas. Depois de alguns segundos nos separamos e o Sirius começou a fazer um caminho de beijos até o meu pescoço, o certo seria eu parar com o beijo, mas o Sirius ainda não tinha mostrado melhoras para voltar ao normal, então eu tinha que enrolas. E o Sirius me deu um selinho, e depois me olhou.

– Nossa, estou ficando com dor de cabeça. – Comentou com uma careta, está na hora.

– Isso quer dizer que temos que nos separar. – Falei e antes dele falar ou fazer alguma coisa, eu já estava fora do box.

Peguei uma das toalhas ali e sequei o meu rosto e um pouco do meu cabelo, que estavam ensopados. Olhei para a minha roupa e tirei a blusa de lá, colocando-a na pia, assim que o Sirius fosse dormir eu voltaria para arrumar as coisas (ainda bem que eu tirei o diário da minha avó do bolso, se não ele estaria ensopado).

Depois que tentei tirar o excesso de água da minha roupa, o Sirius reclamou que estava com uma dor de cabeça muito chata, então resolvi tira-lo do chuveiro. Desliguei o chuveiro e o coloquei sentado na privada, ele ainda estava meio tonto para ficar de pé. Assim que ele sentou comecei a secar o seu cabelo e quando eu o deixei húmido, comecei a passar no resto do corpo.

– Carol? – Perguntou fazendo uma careta de dor.

– Sim, Sirius, sou eu. O que foi? – Perguntei passando a toalha pelo seu tórax.

– Onde estamos? – Perguntou olhando em volta.

– Na casa dos gritos. Lembra que fomo para o Três Vassouras? – Perguntei.

– Lembro. – Concordou e parou para pensar. – Deve ter sido um sonho então.

– O que Sirius? – Perguntei passando a toalha nas suas costas.

– Uma menina que estava beijando, ela beijava super bem. – Falou e encostou a sua cabeça no meu ombro suspirando. – Estávamos nos beijando na chuva. Por que está me secando? – Perguntou me olhando.

– Eu te coloquei no chuveiro, você estava cheirando a álcool.

– Ata. – Falou e esperou eu acabar de enxuga-lo.

Levantei-o e o fiz apoiar em mim para irmos até a sala. Assim que o coloquei no colchão, ele dormiu e logo depois começou a roncar, assim como o Pedro. Voltei para o banheiro e tentei me secar, seria mais fácil se eu fizesse um feitiço, mais não sei onde eu coloquei a minha varinha. Peguei a minha blusa de lá e a pendurei na porta do banheiro para secar.

Voltei para a sala e deitei no sofá estava morrendo se sono, e eu estava cansada, cuidar de quatro bêbados não é fácil.

Na manhã do mesmo dia...

Já fazia algumas horas que o sol tinha nascido, deveria ser umas 10 horas da manhã, sendo que quando eu acordei era umas 9h, e eu estava lendo o diário da minha avó, mas nada de interessante estava acontecendo. Era sempre a mesma coisa, estudos aula, estudo, uma vez ou outra o Malfoy aparecia, e minha avó desenhando, e ela desenhava muito bem, tinha um desenho numas das folhas do diário.

– Ai minha cabeça. – Falou Pedro sentando no colchão.

– Minha cabeça está latejando. – Falo Jay sentando também.

– Dá para os dois falarem baixo? – Perguntou Sirius sentando também, e não consegui resistir e comecei a rir.

– O que está acontecendo? – Perguntou Remo saindo do quarto vindo até a sala.

– E por que está rindo? – Perguntou Jay me olhando.

– Vocês estão de ressaca. – Respondi me sentando no sofá (eu estava ditada lendo o diário).

– Como esses colchões vieram parar aqui? – Perguntou Remo olhando para os colchões.

– E por que só estamos de cueca? – Perguntou Sirius olhando todos os meninos.

– 1º: fui eu que conjurei os colchões. 2º: Não queiram saber como vocês ficaram só de cueca. – Falei para eles.

– Como nós ficamos só de cuecas? – Perguntei Jay preocupado.

– Vocês ficaram fazendo strepertiase a noite inteira. – Falei levantando e indo até a cozinha pegar suco de abobora, tinha que brincar com eles.

– Espera, ficamos tirando a roupa na sua frente? – Perguntou Sirius ficando de pé, e fazendo uma careta pela dor de cabeça.

– Sim, tirei um monte de fotos, estão por Hogwarts inteira. – Falei bebendo o suco.

– Você o que? – Gritou Jay e o Sirius falou para ele fazer baixo. – Você não pode ter feito isso, fala que está brincando. – Falou Jay me segurando pelos ombros. – Se você fez isso mesmo, eu vou te matar. – Falou com uma cara de assassino que eu fiquei com medo, mas eu comecei a rir.

– Estou brincando, vocês não fizeram strepertiase nenhum. – Falei parando com o sofrimento dos meninos.

– Então como ficamos assim? – Perguntou Pedro sentando junto com os outros meninos na mesa.

– Do que vocês lembram? – Perguntei encostando-me a pia.

– De estarmos tomando cerveja amanteigada. – Falou Sirius com uma careta, a dor de cabeça dele estava forte.

– Vocês ficaram bêbados, então tive que trazer vocês para cá, e coloquei vocês em baixo do chuveiro com água gelada. – Completei.

– Você nos viu bêbados? – Perguntou Jay. – Que vergonha. – Falou apoiando a cabeça na sua mão.

– Ei, eu sou amigas de vocês, não precisam ter vergonha de mim. – Falei colocando a mão no seu ombro.

– Nem posso imaginar o que falamos. – Falou Remo.

– Vocês não falaram nada, só imaginaram. A cara de vocês eram ótimas. – Falei sorrindo, lembrando-me da cara deles.

– Espera, se você nos colocou em baixo do chuveiro... – Começou Pedro o raciocínio.

– Você tirou nossas roupas. – Completou Sirius assustado.

– Eu já vi vocês de cueca, e não passou disso. Do jeito que vocês estão, vocês estraram no chuveiro. – Falei e fui pegar suco de abobora para cada um.

– Então como os nossos cabelos não estão molhados? – Perguntou Jay quando eu voltei.

– Eu sequei vocês. – Respondi simplesmente.

– Com um feitiço? – Perguntou Remo, acho que ele sabia que a resposta era não.

– Com toalha. – Respondi e todos os meninos colocaram as cabeças na mesa.

– Onde tem um buraco para me esconder? – Perguntou Sirius sem olhar para cima.

– Qual é? Vocês são meus amigos, não precisam ter vergonha de mim. – Falei sentando na pia.

– Não é vergonha, é orgulho, o nosso orgulho já era. – Falei Jay e eu comecei a rir.

– Vocês são muito idiotas. – Falei sorrindo e todos olharam para mim sem acreditar. – Imaginam se vocês não me tivesses, vocês estariam jogados na rua de Hogsmeade a essa hora, com muitas pessoas rindo da cara de vocês. – Falei e eles pararam, imaginando. – E ai? O orgulho de vocês se foi?

– Sim, mais agora nosso orgulho voltou por termos conseguido uma amiga como você. – Falou Jay.

– Obrigada. – Falei sorrindo.

– Nós é que temos que agradecer, você cuida muito da gente o tempo todo. – Falou Remo e veio me dar um abraço e um beijo na testa.

– Vocês também cuidam de mim. – Falei para ele, que deu de ombros.

– Você por acaso teria uma poção para ressaca e paciência de cuidar mais um pouquinho desses babacas aqui? – Perguntou Sirius sorrindo.

– Ter eu não tenho, mas eu posso fazer. – Falei e eles sorriram em agradecimento.

Conjurei um caldeirão, um livro de poções com essa poção, e os ingredientes que precisava, logo começando a fazer. Enquanto eu trabalhava os meninos conversavam sobre Quadribol e depois sobre coisas banais. Assim que fiz tudo o que pediam para a poção, vi sua coloração, um amarelo claro, a cor que deveria ficar.

Conjurei cinco copos e coloquei a poção.

– Pronto. – Falei colocando os copos com a poção na mesa. Tinha se passado uma hora.

– Nossa, acho que minha cabeça vai explodir. – Falou Sirius.

– Calma, já vai passar. – Falei fazendo voz de quando falamos com bebes e beijei o topo da sua cabeça, fazendo os meninos rirem. – Cheiro de cachorro molhado. – Falei e os meninos riram mais.

– Não acaba com meu filme. – Falou Sirius me abraçando pelo ombro, me fazendo ir.

– Vamos tomar logo essa poção. – Falei sentada numa das cadeiras, tinha seis ao total, e peguei um copo.

– Por que você vai tomar? Você está bem. – Falou Jay dando o primeiro gole e fazendo uma careta.

– Só para ter certeza. E para acabar com a poção. – Falei tomando, ela tinha um gosto horrível.

– Acho que prefiro a dor de cabeça. – Falou Pedro.

– Tem que tomar tudo, dizia no livro que tem que tomar um copo inteiro para o efeito passar depois de alguns minutos. – Falei e acabei com o meu copo mais rápido possível. – Toma tudo de uma vez que o gosto não é tão ruim.

– Obrigado pela dica. – Falou Sirius e ele virou o capo, fazendo uma careta logo depois que acabou, que o Pedro, Remo e Jay o seguiram, e fizeram careta também.

– Agora vocês tem que esperar alguns minutos. – Falei e fui sentar no sofá, começando a ler o diário da minha avó de novo.

Enquanto eu lia os meninos conjuraram roupas quentes e confortáveis, calça de moletom e uma camisa e conversavam sobre qualquer coisa que não prestei atenção. Eu estava lendo o diário sem nenhum interesse, como eu já disse antes, a vida da minha avó não era tão emocionante como a minha e dos meninos. Li mais algumas linhas sem prestar atenção, mas ai uma palavra chamou a minha atenção: animaga.

“... eu sei esse feitiço por que eu sou uma animaga...” Que feitiço? Voltei mais um pouco e comecei a ler. “Eu descobri hoje um feitiço chamado ‘Alienum Animalis’, que faz com que animais falam entre si, até animagos como eu. Sim, eu sou uma animaga, e eu sei esse feitiço por que sou uma animaga e estava procurando mais sobre o assunto. E eu me transformava em uma cachorra vira-lata toda preta, somente cum uma mancha redonda em volta do olho branca.” E assim que acabei de ler aquilo fiquei abismada.

– Não acredito. – Falei ainda olhando o diário.

– Que foi Carol? – Perguntou Jay.

– Não pode ser, devo ter lido errado. – Falei, levantei, comecei a andar de um lado para o outro enquanto eu lia de novo, e eu tinha razão, era verdade. – Aaaahhhh! – Gritei feliz enquanto pulava no sofá, eu estava com um sorriso enorme.

– Que foi Carol, de novo? – Perguntou Jay.

– A minha avó tinha razão, o diário dela realmente nos ajudou. – Falei ainda pulando no sofá sorrindo, e quando eu vi o ponto de interrogação na cabeça deles, pulei por cima do sofá e fui até a mesa. – Olhem. – Falei abrindo o livro e lendo de novo o que eu tinha lido antes.

– Tá, sua avó era uma animaga e ela falou um feitiço que funciona em animais, o que isso nos ajuda? – Perguntou Sirius.

– Não é só em animais, funciona em animagos também. Nós podemos usar esse feitiço em nós mesmo para conversarmos nas noites de lua cheia. – Falei sorrindo e eles entenderam.

– Isso é fantástico. – Falou Jay sorrindo também.

– Era esse feitiço que eu conhecia e que não lembrava, devo ter ouvido minha avó falar uma vez só que esqueci. – Falei e sentei no encosto do sofá, e escorreguei ficando com os pés para cima. – Obrigada vovó. – Sussurrei dando um beijo no diário e no colar que era da minha avó.

Olhei para o chão de ponta cabeça e vi uma barata andando perto da lareira, eu tenho horror a barata. Dei um grito de pavor agora e sentei em cima da mesa, abraçando as minhas pernas.

– Que foi agora, Carol? – Perguntou Sirius me olhando.

– Tem uma barata perto da lareira. – Falei olhando a barata andar.

– Você está com medo de uma barata? – Perguntou Sirius rindo.

– Eu não estou com medo de uma barata, eu estou morrendo de medo de uma barata. – Falei olhando para o Sirius. – Uma vez uma quase parou na minha cara voando.

– Pronto Carol, já matei a barata. – Falou Remo vindo ao meu lado.

– Tem certeza? Ouvi dizer que baratas sobrevivem a uma bomba nuclear. – Falei o olhando.

– Tenho Carol, ela está morta. – Falou sorrindo pelo meu comentário.

– Valeu Remmy. – Falei o abraçando.

– É essa barata aqui que você estava morrendo de medo? – Perguntou Sirius com a barata num papel vindo em minha direção.

– Sai Sirius, fica longe de mim com essa barata. – Falei dando passou para trás enquanto ele se aproximava.

– Mas é só uma barata. – Falou levantando ela.

– Não Sirius, é serio, não chega perto de mim com essa barata. – Falei correndo dele, enquanto o mesmo me perseguia com a barata no papel, fazendo os meninos rirem com a brincadeira.

Ficamos correndo por um minuto eu acho, até que o Sirius parou de correr atrás de mim com a barata.

– Está bem. – Falou e jogou a barata no lixo, eu estava na porta da sala respirando rápido.

– Idiota. – Falei brava cruzando os braços e me encostando na parede.

– Você vai ficar brava comigo? – Perguntou chegando perto de mim.

– Não quero papo com você. – Falei virando a cabeça para o outro lado.

– Tem certeza? – Perguntou sorrindo convencido e quando ele viu de eu o olhei pelo canto do olho, deu aquele sorriso lindo que ele deu na casa dos Potter, aquele sorriso que é impossível não sorrir junto.

– Chato. – Falei sorrindo e ele me abraçou.

– Foi engraçado ver a sua cara de medo. – Falou enquanto me abraçava.

– Chato. – Falei dando um tapa nele, fazendo o mesmo e os meninos rirem.

– Será que o feitiço funciona? – Perguntou Pedro olhando o feitiço no diário.

– Provavelmente. – Respondeu Remo.

– Vamos descobrir. – Falei e os meninos me olharam. – Pelo que eu li, temos que estar transformados e bater na varinha na nossa cabeça falando o feitiço. – Falei dando mais uma olhada no diário, era isso mesmo.

– O que estamos esperando? – Perguntou Jay se transformando e sendo seguido pelo Sirius e Pedro.

– Você faz as honras? – Perguntei olhando para o Remo.

– Claro. Posso? – Perguntou para pegar o diário, e eu concordei.

Me transformei e fiquei no lado dos meninos, e o Pedro estava em cima da galhada do Jay. Remo leu o diário e pegou a sua varinha (em falar em varinha, onde eu deixei a minha, de novo). Ele olhou para a gente e leu mais uma vez o diário, então foi na direção do Sirius.

– Alienum Animalis. – Falou e encostou a varinha na cabeça do Sirius.

– Alienum Animalis. – Falou e encostou a varinha na minha cabeça, e depois fez a mesma coisa com o Jay e Pedro.

“Será que deu certo?” Pensei. “Se não deu, tenho o poder de escutar mentes.” Pensou Sirius. “Pelo visto funcionou. Pensa alguma coisa ai Pedro.” Pensou Jay. “Eu estou com fome, alguém tem comida?” Pensou Pedro, e nós começamos a rir. Voltei ao normal rindo e comentei:

– Só o Pedro para pensar isso.

– Funcionou? O feitiço deu certo? – Perguntou Remo vendo todo mundo ao normal.

– Melhor impossível. – Falei sorrindo para ele.

– Pena que não dá para fazermos com o Remo em forma de lobisomem. – Falou Pedro.

– Na verdade até dá, mas eu não sei se quero escutar os pensamentos do Remo lobisomem. – Falei e o Remo concordou comigo.

– Tem razão, acho melhor não, não sou bem eu quando me transformo. – Falou.

– Mas você continua sendo o Remo. – Falei e o abracei, sabia que ele ficava meio triste por ser um lobisomem.

– E continua sendo nosso amigo. – Falou Jay encostando a mão no ombro do Remo.

– Olha pelo lado bom, nada disso estaria acontecendo. – Falou Sirius.

– É verdade. Acho que você ser um lobisomem só tornou nossa amizade mais forte. – Falou Pedro.

– Muito inteligente Pedro. – Falei sorrindo para ele. – Ele tem razão, sem esse eu lado peludo nós nunca teríamos virado animagos e talvez nem estivesse mais junto, principalmente por causa do Sirius. – Falei para o Remo.

– Ei. – Falou Sirius de modo repreensivo, ele estava no meu lado. – Eu sou um encanto de pessoa. - Falou fazendo todo mundo rir.

– Viu? – Perguntei e abracei o Remo de novo, logo os meninos me seguiram e demos um abraço coletivo.

– Obrigado gente, vocês são os melhores. – Falou Remo no abraço.

– Nós sabemos. – Falou Sirius e eu dei uma cotovelada nele. – Ai! Vem aqui. – Falou e me segurou pelo ombro com uma mão e com a outra bagunçava o meu cabelo.

– Para Sirius. – Falei tentando tirar a minha cabeça da sua mão.

Eu me mexia para sair dos braços do Sirius, e o Sirius ia dando passo para trás para eu não sair correndo. Em um desses momentos o Sirius tropeçou no colchão e caiu, me fazendo cair junto e ficando em cima dele de costas, e o mesmo continuava mexendo no meu cabelo enquanto os meninos riam.

– Ai Sirius, pera ai. – Falei, eu bati minhas costas em um lugar duro.

Logo depois do Sirius me soltar, olhei para ele e vi sua varinha no bolso da calça.

– Nunca mais faça uma brincadeira comigo antes de tirar sua varinha do bolso. – Falei pegando a sua varinha e jogando no sofá, me sentando no colchão.

– Já que é assim. – Falou e me puxou de novo, começando a mexer no meu cabelo.

Eu acabei deitando no colchão no seu lado e a minha cabeça ficou um cima do braço do Sirius, então ele mexia no meu cabelo com a outra mão. Depois de um tempo ele parou de bagunçar o meu cabelo e me abraçou, nós já estávamos rindo. Depois que levantamos olhei a hora e era quase meio dia.

– Pedro e eu vamos pegar comida na cozinha de Hogwarts e já voltamos. – Falei puxando o Pedro.

– Não é mais fácil todos nós irem? – Perguntou Jay.

– Não, quero ficar longe do Sirius antes que eu o mate. – Falei sorrindo, fazendo todos rirem, eles sabiam que estava brincando.

E assim eu e Pedro fomos para a cozinha pegar comida.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Espero que sim, e espero que comentem, e eu tenho quase certeza que só vou postar de novo o ano que vem, então um grande beijo e boas festas para cada um que acompanha.
Beijos, Beijinhos, Beijocas e BEIJÕES PARA TODOS. FELIZ NATAL E ANO NOVO!
Nox.



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